Distritais discutem novos projetos do governo sobre o Passe Livre
Distritais discutem novos projetos do governo sobre o Passe Livre

Ao defender a necessidade de rapidez na tramitação dos dois projetos, o presidente da Câmara Legislativa, deputado Wilson Lima (PR), convocou para amanhã, às 10h, reunião com os deputados integrantes das Comissões de Orçamento e Finanças (CEOF), de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS), a fim de discutirem os projetos.
A deputada Eliana Pedrosa (DEM) foi a primeira a condenar as propostas de alterações no sistema do Passe Livre. Ela anunciou aos colegas que, acompanhada de técnicos da Câmara Legislativa, fez uma visita à empresa Fácil e constatou-se que "houve um reajuste embutido nas tarifas para os estudantes". Segundo explicou, o governo repassa agora nos cartões o valor integral dessas passagens, enquanto antes esse percentual era de 2/3 das passagens."O repasse de R$ 4 milhões está adequado", defendeu Eliana Pedrosa, afirmando que os empresários do transporte coletivo, que controlam a Fácil estão querendo conquistar um novo reajuste, com o anúncio da greve dos rodoviários para segunda-feira (14).
O líder do PT, deputado Paulo Tadeu, concordou com Pedrosa e disse que o governo deveria divulgar o resultado da auditoria que fez sobre o sistema de transporte coletivo. Ele alertou os colegas para a situação da Fácil, "que teve suas contas bloqueadas pelo Tribunal Superior do Trabalho, por não pagar dívidas trabalhistas". E assegurou que o governo está penalizando, no novo projeto do Passe Livre, as famílias que mantêm seus filhos nas escolas particulares.
A deputada Jaqueline Roriz (PMN) disse que a administração do Passe Livre, pela Fácil, "não pode continuar sendo um saco sem fundos".
Ela defendeu a ideia de que o governo precisa fazer novas licitações para substituir as empresas que não não vêm prestando bons serviços à população.
O deputado Reguffe (PDT) reforçou suas críticas ao transporte coletivo do DF e disse que as concessões para o sistema precisam ser renovadas, com a cassação das atuais licenças. Ele enfatizou que, assim como aconteceu na primeira votação, não votará a favor de nenhum repasse para o Passe Livre até que seja feita uma auditoria nas empresas pelo Tribunal de Contas e Ministério Público.
"Erro anterior" - O líder do governo, deputado Aguinaldo de Jesus (PRB), disse que o atual governo não pode ser responsabilizado pelas críticas na gestão do transporte coletivo e sustentou que o problema da falta de recursos para o Passe Livre ocorreu porque na negociação do projeto os deputados subestimaram a despesa mensal. "Quatro milhões ocultam a verdade", afirmou.