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DCL n° 125, de 23 de junho de 2025
Pautas 1/2025
CEOF
7ª Reunião Ordinária da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
Data: 24 de junho de 2025, às 14h Local: Sala de Reunião das Comissões Item I - Dos Comunicados:
Item II - Matérias para discussão e votação:
- Leitura e aprovação das Atas:
- Ata da 6ª Reunião Ordinária, de 10/06/2025 (2182841).
- Parecer Geral do PL Nº 1742/2025
Ementa: Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2026 e dá outras providências.
Autoria: Poder Executivo
Relatoria: Deputado Eduardo Pedrosa
- Parecer do PL Nº 1290/2020
Ementa: Dispõe sobre isenção de ICMS para aquisição de armas de fogo e munições aos agentes de segurança pública, militares das forças armadas e CAC's.
Autoria: Deputado Delmasso
Relatoria: Deputada Paula Belmonte
Parecer: Pela inadmissibilidade do Projeto e das duas emendas aditivas que lhe foram apresentadas
- Parecer do PL Nº 427/2023
Ementa: Dispõe sobre as competências, atribuições e serviços a serem prestados pelas Administrações Regionais no âmbito das regiões administrativas sob sua jurisdição.
Autoria: Deputado Ricardo Vale Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela admissibilidade
- Parecer do PL Nº 858/2024
Ementa: Obriga a Instalação de Iluminação Sustentável em Todas as Passarelas do Distrito Federal.
Autoria: Deputado Pastor Daniel de Castro
Relatoria: Deputado Joaquim Roriz Neto
Parecer: Pela admissibilidade, com a emenda modificativa deste Relator
Brasília, 18 de junho de 2025.
PAULO ELÓI NAPPO
Secretário da CEOF
Documento assinado eletronicamente por PAULO ELOI NAPPO - Matr. 12118, Secretário(a) de Comissão, em 18/06/2025, às 12:01, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site: http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 Código Verificador: 2201992 Código CRC: FF8E4999.
DCL n° 125, de 23 de junho de 2025
Atos 138/2025
Mesa Diretora
A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas
atribuições regimentais, considerando o Memorando nº 66/2025 - GAB DEP Paula Belmonte (2203828), RESOLVE:
Art. 1º Fica concedida, nos termos do art. 19, inciso II, do Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal, licença sem subsídio à Deputada Paula Belmonte, nos dias 23 e 24 de junho de 2025, para tratar de interesse particular.
Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Sala de Reuniões, 17 de junho de 2025.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
DEPUTADO RICARDO VALE
1º Vice-Presidente
DEPUTADA PAULA BELMONTE
2ª Vice-Presidente
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
1º Secretário
DEPUTADO ROOSEVELT
2º Secretário
DEPUTADO MARTINS MACHADO
3º Secretário
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS
4º Secretário
Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. 00128, Quarto(a)-Secretário(a), em 17/06/2025, às 17:53, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 17/06/2025, às 18:16, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)- Secretário(a), em 17/06/2025, às 18:39, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Primeiro(a) Vice- Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 18/06/2025, às 09:29, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)- Secretário(a), em 18/06/2025, às 17:18, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site: http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 Código Verificador: 2203873 Código CRC: 5FC69C55.
DCL n° 125, de 23 de junho de 2025 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 52/2025
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA
52ª SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 11 DE JUNHO DE 2025.
INÍCIO ÀS 15H10 TÉRMINO ÀS 16H18
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos.
Está aberta a sessão.
Convido o deputado Pastor Daniel de Castro a secretariar os trabalhos da mesa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP) – Obrigado, presidente. Boa tarde, presidente.
Boa tarde, deputado Daniel Donizet, deputado Gabriel Magno, deputado Max Maciel, deputado Thiago
Manzoni e todos os que assistem à nossa sessão.
Presidente, quero fazer a apresentação de um amigo que nos visita nesta tarde, vindo de
Roraima. Fique de pé, por gentileza, pastor Deusailton de Souza, que já foi deputado federal. Ele é
nosso candidato a senador da República no estado de Roraima e presidente da Convenção das
Assembleias de Deus no estado do Pará.
Seja muito bem-vindo. Obrigado pela presença.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Sobre a mesa, expediente que será lido
pelo secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de
Castro. Cumprimento o pastor Deusailton. Seja muito bem-vindo à nossa casa. Deus o abençoe na sua
trajetória, no seu pleito. O pastor deputado Pastor Daniel de Castro estava contando a sua história para
nós.
Muito obrigado. Muito bom tê-lo conosco.
Dá-se início ao comunicado de líderes.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante. (Pausa.)
Peço 5 minutos para atender ao pessoal do Conseg, do Park Way, mas estou aqui do lado.
Como vossas excelências falarão hoje até às 19 horas, eu estarei nesta casa, fazendo companhia a
todos vocês.
(Assume a presidência o deputado Daniel Donizet.)
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Gabriel
Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder.) – Boa tarde a todos os deputados e as
pessoas que aqui se encontram.
Eu quero, presidente, falar hoje da – mais uma – infeliz declaração do governador Ibaneis
Rocha. Parece-me que cada dia mais o nosso governador fica parecido com o Bolsonaro, adota o
método da mentira como prática do discurso político, da ação política. Eu quero mostrar para os
senhores 2 áudios do governador Ibaneis: um antes da campanha, o outro depois.
Assim como Bolsonaro fez lá no Supremo, chamando os apoiadores de malucos, dizendo que
não tem nada a ver com os discursos que fez, negando a realidade, parece que o governador Ibaneis
faz a mesma coisa, deputado Chico Vigilante, porque, antes da campanha, este era o discurso:
(Apresentação de áudio pelo celular.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder.) – O governador Ibaneis, na campanha,
disse que vai governar junto com os servidores, abraçado, inclusive, com os sindicatos, em que ele fez
fortuna. Depois de eleito, este é o discurso do governador:
(Apresentação de áudio pelo celular.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder.) – Agora, ele nega aquilo que disse na
campanha. Pior ainda, ataca os professores, com uma ameaça covarde, deputado Chico Vigilante:
“Quero ver por quanto tempo vão aguentar sem salário. Vou cortar o ponto e quero ver por quanto
tempo vão aguentar.”
O governador Ibaneis deveria sair do personagem candidato e assumir o papel de governador
desta cidade. O papel do governador desta cidade é cuidar das escolas, dos servidores públicos,
inclusive dos professores e professoras, e não fazer discurso os ameaçando: “Quero ver por quanto
tempo vão aguentar sem salário”.
São mais de 30 mil professores nesta cidade. Não há greve de esquerda, como o governador
diz. Eu quero chamar a atenção dos nobres colegas para o fato de que há professor em greve,
deputado Pastor Daniel de Castro, que eu tenho certeza absoluta de que, lá em Taguatinga, vota em
vossa excelência. Há professor no Gama, deputado Daniel Donizet, que eu tenho absoluta certeza de
que vota em vossa excelência, como há, na Ceilândia, no Paranoá, em São Sebastião, em Santa Maria,
quem vote em outros parlamentares desta casa. A greve está sendo feita por professores e professoras
que estão no dia a dia da sala de aula.
Continuar insistindo nessa tese e se negar a negociar com essa que é a maior categoria desta
cidade não é papel de quem governa a cidade, é papel de quem é candidato. O Ibaneis, hoje, é
governador, não é candidato. Candidato será no ano que vem, pois a eleição se disputará no ano que
vem.
O que chama muita atenção é que, mais uma vez, a declaração do governador Ibaneis é feita
num encontro fechado, de grandes empresários, provavelmente regado a alguns comes e bebes.
Porém, nós não vemos o governador Ibaneis fazendo declarações em atividades de inauguração de
escola, por exemplo – até porque ele não construiu nenhuma escola no seu governo – ou dando
declarações dialogando com o povo. Quando faz isso, o que é raro, acontece da forma que nós vimos
em Taguatinga, semana passada, quando mandou o povo calar a boca. Ele não consegue dialogar e
assume que é um governo autoritário, que não tem diálogo com a população.
Esse é o governo que nós temos hoje, um governo que ameaça os professores diante de uma
greve justa, legítima e declarada, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal, como legal. Quem está na
ilegalidade é o governo, que nem o repasse do INSS está pagando, que não tem diálogo e ameaça os
professores.
Eu quero encerrar, presidente, em mais 30 segundos, dizendo que essa categoria sempre teve
compromisso com a escola, deputado Chico Vigilante, com os estudantes. Em toda greve, a categoria
repõe as aulas, aos sábados, nos recessos, nas férias. Tem compromisso com a educação essa
categoria que está em greve. Parece que o governador esqueceu também a lei, porque é preciso que
sejam cumpridos os 200 dias letivos. Cortar o ponto dos professores e não negociar é não garantir até
mesmo o fechamento do ano letivo. Professores e professoras da cidade têm compromisso com a
educação e com os estudantes, presidente.
Eu quero, mais uma vez, lamentar. O governador, em vez de ficar ameaçando o professor em
evento de empresário, deveria apresentar uma proposta para essa categoria.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Thiago
Manzoni. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – (Bloco A Força da Família. Como líder.) –
Cumprimento o nobre presidente, deputado Daniel Donizet, que preside a sessão neste momento; os
deputados e deputadas que estão nesta casa; os nossos servidores; aqueles que assistem à nossa
sessão pela TV Câmara Distrital, pelo YouTube; todos os servidores presentes; nossos assessores
também.
Mais uma vez, eu quero saudar e cumprimentar o querido pastor Deusailton, presidente da
Convenção das Assembleias de Deus do estado de Roraima. É uma alegria tê-lo conosco. Ele veio do
estado de São Paulo na noite de ontem, segunda-feira, quando foi o aniversário de 93 anos do nosso
bispo primaz, e, junto com o meu pastor presidente aqui em Taguatinga, pastor Gilson, teve a
oportunidade de comemorar uma data tão importante.
Agora em maio, completou 93 anos aquele que é a grande referência para os evangélicos desta
nação. A nossa convenção, a Igreja Assembleia de Deus Ministério de Madureira, está presente em
mais de 110 nações no mundo. É o maior movimento evangélico pentecostal do mundo. Deus tem nos
dado a graça de ainda estar viva – glória a Deus por isso! – a nossa liderança nacional, o nosso bispo
primaz, doutor Manoel Ferreira, que lidera todo esse movimento no Brasil afora. Como a do estado de
Roraima, nós temos convenções em todos os estados, e no Pará, pela grandiosidade do estado, temos
2 convenções: Pará Norte e Pará Sul. Isso faz de nós 28 convenções em todo o Brasil. No país, só o
nosso Ministério de Madureira é composto por mais de 18 milhões de evangélicos.
Ele é liderado pelo bispo primaz, doutor Manoel Ferreira; pelo seu filho, bispo Samuel Ferreira,
que é o nosso presidente-executivo; pelo outro vice-presidente, bispo Abner Ferreira; e pelo bispo
Oídes José do Carmo, que é o nosso terceiro vice-presidente e comanda todo o Centro-Oeste. Todos
eles também são advogados, militam no direito e têm conduzido essa igreja Brasil afora e mundo
afora. A cada dia que passa, ela cresce mais. São os propagadores do evangelho, difusores do
evangelho.
Dizendo isso, presidente, quero falar da importância da igreja. Ela é tão importante, que,
quando chega um pleito, não existe um candidato que não vá atrás da nossa liderança para dialogar,
para conversar sobre os rumos da nação. Somos cidadãos do céu, mas também somos cidadãos da
terra. Nós temos um CPF, vivemos, pagamos imposto.
A igreja, presidente, tem um papel extraordinário, mas, muitas vezes, eu fico a lamentar,
porque, às vezes, o Estado não dá a devida importância para essas estruturas.
A igreja está presente onde muitas vezes o Estado não está. Por isso, eu entendo que a igreja
é a longa manus do Estado. Ela é a mão estendida do Estado, principalmente nos rincões, nas
cidades, nas pontas, onde estão as pessoas menos favorecidas, que menos tiveram oportunidade. Você
pode ver que lá existe uma igreja que evangeliza, que prega a palavra, que dá uma assistência, que
paga uma água, paga uma luz, que paga um aluguel. Às vezes, a igreja dá a essa pessoa uma cesta
básica. Isso é também a função da igreja. Ela precisa ser reconhecida.
Eu falo isso para lamentar, porque, muitas vezes, essa extrema-esquerda parece que tem ódio
de nós. Quando se fala de igreja, ela vem aqui e fala que o Estado é laico. Quando pomos a mão em
alguma coisa, como evangélicos, como cristãos, a esquerda tem a mania de falar sobre a laicidade do
Estado. Nós não estamos falando das pessoas. Ser laico não é não ter religião. Ser laico é patrocinar
todas as religiões, é tratar por igual todas as religiões, é ter respeito por todas as religiões, como
também ter respeito pelas pessoas, porque todas as pessoas também têm sua religião, professam a fé,
são evangélicos, são católicos, são espíritas.
O Estado precisa conviver com isso. Por isso, ele precisa estender a mão para atender a essas
pessoas. E, quando não tiver capacidade, ele deve ter uma parceria com as instituições, pastor
Deusailton. Ele deveria ter parceria com as igrejas. Muitas vezes, vamos atrás do Estado e ouvimos
dele: “Não vou fazer, porque você é evangélico, o Estado é laico, você é católico”. Não é isso. O Estado
precisa andar de mão dada com as instituições. Nós temos as nossas associações sociais, temos as
nossas associações sem fins lucrativos, que exercem um trabalho que seria papel do Estado. Se o
Estado não tem como agir, lá está a igreja presente para trabalhar, para estender a mão e para
atender aos menos favorecidos.
De certo, eu quero parabenizar esse que é o nosso líder, bispo doutor Manoel Ferreira, que,
com 93 anos, está lucido e de pé, conduzindo uma igreja em nível de Brasil e em nível mundial. Quero
deixar aqui registrado: 93 anos não é para qualquer pessoa. Ele é o presidente mundial das
Assembleias de Deus do Ministério de Madureira.
Parabéns, bispo doutor Manoel Ferreira!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Chico
Vigilante. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder.) – Boa tarde, presidente; boa tarde aos demais
parlamentares, ao pessoal da imprensa e a você que nos acompanha pelo YouTube ou pela TV Câmara
Distrital.
Nos últimos 2 anos e meio, aproximadamente, o Brasil viveu um período de muita especulação
e mentira a respeito de episódios recentes da nossa República. Nos últimos dias, assistimos todos, em
rede nacional, à explanação de ministros do Supremo Tribunal Federal sobre o que aconteceu no dia 8
de janeiro e no período que antecedeu ao dia 8 de janeiro. Assistimos à fala do procurador-geral da
República; do delator, coronel Mauro Cid, que falou detalhadamente sobre aquilo que diz ter
presenciado; e também de cada um dos acusados, que foram ouvidos por várias horas.
A conclusão a que o Brasil chega – quando falo Brasil, refiro-me ao Brasil real, ao povo
brasileiro, aqueles que primam pela verdade – é de que não há crime cometido e não há sequer
tentativa de cometimento de crime, nem pelo ex-presidente Bolsonaro nem por nenhum daqueles que
estão sendo acusados.
Começo falando sobre a delação do coronel Mauro Cid, mas antes preciso ler o que diz a lei
sobre a delação. De acordo com a Lei nº 12.850/2013, a colaboração premiada é meio de prova. E, no
apontamento do ministro Alexandre de Moraes, a delação premiada é o meio de obtenção de prova.
Nem a denúncia, muito menos uma eventual decisão de mérito final, pode se basear na colaboração
premiada, o que significa dizer que delação não é prova. A delação premiada deve ser acompanhada
dos meios de prova que comprovem que ela é verdadeira.
O que ficou claro para todos nós depois dos depoimentos que aconteceram? Primeiro, que a
delação do coronel Mauro Cid não é acompanhada de provas. São alegações jogadas ao vento.
Dou exemplo. Qual é a prova de que o ex-presidente Bolsonaro editou a eventual minuta que
diziam que existia e agora virou considerandos, porque descobriu-se que não existia minuta, mas, sim,
considerandos? Qual é a prova de que ele editou isso? Nenhuma. Qual é a prova de que o Bolsonaro
tratou pessoalmente da eventual prisão de qualquer autoridade que seja? Nenhuma.
Ou seja, não há prova. O que existe são apenas alegações. Alegações não são o meio hábil
para comprovar o cometimento de crime ou a tentativa do cometimento de crime.
O segundo ponto que fica muito claro é que, ainda que se considerassem verdadeiros os fatos
que foram narrados – prestem atenção –, aquela delação foi feita 9 vezes. O ministro Fux diz que
quem delata 9 vezes não delatou nenhuma vez. A delação foi corrigida, recorrigida, alterada,
realterada, com 500 mil depoimentos, para se chegar a esse final, que é a narrativa que se construiu.
Apenas por hipótese e sem admitir que isso seja verdade... Vamos admitir a hipótese de que
aqueles fatos sejam verdadeiros. Quais são os tipos penais dos quais são acusados os réus? “Tentar,
com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de direito, impedindo ou
restringindo o exercício dos poderes constitucionais”, art. 359-L do Código Penal, e “tentar depor, por
meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”, art. 359-M do Código Penal.
Este tipo penal diz que tentar já seria crime. Quais são os elementos da tentativa? Primeiro, o
início da execução. O agente já começou a executar os atos previstos para consumar o crime. A
acusação, portanto, precisa comprovar que o ex-presidente Bolsonaro iniciou atos de execução.
Pergunta do ministro Fux ao ex-presidente Bolsonaro: “A minuta foi assinada? Esse documento foi
assinado?” A resposta: “Não”. O presidente executou algum movimento de consulta dos conselhos da
República ou de Defesa? Porque disso depende eventual decretação de estado de defesa ou de sítio.
Não. Qual ato foi praticado? Nenhum. Ainda que se admitisse que essa narrativa toda é verdadeira, não
haveria tentativa.
Além do início da execução, tem que haver dolo, a intenção de consumar o crime. Qual é a
prova de que o presidente, quando leu os considerandos em uma televisão, tinha a intenção de romper
a institucionalidade, de causar a ruptura institucional, de dar golpe de Estado? Nenhuma prova! Isso
não é prova de dolo, não é prova de intenção. Não é prova, portanto, de que houve tentativa de
absolutamente nada! Pelo contrário, os fatos que foram narrados e as respostas que foram dadas tanto
pelo relator quanto pelos acusados ouvidos comprovam o contrário, que o presidente ouvia pessoas,
que ouviu várias ideias, várias opiniões e rechaçou a possibilidade de qualquer alternativa prevista na
Constituição para fazer qualquer coisa. E ele sempre se comprometeu a agir dentro da Constituição. O
tipo penal prevê a tentativa. Não houve tentativa nenhuma. Qual é a prova de que ele queria dar um
golpe, de que tinha intenção? Nenhuma. São só alegações jogadas ao vento.
O terceiro elemento necessário para uma tentativa é o meio hábil. A tentativa punível requer
que o meio escolhido pelo agente para praticar o crime seja apto em condições normais de levar à
consumação do crime. Então, além de haver a intenção e de se iniciarem os atos para isso, o meio
precisa ser hábil para isso. No caso que está sendo julgado, o meio não era hábil, não existia meio
hábil para a consumação de um golpe de Estado. Vamos imaginar que o comandante – esqueci de qual
força armada – que o pessoal diz que aceitou tenha dito: “Está bom, vamos mesmo fazer!” Se ele
topou e o presidente não assinou, é porque ele não quis. Se ele não quis, não há tentativa. Mas vamos
imaginar que tenha havido a intenção e nenhuma das forças tenha topado. Se nenhuma das forças
topou, não há violência, não há grave ameaça, não há meio hábil para a prática do crime. Ou ele podia
e não quis ou ele não podia. De um jeito ou de outro, não há crime, não há tentativa.
O art. 17 do Código Penal diz: “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”. É a hipótese,
doutor deputado Pastor Daniel de Castro, de crime impossível. Finalmente, a não consumação da
tentativa tem que se dar por circunstâncias alheias à vontade do agente. A interrupção teria se dado,
nesse caso, por fatores alheios à vontade dele. Não é o caso também.
O que se vê, a toda evidência, é que a conclusão, obrigatoriamente, ao analisar o processo, os
fatos e a prova colhida nos autos, é de que o ex-presidente Bolsonaro e todos os outros que estão
sendo julgados devem ser absolvidos, porque são absolutamente inocentes. Não praticaram, não
tentaram nenhum crime. Não há crime, não há tentativa de crime.
O Estado de direito tem que ser preservado no Brasil. A preservação do Estado de direito no
Brasil hoje passa, necessariamente, pela absolvição do presidente Bolsonaro e dos outros réus nessa
ação que já durou o que teria que durar e não se sustenta de pé.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Fábio
Félix. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder.) – Senhor presidente, senhoras e senhores
deputados, eu estava assistindo às declarações do governador Ibaneis Rocha de que quer ver por
quanto tempo os professores suportam fazer uma greve. Acho que ele estudou em Brasília – não é,
deputado Gabriel Magno? Ele conhece Brasília. Ele conhece a resistência dessa categoria e sabe que os
professores não voltarão humilhados por quem quer que seja. Não voltarão humilhados!
Portanto, há coisa melhor que o governador pode fazer, em vez de querer promover um
campeonato de fome, que foi o que ele fez ao dizer que quer ver até quando eles vão suportar. Ele
sabe que o salário está tão baixo, tão ridículo, que os professores não têm poupança para gastar.
Porém, eles têm familiares que vão ajudá-los. Já houve greve em que até foi feita vaquinha com a qual
eles se mantiveram. A melhor coisa que o governador pode fazer neste momento é instalar uma mesa
de negociação séria e chamar os dirigentes sindicais para a negociação.
Eu queria que fosse o mesmo Ibaneis que foi ao Sindicato dos Bancários. Eu estava lá, numa
reunião com a CUT, quando ele disse que teria um diálogo verdadeiro com as categorias. Será que ele
se lembra disso? Eu estava lá, e aquilo não fugiu da minha memória.
Governador, saia do palanque! Vamos chamar os trabalhadores para uma negociação séria,
para mudar essa realidade no Distrito Federal.
Dito isso, confesso a vocês que ontem eu fiquei feliz ao ver o depoimento do cidadão que se
dizia mito do Brasil e que mostrou ontem que não é nada. O mesmo cabra que tinha estado na Avenida
Paulista dizendo palavrões, xingando o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que não iria mais
cumprir determinações daquele, segundo ele, canalha que era o ministro Alexandre de Moraes ontem
colocou o rabinho entre as pernas na frente do Xandão. Por que ele não xingou o Xandão ontem, se
ele é tão macho assim? Por que não?
E mais: ele tinha dito – e o gado dele espalhou por aí – que o Fux teria levado 30.000.000 de
dólares para fraudar as eleições, que o Fachin teria levado 30.000.000 de dólares para fraudar as
eleições e que o Alexandre de Moraes teria levado 50.000.000 de dólares. Porém, quando o ministro
Alexandre de Moraes perguntou para ele, ontem, se ele confirmava isso, ele disse: “Não, senhor. Eu
quero pedir desculpa aos senhores. Eu não disse isso ou o que falei foi força de expressão.”
Como eu chamo alguém de ladrão, de corrupto e depois digo que isso foi força de expressão?
Mudaram o vocabulário brasileiro! Chamam alguém de corrupto, chamam de vagabundo, chamam de
ladrão... Ele disse que 50.000.000 de dólares iriam para o Alexandre de Moraes e depois disse:
“Ministro, peço desculpas. Eu não quis ofendê-lo.” Então, eu digo que você é ladrão e depois digo que
eu não quis ofendê-lo?
Para mim, para muitos brasileiros e brasileiras e para o mundo inteiro, está comprovado que,
em primeiro lugar, como nós dizemos lá no interior do Maranhão, ele arregou. Arregou! Em segundo
lugar, ele não tem a coragem que dizia ter. Ele dizia ter aquela coragem toda por pensar que as Forças
Armadas estariam ao lado dele. Elas não estão e não estarão.
O crime está comprovado. Se eu disser “Vou matar o fulano de tal!”, vou responder por isso.
Estavam organizados para matar o Lula e o Alexandre de Moraes. Os pistoleiros – não podem ser
chamados de integrantes das Forças Armadas – foram contratados para isso.
Deus me livre de ser o Capiroto, mas, se eu fosse, teria contratado o deputado Thiago Manzoni
para ser meu advogado. Sua excelência é melhor que os advogados dele. Vossas excelências viram as
caras dos advogados dele, ontem? Cada vez que ele falava, mais eles se enterravam. Mais eles se
enterravam porque sabem que ele é indefensável.
Perguntaram: “Por que você não entregou a faixa presidencial?” Ele respondeu que foi por
medo de vaia. Por que ele não fez como o Nelinho, quando era jogador? Depois, ele foi deputado do
PT. Um dia, ele estava na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e todos o estavam vaiando. Ele se
virou para a deputada Sandra Starling e perguntou: “Sandra, quantas pessoas estão me vaiando?” Ela
disse: “Nelinho, devem ser umas 500 pessoas”. Ele disse: “Eu não tenho medo de vaias de 500
pessoas, porque já levei vaias do Mineirão inteiro! Eram mais de 60 mil pessoas me vaiando!”
Portanto, ele deveria ter aceitado as vaias, entregado a faixa presidencial e voltado para casa.
O Brasil estaria muito mais feliz se ele tivesse feito isso.
Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Fábio
Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (Bloco PSOL-PSB. Como líder.) – Presidente e deputados, venho à
tribuna da Câmara Legislativa do Distrito Federal, mais uma vez, para comentar a fala lamentável do
governador Ibaneis Rocha. A fala do governador é um desrespeito à população do Distrito Federal.
Ele começa dizendo que não governa para sindicato. No entanto, ganhou toda a sua fortuna,
como já foi dito nesta casa, advogando para sindicatos e defendendo o direito à greve e os servidores
públicos. Virou governador e está rasgando a sua história.
Peço licença para falar diretamente para o governador do Distrito Federal, que tem
responsabilidade por esta cidade. Se ele não governa para sindicatos, governa para quem? Queremos
saber para quem ele está governando. A saúde está o caos. O índice de desaprovação na saúde é de
70%. A população está indignada às portas das UPAs, da UBS e dos hospitais. Há déficit imenso de
médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Hoje, a enfermagem está em paralização, lutando
para trabalhar! Eles estão lutando para trabalhar! Eles estão lutando por mínimas condições para
trabalhar!
Muitas vezes, a greve nem é por melhoria salarial, mas por condições objetivas de trabalho! O
governador precisa ouvir isso porque é o governador! Ele pode se achar muito importante, mas foi
eleito pela população para governar e ouvir as pessoas, a base e a oposição no Poder Legislativo, para
conversar com os sindicatos e as representações.
Se ele não governa para sindicatos, governa para quem? No tocante à educação, vemos a
situação das escolas, a falta de um projeto político e a pior remuneração entre todas as carreiras.
Enquanto isso, ele fala que a educação é a política pública mais importante. Ele falou que educador
deveria ganhar o mesmo que juiz.
Governador, sinceramente, só subo a esta tribuna hoje para repudiar a sua fala. É uma fala
lamentável, autoritária, antidemocrática e desrespeitosa com dezenas de milhares de servidores
públicos. Com essa fala, você atinge não só os professores, mas todos os servidores públicos do
Distrito Federal. Você ataca todos os servidores e todas as categorias no seu direito legítimo a
paralização, greve e luta por melhoria nas políticas públicas.
Ele encerra seu discurso lamentável dizendo: “Eu quero ver até quando eles vão aguentar”. Ele
debocha! Ele debocha do alto do seu lugar social de milionário e de membro da elite, que mora na casa
mais cara do Distrito Federal.
Como já foi dito nesta casa, ele deve falar isso porque sabe que a média dos salários dos
professores é de R$5.700 por mês. Ele sabe que, muitas vezes, é difícil pagar até as contas do mês.
Todos aqui, governador, seja deputado da base, seja deputado da oposição, seja servidor
público, que tenham um conhecido, um primo, um amigo ou um irmão que é professor ou professora
sabem que esse conhecido tem dificuldade para pôr comida na mesa, tem dificuldade para pagar todas
as contas da casa, tem dificuldades para pagar o aluguel em razão do salário que o senhor e o seu
governo estão pagando para os professores.
Então, respeite os professores. Respeite o direito à greve. Respeite os servidores públicos do
Distrito Federal. Sua fala não está à altura de um governador eleito por esta cidade. Essa é uma fala
autoritária e inaceitável.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Concedo a palavra ao deputado Eduardo Pedrosa.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (Bloco União Democrático. Como líder.) – Presidente, há 2
semanas, eu estive neste plenário denunciando um caso que ocorreu com uma criança autista no
Distrito Federal. Essa criança foi carregada como se fosse um saco de lixo. As imagens revoltaram
muitas pessoas, depois de terem viralizado nas redes sociais pelo Brasil.
Hoje eu recebi, com muita tristeza, um parecer do Ministério Público que orienta pelo
arquivamento do caso e diz que ali não havia habitualidade, nem nenhum tipo de agressão que fosse
grave o suficiente para comprovar que esse caso deveria ser julgado.
Eu fiquei muito triste porque isso que está acontecendo nos frustra bastante. Esse foi um caso,
depois poderá acontecer outro. Isso vai acontecendo, e as pessoas vão entendendo que não se trata
de uma coisa muito grave. Daqui a pouco, coisas mais graves acontecerão com mais constância na
nossa sociedade. A impunidade não pode reinar. Nós precisamos cuidar dessas pessoas.
Eu tenho certeza de que, em a família recorrendo, abre-se a possibilidade de se reverter uma
decisão como essa, mas eu fiquei muito triste, porque as imagens mostram uma criança autista sendo
arrastada, de maneira covarde e brutal, por um adulto. Isso realmente é algo que nos deixa muito
revoltados, e nós não vamos desistir de buscar justiça para essa família.
Eu vim aqui deixar para a família, que, neste momento, deve estar muito decepcionada, o
recado de que ela pode contar comigo, pode contar com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos
das Pessoas com Autismo e pode contar com a Câmara Legislativa – eu tenho certeza disso –, para que
não desistamos e continuemos brigando a fim de que casos como esse não aconteçam e de que as
pessoas que fizeram isso não saiam impunes. Nós não vamos aceitar a impunidade de pessoas cruéis
que fazem isso com crianças aqui no Distrito Federal.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Está encerrado o comunicado de líderes.
Dá-se início ao comunicado de parlamentares.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para comunicado.) – Presidente, causam-me estranheza
algumas falas que me antecederam em relação ao julgamento do ex-presidente Bolsonaro.
Bolsonaro foi chamado de covarde e de frouxo. Disseram que ele não teve coragem de encarar
o que o deputado que falou chamou de Xandão. Disseram um monte de coisas. Falou-se das ofensas
do Bolsonaro, do que o Bolsonaro falava, do que o Bolsonaro dizia, do que o Bolsonaro não dizia etc.
Acontece que, em tese pelo menos, o Bolsonaro não está sendo julgado pelo que ele falou,
pelas ofensas. Aliás, no julgamento, nós pudemos ver muito isso.
O procurador-geral da República, ao inquirir o réu, lia o que ele tinha dito sobre algumas
pessoas, inclusive sobre os julgadores dele.
Aliás, a uma das perguntas, o delator respondeu – sem comprovação, porque ele alegou, mas
não comprovou – que, na tal minuta, de todas as autoridades que iam ser presas – isso segundo o
relato do delator –, só uma delas tinha ficado, que era o ministro Alexandre de Moraes.
Ora, se o Alexandre de Moraes era a única autoridade que tinha permanecido naquilo, ele é,
em tese, o único que não pode julgar. E ele é o relator do caso. Ele não pode julgar porque,
obviamente, ele tem interesse no desfecho da ação. Mas, tudo o que foi dito aqui e lá – nas perguntas
que foram feitas e naquilo que se leu de mensagens – são ofensas, são xingamentos. Acontece que
ninguém ali está sendo julgado por ofensa e por xingamento.
O que se depreende, até do que o deputado do PT falou aqui, é que ninguém ali está sendo
julgado pelo que fez ou deixou de fazer. Esse julgamento é sobre o que se falou, sobre de quem se
falou e sobre quem ficou ofendido com o que foi dito. É sobre isso. Acontece que os tipos penais que a
denúncia imputa aos réus não dizem respeito nem a calúnia, nem a difamação, nem a injúria, nem a
ofensas que os xingamentos podem fazer.
Essa não é uma ação de reparação de danos. Essa não é uma ação nem de reparação de
danos morais, nem de danos materiais que, eventualmente, alguém pudesse ter tido. Não é nada
disso. Essa é uma ação penal; e, em ações penais, a conduta do acusado tem que corresponder
exatamente ao tipo penal para que ele seja condenado. No caso que está sendo julgado, não existe
essa correspondência.
Xingar os outros pode até ser feio, mas não corresponde a tentativa de abolição violenta do
Estado democrático. Ofender alguém em mensagem de WhatsApp pode até não ser o comportamento
mais bonito do mundo e nem o comportamento esperado de alguém, mas não corresponde a tentativa
de golpe de Estado. E o que está sendo julgado lá é tentativa de abolição violenta do Estado
democrático de direito e tentativa de golpe de Estado.
Nem uma coisa aconteceu e nem outra coisa aconteceu, pelos motivos que expus no meu
primeiro discurso. Ou seja, não há como falar em outro resultado possível para este processo, sob o
ponto de vista técnico, diferente da absolvição dos réus. Os réus são inocentes em relação aos tipos
penais que estão sendo imputados a eles. Ponto final.
Agora, se alguém se sentiu ofendido, se alguém leu aquelas mensagens, ouviu algum áudio e
se sentiu ofendido, o meio para obter reparação é outro. O processo penal, a ação penal, não pode ser
utilizada em um Estado de direito como um mecanismo de vingança. Isso não pode ser utilizado em
um Estado de direito como um mecanismo de punição para o ofensor, para correção de ofensas
derivadas de rixas pessoais. Não é a isso que a ação penal se presta.
Diante de tudo isso, eu parabenizo o ex-presidente Bolsonaro por sua postura ontem.
Respondeu a todas as perguntas, respondeu de maneira serena, respondeu de maneira verdadeira e
saiu do julgamento muito maior do que entrou. O Brasil real, o Brasil do brasileiro comum que busca a
verdade, hoje tem convicção de que o ex-presidente Bolsonaro continua sendo verdadeiro, de que ele
não cometeu crime e de que ele está sendo perseguido politicamente pela figura de liderança que
mantém hoje no Brasil. Ele é o maior líder político. Ele continua conduzindo a direita. Os votos todos do
Brasil, de norte a sul, de leste a oeste, passam pela figura dele. Ele está sendo perseguido. O processo
penal não deveria se prestar a isso.
No final das contas, nós continuaremos avançando, a direita vai continuar avançando e o
presidente vai sair vitorioso mais uma vez.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Dando continuidade aos comunicado de parlamentares, concedo a palavra ao deputado Max
Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para comunicado.) – Deputado Daniel Donizet, que preside
esta sessão, gostaria de saudar todos que nos acompanham no plenário e pela TV Câmara Distrital.
Eu tenho alguns pontos, deputado, mas antes eu gostaria de iniciar a minha fala dizendo que o
governo Ibaneis está bom de base. Oh, governo bom de base! Não vem 1 deputado aqui defender o
governador e falar por que ele não se senta com os enfermeiros, que estão paralisados hoje e fizeram
uma ação importante para a sua reestruturação de carreira.
Não vem ninguém aqui defender o governador sobre o que ele diz dos professores e da
situação por que eles estão passando. Ele diz que que o governo vai cortar o ponto, com a
criminalização. É engraçado que, quando é campanha, esse povo se senta com todo mundo e promete
tudo. Por isso político não é levado a sério na nossa cidade. Eles prometem qualquer coisa e, no final
das contas, não vale a pena mesmo se vão cumprir. No final, eles esticam a corda e jogam para a
plateia.
Apesar disso, quero aqui reforçar o nosso compromisso com os professores, com os
enfermeiros, com os técnicos de enfermagem e com todos os profissionais da assistência social, que
precisam de reestruturação de carreira e de valorização. Este governo não merece vocês. Este governo
não respeita vocês. Por aqui você tem um pouco de noção do panorama que está se dando neste ano.
Não é falta de recurso, é bom dizer; é falta de prioridade, de fato, de gestão.
Eu queria aproveitar a oportunidade e falar de alguns pontos. Primeiro, que a Câmara
Legislativa publicou hoje no Diário Oficial o veto parcial à Lei Vinícius Jr. A lei foi sancionada, no
ano passado, pela então governadora em exercício Celina Leão. Mas o veto tirou 3 artigos cruciais para
a implementação dessa política, que é o protocolo de intervenção nos jogos em caso de racismo.
Quero dizer também que estava na minuta do nosso projeto a regulamentação chamada Cartão
Vermelho. Isso já estava na nossa lei. Tratava-se de um processo de comunicação, de campanhas
educativas para evitar o fim do racismo nos estádios e nas arenas esportivas.
Fica aqui a saudação à Câmara Legislativa, que derrubou esse veto parcial e está fazendo valer
no Distrito Federal a Lei Vinícius Jr.
Quero dizer também que saiu uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios, da Vara do Meio Ambiente, que caça a autorização e suspende o uso da água do rio
Melchior para uma possível instalação de termoelétrica.
Chamo toda a comunidade do Distrito Federal para a audiência pública que será realizada no
dia 17, no Complexo Cultural de Samambaia. Estarão presentes o Ibama e a Termonorte, que é tão
interessada em implementar a termoelétrica. A justiça dá agora mais uma vitória para nós, que somos
contrários à termoelétrica, caçando a outorga da Adasa, que permitia o uso da água para a eventual
implementação dessa termoelétrica. Convido toda a comunidade de Brasília a ficar ciente disso. Vamos
nos mobilizar para dizer: “Xô termoelétrica na área de Samambaia, Recanto das Remas e Ceilândia”.
Quero aproveitar, presidente, para trazer outro fato importante. Hoje, a Associação Nacional
das Empresas de Transporte Interestadual entrou na justiça, no Distrito Federal, para suspender a
cobrança de R$14,10, deputado Fábio Félix, que começou a valer para cada ônibus do Entorno que
parar na rodoviária. São R$14,10 para cada ônibus que parar na rodoviária.
Talvez as pessoas não saibam, mas quem paga a conta do transporte é sempre o usuário, no
final das contas, seja pelos impostos, seja pela tarifa, na ponta. A grande pergunta que fica é: “Quem
vai pagar esses R$14 por parada?” O preço é totalmente abusivo.
Não adianta o governo dizer que não vai jogar isso para o usuário, porque essa conta não
fecha. Alguém vai ter que pagar. O empresário não paga. Ele vai tirar do bolso dele para pagar?
Alguém vai pagar essa conta.
O que está acontecendo são denúncias de que possivelmente há um alerta para as empresas
não pararem na rodoviária e descerem no ponto do Sesi Lab, na Galeria ou no Teatro Nacional,
pulando, então, a rodoviária, que é o grande hub.
Eu queria reforçar que votei contra essa concessão. Não havia absolutamente nada nela que
fizesse sentido – nenhuma vantagem nem para os permissionários, nem para quem vai ficar lá.
Absolutamente nada! Agora, há uma taxa de acostagem que vai gerar R$120 milhões em 10 anos. A
concessão é de 20 anos, sendo que, em 20 anos, a empresa deverá investir R$120 milhões, que é o
valor da outorga. Então, é um baita negócio. “Eu ganho R$120 milhões, tendo que devolver esse valor
em 20 anos. Ou seja, eu ganho R$240 milhões, dou R$120 milhões e fico com o lucro de R$120
milhões.” Fácil desse jeito!
Encerrando, presidente, eu gostaria de fechar este comunicado registrando que encaminhamos
R$1,5 milhão à Defensoria Pública e que foi publicada no Diário Oficial a consulta para a licitação
de um núcleo de assistência jurídica no Sol Nascente. A obra custa mais de R$5 milhões. Nós
destinamos R$1,5 milhão para iniciar esse processo. O nosso compromisso com o Celestino, defensor-
geral do Distrito Federal – ele sabe muito bem –, é que, no ano que vem, vamos complementar o
recurso para que haja também acesso à justiça na cidade do Sol Nascente. Fica aqui registrado que foi
lançada no Diário Oficial e, em breve, a licitação estará em andamento. Inclusive já recebi a planta
desse núcleo de assistência jurídica no Sol Nascente.
Tanto Sol Nascente quanto São Sebastião vão receber esses núcleos. O deputado Rogério
Morro da Cruz encaminhou recursos para São Sebastião, e nós os encaminhamos para Sol Nascente.
Em breve, queremos inaugurar esse núcleo de assistência jurídica no Sol Nascente para que a
população que, de fato, precisa também tenha acesso à justiça. Esse é o nosso compromisso.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Pastor
Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para comunicado.) – Presidente, volto à tribuna,
primeiro, para falar de uma ação que o nosso gabinete executou. Ontem, comuniquei ao secretário de
Saúde e ao doutor Andre, superintendente de saúde da região sudoeste – Taguatinga, Samambaia,
Águas Claras, Vicente Pires –, que destinamos R$1,7 milhão para aquisição de equipamentos, com o
objetivo de salvar vidas e atender a população do Distrito Federal, especialmente a daquela região.
O que me motivou a voltar aqui, presidente, foi a tentativa de equacionar o jogo.
A esquerda sempre vem aqui e não perde a oportunidade de imputar algo ao ex-presidente
Bolsonaro. Acabamos de ouvir alguém dizer que Bolsonaro era um leão e virou um cordeirinho no
Supremo Tribunal Federal, por conta da fala dele ontem. Acontece que ele estava no Supremo Tribunal
Federal, que tem rito, tem regras; ali não é um ringue. Aqui fora, sim, é possível falar um monte de
coisas, ser duro nas palavras, como o é o PT.
Os colegas da esquerda aqui, os rapazes e moças, são jovens, inteligentes, preparados. Eu
acho que vossas excelências não sofrem de amnésia – quero crer que não. Nem o deputado Chico
Vigilante; apesar de sua condição de idoso e de veterano nesta casa, é muito inteligente, muito
preparado, tem uma mente que funciona muito bem. No entanto, há um pessoal da esquerda que tem
amnésia.
O líder do governo no Senado Federal... deixem-me mostrar a fala dele. Vou reproduzi-la.
(Apresentação de áudio com comentários do orador.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para comunicado.) – Gente, é o PT lutando
contra o Alexandre de Moraes; é o PT se manifestando contra o Alexandre de Moraes no dia da sua
sabatina. Este que está falando é o senador Randolfe Rodrigues. Esta, agora, é a fala da Gleisi
Hoffmann, presidente do PT.
Vocês ouviram? A presidente do PT estava dizendo que o Alexandre de Moraes pratica ativismo
político. Mas, lá atrás, podia-se. Esqueceram-se disso. Acho que precisamos, nós da direita, nos unir e
comprar um monte de remédios tarja preta, psicotrópicos, para dar à esquerda, para ver se isso ativa a
memória deles sobre tudo o que fizeram.
Ontem denunciei aqui... Vieram falar de todas aquelas pessoas que participaram das
manifestações, que quebraram... Nós somos contra isso, eles devem ser responsabilizados, pois é o
patrimônio público. Um deputado do PT que me antecedeu veio aqui dizer que aquilo foi um golpe de
Estado. Então, eu mostrei ontem que a esquerda cometeu inúmeros golpes de Estado contra esta
nação.
Quem começou com a quebradeira nas manifestações foi a esquerda; foi o MST, no Ministério
das Relações Exteriores, no Ministério da Agricultura, no Ministério da Justiça, no próprio Congresso
Nacional. Quantas vezes entraram e quebraram as vidraças? Parece que se esqueceram disso. Parece
que se esqueceram disso. Aí eles vêm à tribuna atribuir ao Bolsonaro tudo que há de ruim. Eu falei isso
ontem, deputado Thiago Manzoni, e trouxe, inclusive, todas as leis que vossa excelência citou hoje.
Esse inquérito é nulo de pleno direito. Aliás, já disse inclusive um ex-ministro do Supremo
Tribunal Federal que essas pessoas não deveriam responder perante o Supremo Tribunal Federal. Elas
não têm foro privilegiado, nem foro por prerrogativa de função. Já não são mais o que eram antes,
hoje são cidadãos comuns. Elas deveriam responder na primeira instância, na justiça comum, e não no
Supremo Tribunal Federal, porque isso retira delas o direito ao devido processo legal, ao duplo grau de
jurisdição. Isso significa que esse não é um processo correto, eivado de justiça. Ele é, na verdade,
eivado de injustiça. A quem essas pessoas vão recorrer, se elas já estão sendo julgadas no Supremo
Tribunal Federal?
Há outro detalhe. Eu li ontem a fala do delator, que utilizou expressões como “não sei”, “pode
ser”, “acho que foi”. Isso não é um processo. Você leu a lei aqui há pouco. Isso não é um processo. É
preciso encaixar a denúncia aos fatos, senão não há como haver condenação.
Isso mostra que essas pessoas, deputado Thiago Manzoni – e eu tenho convicção disso –,
devem ser absolvidas. Mas lamento, meu companheiro. Pode escrever: “Será 5 a 0 para condená-las”.
Isso porque é o amigo do Lula que está lá, é o indicado pelo PT que está lá.
Eles vão partir para a decisão, não com base na justiça, mas com base em indicação política –
sobre a qual vocês ouviram aqui a voz da Gleisi Hoffmann, há tempos, dizendo que não era possível.
O Lula falou na campanha que ele era contra colocar amigo no Supremo Tribunal Federal.
Depois que foi eleito, quem ele colocou? O Flávio Dino. E depois? O advogado dele.
Como o advogado do Lula, no Supremo Tribunal Federal, vai inocentar o ex-presidente Jair
Messias Bolsonaro? Então, eu só lamento. Depois ele terá direito aos seus recursos, há os embargos
também, mas, dentro do próprio Supremo Tribunal Federal. Se não se fizer justiça por justiça, nós já
sabemos o resultado.
É por isso que alguns deputados vêm aqui e afirmam: “O Capiroto está condenado e será
preso”. É o que falam. A não ser que eles sejam, presidente, Mãe Dináh e tenham a capacidade de
prever o futuro – por isso já estão dizendo o que será, porque o espírito da Mãe Dináh entrou neles.
Não é isso, não. Eles dizem isso porque sabem que o jogo é combinado e que a decisão já está posta.
Apesar de tudo isso, há uma justiça maior, que é a justiça de Deus. E há mais, pois, no ano
que vem, em 2026, eles experimentarão a força da direita.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de
Castro.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, eu escutei os parlamentares que falaram sobre
esse tema. Eu escutei atentamente o deputado Chico Vigilante, que fez um pronunciamento impecável.
Deputado Chico Vigilante, eu estava me lembrando do depoimento do Lula, quando ele sofreu
perseguição direta daquele que veio a ser ministro da Justiça do Bolsonaro. Foi um processo
eminentemente político, para retirar o Lula das urnas em 2018. A direita só ganhou porque o Lula não
estava, pois ele havia vencido as eleições anteriores.
Eu acho interessante isso. Eu queria convidar tanto quem é de direita quanto quem é de
esquerda a assistir ao depoimento do presidente Lula ao Moro, para que vejam a diferença de
densidade, de qualidade, de coragem de alguém que enfrenta uma perseguição jurídica – se é uma
perseguição jurídica, porque é assim que estão chamando. Há uma diferença muito grande entre a
qualidade do depoimento do Lula e a do arregão na frente do ministro Alexandre de Moraes.
Não importa a sua coloração partidária. Assista aos 2 depoimentos, faça seu juízo de valor e
você entenderá quem tem coragem, quem tem lastro, quem tem história e quem não tem.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para comunicado.) – Presidente, eu vou comentar o
julgamento histórico a que nós estamos assistindo. Concordo com o deputado Chico Vigilante e com o
deputado Fábio Félix sobre a postura covarde da extrema-direita – que tem agido assim em todo lugar.
O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro é uma vergonha, inclusive, para os seus
apoiadores. Ele entregou os apoiadores, entregou os empresários que financiaram o golpe, para tentar
salvar a própria pele. É escandalosa a falta de dignidade.
O deputado Fábio Félix lembrou aqui a diferença de dignidade no depoimento do presidente
Lula diante de um juiz que queria uma vaga no Supremo Tribunal Federal e se vendeu para tirar o Lula
da eleição. O depoimento do presidente Lula foi feito de cabeça erguida. Foi um depoimento de quem
estava consciente de sua inocência enquanto enfrentava uma perseguição jurídica e política neste país.
O que o Bolsonaro fez nos últimos dias é vergonhoso. Houve até deboche com aqueles que o
apoiaram por meio de operações Pix que somaram R$18 milhões. Ele afirmou que esse valor era
bobagem, pois precisava comer e pagar contas. Esqueceu de dizer para a sociedade brasileira – ele
zomba da sociedade brasileira – que, como ex-presidente da República, ex-deputado federal e
presidente do Partido Liberal, recebe salário. Não haveria necessidade de um Pix no valor de R$18
milhões para pagar as suas contas.
Portanto, é lastimável o que a extrema-direita representa no Brasil e no mundo. Ainda bem que
isso está sendo televisionado, o que permite que o povo brasileiro veja a verdade.
Os últimos 4 anos ficarão, sem dúvida alguma, marcados como uma vergonha na história deste
país, que teve um ex-presidente sem dignidade, sem coragem e que entrega aliados ou ex-aliados. O
que sobrou foi o desespero de salvar a própria pele. Eu até acho que alguns deputados desta casa
poderiam estar ao lado de Bolsonaro e dos generais atuando como seus advogados, dado o desastre
que têm sido as defesas. Cada depoimento compromete ainda mais os depoentes com os crimes
gravíssimos cometidos contra a democracia brasileira.
Lamento profundamente que, nesta casa, algum parlamentar tenha a coragem de subir à
tribuna para dizer que não houve crimes ou para diminuir a gravidade do que aconteceu neste país.
Um ex-presidente da República, aliado a membros do alto comando das Forças Armadas, organiza o
assassinato de um presidente eleito e de um ministro da Suprema Corte; admite que discutiram um
golpe de Estado e a decretação de estado de sítio; admite que atacaram as urnas e que tentaram
deslegitimar o sistema eleitoral. Esse sistema eleitoral foi o responsável pela eleição de parlamentares.
É lamentável existir parlamentar que tenha coragem de subir à tribuna para dizer que o que aconteceu
não foi grave, não foi crime ou para passar pano para quem tentou acabar com a democracia e com os
direitos do povo brasileiro. Lamento. A história julgará, presidente, e o povo está vendo o que significa
a extrema-direita no nosso país.
Muito obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para comunicado.) – Senhor presidente, pessoas que estão
assistindo a esta sessão pela TV Câmara Distrital, ontem, no depoimento do Capitão Capiroto, eu o vi
dizer que havia feito uma campanha e que havia arrecadado mais dinheiro do que o programa Criança
Esperança. Ouçam as palavras dele: “Arrecadei mais do que o Criança Esperança”.
Amanhã, encaminharei um ofício à unidade da Receita Federal no Distrito Federal porque quero
saber se ele pagou os impostos referentes a essa arrecadação. Para doarmos dinheiro a alguém, é
preciso pagar impostos, que variam de 4% a 6%. Quero saber se ele pagou os impostos desse dinheiro
arrecadado.
Penso que a Polícia Federal também deve investigar se foi realmente doação ou se foi lavagem
de dinheiro. Então, que se investigue isso. Foi doação ou foi lavagem de dinheiro? Estava depositado
em algum lugar e passaram para a conta dele? Tudo isso precisa ser investigado, e eu buscarei essas
respostas.
Quero falar de outro assunto que, do meu ponto de vista, é importante. Fui convidado
pelo Correio Braziliense, que representa os Diários Associados, para uma sessão muito importante
no Auditório Planalto do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, realizada ontem à noite. Foi uma
peça teatral que retrata a vida de Assis Chateaubriand. Na verdade, o nome completo dele é Francisco
de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Ele nasceu no dia 4 de outubro de 1892 e faleceu em 4 de
abril de 1968. Esse homem – repito que tive a oportunidade de assistir ontem a uma peça sobre ele –
precisa ser reverenciado por todo o Brasil. Foi o maior magnata da comunicação neste país.
É preciso registrar que se trata de um homem nascido no Nordeste, em uma cidade chamada
Umbuzeiro, no interior da Paraíba. Ele se fez por si só, o que demonstra a força do que é o nordestino
neste país. Um homem que saiu de Umbuzeiro, na Paraíba, formou-se em jornalismo, era advogado e
professor de direito, chegou a ser embaixador do Brasil e senador. Na peça, é mostrado que ele apoiou
o golpe militar em um primeiro momento, mas, em seguida, 4 meses depois, ele rompeu com o
regime, porque sabia o que viria com a ditadura militar.
A peça é riquíssima e está sendo apresentada no Centro de Convenções. Quem tiver
oportunidade deveria assistir a ela. É um retrato muito importante da história brasileira; da importância
que teve o rádio, quando ele criou a rede Tupi; e do incentivo que ele deu às cantoras do rádio – basta
fazer uma pesquisa sobre isso. Realmente, a peça é brilhante. Gostei demais dela. Foi muito
importante ter estado lá ontem à noite, assistindo a essa peça, que retrata Assis Chateaubriand, o
maior magnata da comunicação brasileira.
Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Está encerrado o comunicado de parlamentares.
Em razão da aprovação do Requerimento nº 2.022/2025, de autoria do deputado Gabriel
Magno, a sessão ordinária de quinta-feira, dia 12 de junho de 2025, será transformada em comissão
geral para debater a política nacional e distrital de educação.
Dá-se início à ordem do dia.
Não há quórum para deliberação.
Boa tarde a todos.
Como não há mais assunto a tratar, declaro encerrada a sessão.
Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos conforme
informados pelos organizadores dos eventos.
Todos os discursos são registrados sem a revisão dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Siglas com ocorrência neste evento:
Adasa – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal
Conseg – Conselho Comunitário de Segurança
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
Sesi – Serviço Social da Indústria
UBS – Unidade Básica de Saúde
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 16/06/2025, às 12:32, conforme Art. 30, do Ato da Mesa
Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março
de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 2196310 Código CRC: 49D1630F.
DCL n° 126, de 24 de junho de 2025
Atas de Reuniões 24/2025
Gabinete da Mesa Diretora
ATA DA 24ª REUNIÃO DO GABINETE DA MESA DIRETORA DE 2025
Aos vinte e três dias do mês de junho do ano de dois mil e vinte e cinco, às catorze horas, por meio
remoto, reuniram-se os membros do Gabinete da Mesa Diretora, os Senhores João Monteiro Neto,
Secretário-Geral, Presidência; João Torracca Junior, Secretário-Executivo, Primeira Vice-Presidência; Jean
de Moraes Machado, Secretário-Executivo, Segunda Vice-Presidência; Bryan Rogger Alves de
Sousa, Secretário-Executivo, Primeira-Secretaria; André Luiz Perez Nunes, Secretário-Executivo, Segunda-
Secretaria; Rusembergue Barbosa de Almeida, Secretário-Executivo, Terceira-Secretaria; e Guilherme
Calhao Motta, Secretário-Executivo, Quarta-Secretaria, para deliberar sobre o item a seguir: 1) Verba
Indenizatória. Processo SEI: 00001-00006072/2025-07 - Deputado Thiago Manzoni. Relatores:
Secretários-Executivos do Gabinete da Mesa Diretora. Deliberação: aprovada nos termos do Parecer do
Núcleo de Verba Indenizatória. Nada mais havendo a tratar, eu, João Monteiro Neto, Secretário-Geral,
Presidência, lavro esta Ata, que vai assinada por mim e pelos secretários do Gabinete da Mesa Diretora.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR
Secretário-Executivo/1ª Vice-Presidência
JEAN DE MORAES MACHADO
Secretário-Executivo/2ª Vice-Presidência
BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA
Secretário-Executivo/1ª Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES
Secretário-Executivo/2ª Secretaria
RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/3ª Secretaria
GUILHERME CALHAO MOTTA
Secretário-Executivo/4ª Secretaria
Documento assinado eletronicamente por BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA - Matr.
23698, Secretário(a)-Executivo(a), em 23/06/2025, às 15:21, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora
n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 23/06/2025, às 15:47, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 23/06/2025, às 17:06, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora
n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 23/06/2025, às 17:49, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por JEAN DE MORAES MACHADO - Matr. 15315, Secretário(a)-
Executivo(a), em 23/06/2025, às 18:12, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por GUILHERME CALHAO MOTTA - Matr. 24816, Secretário(a)-
Executivo(a), em 23/06/2025, às 19:47, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 23/06/2025, às 19:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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