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Jardineiros que trabalham nos cemitérios serão cadastrados

Publicado em 20/05/2008 13h13
Os cerca de 180 jardineiros que se reuniram hoje pela manhã com o presidente da CPI dos Cemitérios, deputado Rogério Ulysses (PSB), e o secretário de Justiça e Cidadania, Raimundo Ribeiro, ouviram deste último a promessa de que, a partir de amanhã, vão começar a ser cadastrados pela Secretaria de Ação Social, como ponto de partida para resolver o impasse criado com o corte de fornecimento de água aos cemitérios.

A reunião com membros da CPI foi pedida pelo próprio Raimundo Ribeiro, preocupado com a situação da categoria, que está sem trabalhar há cerca de 15 dias, em razão do corte da água pelo não pagamento de uma conta que supera os R$ 3 milhões. Esse débito foi apurado e denunciado pela CPI dos Cemitérios, levando a Caesb a interromper o fornecimento da água aos jardineiros, há cerca de 15 dias.

Efeito colateral - Na avaliação dos fatos que Rogério Ulysses fez aos presentes, o deputado afirmou que o alvo das investigações da comissão não eram os jardineiros, que apenas experimentaram um "efeito colateral" do desdobramento dos fatos. Mas avisou que, nem por isso, vão deixar de colaborar para ajudar a buscar uma solução legal e justa para a categoria, lembrando que a CPI tem também uma função propositiva.

O deputado lembrou que a partir da privatização dos cemitérios, em 2002, a conta de água passou a ser responsabilidade da empresa, em razão de acordo firmado com a categoria para que os jardineiros fizessem um mutirão de limpeza de toda a área, mas não foi cumprido. O fato, segundo Ulysses, é que a conta não pertence apenas aos jardineiros, porque, segundo consta, o segundo hidrômetro que passou a individualizar a conta da administração do Cemitério Campo da Esperança só foi instalado em 2005. Além disso, a rede é muito antiga e pode ter vazamentos, há as instalações clandestinas dos invasores estabelecidos nas imediações e o uso da água por particulares, quando em visita aos túmulos de seus entes queridos.

A conclusão a que se chegou, a partir das intervenções dos presentes e dos contatos mantidos com autoridades do governo, é que o cadastramento dos jardineiros seria o ponto de partida para a regulamentação da atividade. Enquanto isso, a CPI vai oficiar ao presidente da CAESB, Francisco Leite, no sentido de que a empresa providencie um diagnóstico da situação, como forma de começar a identificar até onde são os jardineiros os responsáveis pela conta de R$ 3,196 milhões."Destrinchar essa conta", segundo o presidente da CPI, é indispensável para que cada um assuma a responsabilidade pelo pagamento da "conta milionária". Em caráter emergencial, Ulysses e Raimundo Ribeiro vão discutir com autoridades do governo as sugestões de religar a água, por algumas semanas, com tarifa social.

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