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Agaciel defende projeto para qualificação de jovens

Publicado em 26/05/2011 15h49
O deputado Agaciel Maia (PTC) defendeu nesta quinta-feira (26), na audiência pública promovida pelo deputado Wasny de Roure (PT) para debater a política de ensino técnico no DF, a criação pelo GDF de um projeto de qualificação de jovens, mediante uma parceria entre a rede de ensino público e as concessionárias de serviços públicos e empresas do DF.

A proposta, segundo disse, alcançaria dois grandes objetivos:  qualificar mão-de-obra suprindo as demandas locais e garantir que os alunos pudessem chegar à maioridade preparados para o mercado de trabalho. Agaciel reportou-se às experiências conduzidas por ele quando foi diretor-geral do Senado. Na ocasião, ele abriu as portas da gráfica para estágios que prepararam cerca de 2.

:500 pessoas, que hoje atuam no mercado gráfico do DF.

Para o diretor de Tecnologia e Formação Profissional do SENAI, Romerito Carneiro de Lima, a sugestão de Agaciel Maia é mais do que oportuna. Ele afirma o órgão tem condições de se engajar no processo. No entanto, ressalvou que é preciso conscientizar os jovens de que todos os ofícios têm respeitabilidade, e que um torneiro mecânico pode ser tão conceituado quanto um engenheiro.

Já a professora Simone Estela de Oliveira do Brasil, diretora da Escola Técnica de Brasília (ETB), considera que a procura dos cursos técnicos é boa, mas que o difícil vem sendo manter os alunos na escola, em razão do alto índice de evasão. Faltam, segundo ela, apoios consistentes, como professores especializados, transporte, alimentação e laboratórios em condições.

A carência de profissionais, ao lado da necessidade de estancar os altos índices de evasão escolar e da carência de profissionais, também foi apontada pelo diretor da Escola Técnica de Planaltina, Paulo César, como pontos a serem resolvidos para o fortalecimento do ensino técnico.

A diretora da Escola Técnica de Ceilândia (ETC), Márcia Castilho de Sales, enfatizou a necessidade de o ensino técnico ser priorizado nas agendas local e federal, afirmando que esse segmento é o primo pobre da educação. "Por falta de recursos, acabam ficando reféns da boa vontade de programas e projetos", disse ela. A ETC atende, além da clientela regular, jovens que estão em liberdade assistida, egressos do Instituto de Saúde Mental e quadros de reprofissionalização do INSS.

Manifestaram-se também na audiência pública o diretor da Escola de Música de Brasília, Ataíde de Mattos, e o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), André João Costa, que destacou as carências do ensino técnico no DF, como a falta de professores especializados, a falta de padronização dos conteúdos, de refeitório para os alunos e até a abertura das escolas para a comunidade.

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