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Merenda escolar é debatida em audiência pública

Publicado em 06/06/2011 13h58
O deputado Washington Mesquita (PSDB) disse nesta segunda-feira (6), ao abrir a audiência pública promovida por seu gabinete para debater a merenda escolar no DF, que sua intenção não era fazer proselitismo político, denúncias inconsistentes ou críticas sem fundamento.
 Sua idéia, segundo declarou, era demonstrar a real situação da merenda servida nas escolas públicas, constatada nas 50 visitas feitas por ele desde que assumiu o mandato.

Para o deputado, as muitas denúncias que recebe e a confirmação da precariedade de cozinhas e depósitos de alimentos, sem ventilação ou condições de armazenagem, entre outras, foram suficientes para levá-lo a reunir representantes dos órgãos públicos locais e federais que lidam com a questão. A ausência da secretária de Educação foi vista por ele como uma falta de comprometimento com as mudanças que o setor demanda com urgência.

Não é a falta de dinheiro que impede a oferta de uma alimentação segura e saudável aos alunos, segundo declarou o deputado Agaciel Maia (PTC). O que falta, na sua opinião, é gestão política, administrativa e operacional. "Afinal, recursos existem e o governo não tem de agir pressionado pela mídia, mas dispor de vontade política para mudar", analisou. E a mudança, como afirmou, pode começar com a contratação das nutricionistas que aguardam efetivação.

O diretor da Escola Centro Educacional 09 do Setor "O" de Ceilândia, e representante da Associação de Pais e Mestres, José Gadelha Loureiro, também criticou as precariedades, que vão desde a inadequação das cantinas, da oferta do mesmo lanche para as diversas faixas etárias até à falta de legislação sobre destinação das sobras.
 "Nunca vi tanto sucrilhos em minha vida", afirmou.

Lembrando que a vigilância sanitária está presente 24 horas por dia na vida dos cidadãos, o diretor geral de Fiscalização da Merenda Escolar e Vigilância Sanitária, Manoel Silva Neto, esclareceu que não foram encontradas irregularidades nos alimentos da merenda escolar analisados nas 36 inspeções feitas este ano. Mas assegurou que o órgão quer ser parceiro do processo de melhorias do setor.

Albaneide Peixinho, coordenadora geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Ministério da Educação, traçou um quadro da evolução dos valores e a extensão a faixas etárias que estavam fora de atendimento, como as creches. Além disso, afirmou não entender como a merenda escolar do DF estava tão precária, considerando que foram repassados para o GDF R$ 32 milhões e que a contrapartida do governo local foi mínima em relação ao percentual de aquisição de produtos da agricultura familiar.

Também se manifestaram Elizabeth Moura Caiuby, presidente do Sindicato dos Nutricionistas do DF, que criticou a falta de nomeações de profissionais para atender à merenda escolar; Ana Rosa dos Santos, coordenadora do Projeto em Gastronomia da UnB, que reforçou a necessidade de incluir na merenda os itens da agricultura familiar; e Heron de Sena Filho, diretor da Assistência Escolar da Secretaria de Educação, que criticou o descaso dos últimos governo com a merenda escolar.

  

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