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Eurides faz sua defesa perante a Comissão de Ética

Publicado em 17/05/2010 11h05
A deputada Eurides Brito (PMDB) acaba de apresentar sua defesa, neste momento, perante os membros da Comissão de Ética. A exposição teve início às 10h15 e a relatora do processo de cassação de Eurides por quebra de decoro parlamentar, deputada Erika Kokay (PT), deu-lhe 30 minutos de prazo, prorrogáveis por mais 20 minutos.

A deputada Eurides foi a primeira a chegar à sala de reuniões das comissões, e o fez às 10h03. Erika e os deputados Raimundo Ribeiro (PSDB) e Paulo Roriz (DEM) chegaram logo em seguida e, logo após teve início a oitiva de Eurides que, inicialmente, declarou sua intenção de "criar uma peça que seja absolutamente dentro da verdade".

Em sua exposição, a deputada criticou o fato de a oitiva de Durval Barbosa ter sido feita em reunião secreta, desconhecida do próprio presidente da Comissão de Ética. Esse caráter, segundo assinalou, contraria artigos do Regimento Interno da Casa, pela qual a regra geral é de serem públicas as reuniões das comissões.

Ao contrariar esse dispositivo, a relatora, conforme disse Eurides, "induziu os membros da comissão ao erro e acabaram por deliberar sobre validade do depoimento", o que, na sua opinião, constitui abuso de prerrogativa e também representa "quebra de decoro parlamentar".

Caixa de Pandora - Para Eurides, a investigação em curso perante o Superior Tribunal de Justiça, referente à Caixa de Pandora, restringe-se aos fatos ocorridos entre 2007 a 2010, coincidente com o governo Arruda. Tanto assim que o próprio presidente do STJ, acolhendo parecer da subprocuradora da República, Raquel Dodge, determinou o desentranhamento dos documentos incluídos no processo, relativos aos anos de 2000 a 2006.
  Como o vídeo em que a deputada aparece "sendo ressarcida em dinheiro" corresponde ao segundo semestre de 2006, estando, portanto, fora do período das investigações da Caixa de Pandora. Eurides também mencionou o fato de que Durval tenha peremptoriamente declarado que no governo Arruda a deputada não continuava recebendo "o mensalão" por suas mãos.

As duas menções ao nome da deputada no Inquérito 650, segundo Eurides, foram feitas sem qualquer prova e consistência, o que invalidaria as acusações de ter sido beneficiada pelo esquema. A deputada também afirmou que sua adesão à candidatura de Arruda, no primeiro semestre de 2006, foi com a anuência de Roriz e não haveria como o governador cassado mandar o "senhor Durval me dar mesada, como afirmou à relatora".

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