CLDF

A prisão de 439 bombeiros que protestavam por melhores condições de trabalho no Rio de Janeiro repercutiu no Plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (7) e resultou na aprovação de dois manifestos. Um de repúdio à ação do governo do estado, que mandou prender os manifestantes, e outro de apoio aos profissionais encarcerados e ao movimento grevista.

O debate foi iniciado pelo deputado Aylton Gomes (PR), que é bombeiro de profissão e presidente da Comissão de Segurança da CLDF. O distrital estará amanhã no Rio de Janeiro para tentar mediar a libertação dos bombeiros. Na segunda-feira (6), o presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT), também esteve na capital fluminense.
 "Os manifestantes só queriam ser ouvidos, reivindicar seus direitos. Essa ação é fruto da falta de diálogo e terminou com a invasão do quartel pela tropa de choque. Só houve 20 minutos de negociação antes da invasão", destacou Aylton Gomes.

Já Patrício disse que a ação foi "ditatorial" e que a categoria merece mais respeito, uma vez que o Rio de Janeiro vem passando por diversas catástrofes naturais, as condições de trabalho dos bombeiros estão precárias e os salários baixos. "Eles estão presos em condições subumanas. A prisão dos 439 bombeiros só fortaleceu o movimento. Resistir é preciso", afirmou o presidente da CLDF.

  A ação do governo do Rio foi classificada como uma "barbárie" pelo deputado Wellington Luiz (PTC). "Parece que a democracia só existe na palavra. No século 21 não cabe mais esse tipo de ação, contra um movimento legítimo".