Feirantes se queixam de abandono e temem perda de espaço dos artesãos
Feirantes se queixam de abandono e temem perda de espaço dos artesãos

Segundo Nicanor, o Regulamento da Feira da Torre, pelo qual apenas a Secretaria do Trabalho pode credenciar pessoas para ocupar espaço no local, tem sido ignorado. "Até administrações regionais têm colocado gente lá. Tem até banca vendendo DVD, não há fiscalização", denunciou.
Florêncio dos Anjos, outro feirante, também queixou-se da invasão da feira por ambulantes, e Athna Georges Marinos de que não teve liberada sua carteira de artesã por morar em Planaltina de Goiás, no Estado vizinho, apesar de trabalhar na Torre há 31 anos. Advan Eneas, presidente da Federação das Associações de Artesãos do DF e Entorno, relatou mau cheiro de urina e fezes no local. Segurança, linhas de ônibus e ponto de táxi foram outras lacunas colocadas.
Partipação – O deputado Chico Leite (PT) lembrou que a Constituição Federal, a Lei Orgânica do DF e o Estatuto da Cidade garantem a gestão participativa quando se trata de modificações de área, o que pode tornar nulo qualquer procedimento que ignorar os feirantes."As pessoas vão lá mais para ver a feira do que subir até o mirante", reforçou Lourival Brandão, do Fórum de Cultura do DF. Alitéa Corrêa, do Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan) colocou que a qualificação da feira, ou seja, o patrimônio imaterial é tão importante quanto a preservação do monumento.
A deputada Erika Kokay (PT), a quem coube a iniciativa da audiência pública, lembrou a necessidade de conferir os nomes das pessoas cadastradas para receber os novos boxes, quando houver a mudança para a nova área. "O GDF tem obrigação de publicá-los e há possibilidade de recurso caso haja irregularidade ou injustiça", esclareceu. Paulo Tadeu, líder da bancada do PT, também compareceu para levar seu apoio aos feirantes.