Audiência discute projeto de reforma da Torre de TV e o futuro do artesanato no local
Audiência discute projeto de reforma da Torre de TV e o futuro do artesanato no local

Participaram do debate os deputados Chico Leite e Paulo Tadeu, ambos do PT, o Secretário do Trabalho do DF, Rodrigo Martins, o presidente da Associação dos Artesãos, Artistas Plásticos e Manipuladores de Alimentos da Feira da Torre de Televisão, Nicanor de Faria Asenjo, representantes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), do Iphan e da Administração Regional de Brasília, entre outros.
Ao saber que o projeto original, de que os feirantes já haviam tomado conhecimento, fora modificado sem consulta aos principais interessados, Erika Kokay reuniu-se com o governador em exercício, Wilson Lima, e com representantes da Secretaria de Obras, Novacap e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No encontro ficou acertado que haveria nova reunião, às 14h30 de amanhã, no local das obras, incluindo representantes da Administração Regional e dos feirantes, para tomar pé da situação.
Auditoria - De acordo com o vice-presidente da associação dos feirantes, Alex Moraes, houve uma "deturpação" do projeto original, com alteração do próprio conceito do que viria a ser, na sua opinião, "um marco na história do artesanato do DF". Alex lembrou que R$ 18 milhões já foram gastos no projeto e sugeriu que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do DF fizessem uma auditoria.
Os feirantes querem garantir que os atuais 578 ocupantes sejam contemplados nos 608 boxes e que os boxes restantes não sejam destinados para não artesãos. Outra grande preocupação é que não haja invasão do espaço vazio que deixarão após a transferência para os novos boxes. Erika Kokay vai lutar pela formação de uma comissão permanente para gestão da feira, onde os feirantes participem de forma paritária ao número de integrantes do governo.
Os artesãos reivindicam ainda a manutenção de espaço livre a cada quatro boxes, para circulação dos visitantes, espaços maiores para as pessoas que trabalham com a produção de alimentos na feira e a preservação do caráter artesanal. Hoje, segundo depoimentos de vários feirantes, disputam espaço com eles ambulantes que vendem produtos industrializados, falsos artesãos e até bancas de frutas.