Ensino superior no DF é debatido em audiência pública
Ensino superior no DF é debatido em audiência pública

O deputado, que antes de ser eleito era professor, avaliou que assunto de tão relevante interesse precisa não apenas ser debatido, mas levar às conclusões que aliviem a crise por que passa o setor, ante as sucessivas denúncias de várias ordens, como as que levaram ao fechamento, em janeiro último, da Faculdade da Terra de Brasília (FTB).
O representante dos docentes da FTB, professor Cristovão Moura, fez uma análise da situação, contrapondo o grande número de graduados existente no DF ao desempenho abaixo da média dos estudantes. Cristovão manifestou estranheza com o fato de que os órgãos públicos têm pessoal para autorizar a abertura de faculdades, mas não tem gente para fiscalizar suas atuações.
O presidente da União dos Estudantes do DF, Kaká Guimarães, também compartilhou da mesma tese que Cristovão, ao observar que mesmo aumentando o número de pessoas com nível superior, a capacidade intelectual não cresceu. Criticou também o grande número de cursos que estão fechando e a concorrência predatória dos cursinhos.
Para o presidente do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinproep), Rodrigo de Paula, no governo de Fernando Henrique Cardoso as faculdades no DF saltaram de 14 para 86, mas esse crescimento não se fez acompanhar da regulação do setor. A consequência é que o ensino superior está vivendo, segundo disse, "um caos".
Avisando que existem bandidos em todas as profissões, o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do DF (Sindepes), Renato Caiado de Resende, identificou como ponto vulnerável da questão o fato das instituições particulares não prestarem contas ao governo. Para ele, isso precisa ser mudado e um caminho seria a criação de uma Secretaria de Educação Superior pelo GDF.