CLDF

A publicação hoje (8) no Diário da Câmara Legislativa (DCL) de certidão com o registro de chapa com as candidaturas de "Tony Panetone" e "Bezerra Dourada" para concorrer à eleição indireta para governador e vice, no próximo dia 17, provocou debate em plenário.

Os deputados Milton Barbosa e Raimundo Ribeiro, do PSDB, condenaram o fato de a Câmara Legislativa aceitar o registro daquela candidatura fictícia, feita por grupo de estudantes, que lideraram o movimento "Fora Arruda"."Quem é Tony Panetone?", indagou Barbosa, ao enfatizar que o servidor que mandou publicar aquela candidatura fez um "papel canalha" ao permitir o "achincalhe" da Câmara Legislativa. O parlamentar lembrou, contudo, que respeita o movimento"legítimo" de protesto organizado pelos estudantes."A publicação desse ato merece uma reprimenda. Ou o servidor agiu com incompetência ou com má-fé", destacou Raimundo Ribeiro, ao afirmar que a medida era um "deboche" ao legislativo e às eleições indiretas.

"Requsito legal" - Ao justificar a publicação do registro daquela inscrição, o presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputado Cabo Patrício (PT), explicou que os servidores da Assessoria de Plenário não poderiam deixar de fazê-lo, pois a publicação no Diário da Câmara Legislativa atendia a um "requisito legal", conforme determina o Ato da Mesa Diretora 26, sobre as normas da eleição indireta. Patrício disse que a Mesa Diretora só deverá decidir sobre as eventuais impugnações de candidaturas no próximo dia 13 (terça-feira), conforme o calendário oficial das eleições.  Também o deputado Paulo Tadeu (PT) considerou como normal a publicação daquele registro de candidatura. Disse que a medida era apenas uma rotina administrativa. "Temos que respeitar o direito dos estudantes se manifestarem. Estudante é assim mesmo", declarou.