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Arruda terá 20 dias úteis para se defender

Publicado em 08/03/2010 14h23
O deputado Batista das Cooperativas (PRP), primeiro secretário da Câmara Legislativa, irá novamente à Polícia Federal, às 17 horas desta segunda-feira (8), para entregar a notificação relativa ao processo de impeachment ao governador afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido). Após a reunião da Mesa Diretora, no início desta tarde (8), o parlamentar deu entrevista coletiva, oportunidade em que justificou o fato de não ter entregue à revelia o documento ao governador afastado, que se recusou a recebê-lo.
 "Queria compartilhar a responsabilidade com a Mesa", explicou. Ele irá à PF acompanhado por dois procuradores.

O primeiro secretário da Câmara esclareceu que o prazo para defesa de Arruda - de 20 dias úteis - começa a contar a partir de hoje e que não houve qualquer prejuízo ao cronograma do processo na Câmara Legislativa. Batista informou que, durante a reunião, todos os membros da Mesa entenderam os motivos pelos quais adiou a entrega da notificação.

Parecer - O deputado pediu parecer da Procuradoria Jurídica da Casa sobre o assunto e disse que os procuradores levaram quase quatro horas para concluir o parecer, entregue por volta das 13 horas. O documento reforça que havia motivo para as preocupações de Batista na sexta-feira. "Se tivesse entregado a notificação correria o risco de ver o processo anulado em 20 a 40 dias", declarou.

Ele exibiu o parecer e a própria notificação, mas ressalvou que só distribuiria cópias à imprensa após sair da sala em que Arruda está detido. Adiantou que não vai falar à tarde. "Será um momento difícil, e não vou fazer disso palco político", desabafou. O parlamentar confessou que não foi fácil ver o governador afastado preso, quando questionado sobre o fato de ser seu aliado.

CPI - "Um milhão e 700 mil pessoas estão tristes", falou, lembrando que o governo de Arruda vinha tocando "importantes projetos nas áreas de transportes, educação, saúde e moradia". "Houve atos incorretos", destacou, "e esses serão apurados. É preciso punir os culpados e extirpar a corrupção".
 Lembrou ainda a necessidade de assegurar a governabilidade e impedir a intervenção federal.

Batista concluiu afirmando que não deixará de participar de nenhuma votação e não se furtará a ocupar qualquer cargo para os quais for indicado pelos colegas. Acrescentou que a CPI da Codeplan, que ainda não tem presidente, está andando e poderá ter seu prazo prorrogado, se for preciso. "A Comissão já recebeu cinco mil páginas de documentos e serão ouvidas todas as pessoas necessárias. Vamos dar uma resposta à sociedade".

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