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O resgate da saúde pública no Distrito Federal foi o ponto central das manifestações na sessão solene, realizada hoje (7) no plenário da Casa, em comemoração ao Dia Mundial da Saúde. A iniciativa foi da deputada Liliane Roriz (PRTB), que reconheceu a precariedade em que vive mergulhada a saúde no DF e apresentou um vídeo que retrata as dramáticas situações dos hospitais da rede pública.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do DF, Iran Augusto Gonçalves Cardoso, observou que a saúde em Brasília já esteve entre as melhores do país, mas que hoje "está doente". Iran afirmou que é mais fácil acusar os médicos do que buscar as reais razões pelas quais os hospitais parecem hoje verdadeiras escolas de samba.

A repartição das verbas do Fundo Constitucional - destinadas ao custeio da saúde, educação e segurança -, é em sua maior parte direcionada para a polícia civil, segundo afirmou o chefe coordenadoria de Assuntos Legislativos da Secretaria de Governo do GDF, Wilmar Lacerda, para explicar parte dos problemas enfrentados pelo governo nessa área.

Lacerda disse que a saúde tem sido prioridade do governador Agnelo Queiroz, desde a campanha, e pode ser comprovada pelo pacote da saúde que enviou à Câmara nos primeiros dias de seu governo, prevendo a construção de 14 unidades de pronto atendimento (UPAs) e a contratação de mais de 11 mil servidores para a saúde.

O coordenador do curso de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde, Paulo Roberto Silva, enfatizou que o curso foi o primeiro a ser criado no país, no âmbito de uma secretaria de saúde. Embora reconhecendo que educação e saúde andam juntas, essa ênfase altera o caráter da formação dos médicos, que saem mais preparados para atuar na rede pública.

Entre os convidados que participaram da mesa dos trabalhos estavam o subsecretário de Atenção Primária à Saúde, Berardo Augusto Nunan, e a secretária de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Neuza Maria Vieira Fernandes.

Também estiveram presentes à sessão os deputados Celina Leão (PMN), Agaciel Maia (PTC) e Olair Francisco (PTdoB), que se pronunciaram sobre o estado de saúde em que o DF se encontra.