Pedro Passos volta a alegar inocência no caso Gautama
Pedro Passos volta a alegar inocência no caso Gautama

Pedro Passos questionou ainda os motivos de sua prisão, em maio do ano passado. "No mandado de prisão expedido, o Ministério Público e a Polícia Federal afirmam que a principal motivação era o fato de eu ter sido secretário de Agricultura em 2001, o que é uma mentira. Só fui secretário entre o período de 2005 e 2006", afirmou.
O deputado Cabo Patrício (PT), integrante da CPI, colocou em dúvida a tese de Passos. "A minha convicção formada é que essas compras de cavalo para justificar os reiterados pedidos de ajuda financeira a Zuleido Veras não procedem", afirmou. Pedro Passos procurou desqualificar as gravações da Polícia Federal. "Essas transcrições foram editadas de forma a justificar uma mentira, ou seja, que fiz uma licitação fraudulenta em 2001 e estava cobrando propina em 2006", explicou.
Questionado sobre os motivos que levariam a Gautama a financiar a sua campanha, Passos respondeu que havia afinidade de interesses. "Eu me tornei um entusiasta do projeto da barragem do Rio Preto e é importante para uma empresa que está tocando a obra ter um parlamentar que acredita no projeto", justificou.
Passos disse ainda que, apesar de ter cobrado diversas vezes as dívidas de Zuleido Veras relativas à venda de cavalos, nunca quis protestar os débitos. "Meus clientes de cavalos são sensíveis. Eu devo ter pelo menos uma meia dúzia de inadimplentes e prefiro negociar as dívidas para poder vender mais cavalos a eles", afirmou.