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O depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, à Comissão de Ética da Câmara Legislativa na última quinta-feira (29) causou polêmica hoje (3) durante reunião da comissão para ouvir testemunhas relacionadas ao processo por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Eurides Brito (PMDB).

O deputado Batista das Cooperativas (PRP), que foi acusado por Durval na semana passada de receber propina no esquema de corrupção deflagrado pela Polícia Federal através da operação Caixa de Pandora, protestou contra a forma como foi tomado o depoimento."Nosso gabinete recebeu as notas taquigráficas do depoimento somente hoje, com data retroativa ao dia 30. Na noite de ontem, porém, a imprensa já noticiava tudo antes mesmo de eu e a Eurides termos acesso ao documento.
 Essa oitiva foi feita escondida", reclamou Batista. O deputado informou que pretende arguir a suspeição de Erika Kokay (PT), relatora do processo de Eurides e única integrante da comissão a ouvir Durval na semana passada.

Batista também apresentou uma certidão assinada pelo ministro do STJ, Fernando Gonçalves, atestando que o seu nome não consta no processo que corre na corte.
 "Ou o ministro mente ou Durval mente. Entre a versão fantasiosa e revanchista do senhor Durval e a Justiça, fico com a Justiça do meu país", argumentou.

A deputada Erika Kokay (PT), porém, conseguiu validar o depoimento de Durval, contando com o apoio de outros integrantes da comissão. Os deputados Raimundo Ribeiro (PSDB) e Paulo Roriz (DEM) confirmaram que foram convidados pela relatora a participar da oitiva e que receberam a íntegra das notas taquigráficas na sexta-feira (30). Erika também demonstrou indignação com a suspeita de Batista. "Se o meu nome for colocado em suspeição, isso será um golpe", protestou.

No meio da discussão, o deputado Cabo Patrício (PT) informou que será realizada amanhã (04), às 14h30, reunião da Mesa Diretora para analisar o caso de Batista.