32 anos do Sinpro são comemorados na Câmara
32 anos do Sinpro são comemorados na Câmara

Rejane lembrou que a história do Sinpro se confunde com sua própria luta sindical e que o sindicato foi responsável pela segunda greve no regime militar, em 1979, enfrentando "botas e baionetas". O sindicato é, segundo a deputada, respeitado em todo o país pelo exemplo em conduzir democraticamente a luta pela valorização dos trabalhadores em educação.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), também egressa do movimento sindical, observou que quando se fala em educação, fala-se em sociedade e "não teremos políticas públicas de qualidade sem uma educação pública de qualidade". Para a ex-distrital, carrega-se pelo resto da vida o que se adquire numa sala de aula.
O também deputado federal e presidente do PT/DF, Roberto Policarpo, ressaltou que a comemoração do aniversário do Sinpro-DF é uma iniciativa pela cidadania e solidarizou-se com a campanha salarial dos professores. "O sindicato vem se destacando por lutar pela educação de qualidade e pela gestão democrática das escolas, caminhos para a construção de uma cidade melhor", disse.
Já a diretora do Sinpro, Maria Augusta Ribeiro, avisou que o sindicato decretou o estado de greve exatamente para acelerar os entendimentos e, dessa forma, evitar a greve. Acrescentou que a entidade participou da campanha do governador Agnelo exatamente para obterem um tratamento diferenciado daquele que sempre foi dispensado aos professores.
Isso, segundo Maria Augusta, representa antes de tudo o respeito e a valorização da categoria, que quer a isonomia com outras que têm formação superior, visto que, hoje, recebem cerca de um terço do valor pago a outras categorias; dispor de um plano de saúde adequado e 13,8% de aumento, a título de recomposição das perdas salariais.
O presidente do PCdoB, Augusto César Martins Madeira, citou o escritor português José Saramago para enfatizar o papel relevante da educação e mencionou a participação do Sindicato dos Professores do DF na luta pela redemocratização do País e o enfrentamento da ofensiva neoliberal que se seguiu.
Para o secretário-geral do Sindicato dos Auxiliares de Escolas, Denivaldo Alves do Nascimento, a entidade aprendeu muito com o Sinpro, mas assinalou que todos pertencem a um só projeto.
José Eudes de Oliveira, representante da CUT, resumiu a importância do Sindicato dos professores com a frase: "Quando o Sinpro se mexe, o GDF balança".