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"É importante que a população saiba que nesta Casa não há corporativismo", afirmou o corregedor da Câmara Legislativa, deputado Rôney Nemer (PMDB), ao notificar, hoje pela manhã, a deputada Erika Kokay (PT) da denúncia por suposta infração ao Código de Ética e Decoro Parlamentar. A deputada foi acusada por um ex-funcionário de seu gabinete, de usá-lo como laranja para movimentar dinheiro de campanha. "Tenho o maior interesse na celeridade e profundidade das investigações", afirmou a deputada, que prometeu entregar ao corregedor, já na próxima segunda-feira (20), cópias de sua movimentação bancária. Kokay tem até o dia 31 deste mês para apresentar sua defesa prévia à Corregedoria e Rôney Nemer até o dia 24 de setembro para emitir parecer prévio opinativo à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar se há ou não indicíos suficientes que justifiquem a abertura de processo naquela comissão.

Para elaborar sua defesa, a deputada, que é bancária, disse que irá analisar as contas apresentadas na denúncia a fim de desqualificá-la.
 Erika prometeu ainda disponibilizar a quebra de seu sigilo fiscal e telefônico ao corregedor para que ele tenha elementos de fazer seu julgamento. "Tenho muita segurança e tranqüidade para enfrentar qualquer processo de investigação", declarou. Para Kokay, há ligação entre o processo de investigação sobre o suposto envolvimento do ex-deputado Pedro Passos na Operação Gautama e a denúncia de seu ex-funcionário.
 "Não é mera coincidência", considerou a deputada, que presidia a Comissão de Ética naquela investigação. Ela protocolou, inlcusive, seu pedido de afastamento da Comissão de Ética e Decoro para "garantir a imparcialidade" nas investigações. O deputado Rogério Ulysses (PSB), vice-presidente, irá assumir a vaga.

Faixas - Uma representação na Polícia Civil, que será apresentada pela parlamentar hoje, deverá investigar a autoria das faixas com o dizer "Fora Erika" espalhadas pelo DF. "A CUT apresentou queixa-crime negando a autoria das faixas", disse ela.