Audiência debate mudança de nome da estação do metrô Estrada Parque, em Águas Claras, para Estação Solo Sagrado
Audiência debate mudança de nome da estação do metrô Estrada Parque, em Águas Claras, para Estação Solo Sagrado
Foto: Divulgação/IURD

Mudança de denominação tem o objetivo de facilitar a localização de templo religioso para mais de cinco mil pessoas nas proximidades da estação
A Câmara Legislativa promoveu audiência pública nesta quarta-feira (15) para debater o PL 2725/2022, que altera o nome da estação do metrô Estrada Parque, na em Águas Claras, para Estação Solo Sagrado. O autor da proposta, deputado Martins Machado (Republicanos), explicou que a audiência é uma exigência legal quando se trata de mudança da denominação de logradouros e monumentos do Distrito Federal. “Primeiro o debate público, a aprovação da comunidade, depois então o projeto começa a caminhar”, afirmou.
Segundo o morador de Águas Claras Tayrone Pereira, proponente do abaixo-assinado com centenas de assinaturas que defende a mudança, o objetivo é facilitar a localização de templo religioso que será inaugurado nas proximidades da estação. “Queremos prestigiar o templo que será um ponto turístico inquestionável e que, a médio e longo prazos, vai trazer muitos turistas para a região”.
Ele argumentou que o monumento da Igreja Universal do Reino de Deus é inspirado nas obras do arquiteto Oscar Niemeyer e “vai movimentar a economia”. Ainda de acordo com ele, o templo terá 43 mil m² de área construída com capacidade para mais de 5 mil pessoas na nave principal, e a expectativa é de 40 mil visitas por semana.
O presidente da Associação de Moradores de Águas Claras, Roman Dário Quatrin, concordou que o monumento trará desenvolvimento para a RA, mas que também causará transtornos “intangíveis” e pode onerar o DF. De acordo com ele, seria preciso atualizar os mapas de arredores, das linhas e em braile, bem como toda a sinalização de 27 estações. “A própria estação hoje denominada Estrada Parque teria que fazer alteração de placas com o nome, indicadores de localização, placas na fachada e até placas situadas na Estrada Parque”, ressaltou.
Quatrin também calculou a necessidade de se substituir 768 adesivos com a rota das linhas do metrô nas portas nos vagões, além de nova gravação de voz que indica a próxima estação, bem como ajustes no site do metrô e em aplicativos.
Para ele, a Igreja Universal é a “grande interessada e maior beneficiada” e que, se ela “ajudar” nos custos com a mudança do nome, “terá total apoio da Associação”. Quatrin aproveitou para agradecer a Martins Machado pela destinação de emenda parlamentar de R$ 2 milhões para construção de passarela na Estação.
Morador de Águas Claras e proprietário de imobiliária que representa 160 imóveis na RA, o corretor Daniel Bomtempo perguntou ao distrital sobre a constitucionalidade da matéria. Martins Machado explicou que o primeiro trâmite é a audiência e que o PL será analisado por Comissões, como a de Constituição e Justiça, antes de seguir para a votação em Plenário.
O deputado concordou com Quatrin sobre a necessidade de se buscar solução para que a mudança não impacte o orçamento do DF.
“O nosso objetivo é que seja custo zero para o governo e, sendo necessário, vamos buscar sim uma parceria privada para custear essa mudança do nome, caso o projeto seja aprovado. Vamos construir caminhos para que, uma vez chegando ao objetivo, seja com a aprovação pelo menos da maioria, sem causar transtorno para ninguém”, ressaltou.
Mario Espinheira - Agência CLDF