Acusações de Durval Barbosa provocam atritos entre deputados
Acusações de Durval Barbosa provocam atritos entre deputados

A deputada Eurides Brito e o deputado Geraldo Naves (DEM) criticaram o comportamento da relatora do caso e também o vazamento do conteúdo do depoimento sigiloso.
Eurides Brito disse que recebeu ontem as notas taquigráficas e está fazendo desde então uma análise do material para se manifestar. Ela antecipou, no entanto, que já identificou muitas "incongruências, inverdades e coisas absurdas". Ela assinalou que a relatora não pode se basear em fofocas e deve produzir seu relatório com base em provas.
Já Geraldo Naves disse que Kokay faltou com a verdade ao mencionar no texto vazado pela imprensa de que ele teria recebido propina para votar projetos de interesse do governo. O assunto teria sido mencionado por Kokay como parte de uma conversa dela com a deputada Eurides Brito durante uma festa de aniversário.
Naves afirmou que jamais recebeu propina e negou a existência da conversa entre as parlamentares.
Eurides Brito também negou que tivesse acusado deputados de receberem dinheiro para votação de projetos.
Kokay explicou que este fato não está na versão revisada das notas taquigráficas do depoimento. Segundo ela, na versão que vazou para a imprensa, a conversa está fora de contexto e ela não tem certeza de todos os nomes mencionados e das datas, e por isto ela retirou esta parte das notas oficiais.
A relatora, no entanto, confirmou que teve a conversa com Eurides Brito e que ela teria dito também que não sustentaria publicamente a denúncia. "Ficou claro que ficaria uma palavra contra a outra", argumentou.
Eurides pediu à Mesa Diretora que a polícia legislativa investigue o vazamento do depoimento sigiloso.
Já o deputado Reguffe (PDT) apelou para o fim do que chamou de "fofocolândia". Para ele, todas as denúncias devem ser apresentadas publicamente e investigadas. "Quem não deve, não teme", disparou.