Eleição indireta domina discursos na CLDF
Eleição indireta domina discursos na CLDF

O primeiro a tratar da questão foi o deputado Reguffe (PDT), que informou que seu partido preparou um conjunto de propostas que será apresentado a todos os sete concorrentes. Segundo ele, as propostas visam o futuro do Distrito Federal. "O futuro do DF está em jogo e é esse futuro que deve ser debatido".
Reguffe lamentou que a legislação eleitoral exija a filiação partidária dos candidatos. Para ele, no momento atual o ideal seria a eleição de um candidato sem filiação partidária, livre para conduzir o governo até as eleições de outubro, sem pressões políticas. "Infelizmente não há tempo hábil para isto, mas seria o melhor para a população brasiliense", analisou.
Já o presidente em exercício da Câmara, deputado Cabo Patrício (PT), ressaltou que a Casa está cumprindo fielmente a legislação federal e a Constituição Federal e defendeu a necessidade de filiação partidária para os candidatos.
Patrício lembrou o risco de intervenção federal e argumentou que esta medida ameaça gravemente a autonomia política do DF. O parlamentar também defendeu a legitimidade da Câmara para eleger o novo governador para o mandato tampão.
Na opinião do deputado Milton Barbosa (PSDB), o momento vivido pelo DF é de extrema excepcionalidade. Ele considerou que o governador eleito terá muito pouco tempo para implementar um novo projeto para Brasília. "O que o governador tem que fazer é preservar o que tem de bom no governo e corrigir os defeitos", apontou.
Já o deputado Paulo Tadeu, líder do PT, ressaltou que a Câmara deve eleger com segurança e não pode correr o risco de escolher alguém que amanhã seja acusado de qualquer irregularidade. Para ele, os deputados devem escolher com maturidade, calma e cautela.