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A inclusão dos serviços dos assistentes sociais nos estabelecimentos de ensino, bem como a reivindicação de um piso salarial para a categoria são pleitos que serão levados pelos deputados Raimundo Ribeiro (PSDB) e Chico Leite (PT) ao secretário de Educação, Júlio Gregório, e ao chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. Essas questões foram debatidas em audiência pública na manhã desta quinta-feira (29) no plenário da Casa. O encontro reuniu representantes, profissionais e estudantes de serviço social.

"Precisamos mostrar aos órgãos do Governo a importância do trabalho dos assistentes sociais nas escolas", disse o deputado Ribeiro. Atualmente, há sete mil assistentes em atuação no DF, segundo a presidente do sindicato da categoria, Rosalda Prado. "Trabalhar as mediações no ambiente escolar e institucional é nossa função", afirmou.

A mesma opinião manifestou a integrante do Conselho Regional de Serviço Social, Zora Ionará, para quem os "assistentes sociais são mediadores das diferentes esferas da vida social dentro da realidade escolar". Hoje, o principal desafio desses profissionais no DF é, segundo Ionará, enfrentar a evasão escolar.

Para combater os problemas que chegam ao ambiente escolar, entre eles a própria evasão, os assistentes sociais que atuam na área da educação devem "envolver e inteirar na escola professores, alunos, família e comunidades", de acordo com a representante do Conselho Federal de Serviço Social, Valéria Omena. O trabalho desses profissionais vai além e abarca "propostas de políticas de educação no ambiente de vulnerabilidade social das escolas", segundo a coordenadora acadêmica da Faculdade Anhanguera, Josenilcia Rosa da Cruz.

Abertura de estágio para os estudantes de serviço social nas escolas foi a principal reivindicação dos alunos presentes na audiência. As escolas, embora precisem da atuação desses profissionais, não os contratam, protestou Josenilcia, que chamou a atenção ainda para os casos de violência nas escolas.

Paz nas escolas - Em sessenta dias estarão concluídos os "cadernos de ações", instrumento da política Paz nas Escolas, elaborado pelo Executivo para "reduzir os índices de ocorrências de violência nas escolas". O anúncio foi feito pelo representante da Secretaria de Segurança Pública, Francisco Roberto Guedes. A "proteção social integral" é uma das frentes de trabalho dos assistentes sociais, de acordo com a representante da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nathália Elisa de Freitas.

Segundo Nathália, que também é assistente social, a audiência pública de hoje é "um debate inicial para questões resolutivas" na atuação desses profissionais dentro das escolas. "Queremos promover ações de forma integral e sistemática", complementou.