Contradições nos depoimentos à CPI do Pró-DF
Contradições nos depoimentos à CPI do Pró-DF

De acordo com o empresário, o pedido de propina ocorreu após a assinatura da carta consulta, documento que é a porta de entrada no Pró-DF e que, posteriormente, leva a uma pré-indicação do lote. O empresário apontou como testemunha o consultor João Marcelo Guimarães, que disse ter trabalhado para cerca de 500 clientes interessados em ingressar no programa. O consultor, contudo, não confirmou a afirmação de Renato de que teria testemunhado a assinatura da carta consulta. "Não assisti a assinatura desse documento".
João Marcelo disse ter visto um documento oficial com a pré-indicação para um lote no trecho 17 do SAI para a Cermatec. No entanto, o documento não estava assinado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, o que gerou uma suspeita dos deputados com relação a sua veracidade.
"Vamos marcar uma acareação para acabar com essa contradição e outros pontos de interrogação. Entendo que o primeiro depoente tem que voltar como testemunha", disse Olair Francisco (PTdoB)."Mesmo com a contradição temos um bom caminho de investigação. Vamos descobrir quem é esse Cavalcante, se ele é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, uma vez que o próprio denunciante não conseguiu identificar sua vinculação", explicou a presidente da CPI, Eliana Pedrosa (DEM). A outra testemunha apresentada pelo empresário, Ulisses dos Santos, funcionário da Cermatec, confirmou que conduziu Cavalcante até a sala de Renato.