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As mudanças propostas pelo governo do Distrito Federal no sistema do Passe Livre não agradaram os estudantes. Representantes dos estudantes que participaram da Comissão Geral promovida pela Câmara Legislativa nesta quinta-feira (20) para debater o projeto de lei do Executivo que modifica o Passe Livre deixaram claro que vão lutar contra as mudanças.

Marcos Mourão, representante da União Metropolitana dos Estudantes de Brasília (UMESB), criticou as mudanças na Lei no meio do ano letivo. Para ele, as mudanças prejudicam os estudantes. Mourão cobrou responsabilidade e coerência dos parlamentares que aprovaram o benefício anteriormente.

Já o estudante Thiago Dias Cardoso, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), destacou que o Passe Livre é fruto da mobilização e da luta histórica de vários movimentos no DF. Ele defendeu que a educação vai muito além da sala de aula e a implantação do Passe Livre irrestrito. "Direito não se tira. Direito se amplia", justificou Cardoso.

Para Felipe Andrade, da União Brasileira dos Estudantes (UBES), os estudantes também têm que ter acesso ao teatro, cinema e outras opções de lazer e cultura. Ele ressaltou ainda que outras cidades do País têm sistema de Passe Livre em funcionamento sem qualquer burocracia.

Na opinião de Paulo Henrique Santarém, do movimento Passe Livre, todos os estudantes precisam do benefício, independentemente de sua renda familiar. Segundo ele, se a Câmara aprovar restrições ao Passe Livre, terá que arcar com as consequências.