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Audiência pública sobre revisão do PDOT atrai moradores e ambientalistas em Ceilândia

Publicado em 21/05/2008 15h08
Muitas reivindicações para regularização de condomínios e protestos sobre  ocupações em áreas de preservação ambiental marcaram a audiência pública que a Câmara Legislativa realizou hoje (21) de manhã, em Ceilândia, para debater o projeto de lei complementar 46/2007, do GDF, que prevê a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).
 A discussão envolveu as questões referentes às cidades de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Águas Claras. Conforme determina a Lei Orgânica do DF, o projeto do PDOT vem sendo discutido com as comunidades afetadas, em audiências específicas para cada Unidade de Planejamento. Por isso, dezenas de líderes de associações comunitárias, moradores e ambientalistas, lotaram o auditório da Administração Regional. O debate foi acalorado, com muitas intervenções.

Ao abrir a audiência, o deputado Batista das Cooperativas (PRP), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustetável, destacou a importância da discussão do PDOT pelos moradores das cidades, e garantiu a palavra a todos os que se inscreveram para manifestar suas reivindicações ou críticas ao projeto, que tramita na Câmara Legislativa.

A  maioria dos participantes extrapolou o limite de dois minutos concedidos e  defendeu a regularização fundiária dos condomínios existentes naquelas cidades.
 Foi o caso, por exemplo, do síndico Eli Resende, do condomínio Cooperville, em Taguatinga, que entregou uma carta aberta reivindicando a inclusão de loteamentos em Vicente Pires, na revisão do PDOT.

Antagonismos - "O PDOT não é um instrumento imediadista. Pensa a cidade para os próximos dez anos. Por isso, não pode ser alvo de antagonismo pelos ambientalistas. Tem que haver parcerias", disparou o presidente da União pela Moradia Popular, Paulo Valério. Ele informou que na cidade do Riacho Fundo II isso foi possível com a liberação de uma área de preservação ambiental para loteamento popular.

A produtora orgânica, Massae Watanabe, criticou, por sua vez, a disputa travada entre interessados nas regularizações dos condomínios e defensores das áreas de preservação ambiental. "Essas preocupações têm que ser complementares para que tenhamos desenvolvimento sustentável e ambiente preservado", afirmou, sob muitos aplausos.

Além do presidente da Mesa, Batista das Cooperativas, também participaram da audiência pública os deputados Eurides Brito (PMDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e Leonardo Prudente (DEM), líder do governo.
 O secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do DF (Seduma), Danilo Aucélio, apresentou uma exposição sobre os principais aspectos do projeto em discussão.

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