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CEOF aprova indicação de Ricardo Vieira para a presidência do BRB

Publicado em 29/05/2008 14h42
Por quatro votos favoráveis e uma abstenção, a Comissão de Economia e Finanças (CEOF) aprovou hoje a indicação do administrador Ricardo de Barros Vieira para a presidência do Banco de Brasília (BRB), após mais de duas horas de sabatina. O voto de abstinência foi do deputado Paulo Tadeu (PT), que se disse satisfeito com as colocações de Vieira diante de outras questões, mas considerou que não houve resposta conclusiva quanto à possibilidade de privatização ou fusão do banco, o assunto mais falado durante a sabatina. Ao todo, participaram mais de dez parlamentares, inclusive o presidente da Casa, Alírio Neto (PPS).

Como Ricardo Vieira foi funcionário de carreira do Banco do Brasil durante 30 anos, e considerando as especulações sobre a possível incorporação do BRB ao BB, o convite para que assumisse a presidência do Banco de Brasília foi interpretado por alguns como confirmação da venda. Foi esse o objeto da primeira pergunta do deputado Paulo Roriz (DEM), presidente da CEOF. "Não vim com essa missão. Incorporações, fusões e vendas não são minha especialidade", respondeu. Vieira admitiu que há uma discussão sobre o assunto, mas "em caráter preliminar", e que ainda não foi concluído o primeiro passo que é a precificação, a cargo de uma comissão criada em abril.

Como executivo, ele disse que não descartaria qualquer variável, mas considera viável a expansão do BRB como estatal, desde que haja investimentos em aperfeiçoamento do corpo técnico, tecnologia, produtos e serviços. "Ser estatal não é doença, não é impede que uma instituição financeira se torne competitiva", declarou. Vieira lembrou que não saiu do Banco do Brasil direto para o BRB. Aderiu a um programa de desligamento em agosto de 2007.

Corrupção - Corrupção, investimentos em patrocínios e propaganda e financiamento imobiliário foram outros temas questionados pelos deputados. Vieira defendeu o fortalecimento do Departamento de Auditoria e do corpo técnico de funcionários como forma de fomentar o controle interno. O crédito imobiliário, informou, está entre as prioridades do planejamento para 2008.
 O banco tem R$ 200 milhões para aplicar e está tentando, junto à Caixa Econômica Federal, a liberação de recursos do FGTS.

A deputada Erika Kokay (PT) destacou que os gastos do BRB com publicidade, segundo balanço concluído em julho de 2007, superaram as operações de intermediação financeira e as despesas de pessoal. Ricardo Vieira defendeu regras claras e uma política única para definição dos investimentos em propaganda e patrocínios.

Votaram a favor do parecer do relator, deputado Paulo Roriz, pela aprovação do nome de Ricardo Vieira para a presidência do BRB, os deputados Cristiano Araújo (PTB), Rôney Nemer (PMDB) e Berinaldo Pontes (PP). Participaram ainda da sabatina os deputados Eurides Brito (PMDB), Batista das Cooperativas (PRP) e Wilson Lima (PR).

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