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Estudantes e produtores divergem sobre meia-entrada

Publicado em 08/05/2007 13h35
Representantes dos produtores culturais e dos estudantes do Distrito Federal defenderam posições opostas sobre a concessão de meia-entrada, durante audiência pública realizada no plenário da Câmara Legislativa. Enquanto os empresários defendem limites ao direito, como uma cota de 30%, os discentes querem que a lei seja cumprida, ou seja, que a situação permaneça como está."Nós somos favoráveis à meia-entrada para estudantes e idosos, mas não para categorias profissionais", destaca Waldemar Cunha, presidente da Câmara dos Produtores do DF. Cunha apresentou algumas sugestões para minimizar o prejuízo do setor e evitar que shows deixem de ser realizados na cidade. "Precisamos limitar a idade em 22 anos, ter um selo mensal que comprove a frequência, limitar o benefício a alunos do ensino regular e estabelecer uma cota de 30% para meia-entrada, o que facilita a elaboração da planilha de custos", afirmou. Os produtores também cobraram incentivos finaceiros do GDF para que a sociedade não seja a única a pagar o preço da concessão dada aos estudantes. O produtor Rafael Reisman expressou insatisfação com a condução da audiência pública e disse que os argumentos dos produtores não foram ouvidos pelos estudantes. "É uma pena que esse assunto vá ficar como está. A cidade não está madura para a discussão", reclamou.
 Após a fala de Reisman, a deputada Jaqueline Roriz (PSDB) afirmou que todos os presentes à audiência são responsáveis pela continuidade do debate e convidou o produtor a participar do grupo que vai discutir a elaboração de um projeto de lei sobre a concessão da meia-entrada.

Já os representantes dos estudantes criticaram as sugestões dos produtores e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que introduziria novas regras para as carteirinhas. "Esse TAC fere a lei e vai acabar com a meia-entrada", alertou o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília, Emae Martim. "A idade não importa, o que vale é a disposição da pessoa aprender e ser um cidadão", criticou Fagner Gomes, presidente da União dos Estudantes do Ensino Fundamental e Médio do DF (UNEM).


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