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A Semana do Migrante e o Dia Mundial do Refugiado foram comemorados hoje no plenário da Câmara Legislativa, em sessão solene realizada por iniciativa do deputado Paulo Tadeu (PT) e com a participação de representantes de movimentos sociais, culturais e religiosos. Este ano a semana será comemorada até o próximo dia 24 de junho e tem como tema "Fraternidade e Amazônia". O ex-deputado e ator Miquéias Paz fez uma apresentação especial em homenagem a Chico Mendes, líder serringueiro, um dos ícones nacionais da luta pela terra na Amazônia.

Paulo Tadeu ressaltou que a Semana do Migrante é de suma importância para a sociedade brasileira e em especial para as comunidades pobres.
  Para ele, de um lado, se concentram o poder, a terra, a renda e as riquezas em determinadas regiões e países. De outro, aumentam a exclusão social, o desemprego e as migrações em massa, tanto internamente no Brasil, como entre os vizinhos e, principalmente, dos países pobres para os ricos. "Para o capital financeiro não há fronteiras nem limites; mas para o trabalhador migrante erguem-se muros, legislações e políticas restritivas", acrescentou o deputado.

O diretor do Centro Cultural de Brasília (CCB), Padre Thierry Linara, observou que nossa cidade é resultado de um processo migratório acelerado, que ainda não terminou. Destacou que a Capital tem uma dívida social para com milhares de migrantes que participaram da sua construção e vieram para cá em busca de uma vida mais digna e melhor.

O padre Daniel Higino Lopes de Mendes, pároco da Paróquia São José, destacou a responsabilidade do Estado e do Poder Público na questão da terra. Para ele, a terra nos foi dada gratuitamente e, "se foi prometida, é porque foi tomada". Dessa forma, a omissão do Estado em relação à questão da terra tem se desdobrado em vários outros problemas sociais nos centros urbanos, sobretudo nas áreas de saúde, educação e saneamento básico.