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Para Luciana Genro democracia está ameaçada no Brasil

Publicado em 12/05/2012 13h03
A ausência de reais alternativas de mudanças políticas, econômicas e sociais, aliada à falta de alternância de poder são sérias ameaças à democracia no Brasil. O alerta foi feito hoje pela deputada federal Luciana Genro (Psol/RS), durante sua participação no seminário Ética na política e qualidade no gasto público, promovido pela Ouvidoria da Câmara Legislativa.

Luciana Genro, que abordou o tema Os partidos políticos no poder, fez um breve relato de sua trajetória política, iniciada em 1994, quando foi eleita deputada estadual pelo Rio Grande do Sul e se posicionou contrariamente à negociação e federalização da dívida pública dos Estados.
 Fez duras críticas ao seu ex-partido, o PT, que após assumir o poder, com a eleição de Lula, deu as costas aos seus compromissos ideológicos históricos e se uniu às elites dominantes no País e com o capital estrangeiro, cumprindo fielmente o acordo com o FMI e mantendo a política neo-liberal, que vinha sendo seguida por Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com a deputada, já na primeira gestão de Lula, a dívida externa brasileira cresceu ainda mais, sendo que 36,4% do orçamento estão comprometidos com o pagamento dos juros da dívida, percentual bem superior ao que o País consome com a Previdência Pública.

Luciana Genro disse que acreditava que o governo Lula cumpriria as tarefas necessárias à construção da soberania nacional e da moderna abolição da escravatura, a partir do combate ao desemprego e aos baixos salários. Mas ele optou pelo caminho mais fácil, que foi a adesão aos programas dos partidos que representam a burguesia dominante no País, que vem se alternando no poder.

A deputada também criticou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo Governo Lula, que segundo ela, é uma "grande jogada de marketing", já que inclui programas que já estavam previstos no orçamento. Informou que pretende fundar no Congresso a Frente Parlamentar de Auditoria da Dívida, pois, segundo ela, grande parte da dívida do País é ilegítima e vem sufocando os Estados, que estão sem dinheiro para oferecer serviços públicos de qualidade.

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