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A Câmara Legislativa realizou na manhã desta sexta-feira (16) sessão solene em comemoração ao Dia do Artesão. Iniciativa do deputado Aylton Gomes (PR), o evento foi palco de homenagens e de manifestações de insatisfação por parte dos artesãos. Eles reclamam, principalmente, da falta de espaço na Feira da Torre e dos critérios para a ocupação das barracas. Gomes se comprometeu a agendar uma audiência com representantes das associações e os responsáveis pela gestão da feira.

Segundo Lúcia Cruz, da Associação Sodoeste/Octogonal de Artesanato Solidário, o Distrito Federal tem um total de 75 feiras, das quais apenas duas seriam de artesanato: a Feira da Torre e a da 115 norte - que atualmente está desativada por falta de apoio. "A Feira da Torre passou, ao longo dos anos, por um processo de descaracterização e, hoje, apenas 20% das barracas são de artesanato", lamenta.

:Os artesãos levaram ao plenário da Câmara Legislativa faixas reclamando da situação. "Queremos justiça, não somos invasores", dizia uma delas. Lúcia Cruz explicou que a Feira da Torre é o polo de artesanato do DF, um espaço que deveria representar a produção de todas as regiões administrativas do DF. No entanto, associações de artesãos de cidades como Sudoeste, Varjão e Vicente Pires não tiveram direito a barracas na nova feira.
 "Além disso, muitos artesãos antigos ficaram de fora", acrescentou Lúcia.
 "A Câmara é como uma caixa de ressonância dos problemas, é um espaço para debate e, a partir disso, vamos procurar solucionar os impasses junto aos responsáveis", disse o distrital Aylton Gomes.

Homenagem - "Mesmo aos trancos e barrancos, o artesão de Brasília produz um artesanato riquíssimo, como é o caso das flores do cerrado", elogiou Aylton Gomes. "O artesanato é a expressão da cultura de um povo", lembrou o secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira.