Buscar DCL
11.111 resultados para:
11.111 resultados para:
DCL n° 142, de 02 de julho de 2024
Redações Finais 592/2023
Leis
PROJETO DE LEI Nº 592, DE 2023
REDAÇÃO FINAL
Institui o Programa Guardião Responsável
e dá outras providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º É instituído o Programa Guardião Responsável, destinado a disciplinar a guarda
responsável de cães e gatos no Distrito Federal.
Parágrafo único. A guarda é responsável quando o tutor ou protetor de cão ou gato aceita e se
compromete a assumir uma série de deveres centrados no atendimento das necessidades físicas,
psicológicas e ambientais de seu animal e na prevenção dos riscos que seu animal possa causar à
comunidade ou ao ambiente.
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:
I – tutor: pessoa física responsável pela tutela, amparo, guarda, proteção e defesa de cão e
gato, com ânimo definitivo;
II – protetor: pessoa física ou jurídica, sem fins lucrativos, que se dedica ao acolhimento de
cães e gatos, até que fiquem aptos à adoção de um tutor;
III – castração: procedimento cirúrgico no qual são retirados os testículos nos machos e
ovários e útero nas fêmeas, incapacitando-os de reproduzir e diminuindo a produção de hormônios
sexuais;
IV – microchipagem: procedimento de implantação de microcircuito eletrônico sob a pele do
cão ou gato, com a finalidade de identificá-lo de modo eficaz e seguro.
V – senciência: capacidade de experimentar sensações e ter percepções subjetivas a respeito
do mundo ao redor, incluindo estados e emoções complexos.
§ 1° Os animais gozam de personalidade jurídica sui generis que os tornam sujeitos de direitos
fundamentais, e a eles é devido o reconhecimento à sua condição de ser senciente.
§ 2° São considerados direitos fundamentais a alimentação, a integridade física, a liberdade,
entre outros necessários à sobrevivência digna do animal.
Art. 3º Esta Lei tem por objetivo:
I – conscientizar a população sobre a guarda responsável de cães e gatos;
II – reduzir os casos de abandono e maus-tratos de cães e gatos;
III – ampliar a capacidade de prestação de serviços públicos de proteção de cães e gatos
mediante a celebração de instrumentos de mútua cooperação entre o Poder Público e as organizações
da sociedade civil;
IV – assegurar a disponibilidade de recursos materiais para que protetores promovam o
acolhimento digno de cães e gatos;
V – estimular a adoção de cães e gatos.
Parágrafo único. Os dispositivos dessa Lei são válidos para animais domésticos e também para
aqueles errantes e semidomiciliados.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS E DEVERES
Art. 4º São direitos do tutor, desde que atendidas as condições estabelecidas nesta Lei e em
seu regulamento:
I – realizar a castração e a microchipagem gratuitas de cão ou gato sob sua guarda;
II – ter acesso à relação unificada de cães e gatos aptos à adoção;
III – adotar cão ou gato e obter o respectivo certificado de adoção de cão ou gato.
Art. 5º São direitos do protetor, desde que atendidas as condições estabelecidas nesta Lei e
em seu regulamento:
I – ter acesso ao Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos e ao Cadastro
Distrital de Adoção de Cães e Gatos;
II – realizar a castração e a microchipagem gratuitas de cão ou gato sob sua guarda;
III – firmar parceria com o Poder Público para a consecução de atividades e projetos de
proteção de cães e gatos;
IV – participar da semana distrital de proteção de cães e gatos.
Art. 6º São deveres comuns do tutor e do protetor:
I – preservar o bem-estar físico, psicológico e ambiental de cão ou gato sob sua guarda;
II – realizar a vacinação e o tratamento veterinário adequados de cão ou gato sob sua guarda;
III – manter seus registros atualizados no Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e
Gatos e no Cadastro Distrital de Adoção de Cães e Gatos;
IV – proteger cão ou gato sob sua guarda contra maus-tratos;
V – denunciar às autoridades toda e qualquer forma de abandono ou maus-tratos a cão ou
gato de que tenha conhecimento.
CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DO PROGRAMA GUARDIÃO RESPONSÁVEL
Seção I
Dos Instrumentos
Art. 7º São instrumentos do Programa Guardião Responsável:
I – Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos;
II – Cadastro Distrital de Adoção de Cães e Gatos;
III – Manual de Boas Práticas de Guarda de Cães e Gatos;
IV – parcerias com organizações da sociedade civil;
V – castração e microchipagem;
VI – Semana Distrital de Proteção de Cães e Gatos.
Seção II
Do Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos
Art. 8º Fica criado o Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos, com a
finalidade de:
I – promover o cadastro unificado de tutores, protetores e dos respectivos cães e gatos sob sua
guarda;
II – consolidar dados e informações que possibilitem o monitoramento e a avaliação do
programa de que trata esta Lei.
Parágrafo único. O Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos deve ser
regulamentado pelo Poder Executivo.
Seção III
Do Cadastro Distrital de Adoção de Cães e Gatos
Art. 9º Fica criado o Cadastro Distrital de Adoção de Cães e Gatos, com a finalidade de:
I – promover o cadastro unificado de tutores adotantes, protetores e respectivos cães e gatos
sob sua guarda;
II – disponibilizar relação unificada de cães e gatos aptos à adoção;
III – possibilitar a realização de busca ativa de candidatos à adoção por parte do Poder Público
e de protetores;
IV – consolidar dados e informações que possibilitem o monitoramento e a avaliação das ações
de adoção de que trata esta Lei.
§ 1º O tutor adotante faz jus a Certificado de Adoção de Cão ou Gato com informações sobre o
animal adotado.
§ 2º O Cadastro Distrital de Adoção de Cães e Gatos e o Certificado de Adoção de Cães ou
Gatos devem ser regulamentados pelo Poder Executivo.
Seção IV
Do Manual de Boas Práticas de Guarda de Cães e Gatos
Art. 10. O Poder Executivo deve elaborar, no prazo de 120 dias da publicação desta Lei,
manual de boas práticas, em formato eletrônico e de fácil compreensão, a ser amplamente divulgado à
população do Distrito Federal.
Seção V
Das Parcerias com Organizações da Sociedade Civil
Art. 11. O Poder Público deve estimular a realização de parcerias com organizações da
sociedade civil, clínicas e hospitais que se dediquem à luta pela proteção de cães e gatos,
especialmente para a execução de atividades ou projetos de:
I – castração e microchipagem, inclusive mediante serviço de atendimento móvel;
II – adoção;
III – tratamento veterinário;
IV – educação socioambiental.
§ 1º A organização da sociedade civil que pretenda firmar parceria com o Poder Público distrital
deve ter registro ativo e atualizado no Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos e,
quando for o caso, no Cadastro Distrital de Adoção de Cães e Gatos.
§ 2º O Poder Executivo, com o apoio da sociedade, deve fiscalizar as parcerias de que trata
este artigo.
Seção VI
Da Castração e Microchipagem
Art. 12. É direito do tutor ou protetor realizar a castração gratuita de cão ou gato sob sua
guarda nos órgãos e entidades competentes do Distrito Federal e nas organizações da sociedade civil
que tenham firmado parceria com o Poder Público distrital para esse fim.
Parágrafo único. São requisitos para o exercício do direito de que trata o caput:
I – residir no Distrito Federal;
II – autorizar a microchipagem do cão ou gato;
III – possuir bons antecedentes;
IV – não estar cumprindo pena por crime ambiental;
V – estar com registro ativo e atualizado no Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães
e Gatos.
Art. 13. É direito do tutor ou protetor realizar a microchipagem gratuita de cão ou gato sob
sua guarda nos órgãos e entidades competentes do Distrito Federal e nas organizações da sociedade
civil que tenham firmado parceria com o Poder Público distrital para esse fim.
Parágrafo único. O tutor ou protetor deve comprovar residência no Distrito Federal e estar com
registro ativo e atualizado no Cadastro Distrital de Tutores e Protetores de Cães e Gatos.
Art. 14. É autorizado ao protetor que tenha firmado parceria com o Poder Público distrital, na
forma do art. 11, I, realizar diretamente a castração ou microchipagem em cães e gatos sob sua
guarda.
Art. 15. O protetor tem prioridade sobre o tutor no atendimento para a realização dos
procedimentos de castração ou microchipagem de cão ou gato sob sua guarda.
Parágrafo único. O tutor que tenha adotado cão ou gato tem precedência de atendimento em
relação aos demais tutores quanto aos procedimentos de que trata o caput, caso apresente certificado
de adoção de cão ou gato, expedido na forma do § 1º do art. 9º.
Art. 16. O Poder Executivo deve regulamentar os critérios e procedimentos de eletividade e
acesso aos direitos de que trata esta Seção, sem prejuízo do disposto na Lei nº 7.001, de 13 de
dezembro de 2021, e na Lei nº 4.574, de 6 de junho de 2011.
Seção VII
Da Semana Distrital de Proteção de Cães e Gatos
Art. 17. É instituída a Semana Distrital de Proteção de Cães e Gatos, a ser realizada
anualmente na segunda semana do mês de março, destinada à realização de eventos sobre a temática
da proteção de cães e gatos, especialmente:
I – mutirão de castração e microchipagem;
II – campanha de doação de ração, medicamento e produto de higiene e limpeza a protetores
cadastrados no Cadastro Distrital de Protetores de Cães e Gatos e, quando for o caso, no Cadastro
Distrital de Adoção de Cães e Gatos;
III – realização de feiras de adoção;
IV – realização de palestras e espetáculos artísticos beneficentes.
§ 1º Para os fins do inciso II, o Poder Executivo deve disponibilizar pontos de coleta em todas
as Regiões Administrativas do Distrito Federal.
§ 2º Os bens e recursos arrecadados nos eventos referidos nos incisos II e IV devem ser
revertidos aos protetores de que trata esta Lei, conforme critérios de rateio definidos em regulamento.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. O Poder Público deve manter ações e campanhas permanentes visando à educação
sobre guarda responsável.
Art. 19. As despesas resultantes da aplicação desta Lei correm à conta de dotação específica
consignada no orçamento do Poder Executivo.
Art. 20. Fica criado o Conselho Distrital para Avaliação e Acompanhamento das Políticas sobre
Direitos Animais e Guarda Responsável, com participação de entes do Poder Público e da sociedade
civil organizada, a ser regulamentado em norma específica.
Art. 21. O Poder Executivo deve regulamentar esta Lei no prazo de 90 dias a contar da sua
publicação.
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 25 de junho de 2024.
MANOEL ÁLVARO DA COSTA
Secretário Legislativo
Documento assinado eletronicamente por MANOEL ALVARO DA COSTA - Matr. 15030, Secretário(a)
Legislativo(a), em 01/07/2024, às 16:45, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1735568 Código CRC: 2AFAFBA4.
DCL n° 142, de 02 de julho de 2024
Redações Finais 749/2023
Leis
PROJETO DE LEI Nº 749, DE 2023
REDAÇÃO FINAL
Dispõe sobre o licenciamento para a
realização de eventos e dá outras
providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Das Disposições Iniciais
Art. 1º O licenciamento para realização de eventos no Distrito Federal dá-se nos termos desta
Lei.
Art. 2º Para efeitos desta Lei, considera-se:
I – evento: a realização de atividades recreativas, sociais, culturais, religiosas, esportivas,
institucionais ou promocionais, inclusive formaturas escolares, cuja realização tenha caráter eventual,
dê-se em local determinado, de natureza pública ou privada, e que acarretem impacto no sistema
viário e/ou na segurança pública;
II – licença para eventos: autorização temporária do poder público para a realização do evento,
em áreas públicas ou particulares, com prazo determinado;
III – licença de funcionamento: autorização específica emitida pelo poder público que legitima
o exercício de atividades econômicas ou auxiliares, por reconhecer que foram atendidos os requisitos
relativos à segurança sanitária, ambiental e contra incêndios e às posturas urbanísticas, edilícias e de
acessibilidade;
IV – responsável pelo evento: todo aquele que promove, organiza, realiza ou se responsabiliza
pelo evento, seja pessoa física ou jurídica;
V – responsável técnico: profissional capacitado que elabora, planeja e atesta os documentos
técnicos relativos às instalações e estruturas do local do evento;
VI – infração: toda conduta omissiva ou comissiva a que a lei comine uma sanção;
VII – infração continuada: a manutenção do fato ilícito, ou o cometimento de várias infrações,
de mesma espécie, apuradas em uma única ação fiscal;
VIII – infrator: aquele que cometer, auxiliar, induzir, instigar ou constranger ao cometimento
de infração prevista nesta Lei;
IX – reincidência: o cometimento de nova infração no período de 6 meses, apurada nas datas
das respectivas ocorrências.
Parágrafo único. Não se considera evento, para os efeitos desta Lei, aquele de cunho
estritamente familiar voltado para celebração ou confraternização, exceto quando, excedendo 200
pessoas, acarretar impacto no sistema viário ou na segurança pública.
Seção II
Dos Princípios
Art. 3º O licenciamento de eventos de que trata esta Lei deve ser regido pelos seguintes
princípios:
I – proteção ao meio ambiente;
II – respeito aos padrões e legislações urbanísticas;
III – manutenção da segurança, higiene e proteção contra incêndio e pânico;
IV – acesso ao lazer, cultura e esporte à população do Distrito Federal;
V – fomento ao turismo;
VI – preservação de Brasília como patrimônio histórico e cultural da humanidade;
VII – proteção à criança e ao adolescente;
VIII – respeito aos limites sonoros permitidos.
Seção III
Dos Eventos Dispensados do Licenciamento
Art. 4º Ficam dispensados de obter a licença para a realização de eventos de que trata esta
Lei:
I – os estabelecimentos ou as instituições que possuam licença de funcionamento definitiva,
nos termos da lei de regência, para realização de eventos em suas dependências, desde que:
a) os eventos sejam realizados no perímetro abrangido pela licença de funcionamento do
estabelecimento ou instituição;
b) contenham, em suas licenças de funcionamento, a previsão da atividade do evento a ser
realizado;
c) não haja alteração na estrutura ou configuração apresentados para obtenção da licença de
funcionamento;
II – evento de até 200 pessoas que, embora não familiar, esteja voltado para atividades
sociais, artísticas, culturais, na forma da Lei nº 4.821, de 27 de abril de 2012, ou corporativos;
III – as produções audiovisuais de qualquer formato, públicas e privadas, sendo elas reguladas
pelos ordenamentos jurídicos da Política de Estímulo a Filmagens do Distrito Federal;
IV – as manifestações artísticas e culturais nas ruas, avenidas e praças públicas que se
amoldam à Lei nº 4.821, de 2012.
§ 1º Nos casos elencados nos incisos II e III do caput, é exigida a licença para eventos quando
o acesso e realização dependem de público pagante, ainda que a título de contribuição ou colaboração
voluntária.
§ 2º Os eventos de que trata este artigo não estão dispensados do recolhimento da Taxa de
Funcionamento de Estabelecimento – TFE, ou outra que lhe suceder, e do preço público
correspondente ao espaço público utilizado na realização do evento.
CAPÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES
Art. 5º São obrigações do responsável pelo evento:
I – garantir que ocorra em conformidade com a licença expedida;
II – prezar pela segurança dos participantes;
III – apresentar informações fidedignas;
IV – realizar a limpeza do local imediatamente após o término do evento, quando ocorrer em
área pública;
V – garantir o cumprimento de todas as diretrizes e exigências expedidas pelo poder público;
VI – apresentar caução para cobertura de eventuais danos ao patrimônio público no caso de
realização de evento em área pública, que deve ser disciplinada no regulamento desta Lei, inclusive
quanto à eventual dispensa, nos casos de interesse da administração;
VII – recolher a Taxa de Funcionamento de Estabelecimento – TFE, ou outra que lhe suceder, e
o preço público correspondente ao espaço público de realização do evento.
Parágrafo único. A obrigação a que se refere o inciso II inclui, dentre outras ações:
I – o dimensionamento adequado dos espaços e dos portões de acesso e escoamento dos
participantes;
II – a permissão para a entrada dos participantes portando copos ou garrafas de água,
conforme as especificações previstas em regulamento;
III – a instalação de ilhas de hidratação, nas hipóteses e com o dimensionamento definidos em
regulamento.
Art. 6º São obrigações do Poder Executivo, por meio de seus órgãos e entidades competentes:
I – garantir a transparência dos procedimentos;
II – fiscalizar a realização de eventos;
III – no caso de falhas, irregularidades ou descumprimentos de medidas necessárias à
realização do evento, exigir as medidas corretivas ou, não sendo possível, impedir a realização ou a
continuidade do evento;
IV – emitir laudo pericial prévio, em que conste o estado de entrega do espaço público, no caso
de realização de evento em área pública, nos termos da regulamentação desta Lei;
V – disponibilizar meios eficazes e céleres para executar o disposto nesta Lei e em seu
regulamento;
VI – disponibilizar, por meio de ferramenta de pesquisa e de dados abertos, informações sobre
o andamento do processo de licenciamento de cada evento específico;
VII – realizar vistoria prévia à realização do evento e expedição subsequente da licença.
Parágrafo único. No caso de omissão do poder público para a emissão do laudo pericial prévio
de que trata o inciso IV do caput, é considerado o laudo elaborado pelo responsável pelo evento,
conforme critérios definidos pela regulamentação desta Lei.
CAPÍTULO III
DA CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS
Art. 7º Os eventos são classificados:
I – quanto à quantidade de pessoas:
a) pequeno: até 1.000 pessoas;
b) médio: de 1.001 a 5.000 pessoas;
c) grande: de 5.001 a 15.000 pessoas;
d) super: de 15.001 a 30.000 pessoas;
e) mega: acima de 30.000 pessoas;
II – quanto ao risco:
a) baixo;
b) médio;
c) alto;
d) super;
e) mega.
§ 1º A classificação do risco do evento deve ser calculada conforme escala de graduação de
risco, definida pelo Poder Executivo em regulamento, e deve levar em consideração:
I – o tipo de evento;
II – o local do evento;
III – a duração do evento, por dia de realização;
IV – a faixa etária predominante;
V – o controle de acesso ao público;
VI – a acomodação do público;
VII – o consumo de bebidas alcoólicas;
VIII – as estruturas provisórias.
§ 2º A classificação de que trata o inciso I do caput diz respeito à quantidade de pessoas por
dia de evento.
CAPÍTULO IV
DA LICENÇA PARA EVENTOS
Art. 8º A licença para eventos é expedida pelo Poder Executivo, mediante requerimento a ser
apresentado pelo responsável pelo evento.
§ 1º O procedimento de expedição da licença para eventos deve ser definido em regulamento.
§ 2º O descumprimento, pelo poder público, dos prazos regulamentares que incorram em
prejuízo à realização dos eventos de que trata esta Lei implica o reconhecimento tácito da emissão da
licença, condicionada a vistorias posteriores e desde que o interessado tenha apresentado todos os
elementos necessários à instrução do processo.
§ 3º Não é concedida licença tácita no caso de eventos de alto, super ou megarrisco.
§ 4º Respondem administrativamente os agentes públicos que dão causa a mora ou omissão
em prejuízo da realização do evento, sem prejuízo das penalidades na esfera cível e penal.
§ 5º No caso de licença tácita, o empreendedor que causar eventual lesão à saúde humana, à
integridade do meio ambiente ou qualquer outro dano decorrente da atividade exercida é
responsabilizado civil, penal e administrativamente pelos atos causados, bem como os agentes públicos
e privados que concorreram para o evento.
Art. 9º A documentação necessária para a obtenção da licença e sua renovação deve observar
a classificação do evento, conforme definido em regulamento.
Parágrafo único. O protocolo de toda documentação necessária é concentrado em apenas um
órgão, responsável pela tramitação aos demais, na forma do regulamento.
Art. 10. Devem ser definidos em regulamento os termos para emissão da licença para
eventos, tais como: prazos, requisitos, tipos de atividades, estabelecimentos, locais de realização,
permissões e proibições.
Parágrafo único. A emissão de licença para eventos pelo Poder Executivo deve observar a
preservação do interesse público, do patrimônio tombado e a legislação específica.
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES
Seção I
Das Disposições Iniciais
Art. 11. Considera-se infração:
I – toda ação ou omissão que importe inobservância desta Lei, de seu regulamento ou das
demais normas aplicáveis, sobretudo da legislação ambiental e do contido no Estatuto da Criança e do
Adolescente;
II – falsidade dos documentos exigidos em lei;
III – realização do evento em desconformidade com a licença expedida;
IV – descumprimento das determinações do órgão ou entidade competente;
V – descumprimento das obrigações constantes no art. 5º;
VI – geração de risco iminente à segurança, ao patrimônio público ou ao meio ambiente;
VII – realização de evento sem a emissão da licença para eventos ou quando ela tiver sido
cassada ou revogada;
VIII – atuação com a inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal cancelada;
IX – desacato a agente público;
X – indução, instigação, auxílio ou constrangimento à prática de infrações descritas nesta Lei.
Parágrafo único. Diante de indícios de infração penal, o órgão de fiscalização deve comunicar à
autoridade competente, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas nesta Lei.
Art. 12. O cometimento de infração sujeita o infrator às seguintes sanções:
I – multa;
II – interdição sumária da atividade do evento;
III – suspensão da expedição de nova licença para eventos;
IV – cassação da licença para eventos;
V – revogação da licença para eventos;
VI – apreensão de bens, mercadorias, documentos e equipamentos.
Parágrafo único. As sanções podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa,
independentemente da responsabilidade prevista em outras normas administrativas ou nas legislações
civis ou penais.
Art. 13. O responsável pelo evento e o responsável técnico respondem solidariamente pelas
sanções previstas nesta Lei quando a infração se relacionar com as competências do responsável
técnico.
Art. 14. As sanções previstas nesta Lei são aplicadas pela autoridade competente, na forma do
regulamento, observado o contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo da adoção de medidas
acauteladoras.
Parágrafo único. É proibida a aplicação das sanções previstas no art. 12 desta Lei antes de
concluído o processo de vistoria e licenciamento.
Art. 15. A aplicação das penalidades previstas nesta Lei é realizada sem prejuízo da exigência
dos tributos devidos e das providências necessárias à instauração da ação penal cabível, inclusive por
crimes de desobediência ou desacato.
Art. 16. A penalidade aplicada pela autoridade competente deve ser encaminhada para ciência
da chefia imediata ou do superior hierárquico, para dar início ao processo administrativo próprio, na
forma da regulamentação desta Lei.
Parágrafo único. A aplicação da penalidade deve ser motivada, justificada e devidamente
fundamentada.
Seção II
Multa
Art. 17. A multa é aplicada no caso do cometimento de qualquer infração prevista no art. 11.
Art. 18. A multa deve ser aplicada de acordo com a gravidade da infração, observada a
classificação do evento, nos seguintes valores:
I – evento pequeno: até R$ 10.000,00;
II – evento médio: até R$ 30.000,00;
III – evento grande: até R$ 80.000,00;
IV – superevento: até R$ 200.000,00;
V – megaevento: até 500.000,00.
§ 1º O valor da multa pode ser agravado tendo em vista a classificação de risco do evento,
cujos critérios devem ser estabelecidos por regulamento, da seguinte maneira:
I – risco baixo: 40% do valor da multa fixada;
II – risco médio: 60% do valor da multa fixada;
III – risco alto: 80% do valor da multa fixada;
IV – super-risco e megarrisco: 100% do valor da multa fixada.
§ 2º A multa é aplicada em dobro no caso de:
I – descumprimento de interdição;
II – reincidência ou infração continuada.
§ 3º Os valores previstos nesta Lei e em seu regulamento devem ser atualizados anualmente
pelo mesmo índice que atualize os valores expressos em moeda corrente na legislação do Distrito
Federal.
§ 4º Os recursos arrecadados com aplicação das multas são destinados à execução de
programas e projetos de desenvolvimento de políticas culturais por meio do Fundo de Política Cultural
do Distrito Federal, na forma da Lei Complementar nº 934, de 7 de dezembro de 2017.
Seção III
Interdição Sumária
Art. 19. A interdição sumária da atividade do evento dá-se nos casos previstos no art. 11, II,
III, IV, VI, VII e VIII e quando inexistirem condições para a realização do evento, após a constatação
pelo órgão ou entidade competente.
Parágrafo único. A desinterdição do estabelecimento ou da atividade fica condicionada ao
saneamento das causas que ensejaram a interdição, após vistoria da autoridade competente.
Seção IV
Suspensão da Expedição de Nova Licença para Eventos
Art. 20. Fica suspensa a expedição de nova licença para eventos, pelo período de um ano, ao
infrator reincidente no descumprimento de interdição sumária ou que tenha a licença cassada.
Parágrafo único. Quando o infrator for pessoa jurídica, o Poder Executivo pode iniciar
procedimento de desconsideração da personalidade jurídica, conforme o caso.
Seção V
Cassação da Licença para Eventos
Art. 21. A licença para eventos pode ser cassada, nos casos previstos no art. 11, II e VIII e
quando for constatada condição insanável que impeça a realização do evento.
Seção VI
Revogação da Licença para Eventos
Art. 22. A licença para eventos pode ser revogada no caso previsto no art. 11, V e quando o
interesse público assim o exigir, na forma da regulamentação.
Seção VII
Apreensão de Bens, Mercadorias, Documentos e Equipamentos
Art. 23. A apreensão de bens, mercadorias, documentos e equipamentos é aplicada nos casos
previstos no art. 11, VII, bem como no caso de descumprimento da interdição sumária.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 24. Aplica-se a presente Lei, no que couber, à realização de eventos de repercussão
internacional, naquilo que não conflitar com a legislação federal ou com os instrumentos normativos
especialmente editados para essa finalidade.
Art. 25. Para os casos de emergência ou de calamidade pública, devem ser adotados
procedimentos extraordinários para a concessão de licenciamento de eventos, conforme definido na
regulamentação desta Lei.
Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, tendo aplicação imediata, no que
couber, ressalvados os atos já praticados que sejam favoráveis ao interessado.
Art. 27. O Poder Executivo deve regulamentar esta Lei.
§ 1º Até a publicação da regulamentação desta Lei, aplica-se, no que couber, o disposto no
Decreto nº 35.816, de 16 de setembro de 2014.
§ 2º O licenciamento dos eventos integrantes do Carnaval do Distrito Federal, de caráter
público, observa regulamento próprio, elaborado e publicado após ampla participação social,
obedecidas as disposições gerais desta Lei e as regras específicas e garantidoras previstas na Lei nº
4.738, de 29 de dezembro 2011.
Art. 28. Fica revogada a Lei nº 5.281, de 24 de dezembro de 2013.
Sala das Sessões, 25 de junho de 2024.
MANOEL ÁLVARO DA COSTA
Secretário Legislativo
Documento assinado eletronicamente por MANOEL ALVARO DA COSTA - Matr. 15030, Secretário(a)
Legislativo(a), em 01/07/2024, às 16:46, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1736333 Código CRC: 8379599F.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024
Portarias 206/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 206, DE 3 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da
Mesa Diretora; com base nos artigos 166, inciso I, e 167, ambos da Lei Complementar nº 840/2011; no
art. 101 da Lei Complementar nº 769/2008; e tendo em vista o que consta do Processo nº
00001‑00014856/2024-10, RESOLVE:
AVERBAR o tempo de serviço/contribuição, não concomitante com o período laborado nesta
Casa e averbações anteriores, prestado pela servidora CRISTIANE OLIVEIRA DA ROCHA, matrícula nº
24.399-00, ocupante do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria Agente de Polícia Legislativa, da
seguinte forma: 658 dias, de 12/4/2010 a 29/1/2012, ao MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA
PÚBLICA – MJSP, para efeitos de aposentadoria e disponibilidade, correspondentes a 1 (um) ano, 9
(nove) meses e 23 (vinte e três) dias, conforme Certidão de Tempo de Contribuição emitida pelo MJSP.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 03/05/2024, às 13:55, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1650532 Código CRC: 3D94F9E2.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 34/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 34ª
(TRIGÉSIMA QUARTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL
PARA DEBATER A INTERVENÇÃO NO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA E
TRANSPLANTES DO DISTRITO FEDERAL – ICTDF E OS IMPACTOS DO
PROJETO DE LEI Nº 1.065/2024, QUE AUTORIZA A GESTÃO PELO
INSTITUTO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DE SAÚDE
DO DISTRITO FEDERAL IGES-DF,
DE 25 DE ABRIL DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 18H39MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Declaro aberta a sessão ordinária de quinta-feira,
25 de abril de 2024, às 15 horas e 1 minuto.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pela presidência.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O expediente lido vai a publicação.
Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.315/2024, de autoria do deputado Jorge Vianna
– PSD, a sessão ordinária de hoje, quinta-feira, dia 25 de abril de 2024, fica transformada em comissão
geral para debater sobre a intervenção do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal –
ICTDF e os impactos do Projeto de Lei nº 1.065/2024, que autoriza a gestão pelo Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do Distrito Federal – Iges-DF.
(A sessão transforma-se em comissão geral.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Convido as senhoras e os senhores deputados,
bem como todos que desejarem participar deste debate, a virem ao plenário.
Solicito a abertura das portas para os convidados. Se vocês quiserem, podem descer a rampa.
Aqueles que forem chegando podem ir se sentando. Os convidados que chegarem depois vão participar
da galeria. Podem vir para cá.
Está suspensa a comissão geral.
(Suspensa às 15h04min, a comissão geral é reaberta às 15h23min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Boa tarde, senhoras e senhores, sejam muito
bem-vindos a esta casa, como sempre, a casa do povo.
Sob a proteção de Deus, reiniciamos os nossos trabalhos ao dar boas-vindas a todos os
presentes.
Declaro aberta a comissão geral para debater sobre a intervenção no Instituto de Cardiologia e
Transplantes do Distrito Federal – ICTDF e os impactos do Projeto de Lei nº 1.065/2024, que autoriza a
gestão pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal – Iges-DF.
Quero convidar, inicialmente, para participar conosco da mesa: o general Manoel Luiz
Narvaz Pafiadache, representando o ICTDF; o presidente do Instituto Brasileiro de Transplantados,
Robério Melo; e a enfermeira mais conhecida no instituto, Maria do Carmo Barros, a Carminha.
(Palmas.)
Senhoras e senhores, há mais um convidado que está vindo: o doutor André, que também vai
fazer parte desta mesa.
Nós fizemos convites ao Iges, à Secretaria de Saúde e ao Ministério Público. Obviamente, o
Iges não viria para esta sessão hoje. Acredito até que perdeu o objeto. Graças a Deus, nós
conseguimos impedir que o Iges pudesse fazer a gestão do Instituto de Cardiologia. Quanto à
Secretaria de Saúde, acredito que tenha sido um grande erro ela não ter vindo aqui, porque este é o
momento de nós ouvirmos todas as partes, inclusive quem está fazendo a intervenção no instituto.
Embora os interventores encaminhados pela Secretaria de Saúde não estejam aqui, nós temos algumas
informações, que, talvez, para alguns já não sejam novidade, mas para muitos podem ser: justamente
as informações que eles estão divulgando com relação ao que foi visto e ao que foi feito no Instituto de
Cardiologia.
O intuito deste encontro, desta reunião, pessoal, é nós podermos ouvir. Eu acredito que nós,
principalmente os parlamentares, temos de ouvir todos os envolvidos de uma só vez e não de forma
parcelada, como está sendo feito. Ora nós ouvimos a secretária de Saúde, ora nós ouvimos o instituto,
ora nós ouvimos os pacientes, e as informações não estão batendo. De verdade, as informações não
estão batendo. Cada um fala uma coisa. O instituto fala que a Secretaria de Saúde deve, a Secretaria
de Saúde fala que não deve; a intervenção fala que o instituto enviou dinheiro para fora de Brasília, o
instituto fala que não enviou. Sinceramente, eu prefiro saber por meio de quem realmente pode falar.
Eu não quero saber pela mídia ou por qualquer outro órgão. Nós temos que saber dos fatos aqui na
Câmara Legislativa.
Então, hoje, acredito que esta comissão geral vai ser muito esclarecedora. Como eu falei... Não
posso deixar de parabenizar o governador por ter retirado esse projeto desta casa. Parte da nossa
discussão nesta comissão já foi resolvida, porque iríamos tratar do projeto de lei que o governo enviou
para esta casa. Esse projeto foi rechaçado, todos sabem disso. Ele estava causando muito desconforto,
inclusive em deputados da base. Eu sempre digo, Pafiadache, que eu sou aliado, mas eu não sou
alienado. Então, o que é bom para Brasília eu vou votar; o que é ruim para Brasília eu não vou votar,
mesmo estando com o governo – e aquilo não parecia ser bom para Brasília.
Isso é um fato. Vocês estão vendo nas redes sociais, vocês estão vendo em investigações o
que é o Iges. Então, não tem que se falar em expansão do Iges, tem que se organizar e melhorar o
que eles estão tentando gerir. Eu já estive em UPA, eu já estive em hospitais e o atendimento não está
bom. Se a promessa era melhorar porque contratariam com valor melhor e rapidamente, não estão
fazendo as contratações. Não há pediatra no Iges!
Eu estive em São Sebastião, em uma UPA. As mães estavam revoltadas – e com razão –
porque não havia pediatra. Eu liguei para o presidente e quem me atendeu foi uma assessora, que
disse que não havia pediatra. Até pediram que eu indicasse pediatras. Eu falei: “Mas eu não tenho que
indicar pediatras. Quem tem que contratar são vocês!”. Como eu vou indicar pediatra? Sabe-se lá onde
há pediatra para ser indicado! Não tem que fazer uma prova para entrar no Iges? Como eu vou indicar
um pediatra? Que história é essa? Está tudo errado! Para eles, no mundo maravilhoso do Iges, está
tudo bom, está tudo bem. Até hoje, de 2018 para cá, nenhuma das contas foi avaliada e aprovada no
Tribunal de Contas. Nenhuma! Não podemos falar do Iges. Não podemos falar se ele está bom, sendo
que ele não está mostrando que está bom.
Por esses motivos, pessoal, que eu fui contra e sou contra a expansão do Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde. Agora, os trabalhadores que estão lá, que não têm nada a ver com essa
discussão, que não têm nada a ver com essa briga, estão sofrendo com uma má gestão. Até uma
emenda que eu fiz, acatada pelo governador Ibaneis, que era a expansão do plano de saúde para os
trabalhadores do Iges, até hoje não foi implementado – até hoje! Se uma empresa até hoje não
implementou o plano de saúde para os trabalhadores, para mim essa empresa não é boa, para
começar. São esses os motivos que me fizeram votar contra essa expansão.
Todos que quiserem falar vão falar e eu quero que falem. Os sindicatos são bem-vindos aqui:
temos o sindicato dos enfermeiros, o Conselho de Saúde representado, o sindicado dos médicos. Este é
o momento para todos falarem. Se em algum momento vocês não tiveram fala, hoje vocês vão ter. O
Guilherme vai fazer a inscrição e, assim que os nossos colegas da mesa falarem, vocês irão falar.
Muitos deputados estão na casa e, quando vierem para cá, a prioridade de fala será deles. Quando o
deputado chegar aqui e quiser falar, ele vai falar também. Então vamos ser pragmáticos, rápidos, para
que sejamos entendidos.
Gostaria de lembrar que, a partir deste momento, estão abertas as inscrições daqueles que
desejam fazer o uso da palavra. Os interessados em participar podem falar com o nosso Cerimonial.
Eu também vou fazer uma espécie de entrevista. A dúvida que eu tiver, vou perguntar aos que
estão aqui na mesa. As minhas sessões não são nada convencionais, até porque eu acho que quem
está nos acompanhando e quem veio para cá quer saber tudo. Eu tenho muitas dúvidas e queria, de
verdade, que essas dúvidas fossem sanadas. E só mais um detalhe: tudo está sendo gravado, está
sendo filmado. Então, sobre o que vocês falam, lógico, vocês têm responsabilidade, principalmente
com a verdade.
Quero passar inicialmente a palavra à nossa representante dos trabalhadores. De quais
trabalhadores? Daqueles que trabalham lá no instituto, desde os trabalhadores da limpeza e da
conservação até o médico-cirurgião. Trata-se de uma pessoa que eu conheci no instituto em um
momento de crise, em um momento muito crítico. Eu conheci a Carminha quando ela me procurou
querendo ajuda para sanar um direito do trabalhador: o pagamento, que estava em atraso. Nem
comida alguns trabalhadores tinham para comer. Muitos estavam indo trabalhar pagando passagem.
E o que me chamou mais atenção, Pafiadache, foi que naquele momento ninguém falava mal
do instituto. Mesmo sofrendo, eles estavam lá apoiando o instituto; mesmo com os salários atrasados,
eles o estavam apoiando. É lógico que chamavam o sindicato para fazermos o nosso papel, mas eles
estavam ali defendendo o instituto.
Eu achei aquilo tão bonito e tão estranho! Pela primeira vez, eu vi trabalhadores do hospital
trabalharem por amor. O dinheiro é importante? É óbvio que é importante, mas, naquele momento, eu
vi que o amor sobressaía ao valor do salário, por incrível que pareça. Por que eu digo isso? Porque eu
falava: “Vamos entrar com um processo, vamos denunciar, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo”. E
eles respondiam: “Não, vamos tentar por aqui, porque eles vão fazer. Atrasa, mas paga.” Eu achei
diferente, e naquele momento isso me chamou muita atenção.
Nós fizemos entrega de cestas básicas que conseguimos, fizemos entrega de panetones. Até
peru nós entregamos para algumas pessoas, principalmente para aquelas que estavam com o salário
mais atrasado e que tinham o menor salário.
Então, foi uma relação muito forte a que eu desenvolvi com aquele hospital. É por isso que eu
criei aqui a Frente Parlamentar em Defesa do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito
Federal. Desde o início, quando conheci o instituto, eu o venho defendendo, ajudando, colocando
recursos, cobrando. Da última vez que eu estive lá, foi para fiscalizar uma emenda que eu mandei e
que foi executada. Foram trocados todos os enxovais do instituto. Lá havia colchões e lençóis rasgados,
de tão velhos. E nós trocamos tudo. Eu mandei 1 milhão de reais. Para mim, foi gratificante.
Uma das poucas coisas que me gratifica, como parlamentar, é isto, é poder pegar uma emenda
parlamentar e colocá-la para fazer o bem, para ajudar alguém. É isso que gratifica. Eu sempre digo que
ser deputado é 70% trabalho, suor, sangue e dor, e que 30% são alegria. Estes são os meus 30% de
alegria: poder ajudar. Fiquei muito feliz em ver que fui útil naquele momento. Queria ser muito mais,
mas, infelizmente, o instituto é mais um entre os tantos organismos de um sistema muito grande, que
é a saúde do Distrito Federal.
Carminha, seja bem-vinda. Eu fiz questão de colocar você para compor a mesa, para falar para
todos e representando todos, porque você, para mim, representa todos: você já levou ao meu
gabinete, para falar sobre projetos, médicos, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, enfermeiros;
você sempre defende, principalmente, quem está lá embaixo – os meninos da portaria, da limpeza e
tudo –, então, para mim, você é a representante legítima.
Obrigado. Seja bem-vinda.
MARIA DO CARMO BARROS – Boa tarde a todos. Meu nome é Maria do Carmo. Todo mundo
me conhece como Carminha. Eu sou enfermeira assistencial da UTI Adulto. Amo o que faço. Eu sou
muito grata a Deus por trabalhar no ICTDF.
Estou muito preocupada com essa situação, que não é de agora. Nós temos 2 questões: temos
a FUC, de um lado; e temos o Iges e o governo, de outro lado. No meio, estamos nós, colaboradores e
pacientes, que, para mim, são os principais.
Eu quero perguntar ao senhor Pafiadache por que a FUC chegou a esta situação? E, se a FUC
não ficar, ela vai pagar os nossos direitos trabalhistas?
Eu gostaria de fazer uma pergunta para os representantes do Iges, que não estão aqui, no
momento. Como a briga é entre a FUC e o Iges, se o Iges assumisse, o governo manteria o modelo
ICTDF de ser – que funciona –? Eu gostaria de ter essa resposta.
Quero mandar um abraço para os 1.043 colaboradores do ICTDF, desde a rouparia, passando
pela engenharia clínica, a higienização, a enfermagem, a radiologia, até o laboratório – a todos.
Eu gostaria também de dizer, deputado Jorge Vianna, que trabalhamos com amor, sim. O
ICTDF tem uma essência... Eu já trabalhei em vários hospitais, todos aqui do DF, inclusive Marinha,
Sarah; eu larguei o Sarah para ir para o ICT. Fiz enfermagem, especializei-me em cardiologia, UTI e
gestão. Mas eu escolhi o ICTDF para minha vida porque ele funciona, porque ele trabalha. Nós
trabalhamos com amor e temos uma essência que não achamos em nenhum outro local, a meu ver.
Porém, sim, estamos sofrendo; meus colegas estão sofrendo; nós temos muitos colegas
afastados por burnout. Os trabalhadores estão ansiosos, com medo de perder o emprego, porque são
pessoas, são pais de família, são mães de família. Esta é a minha bandeira lá dentro do ICTDF: acho
que a direção desse hospital tem que ter mais transparência com essas pessoas, tem que acolhê-las.
Dói muito em mim ver as pessoas doentes, afastadas, sobrecarregadas. Há equipes de trabalhos
incompletas; uns favorecidos, e outros, não. É muita coisa. O ICT é muito bonito, mas há muita coisa
lá dentro que precisa melhorar: materiais, o pessoal da engenharia clínica reclama muito, porque fica
tentando reutilizar, colar e tudo. Então isso me preocupa, isso me dói.
Outra coisa que eu acho que todo mundo está vendo, vou aproveitar a oportunidade para
dizer: nós não temos um lar, temos um hospital quebrado. Ocupamos 3 espaços no HFA, e somos
muito humilhados lá. Até para colocarmos a maca, temos 1 elevador. Quando vamos fazer tomografia
em um paciente, temos que ir pelo fluxo de maca maior. Não somos respeitados ali, e fazemos a
diferença, nós trabalhamos. Então, isso dói muito para nós. Independentemente de quem for ficar,
precisamos de um hospital, de um lar, de ter a nossa identidade, porque eu acho que não temos.
Ontem uma pessoa falou assim para mim: “Carminha, você é uma flor que entrou no ICTDF”.
Eu sou uma flor, sim, mas me torno um cacto para defender o ICTDF. Estando lá como colaboradora,
ou como usuária, sempre vou defender o ICTDF.
É isso o que eu tenho a dizer.
Quero agradecer a cada equipe. A equipe médica é maravilhosa. Gente, vocês não têm noção
de como fazemos milagres naquela UTI. São pessoas dedicadas, médicos dedicados, enfermeiros,
técnicos. A equipe técnica trabalha demais para dar conta de atender o que a secretaria pediu, que são
70 cirurgias cardíacas por mês. E damos conta, e isso não é fácil, é um trabalho árduo!
Para finalizar, eu quero dizer aqui para os transplantados: eu os admiro e acho que temos que
pensar em vocês. Eu, trabalhadora, independente do que acontecer, tenho saúde e força para buscar
outro emprego, mas e vocês que dependem do ICTDF? São quantos transplantes de coração, fígado,
córnea, rim? Mas vocês somos nós.
Lembro-me de uma fala do doutor Luiz: “Nós temos um casamento com vocês, vocês são
casados com o ICTDF”. Isso é verdade! Não existe um hospital privado, uma UPA, um posto que saiba
cuidar do transplantado. Somos nós. Tudo que o transplantado sentir, ele pode ir lá na UDT, que é a
emergência do ICTDF. Eles somos nós. Então, antes de qualquer coisa, temos que pensar neles e lutar
por eles também.
Admiro demais o trabalho do seu Robério. O quanto o seu Robério é igual a mim! Ficamos de
porta em porta de deputado, de empresário, de pessoas para nos ajudar.
Nós, colaboradores e, principalmente, os pacientes, estamos sofrendo. Então, precisamos por
um ponto final nisso, fechar esse ciclo. Queremos somente trabalhar e atender os nossos pacientes.
Qual mal há nisso?
É isso que eu tenho para dizer. Muito grata. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Carminha, você está falando como se fosse uma
despedida. Não. Calma aí, há muita coisa para acontecer.
Estão aqui 2 colegas deputados: o deputado Chico Vigilante e o deputado Gabriel Magno.
Já vou facultar a palavra ao deputado Chico Vigilante, que chegou. (Pausa.)
O deputado Chico Vigilante quer ouvir mais.
Deputado Gabriel Magno, vossa excelência quer usar a palavra? (Pausa.)
O deputado Gabriel Magno quer ouvir mais também.
Vou passar, então, a palavra ao representante dos transplantados. O Robério é um cara que
conheci há algum tempo.
É interessante como os transplantados são unidos, e não poderia ser diferente, não é? Acho
que se trata de uma comunidade em que, se não houver união... Eles não podem viver cada um por si.
Todos dependem da mesma coisa, todos têm o mesmo objetivo, ou seja, manter a saúde, manter o
tratamento.
Quando eu soube que existia uma associação, um grupo de transplantados – eu já estive com
vocês em alguns momentos –, achei muito interessante. No entanto, achei muito doloroso ver vocês
tendo que correr atrás e buscar o óbvio. Uma vez, fomos ao governo, ao Buriti – não sei quem estava,
vocês estavam, não é? –, para pedir o básico: “Queremos continuar com o uso dos remédios,
queremos continuar o tratamento”. Diferentemente das outras doenças, que podem ou não matar, que
podem não evoluir rapidamente, o transplantado parece que tem um reloginho, é uma luta contra o
tempo. Não sabemos quando vamos morrer; o transplantado acha que é próximo, porque ele pode ser
próximo.
Ser transplantado deve ser a coisa mais difícil do mundo. Você se preocupa com o órgão
transplantado: “Será que ele vai continuar funcionando?”, “Será que estou fazendo certo?”, “A minha
vida está...” Enfim, acho, Robério, que você pode passar para nós como é a vida de um transplantado.
O doutor André está chegando. Então, já vou fazer o convite: doutor André, o senhor pode
participar conosco. Eu sei do seu compromisso, sei que o senhor estava lá, no transplante. É isso aí,
cara. Convido o doutor André Watanabe, diretor clínico do ICTDF, a compor a mesa. (Palmas.)
O doutor Jorge está aqui também. Já estivemos juntos – é muito bom vê-lo aqui. Você também
falará.
Concedo a palavra ao Robério Melo. Seja bem-vindo. Muito obrigado.
ROBÉRIO MELO – Boa tarde a todos. Meu nome é Robério Melo. Eu sou transplantado de
fígado há quase 7 anos.
Desde 2018, eu venho em uma luta solitária, tentando ajudar o hospital, o ICTDF: atrás de
deputado, pedindo verba, às vezes, faltava dinheiro no hospital. Em 2020, juntaram-se a mim mais 3
transplantados: a Alice, a Elaine e o Carlos. Nós percebemos que o hospital passava por dificuldades e
começamos a correr atrás de dinheiro, tentando ajudar o hospital.
Nós somos pacientes – o nome diz: paciente. O paciente está esperando atendimento,
procedimentos, mas chega uma hora em que a paciência se esgota. Há 5 anos, o nosso contrato de
transplante está vencido. Eu tenho corrido atrás desse contrato. Onde vocês possam imaginar, eu fui
atrás: Conselho Nacional de Saúde, Câmara Legislativa, Senado Federal. Só faltou o STF. Eu já estava
querendo agendar uma reunião com um dos ministros para falar desse contrato de transplantes que
não acontece.
A falta de dinheiro do hospital era justamente por isso, porque não havia um contrato. Hoje, os
transplantes são feitos por verba suplementar, acho que é isso... Verba indenizatória, desculpem-me.
Demora 3 a 4 meses para aparecer o dinheiro e o hospital fica passando por esses perrengues, o que
não faz sentido. Se o dinheiro está ali e foi feito o transplante, tem que pagar!
Quero deixar uma coisa muito clara: eu acho que essa intervenção já deu o que tinha que dar.
Eu acho que nem devíamos estar discutindo a intervenção, quem vai assumir, quem não vai assumir;
eu acho que tínhamos de estar discutindo a melhoria dos transplantes, do transplante de pulmão, de
pâncreas. É isso que tínhamos que estar discutindo hoje e não essas picuinhas de governo, que não
quer pagar, que fica com um monte de histórias, de que não cabe falar aqui.
Quero dizer um pouco da vida do transplantado. Deputado Jorge Vianna, todo dia, quando
acordo, é um novo dia, é um renascimento. Eu renasci dentro da minha própria vida. Com o
transplantado, acontece isto: renasce dentro da própria vida depois de um “sim” de uma família que
nem conhece, mas que vai levar para o resto da vida. Depois do meu transplante, eu nunca mais me
senti só. Parece que eu tenho um anjo comigo; parece que há uma pessoa comigo o tempo todo. Eu
acho que isso é loucura às vezes; mas, às vezes, eu tenho essa presença de uma pessoa comigo.
Então, a cada dia, é um renascimento. Há os remédios que são essenciais para a nossa vida,
mas que têm muitos efeitos colaterais. Hoje, eu me tornei um cara diabético por conta do tacrolimo. E
há vários efeitos: você perde cabelo, você fica irritado, você perde a fome, você perde o sono. Essa é a
vida do transplantado, mas vale a pena. Eu quero viver mais. Eu preciso viver mais. Há muitas coisas
que nós podemos fazer. O nosso instituto tem muitos projetos para o transplantado e para o pré-
transplantado.
Uma moça que estava com o marido internado no hospital me mandou uma mensagem outro
dia: “Senhor Robério, o senhor pode me fazer um Pix de 15 reais? Porque eu queria tomar café. Eu não
tomei café hoje.” São essas coisas que nos motivam a trabalhar mais. É uma pessoa que veio do Norte,
que trouxe o marido, que não tem recursos e que vemos sofrendo no dia a dia do hospital, porque não
tem onde ficar. Não há uma casa de passagem em Brasília para acolher essas pessoas. Então, são
vários projetos que nós temos em prol dos transplantados e dos pré-transplantados.
Eu quero deixar muito claro que eu defendo o ICTDF como se fosse a minha vida, porque,
realmente, é a minha vida.
Desde 2019, nós perdemos o atendimento de urgência e emergência. Isso, para mim, é
fundamental. Eu não admito um transplantado ter que ir para o pronto-socorro do Hospital de Base,
um cara imunossuprimido ficar dentro daquela confusão lá se há o ICTDF. Esta é a minha luta:
conseguir atendimento de urgência e emergência para o transplantado.
Eu quero parabenizar todos os colaboradores do ICTDF independentemente de setor. Eu sinto
que os colaboradores estão ficando doentes. Você chega a um setor, procura uma enfermeira, e dizem:
“Ah! Está de atestado.” Eu acho que precisamos cuidar de quem cuida, e essas pessoas cuidam muito
bem de nós.
Eu quero agradecer de coração a todos vocês que trabalham no ICTDF e dizer que, em
nenhum momento, eu vou trair vocês, porque o ICTDF tem que continuar funcionando e nos moldes
do ICTDF. Eu não sei quem vai assumir o ICTDF, se vai cair alguém de paraquedas lá para administrar,
mas, em momento nenhum, nós vamos abandonar o instituto.
É isso. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu queria fazer umas perguntas para você,
Robério. A primeira é: você sentiu diferença na mudança de gestão do ICTDF com a intervenção? Você
ou alguém da turma dos transplantados, dos pacientes?
ROBÉRIO MELO – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – São quantos os transplantados aqui em Brasília?
ROBÉRIO MELO – Hoje, nós temos em torno de 18 mil. Só no ICTDF, deve haver quase 3 mil,
2.700 ou 2.800. São pessoas que fizeram transplante fora e vieram morar aqui; são pessoas que fazem
transplante em outros hospitais.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eles fazem a continuidade do tratamento onde?
ROBÉRIO MELO – Começamos pelos hospitais particulares. Se ele tiver plano de saúde, ele faz
lá; se ele não tiver, nós o levamos para o ICTDF, porque é SUS.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, são 18 mil, e, desses, pelo menos uns 3
mil são transplantados do ICTDF.
ROBÉRIO MELO – Sim, em torno de 2.900, 2.700.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Sentiu diferença na mudança da gestão depois
que começou a intervenção?
ROBÉRIO MELO – Quanto ao atendimento, não, eu não senti diferença. Não mudou nada. Todo
mundo tocou a vida como se estivesse normal.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Beleza.
Carminha, você sentiu diferença depois que começou a intervenção? Melhorou, piorou,
manteve, voltou a ser o que era?
MARIA DO CARMO BARROS – Sendo bem sincera, sim. Eu lembro que, na época da Valda... A
Valda é uma pessoa que faz muita falta, porque, mesmo com todas as dificuldades – nós estávamos
sem contrato –, ela era muito transparente. Ela trazia a equipe para o lado dela e dizia: “Estamos no
mesmo barco”. Depois da Valda, ficou muito mais fechado, faltou um pouco mais de transparência.
Atualmente, com a intervenção, pelo menos, salário, material e outras coisas não têm faltado. Então,
eu não tenho o que dizer, não. Para mim, a FUC deixou muito a desejar.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas isso foi de algum tempo para cá ou sempre
foi assim?
MARIA DO CARMO BARROS – Foi por partes, deputado Jorge Vianna. Houve uma época que
era boa, houve uma época que ficou muito ruim, e agora está equilibrado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Está bom.
Doutor André Watanabe, obrigado pela presença. Boa tarde. Seja bem-vindo. Muitos, inclusive
eu, querem ouvir sobre os ânimos da classe médica do Instituto de Cardiologia.
Com a palavra nosso querido amigo doutor André Watanabe, diretor clínico.
ANDRÉ WATANABE – Boa tarde a todos. Boa tarde, deputado.
Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a oportunidade de dar voz às pessoas que
trabalham no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. Acho muito importante
podermos colocar a nossa visão. Acho que esta comissão geral veio muito a calhar neste momento tão
complicado e difícil que o instituto está vivendo com a possível troca de gestão. Acho que esta é uma
oportunidade única de falarmos, demonstrarmos os nossos sentimentos, entendermos um pouco da
história e de como funciona esse hospital.
Eu trabalho lá há 12 anos. Sou médico, formei-me na Universidade de Brasília e fiz parte da
minha especialização fora. Quando voltei a Brasília, comecei a trabalhar lá, justamente dando início aos
programas de transplantes. Isso foi em 2012. Lá se vão 12 anos. Já era a gestão da Fundação
Universitária de Cardiologia.
Então, é importante lembrar que os programas de transplante nasceram, cresceram e
ganharam corpo na gestão da Fundação Universitária de Cardiologia. Não sou da diretoria da fundação
nem vim aqui para defendê-la, mas acho que vale a pena relembrarmos um pouco o histórico e as
coisas que aconteceram ao longo dos anos.
Estou na diretoria médica. Como gerente-geral de assistência, estou responsável por toda a
parte assistencial do hospital, que é a alma dele. O hospital funciona para entregar um bom serviço na
assistência. Nesses últimos quase 5 anos, como diretor médico e gerente-geral de assistência, eu pude
vivenciar muita coisa que posso relatar, especialmente sobre como funciona o hospital.
Apesar de estar na diretoria, continuo à frente do programa de transplante de fígado. Inclusive,
peço desculpas pelo atraso, porque eu estava fazendo um transplante de fígado agora, no hospital. Saí
correndo de lá. Graças a Deus, o transplante correu muito bem.
Hoje conseguimos fazer o transplante com um órgão que veio de Manaus. Sabem por que o
órgão veio de Manaus? Porque em Manaus, cidade grande, não há um serviço de transplante de
fígado. Não há um serviço de transplante de fígado praticamente em toda a região Centro-Oeste e
Norte do país, a não ser no Instituto de Cardiologia.
Por que isso acontece? Porque são serviços muito especializados e que dependem de médicos
disponíveis o tempo inteiro: de manhã, de tarde, de noite. Esse órgão foi retirado às 2 horas da
manhã. Começamos a cirurgia às 8. É preciso ter equipes disponíveis para se deslocarem e tirarem
órgãos na madrugada. Como fazer isso sem um modelo de gestão que premia a eficiência, a
produtividade e a qualidade? Não é simples. Se fosse simples, os grandes estados teriam esse serviço
disponível.
Então, os programas de transplante no Instituto de Cardiologia, com resultados expressivos,
colocam o Distrito Federal em primeiro lugar, há uma década. O Distrito Federal é o primeiro lugar em
número de transplante de coração e fígado por milhão de pessoas. Nós fazemos mais que o dobro do
segundo colocado, em termos proporcionais. Isso é muito expressivo.
Por que isso acontece? Pela maneira como o hospital funciona. O hospital tem capacidade de
comprar insumos especializados com agilidade; de contratar pessoas, que são mão de obra
extremamente específica, de maneira ágil, de maneira rápida; tem como disponibilizar equipes de
anestesia, equipes assistenciais multiprofissionais. Tudo isso para que esses programas possam
funcionar.
Então, a maneira como esse hospital foi concebido e como ele funciona por meio de uma
mantenedora que tem essa capacidade de comprar, de contratar, de adquirir equipamentos com
facilidade e com agilidade, mas também com transparência, é o que faz esse hospital entregar esses
resultados que eu acabei de relatar.
Há 12 anos, quando eu entrei lá, o hospital funcionava de uma maneira exemplar. Nós
tínhamos um hospital que era invejado no país inteiro. Eu, um jovem cirurgião, recém-saído da
residência, vim a esse hospital para começar esse programa de transplante de fígado, e nós tivemos
tudo de que precisávamos para dar andamento e para conseguir chegar hoje a mais de 750 pacientes
que fizeram transplante de fígado no Instituto de Cardiologia nos últimos 12 anos, incluindo esse daqui
que está ao nosso lado.
Porém, lá não há apenas números expressivos. Nós publicamos o melhor resultado do Brasil de
sobrevida em 1 ano desses pacientes transplantados; ou seja, não é apenas em número, mas em
qualidade que esse hospital se destaca.
Quando eu fui para a diretoria, já em uma situação bem complicada – o hospital já estava
sofrendo decadência –, eu pude entender um pouco do que estava acontecendo naquele momento.
Havia até então – até 2018, deputado – 2 contratos com a Secretaria de Saúde que permitiam que o
hospital operasse de maneira equilibrada. Havia recurso. Construiu-se um terceiro andar no prédio –
porque aquele prédio só tinha 2 andares – onde foi criado um andar inteiro para o programa de
transplante de medula óssea – também o único do SUS do Distrito Federal. Para isso, foi necessário um
andar especializado, com filtro de ar, todo preparado para esse tipo de transplante.
A partir de 2018, 1 desses contratos foi suspenso, e nós ficamos com 1 contrato, o Contrato
046-2016, que era extremamente deficitário. Porém, deficitário quanto? Eu vou falar em números para
vocês entenderem.
Nós realizamos cirurgia cardíaca, o nosso principal procedimento, lá. Para a realização de uma
cirurgia de revascularização miocárdica, a famosa “ponte de safena”, por meio do Contrato 046-2016,
pagava-se ao hospital um montante de 20 mil a 25 mil reais. Para a realização dessa cirurgia de peito
aberto, que envolve altíssima complexidade, internação na UTI, às vezes, de 10 a 15 dias de internação
total – isso quando o estado do paciente não se complicasse e ele não ficasse muito mais tempo lá –;
era isso o que o hospital recebia.
Esse Contrato 046-2016 vigorou de 2016 até 2022. Assim, durante todo esse período –
principalmente depois de 2018, em que o outro contrato foi perdido –, quanto mais procedimentos o
hospital realizava, pior ele ficava. Por que não falaram nada? Na época, eu não estava na diretoria;
mas, em 2018, os representantes tomaram a frente. Eles tentaram negociar outros contratos, melhorar
os valores, sempre na promessa de que soluções iriam acontecer em algum momento. E o que
aconteceu? O hospital nunca, nunca quis interromper os atendimentos. Talvez esse tenha sido o maior
erro dele, porque, em 2018, quando saiu o contrato bom e ficou apenas o ruim, deveríamos ter dito:
“Nós não vamos fazer mais!” – mas não!
Tenho aqui os números. Os números de procedimentos realizados em 2017, 2018 e 2019 são
muito semelhantes, porque sempre se tentou manter os atendimentos. Mesmo no primeiro ano em que
saiu o contrato bom e ficamos só com o Contrato 046-2016, o déficit foi de 33 milhões de reais. Assim,
o hospital foi se endividando – ele foi se endividando como? –, mantendo os atendimentos para nunca
ter que interrompê-los.
Chegou-se a um momento, em 2020 – quando o hospital já não tinha mais condições de se
manter, pois havia um déficit enorme –, em que veio a pandemia, com uma inflação enorme dos
insumos, diminuindo o número de procedimentos eletivos. Essa foi a época da grande crise que o
senhor presenciou quando o hospital praticamente fechou as portas. Tivemos que interromper os
novos atendimentos e fechar unidades. O hospital estava na mídia o tempo todo por causa da questão
das crianças – o doutor Jorge Afiune está presente e pode lembrar bem que as crianças precisavam ser
operadas. Lá era o único lugar que fazia o procedimento, e não havia insumos para fazê-lo. Isso
culminou em 2018. O único fato de que me lembro agora e que me chama muito a atenção é que, em
2018, não houve intervenção. Esse foi o pior momento desse hospital até hoje. Ninguém foi lá intervir
para nos salvar com as unidades fechadas, sem podermos realizar cirurgias pediátricas ou cirurgias
para adultos. Isso gerou, na época, 2 ações civis públicas contra a Secretaria de Saúde do Distrito
Federal, a respeito de cirurgias cardíacas pediátricas e de cateterismos, porque não estávamos
realizando esses procedimentos. Ninguém foi intervir no hospital.
O fato é que, felizmente, conseguimos, em agosto de 2022, assinar um novo contrato de
cardiologia, que deu novo fôlego para o hospital. Recebemos, de 2020 a 2022, verbas excepcionais do
Ministério da Saúde – que reconheceu a importância, não só local, mas regional e nacional dessa
instituição – que deram fôlego para que o hospital pudesse continuar funcionando. Com esse novo
contrato de cardiologia, assinado no final de agosto de 2022, o hospital começou a sua recuperação.
Isso veio de maneira equilibrada. É óbvio que o passivo criado nesse período, até chegar a esse
momento, era enorme – todo dia batia à nossa porta. Porém, o hospital começou a se recuperar e
retornou a funcionar na sua plenitude. Em 2023, ele atingiu um dos seus melhores anos.
Porém, cabe lembrar que, em agosto de 2022 – como o Robério lembrou bem –, foi assinado o
contrato para cardiologia, e não foi assinado um novo contrato para transplantes. O contrato para
transplantes ainda continua sem existir. Acabei de realizar no hospital um transplante que não tem
contrato, e ainda estamos recebendo por verba indenizatória. Como os senhores sabem bem, verba
indenizatória não tem reserva orçamentária, não tem plano de pagamento. Nós fazemos isso na
esperança de, em algum momento, recebermos. Porém, além disso, por não haver essa regularidade,
os valores que estamos recebendo com relação aos transplantes, deputado, ainda são os mesmos
valores do Contrato 046-2016.
Então, apenas para citar em números, o hospital realiza transplantes de coração. Ele é o 2º
maior transplantador de coração do Brasil, só perde para o InCor, em São Paulo. Eu estou falando em
números absolutos. Para a realização de um transplante de coração, hoje, no Instituto de Cardiologia,
paga-se 70 mil reais. Imaginem um transplante de coração: o paciente fica internado de 30 a 60 dias,
utiliza-se equipamentos extremamente complexos; e recebemos 70 mil reais. Não há gestão milagrosa
que vá conseguir fazer com que essa conta feche. Isso é impossível!
Então, hoje, o hospital continua realizando os transplantes de coração; continua realizando os
transplantes de fígado; continua realizando os transplantes de medula óssea autólogos para receber 20
mil reais por transplante, por tudo – pagar o médico; os enfermeiros; os técnicos; os materiais; a
internação; o aluguel para o HFA; tudo. Para tudo isso, temos que viver com esse valor.
Realmente, as condições que foram impostas a esse hospital nos últimos anos são condições
extremamente difíceis. Eu estive nesta casa pessoalmente, com vários deputados, ao longo desses
anos, pedindo o auxílio, pedindo emendas, que nos ajudaram muito a renovar o nosso parque
tecnológico – ainda estamos recebendo muita ajuda.
Eu acho que é fácil agora falar da gestão, mas é preciso entender os números e o que vivemos
lá no dia a dia. Então, como diretor da área assistencial, a prioridade nunca foi interromper os
atendimentos – muito pelo contrário, eu acho que a conta que estamos pagando hoje foi por sempre
termos privilegiado o atendimento, por sempre termos feito muito além do que poderíamos fazer com
o que estávamos recebendo.
Então, eu venho aqui – e temos travado uma luta grande – para que esse hospital continue
funcionando; mas, principalmente, para que ele continue funcionando desta maneira: que faz com que
os médicos; os enfermeiros; os técnicos saiam de madrugada para irem captar os órgãos à distância,
para realizarem transplantes de madrugada – como nós fizemos hoje.
Tudo isso acontece – e vai continuar acontecendo – se esse modelo de funcionamento do
hospital conseguir prevalecer. Se isso for mudado – nós conhecemos, e os senhores deputados
conhecem muito mais; os senhores têm visitado os hospitais públicos, têm visto as dificuldades; sabem
que uma gestão amarrada, uma gestão em que não haja essa preferência pela qualidade, pela
produtividade, pela premiação daqueles que trabalham mais, que se dedicam mais –, ele não vai
funcionar dessa maneira.
Então, eu espero muito que esta casa continue atenta a esses próximos passos, que continue
vigilante com as questões que têm sido ditas, e que têm sido colocadas sobre essa instituição. Hoje, eu
estou aqui dizendo o que eu vivo e vivi nos últimos 12 anos dentro dessa instituição. Nos últimos 5
anos como diretor da área assistencial, eu tenho muita esperança de que a solução – uma boa solução
– para esse hospital vai aparecer, com a participação de toda a sociedade, mas muito também com a
força e com a ajuda dos deputados desta casa, que, na última semana, mostraram que têm uma força
muito grande.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, doutor André.
Contamos com a presença da deputada Paula Belmonte, a quem eu faculto a palavra, caso sua
excelência queira, bem como aos demais colegas parlamentares.
Doutor André, em Brasília, há quantos médicos que realizam transplantes, seja de fígado, seja
cardíaco – o senhor sabe dizer? O senhor realiza transplantes de fígado?
ANDRÉ WATANABE – Isso. A minha equipe é a responsável pelos transplantes de fígado. São
equipes separadas. Há a equipe de transplantes cardíacos, que é a mesma que faz as cirurgias
cardíacas no hospital; há só 8 médicos dentro desse grupo, que realizam, em média, de 60 a 70
cirurgias por mês no hospital.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Oito médicos, apenas no ICTDF?
ANDRÉ WATANABE – Apenas no ICTDF. Eu estou falando de números do ICTDF.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu quero saber quantos médicos há em Brasília,
contando em hospitais privados. Você consegue mensurar isso ou não?
ANDRÉ WATANABE – Não. Isso eu não sei lhe dizer, porque há grupos em hospitais privados
que não trabalham com a medicina pública.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É difícil conseguir médicos cirurgiões de
transplantes?
ANDRÉ WATANABE – Sim, posso dar o exemplo da minha equipe. Hoje nós somos 10 médicos,
5 cirurgiões; desses 5 cirurgiões, 2 eu formei lá. Eles são médicos que fizeram 2 residências; depois,
fizeram a especialização de 1 ano conosco, na área de transplante de fígado, para poderem trabalhar
lá. Portanto, tivemos que formar as pessoas para que fossem agregados à equipe, porque não se acha
esse pessoal disponível tão facilmente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, qualquer empresa que entrar vai ter
dificuldade em captar esses profissionais?
ANDRÉ WATANABE – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Tanto para transplantes de fígado como para de
coração e tudo o mais?
ANDRÉ WATANABE – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, esse é um problema com o que temos que
nos preocupar, porque, havendo a mudança da gestão, a empresa que entrar deve manter os que
estão ou contratar mais profissionais. É lógico que isso vai depender de quem entrar, mas eu vi que os
médicos fizeram um manifesto, dizendo “não” ao Iges. Porém, é “não” ao Iges ou “não” a qualquer
outra gestora?
ANDRÉ WATANABE – O doutor Jorge Afiune, que é diretor clínico, representante do corpo
clínico, está aqui e poderá falar melhor sobre isso.
A manifestação que foi feita – eu estava presente na assembleia – disse “não” à tramitação em
caráter de urgência, como estava sendo proposto, para que houvesse uma discussão ampla sobre uma
nova gestora. Então, não houve esse posicionamento de “não” a outras gestoras.
O que foi muito preocupante naquele momento foi a maneira como estava sendo proposta essa
mudança, não deixando nem espaço para que, como hoje, pudéssemos discutir e debater sobre isso.
Porém, não há, dentro do corpo clínico, um sentimento de que não possam vir outras – isso é uma
solução que nós achamos que é possível; não é decisão nossa. O que nós esperamos que seja mantido
é o modelo de como o hospital funciona, que não é a maneira como o Iges funciona. Foi isso que nos
preocupou bastante.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Entendemos.
Eu quero registrar a presença da Isa Leal e da Josy Jacob, diretoras do Sindicato dos Auxiliares
e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal, meu sindicato; doutor Alexandre Omena, diretor
jurídico do SindMédico-DF; Joselice Moura, representando o Núcleo de Ensino do ICTDF; Miguel
Antonio, representando a comissão de técnicos de enfermagem aprovados no concurso da Secretaria
de Saúde; Grazielle de Sousa Barrozo, diretora da Regional de Ensino São Sebastião; Jeferson Bulhosa
Júnior, conselheiro do Conselho de Saúde; Márcio da Mata Souza, diretor financeiro do Sindicato dos
Enfermeiros do Distrito Federal; Barbara Gheste, paciente transplantada do ICTDF.
Eu gostaria de ouvir a fala da área jurídica. Então, convido a Vanessa de Medeiros, que é da
Comissão de defesa das Pessoas com Doenças Crônicas e Raras. (Palmas.) Por favor, venha para a
mesa conosco, porque lhe farei algumas perguntas. Pessoal, vou deixar o discurso do general
Pafiadache para o final, porque há muitas perguntas a serem feitas. Com certeza, o tempo será maior.
Deputado Gabriel Magno, enquanto a Vanessa se posiciona, concedo a palavra a vossa
excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Obrigado, presidente. Eu pedi a palavra para fazer uma breve
saudação, porque vou ter que ficar entrando e saindo da reunião, estamos dando conta de várias
tarefas, mas a estamos acompanhando. Deputado Jorge Vianna, parabéns por esta importante
iniciativa!
Saúdo o general Pafiadache, que está na direção do instituto, e todos que compõem a mesa,
os profissionais, o corpo clínico e os pacientes, que são fundamentais nessa história.
Quero dizer, deputado Jorge Vianna, o compromisso que esta casa pactuou no dia de ontem.
Na verdade, desde o dia em que o projeto chegou a esta casa, houve o esforço do conjunto dos
parlamentares. Acho que essa foi uma luta unânime do parlamento, da Câmara Legislativa. É muito
importante quando a Câmara Legislativa – deputada Paula Belmonte – se unifica em torno de grandes
causas, e esta é uma delas: o necessário fortalecimento, seja da rede SUS, seja de uma área tão
específica e tão importante da alta complexidade, que é a cardiologia, a área de transplantes.
Precisamos ter responsabilidade, como poder público e como Estado, não só com os
profissionais que estão na ponta no dia a dia, mas fundamentalmente com a vida das pessoas –
estamos falando essencialmente disso.
O projeto chegou a esta casa com o intuito de transferir o instituto para o Iges sem amplo
debate, sem ouvir inclusive os principais interessados no assunto – porque é importante ouvir quem
está sendo transferido –, para que apresentassem números, dados e pensassem soluções coletivas.
Obviamente, temos e podemos ter divergências sobre as soluções, sobre o melhor modelo, mas é
fundamental que escutemos, é fundamental discutirmos a saúde a partir desse ponto de vista. O
consenso que se firmou, nesse primeiro momento, de que a melhor solução não é transferir o Instituto
de Cardiologia e Transplantes para o Iges foi muito importante nessa mobilização para também trazer
luz a esse debate. Por isso, parabenizo o deputado Jorge Vianna por esta comissão geral.
Esse debate continuará. Ontem o governo fez um compromisso com esta casa ao retirar o
projeto. Destaco aqui 2 importantes compromissos firmados. Primeiro, há a mudança necessária – pelo
que se tornou público – do interventor. É preciso garantir que nesse novo processo não haja conflitos
de interesses. Segundo, há o prazo de 30 dias que foi firmado ontem e que já é público, obviamente,
para se fazer uma nova chamada pública. Esta casa exercerá a sua função de controle e de fiscalização
mais fundamentalmente escutando as pessoas.
Eu vou continuar acompanhando a sessão, mas, daqui a pouco, terei que sair. Eu quero ouvir o
general, que estará aqui novamente na segunda-feira. Acho importante esse diálogo com os
parlamentares. O deputado Jorge Vianna, membro da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, tem
atuado brilhantemente e colocado esta comissão à disposição do instituto, das entidades e das
organizações aqui presentes, como a deputada Paula Belmonte também tem feito na Comissão de
Fiscalização, Governança, Transparência e Controle. Esse é um tema muito caro para nós, e queremos
transparência para a população do Distrito Federal. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, deputado Gabriel Magno, presidente da
Comissão de Educação, Saúde e Cultura – essa comissão trabalha muito.
Concedo a palavra a Vanessa de Medeiros Fernandes, presidente da Comissão de Defesa dos
Direitos das Pessoas com Doenças Crônicas e Raras da OAB-DF. Vanessa, muito obrigado por ter vindo.
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – Obrigada. Agradeço a todos a presença.
Este é um momento bem sensível em que nós temos que ver o que é prioridade. Quando
temos um problema de saúde na nossa casa, isso se torna prioridade, e deixamos todos os nossos
gastos voltados para aquele momento.
A OAB-DF, quando pensa nos pacientes com doença rara, lembra que muitos vão para a fila de
transplante – isso, para nós, é prioridade zero. Nós estamos bem alinhados com o Ministério Público
com relação a fazer o chamamento público para o ICTDF e, assim como o Ministério Público,
recomendamos que se regularizem os contratos de transplantes. Nisso estamos bem alinhados.
Nós estamos à disposição de vocês.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É importante que a senhora participe mesmo,
com lupa. Quando sair o edital – a promessa é de que sairá em 30 dias, mas pode ser que não seja
assim –, é lógico, aqueles que se credenciarem têm que estar muito atentos, não somente nós,
parlamentares, mas a OAB e o Ministério Público também.
Aqui há uma deputada que é muito antenada com essas questões: a deputada Paula Belmonte.
Inclusive, deputada Paula Belmonte, eu já tenho algumas informações, e irei fazer algumas perguntas.
É bom que vossa excelência ouça, porque são informações que eu obtive; contudo, ainda não foram
divulgadas.
Obrigado, doutora, por ter vindo.
A senhora quer falar mais alguma coisa? Pode ficar à vontade.
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – Nós temos que estar ligados nos prazos. O dia 2 está
aí.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O prazo do término?
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – É.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – ... da intervenção? Provavelmente, ele será
prorrogado, até por conta da decisão do governo.
Deputada Paula Belmonte, muito obrigada por ter vindo. Eu sei que a sua comissão irá
trabalhar muito, nesse momento, com relação aos números, porque as indagações que eu vou fazer
aqui são indagações que, provavelmente, chegarão à comissão de vossa excelência, e temos que saber
a verdade. O objetivo de trazermos essa comissão é justamente para ouvirmos um lado e outro; porém
veio apenas um lado – o outro não veio. Então, vamos ouvir o lado que está aqui e perguntar-lhe
exaustivamente sobre as nossas dúvidas.
Muito obrigado por ter vindo, deputada.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Muito grata, deputado.
Inicialmente, parabenizo todos que estão presentes falando e trazendo à tona um ponto
sensível sobre o Instituto do Coração (sic). Isso também traz à tona como é o sistema de saúde do
Distrito Federal. Então, parabenizo a forma como a Câmara Legislativa, em nome do senhor, realiza
esta comissão geral. Estava também agendada uma comissão geral para tratar de um tema muito
importante a todos nós – o PPCUB – e foi cancelada para que se realizasse esta comissão geral, pela
urgência do tema.
Então, parabéns ao trabalho do senhor, que tem essa grande bandeira, que é a saúde pública
do Distrito Federal!
Quero aqui me colocar também à disposição. Hoje, na Câmara Legislativa, sou presidente da
Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle para a qual a Secretaria de Saúde e o
Iges vêm prestando contas de 4 em 4 meses. E podemos perceber e observar a fragilidade do nosso
sistema, o custo que foi colocado e a operacionalidade de todas as situações.
Como deputada federal, fui parceira do Instituto do Coração (sic), destinando emendas.
Sabemos do compromisso que esses profissionais têm. Como foi falado pelo doutor André, todas as
vezes em que eu tive oportunidade de visitar o instituto, percebi não somente um compromisso com o
salário e com a doação, mas também com a missão. Esse é um hospital que hoje precisa realmente ser
reequipado e de investimento. Percebemos que ali as pessoas estão por uma missão: salvar vidas.
Como foi dito aqui, é o segundo hospital brasileiro em transplante de coração. Isso não é qualquer
número. Estamos falando do Distrito Federal comparado a São Paulo, ao Rio de Janeiro e a Belo
Horizonte. Isso é algo que precisamos olhar com muita atenção.
Aqui eu aproveito, deputado, para trazer algumas situações que nós, como sociedade, como
parlamentares, precisamos olhar. Essas são situações que o Iges nos trouxe, também, para
observarmos. Não sou contra o sistema do Iges – já deixei isso claro –, sou contra como a gestão do
Iges está colocada.
Hoje nós vimos uma fragilidade. Falou-se em insumos; em troca de insumos em estados; em
atraso, porque houve glosa de pagamento. Porém, hoje, segundo a nossa Comissão de Fiscalização,
Governança, Transparência e Controle, o Iges faz troca diária de insumos com a Secretaria de Saúde –
com a Secretaria de Saúde fornecendo –, e não é feito nada. Hoje, o Iges não cumpre as metas
específicas, que ficam aquém da necessidade da nossa população, porque elas foram definidas quando
havia um número menor de habitantes – e, hoje, estamos falando de 3 milhões de habitantes. As
metas ficam aquém da nossa necessidade e não são cumpridas nem glosadas. Isso não justifica a
situação, mas essa é a realidade.
Eu coloco isso como oportunidade de mostrar que nós precisamos discutir, sim, a saúde do
Distrito Federal e realmente a responsabilidade do que está sendo cumprido e proposto pelo Iges.
Hoje, 70% do orçamento do Iges é gasto com pessoal, e nós não sabemos como é a forma de seleção.
Nós vamos entregar o Instituto do Coração (sic) ao Iges? Não há lógica em um negócio desse.
Eu vejo que houve um sufocamento. A minha observação é a de que houve um sufocamento.
Eu não posso dizer que ele foi proposital, mas houve. É muito estranho – e eu estou falando isso,
porque sei que todo mundo sabe – serem glosados os valores, quando se fala: “Olhe, se eu não
conseguir pagar, eu não pago. Faz-se a intervenção e, um dia depois, paga-se”. Então, temos que ver
essas coisas, olhá-las com muito critério para que não oneremos, mais uma vez, a população do
Distrito Federal.
Eu quero elogiar esta casa quanto à pressão feita para que o governo recuasse e fizesse o
chamamento público. Que esse chamamento público seja o mais transparente possível.
Também há outra questão: hoje há um passivo trabalhista, e nós precisamos garantir a esses
funcionários, quando forem transferidos para a instituição que ganhar esse chamamento, o
recebimento dos seus salários. Precisamos criar uma comissão, senhor presidente desta sessão,
deputado Jorge Vianna, para acompanharmos muito de perto esse chamamento público, como ele será
feito e quais instituições estarão aptas a participar dele.
Nesse ínterim, eu conversei com algumas pessoas e não vi nenhuma pessoa defendendo a
FUC, no sentido de que tem que ser ela a responsável. Eu vi defendendo o Instituto do Coração (sic),
quanto à agilidade da gestão. Essa é uma realidade, e precisamos mantê-la. Qual será a instituição?
Nós precisamos fazer com que essa instituição seja aquela que cumpra o seu dever e as suas metas,
que traga transparência e agilidade para que as pessoas continuem contando com o Hospital do
Coração (sic).
O Hospital do Coração (sic) hoje não significa política pública de saúde para o Distrito Federal;
significa política pública de saúde para o brasileiro, porque várias pessoas do Brasil inteiro vêm aqui
para ser atendidas no Instituto do Coração (sic).
Eu quero parabenizar todos nós, a Câmara Legislativa, e pedir a todos da plateia, cidadãos
brasilienses, que comecem a olhar a saúde do Distrito Federal com muita responsabilidade, porque
hoje o sistema é extremamente oneroso e tem pouco resultado. A cada dia, vemos mais pessoas
morrerem nas filas dos hospitais por falta de médicos e insumos. Não há condições reais de trabalho,
porque ninguém consegue trabalhar em um ambiente onde não há insumo, não há estrutura, nem há
pessoas.
Eu me coloco inteiramente à disposição, com o deputado Gabriel Magno, com o senhor e com
outros parlamentares que têm ligação com a saúde, para que pensemos nisso como uma política
pública não para as próximas eleições, mas para as próximas gerações.
Estou grata por esta oportunidade. Ficarei aqui só por mais um tempo, pois vou ao Clube do
Exército receber um prêmio que diz respeito à mulher empreendedora. Não poderei ficar até o final,
mas a nossa equipe vai acompanhar esta comissão geral.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Deputada Paula Belmonte, obrigado pelas
palavras. As informações que temos passaremos para o gabinete de vossa excelência para que passem
pela Comissão de Transparência.
Concedo a palavra ao nosso decano, deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Quando se quer chamar alguém de velho, chamam-no de
decano – brincadeira. (Risos.)
Primeiro, inicio dizendo que fui contra a criação do Iges e continuo sendo contra o Iges. Eu
disse para o general, quando foi sabatinado para ir para o Iges, que o Iges não tinha jeito. O general
deve estar lembrado disso.
A verdade é que existe um sistema de desmonte da saúde pública do Distrito Federal. Todo
mundo sabe – especialmente quem mora aqui há algum tempo – que o Hospital de Base era a grande
escola que tínhamos no Brasil e no Centro-Oeste. O Hospital de Base, até onde sei, realizava todo tipo
de transplante.
Eu tive a felicidade de ter como amigo uma das pessoas mais extraordinárias que conheci, o
médico Roland Montenegro, que foi médico do Hospital de Base. Infelizmente, ele morreu naquele
acidente de avião que houve no Amazonas. O Roland foi um cidadão que nunca pensou em dinheiro.
Ele acreditava em medicina pública, em saúde pública. Ele foi médico no Hospital de Base. Como dava
gosto ver o Roland com um bocado de estudantes ensinando-os! Um dia conversávamos, deputado
Jorge Vianna, e ele me disse: “Chico, eu estou ensinando esses meninos, porque eu não tenho o direito
de guardar o que eu sei. Eu quero transmitir meus conhecimentos para outras pessoas”.
Sei da tristeza dele quando viu o Hospital de Base sendo desmontado.
Portanto, nós já tivemos algo excepcional e extraordinário no Distrito Federal, algo realmente
público.
O antigo Instituto do Coração do Distrito Federal surgiu na hora de desespero de um pai,
quando morreu o Luís Eduardo Magalhães, ex-deputado federal com quem convivi na Câmara dos
Deputados. O Antônio Carlos Magalhães, que era o pai dele, achava que ele tinha morrido, porque não
havia atendimento em Brasília – mas havia. Ele morreu, porque o caso dele não tinha jeito,
infelizmente.
Então, ele criou o Instituto do Coração e repassaram muito dinheiro da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal para lá. Porém, desde o início, houve problemas. Eu conheci o doutor Sabino, que
foi diretor-geral da Câmara dos Deputados por anos a fio. Quando o Instituto do Coração foi passado
para a gestão da Fundação Zerbini, nomearam o doutor Sabino para cuidar do Instituto do Coração. Eu
o conhecia da Câmara dos Deputados e tive a oportunidade de dizer para ele: “Doutor, acho que o
senhor não vai dar jeito nisso, não”. E ele não deu, porque é bem complexa a situação.
Todos nós queremos que o Instituto de Cardiologia continue existindo – e existindo com
qualidade. Porém, há questões que precisam ser respondidas. Foi dito aqui pela secretaria – e nós
temos o dever de apurar – que houve desvio de insumos, que um caminhão de insumos para abastecer
o instituto foi transferido para o Rio Grande do Sul. Nós sabemos que, antes de o general ir para lá, já
havia denúncia de desvio dessa fundação. Foi dito também, deputada Paula Belmonte, que, das
emendas que foram disponibilizadas, pelo menos 2 milhões de reais que deveriam ficar aqui foram para
o Rio Grande do Sul. O Distrito Federal não tem tanto dinheiro assim para exportar dinheiro para o Rio
Grande do Sul! Agora está aí o resultado.
Todo nós queremos, pelo que eu sei, que os pacientes transplantados sejam bem atendidos e
que mais transplantes sejam feitos. Porém, nós queremos uma gestão transparente, uma gestão em
que não exista nenhuma dúvida, porque isso é dinheiro público.
Portanto, eu estou aqui para dizer que eu quero a continuidade do Instituto de Cardiologia.
Porém, transparência é tudo de que precisamos. A manutenção dos servidores é uma luta de todos
nós. Ressalto para quem quer que assuma a gestão do Instituto de Cardiologia, deputada Paula
Belmonte: nós vamos lutar para que esses trabalhadores, que são qualificados e que têm amor ao
instituto, continuem. Porém, eu creio que, assim como nós, a OAB, os deputados e os servidores
querem transparência. Queremos uma gestão efetivamente eficiente e capaz. Por isso, todos nós
estamos lutando e é isso que queremos que efetivamente que aconteça.
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Há aqui um
time muito bom para falar de saúde. O deputado Chico Vigilante faz parte desse time. Que bom que
nós o temos! Esta é a história – não é, deputado Chico Vigilante? Às vezes, nós estamos aqui dentro e
acabamos nos esquecendo de como foi a história. É sempre bom nos lembrarmos dela. Obrigado.
Agora vou passar a palavra para o Pafiadache. General, primeiramente, eu quero dizer,
corroborando as palavras do deputado Chico Vigilante e da deputada Paula Belmonte, que qualquer
empresa que entrar, que permanecer, o que seja, tem que garantir não só os empregos, os salários,
mas principalmente os direitos trabalhistas que estão para trás. Isso é um problema que aconteceu no
Rio Grande do Sul com a matriz, em que demitiram 700 funcionários e não lhes pagaram nada até
agora. Muito provavelmente, vocês possuem débitos quanto aos direitos trabalhistas. Quem vai pagar
isso? Temos que deixar isso bem claro, inclusive no chamamento, porque quem pega a porteira
fechada pega o ônus e o bônus. Isso é para deixar claro que vocês estão sendo vigiados. Estamos
muito atentos com relação aos direitos de vocês.
General, vou passar a palavra para o senhor. Eu vou lhe fazer umas perguntas, e o senhor
pode respondê-las na sua fala. Eu sei que a sua fala é muito mais esclarecedora do que até mesmo
falar do instituto, porque, por semanas, o senhor está sendo provocado. Acho que este será o primeiro
momento que o senhor terá para se defender, para defender o instituto do que estão dizendo.
Quero dizer o seguinte: primeiro, eu tenho uma relação, deputada Paula Belmonte, que eu vou
passar para vossa excelência, sobre transferências bancárias de valores feitas do Instituto de
Cardiologia do Distrito Federal para a FUC, no Rio Grande do Sul. Vários valores foram transferidos e
aqui não vou mensurá-los, mas eu gostaria que o senhor comentasse sobre essas transferências.
Eu tenho a relação do material que foi dispensado a título de empréstimo do Instituto para a
FUC, no Rio Grande do Sul – é o caminhão de que estão falando. O volume desse empréstimo está na
casa de 230 e poucos mil reais.
Aqui estão discriminados todos os produtos – por exemplo, foram 2.800 unidades de campo
cirúrgico plástico estéril. Está tudo aqui. De fato, houve o empréstimo. O senhor tem a oportunidade de
falar se esse empréstimo, realmente, é algo comum. O detalhe: esse empréstimo foi feito no momento
em que não havia material no instituto, pelo que foi falado.
Aqui, eu tenho os valores – e o Jeferson vai ajudar a esclarecer isso, porque ele está no
conselho –, mas se o senhor não souber, fique ligado, porque isso vai acontecer. Em 2016, a Secretaria
de Saúde foi ao Conselho de Saúde pedir uma ajuda financeira, ou seja, uma complementação do valor
da tabela que paga o instituto.
Quero lembrar vocês, pessoal, para ficar bem claro, que todo serviço de alta complexidade é
credenciado no Ministério da Saúde e recebe um valor, que é o chamado teto MAC. Esse valor é
repassado fundo a fundo, ou seja, não é depositado na conta do instituto, mas na conta da Secretaria
de Saúde, e a Secretaria de Saúde repassa para o instituto. Eu vou voltar à tabela do teto MAC. Em
2016, o instituto conseguiu um valor empenhado de 176 milhões, mas liquidados 156 milhões. Em
2017, foram 101 milhões empenhados e 122 milhões liquidados, ou seja, com certeza houve algum
aporte.
Em 2018, foram 107 empenhados e 101 milhões liquidados. Bom, aí vem a surpresa: em 2019
– o doutor André falou sobre isso –, caiu para R$79.606.000,00; em 2020, caiu para R$70.664.000,00;
em 2021, houve um aumento para R$129.609.000,00. Por quê? Porque, nesse momento, o governo
federal ajudou a alta complexidade. Então, o instituto teve mais recurso do Ministério da Saúde. Assim
foi em 2021; e assim foi em 2022, com R$132.860.000,00. Isso por conta da pandemia. Quando
acabou a pandemia, em 2023, voltou para 83 milhões; e 22 milhões, até agora, em 2024.
Isso é para vocês perceberem que a Secretaria de Saúde, naquele momento, em 2016, foi ao
Conselho de Saúde e pediu autorização para fazer esse aporte, para poder fazer essa complementação
da tabela, que paga muito baixo – como foi falado aqui pelo doutor André.
Depois que acabou aquele governo, o governo que entrou talvez não tenha se atentado a essa
complementação da tabela. Ontem, a secretária de Saúde esteve conosco e eu fiz essa pergunta para
ela. Ela falou que vai ao Conselho de Saúde, Jeferson, pedir para que façam o complemento de tabela.
Então, já fique sabendo.
Agora, voltando ao Teto MAC – sobre o qual eu falei –, todos agora sabem o que é o Teto
MAC. Fiz o levantamento e, no ano de 2023, o Ministério da Saúde, através do Teto MAC, repassou
para o Instituto de Cardiologia, por intermédio da Secretaria de Saúde, 73 milhões.
A pergunta que estou fazendo, general, é a seguinte: aqui está falando que, em 2023, foram
repassados 83 milhões para vocês; desses 83 milhões, 73 milhões vieram do governo federal, e o
Governo do Distrito Federal entrou apenas com 10 milhões? É isso? Eles estão entrando só com 10
milhões todo mês?
Outra pergunta é: com esses 83 milhões, dá para pagarem as contas, dá para liquidarem tudo,
com direitos trabalhistas e tudo mais? Por quê? Porque, se hoje, na intervenção, fala-se que se paga
tudo com o dinheiro que entra, como vocês faziam antes? Do dinheiro que entrava, sobrava tanto, que
mandavam para a FUC? Essa é a pergunta.
É tanta pergunta, que eu vou deixá-lo responder logo algumas.
Vocês estão entendendo, não é? Há algumas perguntas que eu ia fazer para a secretária de
Saúde. Como ela não está aqui... Pois bem.
A Secretaria de Saúde formou uma equipe técnica que fez a avaliação, juntamente com o
Ministério Público, e eles avaliaram que deveria fazer um chamamento público.
Eu não entendi por que o governo tomou outra decisão diferente da que foi proposta pelo
próprio governo, de querer colocar o Iges. Talvez foi para dar mais calor e emoção a tudo isso. Mas
agora voltou e vai fazer o que foi recomendado pela própria Secretaria de Saúde e pelo Ministério
Público.
A pergunta, general, diante de tudo isso que está acontecendo, é a seguinte: como a FUC está
vendo isso? Quais são as perspectivas? Vocês vão aceitar? Vocês vão se credenciar, caso haja
credenciamento e ele seja possível?
Essas são algumas perguntas sobre as quais o senhor pode falar para esclarecer isso a todos
nós.
Obrigado pela presença. O senhor é uma peça fundamental aqui, no dia de hoje. Não sei se o
senhor se preparou para tudo isso. O que o senhor não souber, até por se tratarem de números – e
isso não tem a ver com o senhor, mas com a sua equipe técnica –, o senhor pode encaminhar através
de ofício. Fique à vontade para falar o que o senhor sabe. Obrigado pela presença.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Deputado Jorge Vianna, antes de começar, quero dizer
o seguinte: eu estava tranquilo, e o senhor me tirou da zona de conforto, de tanta pergunta. Porém,
não se pega um general desprevenido. Estão aqui o doutor André, que é o nosso diretor técnico; o
doutor Jorge Afiune, que é o nosso diretor clínico; o doutor Hélder, que é da área jurídica; e vários
integrantes da alta gestão do instituto para me ajudar a esclarecer.
Mais do que isso, vou participar, na segunda-feira, do Colégio de líderes. Quero levar para lá
muitas coisas. Encaminhei um documento para o nosso deputado Wellington Luiz exatamente sobre
isto: “Olhem, questionem a nós, perguntem a nós o que está acontecendo, para que possamos
resolver”.
Deputado, empreste-me aquele documento que o senhor leu. Pode ser este aqui. (Pausa.)
Isto aqui é transparência. Está tudo registrado. Há outro documento ali. Está tudo registrado.
Agora, vou começar.
Quero cumprimentar o nosso deputado Chico Vigilante, com quem, ainda como secretário de
Saúde, tive muitas conversas e de quem aproveitei muito o conhecimento; a deputada Paula Belmonte,
nossa presidente da Comissão de Fiscalização e Transparência – vamos precisar muito da comissão,
porque tenho uma proposta. A minha proposta começa falando de pacificação. Se ficarmos só
discutindo, não vamos chegar a lugar nenhum. O que precisamos é de uma proposta que coloque no
seio do governo, da Câmara Legislativa e da sociedade algo viável, inclusive passando por um
chamamento público. É isso o que quero propor.
Quero também cumprimentar os demais deputados, todos os integrantes dos vários setores da
sociedade organizada, os integrantes do Instituto de Cardiologia, os nossos amigos da mesa.
Está aqui o Robério e um representante dos nossos funcionários – você chorou, mas vou dar
uma resposta, entendeu? Mas é isso mesmo, porque temos sempre que pensar em alguns segmentos
impossíveis de serem deixados de lado.
Por mais que as discussões sejam calorosas e existam dificuldades, além do paciente, do nosso
servidor, da saúde no próprio Distrito Federal, há um segmento – o doutor André comentou sobre ele –
a que os senhores precisam prestar muita atenção: o ensino de alta complexidade conduzido naquela
casa. Hoje há 44 integrantes médicos-residentes que vão, depois de formados, divulgar, em vários
hospitais do país, o conhecimento de alta especialidade, de alta complexidade que estão adquirindo lá.
Esse é um segmento que nós não podemos deixar de lado. E por que eu digo isso? Porque, pelo
Ministério da Educação, é proibido passar um residente de um CNPJ para outro. E o que nós vamos
fazer? Tudo isso nós temos que pensar. A coisa não é simples. É complexa. E por isso que há esse
assunto nesta casa.
Eu fico bem à vontade de estar com os senhores falando de saúde, apesar de ser um oficial
general do Alto Comando, ex-integrante do Alto Comando de Infantaria. Nos últimos 2 anos de
Exército, eu, na verdade, tinha sob a minha responsabilidade toda a saúde do Exército.
Saindo de lá, o doutor Ismael, meu amigo, chamou-me para ser diretor de apoio do Hospital de
Base. Após 2 dias de ir para a reserva, eu fui para lá. A partir desse momento, eu aprendi muito. No
Hospital de Base, eu participei da criação do Instituto Hospital de Base, que era formidável na sua
formação, porque nós saímos da 8.666 e tínhamos regulamento próprio para contratar recursos
humanos, regulamento próprio para comprar insumos, porque um hospital não pode entrar na 8.666
ou numa outra lei e comprar algo para só chegar depois de 6 meses. Não pode. Às vezes, aquele
equipamento, aquele insumo, tem que estar no outro dia na sala de cirurgia.
Também participei da criação do próprio Iges-DF. Saí e fui para o Ministério da Defesa e
assumi a Secretaria de Saúde – Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa. Estive em
Wuhan chefiando uma delegação de 500 atletas nos VII Jogos Mundiais Militares, onde há o único
laboratório humano de nível 4 – em Wuhan – e houve aquele problema da covid.
Voltei. Fiquei mais um tempo no Ministério da Defesa, atendendo toda a parte de covid. Vim
para o instituto, e o governador me convidou para ser o secretário de Saúde. Não foi fácil. Quase que
eu tomei uma decisão sozinho, mas aceitei o desafio. Não foi fácil, mas os senhores imaginem o que eu
aprendi.
Então, qualifico-me no que eu passei, o que eu aprendi, no dia a dia, com os enfermeiros, com
os médicos, com a direção de vários hospitais. Fui presidente do Conselho de Administração do Iges-
DF, como secretário de Saúde. Também participei muito do Conselho de Saúde, porque são segmentos
da sociedade organizada que têm a responsabilidade de tocar um assunto tão importante. Não pode
depender de partido nenhum.
Todos nós temos que ser voluntariamente ligados à solução mais adequada para a saúde. É
assim que chegamos a uma situação ideal. Eu estive na plenária de terça-feira e preciso agradecer por
tudo que eu ouvi de parlamentares da oposição, de parlamentares do governo, do presidente da casa.
Fiquei extremamente satisfeito com a qualidade, com a profundidade e com tudo que foi dito. E todos
tinham em mente sempre uma solução adequada para o momento. Não é para atender o IC, para
atender a FUC, para atender a SES: é uma solução adequada para o momento. Não é possível que
todos nós não possamos encontrar uma solução adequada.
Eu tenho uma proposta para os senhores. Falar em produtividade é difícil. Os senhores falam
tanto do instituto, e tudo isso é verdade.
O doutor André comentou todos os dados. Ele, inclusive, respondeu parcialmente a você,
quando ele falou por que a FUC chegou assim. Lá em 2016, começou o problema e o doutor André
comentou isso. Começou a dificuldade. Eu assumi a Sepesd, no Ministério da Defesa, que está
ligada ao Hospital das Forças Armadas, que tinha o instituto. Foi o primeiro momento em que eu
percebi esse problema, e o ministro Fernando, meu companheiro de turma, disse-me: “Pafi, resolve!”
Foi quando eu comecei a fazer contato com a doutora Núbia, com a FUC, com a SES, para que
pudéssemos dar uma solução.
E, à época, demos a solução a isso com recurso vindo do Ministério da Saúde. E todo recurso
do Ministério da Saúde que chega ao IC, obrigatoriamente, tem que passar pela Secretaria de Saúde, é
obrigatório isso.
Respondendo a uma pergunta, o SUS é tripartite, ele tem que ter recurso federal, estadual e
municipal. Normalmente só chega às unidades filantrópicas ou que prestam serviço para o SUS recurso
federal. Essa é a realidade. Então, respondi uma parte de sua pergunta.
Falando de produtividade, só para emendar uma conversa aqui, em 2021, cirurgias cardíacas:
444; em 2022, cirurgias cardíacas: 596; em 2023, cirurgias cardíacas adultas: 612, para falar de um
item, são vários, e todos crescentes, como as cirurgias cardíacas pediátricas, marcapasso, cateterismo,
angioplastia, enfim, todos cresceram nesses 3 anos.
Então, em dezembro do ano passado, a produtividade cresceu, mas com dificuldade. O que
aconteceu? Não vamos colocar o dedo na cabeça de ninguém, não! Vamos analisar o que aconteceu
para os senhores entenderem, para que possamos prosseguir vendo soluções e não apontando o dedo
para a, b ou c. Não! Nós chegamos a essa situação porque realmente estava faltando recurso, estava
faltando repasse para nós.
A partir da segunda quinzena de dezembro, as empresas começam a entrar em férias, e se não
pedirmos insumos com antecedência, eles não entregam, mas nós tínhamos que passar o final de
dezembro e a primeira quinzena de janeiro com insumos lá dentro.
Foi quando o general Gislei, meu amigo, companheiro de turma, fez um documento e eu
acredito que aqui está o problema. Faltou um pouquinho mais de conversa, de comunicação. “Vem cá,
parceiro”, porque IC e SES são 2 parceiros. Um tem que ajudar o outro, esse é o sentido da parceria,
um cuidando do outro. Faltou um pouquinho mais de conversa: “Eu preciso de recurso para abastecer
os meus estoques para poder passar por esse momento difícil da segunda quinzena de dezembro e a
primeira de janeiro”. Faltou um pouquinho mais de conversa, mas havia insumos lá. Sim, havia, porque
era responsabilidade do gestor ter insumos para os pacientes já hospitalizados. Não há como ficar sem
insumos para a UTI, isso não pode acontecer. Veja a responsabilidade do gestor! Faltou isso. Faltou
dizer: “Parceiro, estou precisando de dinheiro para comprar insumos”.
Senhores, 95%, 96% do que se faz dentro do Instituto de Cardiologia são direcionados para o
SUS; o restante é um pouco do HFA e alguma coisa de saúde complementar, mas 95% vão para o
SUS, é dinheiro que vem diretamente para produtividade.
Não vou falar mais da falta de contrato para transplantes, porque os senhores já falaram disso.
Porém, essa é uma realidade. Podem me perguntar: “General, o senhor foi secretário de saúde! Não
resolveu o problema?” A situação é muito difícil! Não pensem que não briguei diariamente pelo
contrato de cardiologia e pelo contrato de transplantes. Eu dizia: “Não estou brigando porque vim de
lá, visto que o governador me tirou do instituto. Não. Não é isso. É porque entendo a importância do
instituto para a saúde do Distrito Federal”. Graças a Deus, saí de lá, e, um mês depois, assinou-se o
contrato de cardiologia.
O contrato de transplante é extremamente importante. Este eu não consegui. Talvez eu tenha
sido até incompetente. Podem dizer: “O general não conseguiu o contrato de transplantes”. Até hoje
ele não saiu. Precisamos brigar por ele, para evitarmos pagar os transplantes com verba indenizatória
com a tabela de 2016. Como? Não se pode imaginar fechar a agenda para os transplantes. Como, se
não há contrato e há as dificuldades todas?
Vejam que foi falta de comunicação e, talvez, até de sensibilidade de ambas as partes. Tinha
que se ser resolvido internamente, entre o parceiro a e o parceiro b. Isso está na minha proposta.
Hoje como está o ambiente com a intervenção? Eu converso com o Rodrigo e com o Márcio.
Não tenho problema nenhum. Aliás, não tenho problema com ninguém. Converso naturalmente, mas o
ambiente não está bom.
Está aqui uma colaboradora que chorou com sensibilidade: “Meu Deus! O que vai acontecer
conosco?” A situação é tensa.
Eu fiz uma reunião com todos eles. São cerca de 150, 200 pessoas que estão lá, dia sim, dia
não, praticamente. Comecei dizendo: “Não tenho resposta para vocês. Não posso dizer que vocês vão
ser contratados ou dispensados. Não posso. Ninguém pode dizer isso, porque não há nada formado
ainda”.
Agora, respondo à sua segunda pergunta. Não posso dizer se você vai ser contratada
novamente. Como vou dizer isso, se nem sei se será a FUC que irá ficar ou se virá outra organização?
Como? Seria uma irresponsabilidade minha. Porém, há uma coisa: nós vamos brigar – e muito – para
que vocês se saiam bem em qualquer situação, permanecendo a fundação ou vindo outra organização.
O nosso farol sempre será paciente e servidor. Não tenham dúvida disso.
Para os senhores terem ideia, hoje, há 70 pessoas aguardando para fazer exames e se
preparando para futuras cirurgias. Como não vamos pensar nisso?
Aqui está o nosso amigo Robério. Há uma quantidade enorme de pessoas que, quando passam
por lá, ficam permanentemente ligadas ao instituto. São os nossos transplantados que, eventualmente,
têm que retornar. Inclusive, alguns transplantados estão aqui presentes.
Durante a pandemia de covid, quando o paciente dizia que era transplantado, o hospital não o
atendia e o mandava para o instituto. Vejam a preciosidade, o ícone de excelência que a Secretaria de
Saúde tem e do qual tem que cuidar!
Por isso, tenho uma proposta aos senhores. Nós já estávamos trabalhando com o Ministério
Público sobre um termo de ajustamento de conduta. Fizemos 3, 4 reuniões. O termo já está
praticamente pronto.
A senhora vai deixar os seus assessores aqui, porque eu tenho uma proposta que envolve a
Comissão de Fiscalização e Transparência, porque está dentro dessa proposta. Antes que a senhora
saia, basicamente é o seguinte, senhores: conforme esse TAC, que está bem avançado, sai a
intervenção, volta a administração normal do instituto; a Comissão de Saúde e a Comissão de
Transparência fazem mensalmente verificações e é obrigação nossa mostrar tudo o que foi feito
naquele mês. O Ministério Público e outros integrantes desta casa também participam. Zero problema.
A Secretaria de Saúde faz um chamamento público com tempo até chegar a uma possível licitação.
Chega-se ao final do ano. Esta casa vai analisar por meio das 2 comissões. Elas vão analisar os
resultados. Dá para seguir assim? Não. Vamos abrir a licitação conduzida pela secretaria. Isso coloca
todo mundo dentro da solução. Ninguém está sendo liberado – nem o Governo do Distrito Federal,
nem a secretaria, nem esta casa, nem o IC. Está todo mundo dentro da solução.
Porém, se nós ficarmos brigando, aonde nós vamos chegar? Vejam que, dentro da solução, nós
queremos que haja um chamamento público. Claro, ele tem que existir. Depois, existirá confiança para
quem chegar ou se nós formos prosseguir. Tudo estará esclarecido e fiscalizado pelas comissões –
principalmente pela Comissão de Saúde e pela Comissão de Fiscalização – e por outros membros desta
casa. Essa é a minha proposta.
Muito obrigado, obrigado, obrigado!
Eu já falei, inclusive, que encaminhamos um documento para o nosso deputado Wellington
Luiz, que me convidou para participar do Colégio de Líderes na segunda-feira, e aquelas respostas que
eu não conseguir dar aqui, em que nós vamos aprofundar, eu quero dá-las aos nossos deputados na
segunda-feira. Zero problema.
Sobre os 83 milhões de 2023, na verdade, 95% de verbas que entram lá são frutos de 95% de
SUS que atendemos. Não há um complemento da secretaria, não. O restante é verba de alguma coisa
que fazemos para o privado, ou da família militar, ou de alguma saúde complementar. Zero problema.
Eu acho que respondi sobre a FUC. Por que a FUC chegou a essa situação? Exatamente pelo
que falamos aqui: dificuldade de um cronograma de desembolso de recursos adequados.
Quero responder todas essas perguntas. Foi ou veio material para lá? Eu só vou dar um dado
para vocês, porque eu quero esclarecer isto na segunda-feira: nós estávamos precisando de 16 milhões
para pagamento de folha em determinado momento. Eu estou dizendo isso, mas eu assumi a
superintendência segunda-feira passada. Porém, falo de coisa que procurei estudar. Precisávamos de
16 milhões de reais. Fomos ao BRB. Não conseguimos o dinheiro.
A fundação conseguiu, no Banco do Estado do Rio Grande do Sul, 16 milhões. Tinham
adiantado 2 milhões para pagamento da folha daquele mês. Quando chegaram os 16 milhões – tudo
documentado –, voltaram aqueles 2 milhões que havíamos emprestado da fundação.
Tudo está documentado, a transparência está a mil.
Lembro que é um ente privado, que há um recurso que não pode ser passado para lá. É
emenda parlamentar. Mas como vamos mandar? Se falta dinheiro aqui, o que sobra para mandar para
lá? É isso que os senhores precisam entender.
Quero mostrar isso com muita tranquilidade, com dados. Lembro-me de um documento que
chegou do presidente da Fundação Universitária de Cardiologia, em que solicitava 2 milhões. Tenho
esse documento e vou mostrá-lo. Espere um pouco! Um presidente manda um documento de uma
matriz para uma filial, para solicitar isso? Está registrado – compliance. Por que não perguntam para
nós? Por que não nos acionaram antes, para podermos esclarecer? É nosso dever e nosso
envolvimento esclarecer qualquer dúvida.
Senhores, quando eu estava no Hospital de Base, ajudei muito hospital privado com insumos e
fui ajudado por muitos hospitais privados com insumos para o Base. Essa é uma dinâmica natural entre
hospitais, independentemente de serem privados ou públicos. Essa é uma dinâmica que há, porque, às
vezes, naquele momento, o peito está aberto e precisa-se de um fio para uma cirurgia cardíaca, como
aconteceu comigo no próprio IC, isso em 2019. Essa é uma dinâmica que existe. Porém, é importante –
e concordo com o senhor, deputado Chico Vigilante – que seja tudo registrado. Isso
é compliance. Porém, o que vai também volta. Essa é uma realidade.
Eu queria dizer a todos os senhores que estou envolvido com o Instituto de Cardiologia desde
2019, quando assumi a Sepesd, no Ministério da Defesa. Eu não brigo a não ser por uma causa. A
causa é a alta complexidade que se faz dentro do instituto e, até mesmo por eu ter sido secretário de
Saúde, a importância que ele tem para a saúde. Quando eu ia às reuniões do Conass e do Conasems,
eu tinha orgulho de falar da saúde do DF, particularmente na alta complexidade.
Precisamos de mais apoio – não do apoio com dinheiro. Não! Precisamos de apoio com
segurança, até mesmo do Ministério da Saúde, como foi dito aqui. Os senhores foram lá e viram que
vários pacientes são de Goiás, do Mato Grosso, de vários estados. Acho que o Ministério da Saúde
tinha que se envolver mais conosco, porque, como disse a deputada Paula Belmonte, o nosso instituto
extrapola o DF.
Dia 2 de maio termina o acordo de cooperação entre os partícipes – Ministério da Defesa,
Ministério da Saúde, Câmara dos Deputados, Senado Federal, GDF e fundação.
Estive hoje de manhã com o brigadeiro da Sepesd, que me substituiu lá, para acertarmos. Não
é que vai terminar o acordo, colocar lá uma empresa de mudança e embarcar. Não! Estamos falando
de um hospital – de um hospital de alta complexidade. Então, está tudo certo, vamos continuar.
Há um projeto na Secretaria de Patrimônio da União para colocar – onde está o instituto, que é
do HFA – essas instalações, por 20 anos, à disposição da Secretaria de Saúde. Se isso não acontecer a
tempo, vai ser feito um acordo com a secretaria, mas não vai haver solução de continuidade na
assistência que fazemos dentro do nosso instituto.
Eu procurei responder o máximo e esclarecer o máximo das coisas. Pretendo aprofundar
dados.
Como é bom ser instigado a pesquisar e mostrar a transparência e o compliance! É bom demais
estar com os senhores. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, general. São perguntas que, com
certeza, irão vir também no Colégio de Líderes.
Mas, olha, em 2016, o Instituto do DF passou 2 milhões para a FUC. Em 2017, passou
R$3.500.000,00 para a FUC. Em 2018, foram 4 milhões de reais para a FUC. Em 2019, foram
R$4.500.000,00 para a FUC. Em 2020, foram R$2.900.000,00 para a FUC. Então, está sobrando
dinheiro no GDF para passar para a FUC.
General, eu falei uma vez com o senhor...
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Qual foi o último ano?
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Há mais; falei rapidamente porque eu não estou
enxergando. Eu consegui fazer isso rapidamente. Aqui são transferências bancárias.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Houve um momento – e o nosso doutor André e o Jorge
podem me ajudar –, em 2016, 2017 e 2018, em que, realmente, o instituto estava em produção e
estava sendo pago corretamente, entendeu? Porém, aqui só há o que foi para lá, mas cadê o de lá
para cá?
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Pronto! Então, o senhor traz isso. Boa! Eu só
estou dizendo o que foi. Tomara que tenha vindo mais! Tomara!
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Exatamente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Agora eu vou fazer o contrapeso. Aqui há também
um documento... A Secretaria de Saúde foi lá ontem falar conosco, foi dizer como é que faz a dinâmica
de pagamento. Então, é assim: o instituto trabalha, manda a conta, ela paga; ele trabalha, manda a
conta, ela paga. Porém a Secretaria de Saúde não paga os 100%, porque ela tem que fazer a análise,
caso haja glosa, caso haja algum erro na conta. Ela não pode pagar tão rápido uma coisa que ela nem
verificou. Quem estiver aqui que conhece o assunto, corrija-me se eu estiver errado.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – É mais ou menos desse jeito. Nós apresentamos a nota
fiscal, há uma análise. Essa análise não tem prazo. Essa análise e essa nota fiscal não têm prazo. Se
você reclamar, dizem: “Não, não, mas está dentro do prazo”. Não há prazo. É isso que nos mata.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas você manda a nota, e ela paga parte da
nota?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. Depois da análise, com glosa ou não, tínhamos
acertado 80-20.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Isso.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Depois, o nosso procurador Lucas, junto com eles,
achou melhor 90-10 – mais ou menos.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Beleza.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Isso acontece, com todas as dificuldades.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É mais ou menos isto: manda a nota, eles pagam
90-10 – antes, era 80-20.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Isso realmente demora.
Eu queria fazer esta pergunta para a Secretaria de Saúde; como ela não está aqui, eu vou fazer
uma pergunta retórica, só para vocês saberem a dinâmica de como isso é feito. Nesses 20, 20, 20 que
a secretaria não estava pagando, houve um acumulado. Eu tenho um documento com aquilo que a
Secretaria de Saúde está devendo. De acordo com esse documento – e eu queria saber se realmente a
Secretaria de Saúde ia confirmar isso –, são R$19.800.000,00.
Então, pelo que consta, a Secretaria de Saúde, de acordo com o documento que nós
recebemos, deve – por conta desse 80-20, por conta do não pagamento total da fatura – estar
devendo. Era esse o motivo que eu gostaria que todos estivessem aqui para poder fazer essa pergunta.
Não tem coisa pior no mundo do que você falar: “Você está devendo” e o outro dizer: “Não,
quem está devendo é ele”. E assim por diante. É a pior coisa do mundo. Alguém tem que dizer a
verdade. Quem está devendo? É isso que nós queremos saber.
Eu queria agradecer também à equipe de consultoria jurídica da Câmara Legislativa, que nos
ajudou com algumas informações importantíssimas desta audiência. Muito obrigado.
Vamos passar a palavra aos colegas inscritos.
Eu sabia que esta sessão iria ser demorada, porque são muitas perguntas. A ideia não é
colocar ninguém em saia justa, general; a ideia é falar a verdade, doa a quem doer. Se a secretaria e o
Iges estivessem aqui, também iriam responder a muitas perguntas. Eu não vou fazer aqui o jogo de
defender um em detrimento do outro. Aqui nós temos que resolver pela verdade, porque aqui do meu
lado está um camarada que está representando aquele que não tem nada a ver com isso, que não tem
nada a ver com essa discussão, com a questão financeira, com o erro administrativo, com o erro de
gestão, e que só quer viver.
A nossa responsabilidade nesta casa, no mínimo, tem que ser a garantia de que ele viva, doa a
quem doer; que os culpados paguem, caso haja culpados nesse erro administrativo – se é que está
havendo erro administrativo. O instituto fala que não está devendo, o outro fala que não está havendo
boa gestão, que houve um empréstimo, que não houve. Eu, particularmente, conheço essa questão de
que há muito material indo para lá, para cá e tudo mais.
O senhor falou uma coisa interessante: aqui é o que foi passado para lá, e o que foi passado
de lá para cá? Nós não temos essa informação. Se houver, traga-a, porque uma hora você vai precisar
dela. Apenas para termos certeza e acabar com todas essas celeumas em relação a isso.
Vamos chamar a nossa primeira inscrita. Caso queira falar daí, é só apertar o botãozinho que
eu vou identificar; caso prefira do púlpito, pode vir aqui. Vou chamar o nome dos 3 primeiros que farão
uso da palavra, para que possam se preparar psicologicamente, porque falar em microfone é meio
tenso. As pessoas ficam nervosas.
Primeiro, a Josiane Jacob, diretora do Sindate-DF; logo após, o doutor Alexandre Omena,
representante do Sindicato dos Médicos; e por último o Jeferson Bulhosa, representando o Conselho de
Saúde.
Vocês terão 3 minutos para a fala, de acordo com o Regimento Interno.
Concedo a palavra à Josiane Jacob, seja bem-vinda.
JOSIANE JACOB – Boa tarde a todos. Em nome do deputado Jorge Vianna, eu cumprimento os
membros da mesa; quero parabenizar a minha amiga Carminha, você sabe o quanto eu a admiro.
Quero cumprimentar a todos e dizer, primeiramente, que a falta da gestão, a falta da secretária
de Saúde ou de um pressuposto para falar em nome da Secretaria de Saúde é muito ruim. Eu enxergo
isso, deputado, com muita insatisfação, porque é um assunto tão importante, e nós não percebemos
essa preocupação por parte da secretária de Saúde em mandar, pelo menos, alguém para responder as
perguntas. Trata-se de um evento programado pelo deputado Jorge Vianna, com a intenção de nós
discutirmos essa pauta que é tão importante para os trabalhadores, para os transplantados, para os
pacientes que dependem do serviço do ICTDF. Eu quero deixar essa fala registrada, porque eu vejo
isso como uma falta de respeito a todos nós que estamos aqui.
Eu conversei com alguns gestores antes de vir para a reunião, e é muito complexo
entendermos tudo, porque há muita coisa aí, são muitos números e não temos acesso a todos eles,
não participamos dos debates. Mas, na conversa com alguns gestores, o que parece, o que deu para
entender – o Pafiadache pode até me corrigir ainda em tempo – é que parece que, nesse imbróglio
todo, se houvesse o contrato de transplante e se a secretaria repassasse a verba que ela precisa
repassar por produção – se eu não me engano – mês a mês, sem atraso, talvez o ICTDF teria se
mantido. Eu estou certa ou errada? Essa é uma pergunta, mas o senhor pode me responder depois, daí
eu não perco o meu raciocínio.
Então, quero deixar essa fala porque me parece que a Secretaria de Saúde atrasa esses
pagamentos e isso traz um prejuízo orçamentário. Lógico que a FUC terá um prejuízo orçamentário
tendo que cobrir esse valor e acabará tendo um problema financeiro que pode ter gerado tudo isso que
está acontecendo. Essa é uma indagação.
Há outra coisa que eu quero dizer, como sindicato. Óbvio que vamos olhar sempre o lado do
trabalhador. Nós estamos preocupados, sim, e o Sindate foi um dos sindicatos que mais brigou para
manter a verba para pagamento de salários em dia. Acho que o senhor esteve lá na gestão quando
estivemos e incisivamente fomos à Secretaria de Saúde, porque nós não arredamos o pé das
discussões. Estamos ali para ajudar o ICTDF, porque gostamos demais do atendimento dele. Eu tenho
uma prima que foi operada no ITCDF com 13 dias de nascida. Então, tenho um carinho enorme pelo
ICTDF. Imaginem! Há equipes totalmente preparadas.
Eu lembro como se fosse hoje, foi um atendimento de excelência. Então, queremos que o
ICTDF se mantenha assim. o ICTDF, como disse a Carminha, tem o seu jeito de ser. Parece que
estamos brigando aqui pelo óbvio: para manter o sistema de pé e para manter os empregos. Nós
temos essa preocupação e a nossa fala é no sentido de conseguirmos manter o ICTDF porque ele tem
um atendimento de excelência e, também, porque se preocupa com os direitos dos trabalhadores, que
é a nossa maior preocupação enquanto sindicato. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Josy. De fato, o Sindate foi o primeiro
sindicato a entrar no instituto, a convite da Carminha, para poder lutar por atrasos de salários. Só que
nós brigamos de uma forma diferente. Não fomos lá só para dar porrada, fomos lá para dar porrada e
ajudar. Eu falo “nós” porque eu estava lá também! Então, esse é um jeito diferente de fazer
sindicalismo.
Parabéns à Josy, ao Newton, à Elza, à Isa, ao Moisés, ao João Cardoso, do Sindate.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Josy, a primeira pergunta é o melhor dos mundos. Esse
é o ideal. Pagamento, faz a nota fiscal, faz nova análise. A glosa é admitida até 3%. Nós tivemos glosa
de R$1.800.000,00.
Vou aproveitar a sua pergunta e vou acrescentar uma coisa que eu preciso dizer para vocês. Os
senhores viram o general falar mal do Hospital de Base, do Instituto de Cardiologia. Eu falei alguma
coisa do Iges, da secretaria? Não! Eu sou integrante e, inclusive, fundador. Eu ajudei a fundar o
instituto. Eu não vou fechar porta nenhuma! Só que, nessa proposta, é fundamental que os 2 entes se
sentem e conversem: vamos consertar isso em prol da saúde. Não precisa ser a Câmara Legislativa,
nem o Ministério Público! Ah, sim, esse é o melhor dos mundos! Quem sabe isso não acontece?
Com relação ao salário, pelo que me consta – a Carminha pode me ajudar – nesses últimos 2,
3 anos, houve salário atrasado? Há alguém que está sem salário lá?
MARIA DO CARMOS BARROS – Não.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. São 2, 3 anos sem atraso de salário, exatamente
porque a prioridade não é só o paciente. O paciente é o foco máximo, mas insumos e recursos
humanos são de altíssima prioridade; caso contrário, não se atende ao principal. Eu gostaria de
ressaltar isso.
Não sei se respondi às suas perguntas. Vamos para a próxima pergunta.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – A sua proposta de permanecer foi interessante, o
pessoal gostou.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não estou dizendo que eu quero permanecer. Eu quero
esse tempo para que haja um bom trabalho de chamamento público, que se crie uma licitação bastante
forte e precisa, com os olhos da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, da Comissão de Fiscalização,
Governança, Transparência e Controle e do Ministério Público nos ajudando. Eu não tenho dúvida de
que não há como dar errado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – General, chegou ao nosso gabinete a informação
de que hoje, com a intervenção – eu ia fazer essa pergunta aos interventores, mas é também uma
pergunta retórica –, o recurso mantém os salários em dia e não há falta de material. Por quê? Porque
não mandou mais dinheiro para a FUC e porque houve uma diminuição nos gastos de produtos?
Porque parece que há produto que era comprado por R$1.200,00 e hoje é comprado por menos de 600
reais. A intervenção se preocupou em procurar preços melhores e, por isso, melhorou? Eu queria ter
feito essa pergunta a eles. Como eles não estão aqui, no momento oportuno, nós a faremos.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Eu não quero fugir dessa pergunta.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor vai responder? Essa pergunta era para
eles.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Mas é muito forte um questionamento desse.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, responda.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Senhores, o recurso chegou, e ficou fácil. Com recurso,
vamos pagando. Com relação à questão de valores – prestem atenção –, o instituto, mesmo privado,
ele faz uma pesquisa de preços. Estou dizendo isso porque é uma prática tradicional lá. Eu vou me
aprofundar nesta conversa, porque quero colocar este assunto na mesa na segunda-feira, sem nenhum
problema.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Muito bom. Na verdade, isso aqui é uma prévia do
que vai acontecer na segunda-feira. Só que não será apenas 1 deputado, serão 24. Prepare-se,
general. Eu lhe falei quando o senhor foi sabatinado... O senhor é PQD?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não é paraquedista?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. Eu sou blindado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É o Gislei, não é?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – O Gislei é paraquedista.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu havia falado a ele que aquele seria o seu
último salto. (Risos.) E foi, porque ele saiu. Vejam que o Iges derrubou um general. O Iges derruba
todo mundo.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não o tiraram?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Eu o tirei.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então? (Risos.)
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. Ele não foi tirado: “Gislei, vai descansar. É melhor
para nós”. No dia seguinte, quando ele pediu, eu disse: “Não, mas nós íamos mandá-lo embora”. Mas
eu o mandei embora antes, porque ele é meu amigo. Nós temos que proteger os amigos.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu pensei que ele havia caído, que o paraquedas
não abriu.
Concedo a palavra ao doutor Alexandre Omena, representante do SindMédico.
ALEXANDRE OMENA – Boa tarde a todos. Eu gostaria de agradecer o convite do nosso
deputado Jorge Vianna.
É muito importante sabermos que o que o instituto faz, sem dúvida nenhuma, é uma coisa de
outro mundo. Eu vim de Maceió, sou alagoano e tive a honra de acompanhar o Dr. Wanderley, que é
referência no Brasil em termos de transplante. Então, eu penso que temos que fazer isto: sentarmos.
Todos sabem que a posição do sindicato é em favor dos médicos e de todos os profissionais que ali
dentro estão.
Não estou aqui com a procuração do HFA, mas eu sou médico do HFA. Eu não posso me
esquecer de que eu participei de várias reuniões em que o HFA apoiou integralmente o ICTDF quando
era instituto. Claro que deve ter havido alguns outros conflitos, mas, em alguns dos quais eu participei,
houve apoio.
De fato, não podemos deixar que se precarize a relação contratual, o vínculo de trabalho de
todos que estão presentes ali naquele instituto. Isso é fundamental. O modelo que ali está tem que
permanecer. Aí se pergunta por que estão procurando muitos pediatras etc., porque não existe o
modelo que é aplicado dentro do instituto. Eu acho que temos que privilegiar sempre a produtividade e
a competência.
Para se formar um especialista em transplante, gente, vocês têm noção de quantos anos de
estudo é preciso? Todos os profissionais que estão ali dentro do instituto lutam dia e noite. Precisam
estar se atualizando, porque existem novas máquinas, novos procedimentos. Não é à toa que é a
referência. Não podemos nos esquecer de valorizarmos sempre o SUS. Isso aí, sem dúvida alguma.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu irei passar rapidamente a palavra ao Jefferson
Bulhosa Júnior, do Conselho de Saúde do Distrito Federal.
Logo após, passarei a palavra para Márcio da Mata, do SindEfermeiro; Bárbara Gheste,
paciente transplantada; e Francisco Medeiros, também paciente do ICTDF.
JEFERSON BULHOSA JÚNIOR – Obrigado, deputado. Boa noite a todos.
Eu lerei aqui a resolução do Conselho de Saúde do Distrito Federal com relação a esse
imbróglio, porque é um imbróglio mesmo.
“O presidente do Conselho de Saúde, de acordo com a Constituição, [...], considerando que os
membros do Conselho de Saúde do DF manifestam posição contrária à cessão do Instituto Cardiológico
e Transplantes do DF ao Iges...” O Conselho de Saúde sempre foi e sempre será contra o Iges ou
contra qualquer terceirização que venha a acontecer na Secretaria de Saúde. Sempre! Essa é a nossa
posição. Sempre estaremos com essa posição firme.
Eu não vou ler tudo. Eu li apenas o preâmbulo da nossa resolução do conselho. Eu vou ler o
último trecho.
“Considerando o art. 1º da Lei Distrital nº 4.604, de 2011, seu parágrafo único dispõe o
seguinte: ‘O conselho atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução das
políticas de saúde, no âmbito do Distrito Federal, inclusive em seus aspectos econômico-financeiros e
nas estratégias para os programas e projetos de saúde a serem encaminhados à Câmara Legislativa do
Distrito Federal’.” (Adaptado.)
Então, isso é para vocês entenderem que o Estado faz uma lei, a Câmara Legislativa a aprova,
e nenhum dos 2 a cumpre. Nenhum dos 2 a cumpre, e por quê? Nenhum desses projetos passou pelo
Conselho de Saúde. Nenhum. E a lei diz que os projetos têm de passar, para se ouvir a comunidade, a
representação dos usuários, dos trabalhadores e dos gestores. É o chamado controle social.
Então, o que nós queremos e o que o conselho tem a dizer é isto: cumpram a lei, ouçam o
conselho. Nós não estamos dizendo que vai ter de ser da forma como analisarmos e propusermos, mas
nós temos de ser ouvidos, deputado, assim como o governo tem de ser ouvido pela Câmara
Legislativa. É isso.
Agora, eu quero fazer uma questão pessoal, como sindicalista e sindicalizado do SindSaúde.
Esse problema – a que você, creio, é contra também – com relação à terceirização no... (Falha na
gravação.) Nós temos de unir forças para romper com isso, para romper com esse sistema em que os
governos vêm, desde o Rollemberg, tentando terceirizar. Quanto aos problemas que já vimos lá atrás,
houve conselheiros que votaram a favor deles e quase foram presos. Eles tiveram de responder civil e
criminalmente na justiça, porque votaram a favor de algo que é ilegal em relação à função que o
conselheiro tem de ter.
Eu trouxe uma camiseta – ela está ali – em que está escrito: “Eu defendo o SUS”. Ele tem de
defender o SUS. A complementariedade não quer dizer que nós temos de fazê-la; ela tem de existir
para vir, não é o conselho ou o Estado fazer a complementariedade, como é o Iges.
Nós queremos dizer que não existe transparência no Iges e nunca existiu. O Iges não presta
conta ao Conselho de Saúde. O Iges não permite que o Conselho de Saúde o fiscalize – está certo? O
Iges impede que os conselheiros adentre seus locais, ele nos impede de fazer isso.
Eu queria fazer também uma proposta: por que não se faz uma gestão democrática no Iges?
Por que não se cria um conselho de administração lá? Seja qual for a empresa que for administrar
aquilo lá, criem um conselho de administração, coloquem os trabalhadores, coloquem a sociedade dos
transplantados, para se fiscalizar afim de que não só o presidente venha fazer esclarecimentos. Que o
conselho de administração venha esclarecer, como nós temos no nosso modelo de aposentadoria: nós
temos um conselho de administração em que metade é dos trabalhadores e metade é do Estado.
Esse é um exemplo, e nós estaremos sempre defendendo – nós, do Conselho de Saúde – os
trabalhadores, principalmente os trabalhadores.
É isso. Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Jeferson.
Concedo a palavra ao Marcio da Mata.
(Intervenção fora do microfone.)
MARCIO DA MATA SOUZA – Boa tarde a todos. Eu gostaria de cumprimentar o deputado Jorge
Vianna por nos convidar a fazer parte desta discussão de extrema importância para a saúde pública do
Distrito Federal.
Antes mais nada, deputado, eu gostaria também de deixar claro que o ICDF, o Instituto de
Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, não é de Brasília, ele é do Brasil. Isso é muito
importante entendermos, como já foi dito aqui em várias falas: ele não atende só o Distrito Federal, ele
atende o Brasil. E eu também gostaria de parabenizar cada um dos trabalhadores que estão aqui, que
não deixaram o serviço cair, porque esse serviço é de fundamental importância na vida das pessoas.
Vocês fizeram com que muitos desses pacientes permanecessem vivos até hoje.
Parabéns a vocês por não deixar cair a produtividade. Eu tenho certeza de que muitos estão
abalados emocionalmente. Eu tenho certeza do que está acontecendo lá hoje, porque essa situação de
instabilidade profissional gera uma condição interna muito difícil de enfrentamento, e muitas pessoas
não conseguem combater isso com a facilidade com que outras pessoas conseguem. Vocês são
verdadeiros heróis. Independentemente da FUC, independentemente do grupo de intervenção, eu sei,
conheço os dados que foram mantidos, ou boa parte deles. Então isso é importante principalmente
para os pacientes transplantados.
Mas eu gostaria de trazer outra situação. O Jeferson colocou muito bem, eu estou
representando o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal e também sou conselheiro de saúde do
Distrito Federal. E enfatizo mais uma vez que nós temos um posicionamento contrário à gestão do Iges
porque nós temos convicção – e também a comprovação, ao longo do tempo – de que essa não foi
uma gestão que fez a entrega adequada e satisfatória à população. Nós não observamos isso e,
consequentemente, temos essa convicção. O nosso posicionamento é por um sistema único de saúde
público de qualidade e que atenda as pessoas nas necessidades que elas têm. Essa é a nossa defesa –
e vai ser a nossa defesa sempre.
Eu gostaria também de colocar algumas questões. Eu sei de todas as dificuldades. Nós
atuamos com o Sindate, e eu sei de todas as dificuldades que foram enfrentadas pelos trabalhadores,
como o atraso de salário e todas as condições que enfrentamos. Mas eu quero comentar a fala do
doutor André sobre a dificuldade do repasses. Hoje nós passamos, no Sistema Único de Saúde, por
uma condição de subfinanciamento da saúde. Isso está claro ao logo dos últimos anos.
Particularmente no governo passado, nós observamos uma notável falta de investimento na
saúde pública do Brasil. Nós entendemos que há um mecanismo, uma forma de tentar fazer com que o
sistema único público se fragilize para que oportunizem outras situações, que nós não sabemos quais
são. Isso tem acontecido. Eu tenho visto e observado que o presidente Lula tem tentado aumentar o
financiamento do SUS. Infelizmente, isso não tem acontecido a contento.
A título de informação, senhores da mesa e senhor deputado, há hoje no Brasil 200 e poucos
milhões de habitantes e, para vocês terem uma ideia, há 50 milhões de pessoas que possuem plano de
saúde, que estão na saúde suplementar. Essas 50 milhões de pessoas gastam um tíquete médio de 5
mil reais por ano. Isso enche os caixas das operadoras com 250 bilhões de reais – para cuidar de 50
milhões de pessoas! O SUS tem uma média de investimento anual de 237 bilhões para cuidar de mais
de 150 milhões de pessoas. Será que essa conta fecha? Não fecha. A saúde suplementar tem uma
quantidade maior de recursos para cuidar de 50 milhões de pessoas. E o SUS não acompanhou isso.
Isso é muito grave, senhor deputado. À medida que o tempo passa, a população aumenta, o
subfinanciamento fica mais grave e o Sistema Único de Saúde fica vulnerável. Nós precisamos
fortalecer o sistema de saúde pública, dar-lhe robustez e fazer com que as instituições que servem ao
setor público, como é o Instituto de Cardiologia, se mantenham vivas e fortes para prestar o serviço de
excelência que prestam, que é um serviço único, exclusivo. Realmente, como o general falou, esse não
é um serviço que é feito por qualquer um, doutor André.
Eu sei que há várias estruturas que estão envolvidas. Eu trabalhei no Hospital de Base –
inclusive, trabalhei com o nosso saudoso doutor Roland Montenegro, que o senhor deve ter conhecido
muito bem. O transplante envolve uma série de fatores, a logística é muito grande. Eu trabalho no
helicóptero do Corpo de Bombeiros, em conjunto e em parceria com o Samu. Precisamos de fazer todo
um cálculo para buscar o órgão, levar o órgão, saber quando a equipe está disponível para receber
esse órgão. O cuidado é extremo, o serviço de vocês é extremamente importante. Eu espero que, com
a decisão sábia do governo de trazer para o debate esta discussão, tenhamos uma solução adequada,
suficiente, e que a população do Distrito Federal e do Brasil não sofram com isso.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Márcio.
Conceda a palavra a Barbara Gheste, paciente transplantada, bem-vinda.
BARBARA GHESTE – Obrigada. Boa tarde a todos, boa tarde à mesa.
Eu venho como paciente transplantada do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito
Federal desde o dia 23 de julho de 2016. O que me motivou mesmo a fazer uso desta palavra é que
nós, transplantados, de acordo com as notícias que vemos na mídia, nas redes sociais, nós também
ficamos numa situação de aflição, com medo de perdermos a nossa segunda casa, que é o ICTDF.
Eu transplantei, em 2016, de rim, com um doador vivo, meu pai. Foi uma cirurgia de sucesso,
porém, o meu pai teve algumas complicações pós-cirúrgicas e passou um período muito difícil no IC –
eu já estava em casa e meu pai permanecia internado.
É uma história de vida minha, de vida do meu pai e de vida de toda a minha família que
acompanhou aqueles 38 dias de internação. Aí, ao ver essas notícias que saem e depois vir aqui
acompanhar todas essas perguntas e essas conversas, esses assuntos pormenores que não chegam
até nós, pacientes, nós saímos da situação de aflição e entramos na situação de pânico mesmo. Isso,
especialmente, porque eu perdi o meu enxerto, em setembro do ano passado, eu retornei para a
hemodiálise e eu estou, novamente, na lista de espera no Instituto de Cardiologia e Transplantes do
DF.
É um hospital que eu tenho muito orgulho de ser paciente. O meu sonho é que o Governo do
Distrito Federal – não só o atual, como os que passaram e, principalmente, os que virão – possa ter o
mesmo orgulho de ter essa instituição no coração de Brasília, porque eu sempre digo que Brasília é a
capital de todos os brasileiros. Por isso o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF atende pessoas
de fora também.
A situação do transplante, os profissionais de transplante, é uma questão tão restrita que... Por
exemplo, eu também sou transplantada de pâncreas. Eu fiquei diabética do tipo 1, aos 11 anos de
idade no Distrito Federal, em Brasília. Fui uma das primeiras pacientes do Ambulatório de Diabetes do
Hospital Regional de Taguatinga, que, na época, era um modelo de tratamento para o diabetes
infanto-juvenil. Hoje vemos a situação do HRT, a situação das crianças diabéticas do Distrito Federal,
sem insulina. Quando há insulina, a insulina é NPH, que é uma insulina de baixa tecnologia. Já não
usamos mais NPH.
Hoje estou livre da dependência da insulina por ser transplantada, mas, infelizmente, tive que
sair de Brasília para fazer o transplante de pâncreas, porque aqui no Distrito Federal, como o Robério
falou, não se faz ainda o transplante de pâncreas. Enfim, saí de Brasília, fiz meu transplante de
pâncreas, conheci uma outra equipe de transplante, também muito boa, mas o acolhimento que tive no
ICTDF, eu não encontrei nesse hospital, que era um hospital bastante grande, com muitos
profissionais. Eu não tive afinidade.
Antes dos 3 meses de Pós TX, eu conversei com a equipe e falei: “Por favor, deixem-me voltar
para a minha médica, que é a doutora Helen”. Passei o telefone da doutora Helen para eles, eles
conversaram com ela, e eu retornei antes dos 3 meses a Brasília para continuar o meu
acompanhamento também de transplante de pâncreas, que não foi feito pelo ICT, mas faço o
acompanhamento médico com a doutora Helen no Instituto de Cardiologia e Transplantes.
Então, é muito mais do que um hospital para nós que somos transplantados, porque, como a
Carminha disse, os profissionais, querendo ou não, vão de porta em porta e vão achar outro emprego,
mas nós vamos bater em qual porta?
Obrigada (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Acho que esta é a frase da sessão: “Vamos bater
em qual porta?”
Concedo a palavra ao senhor Francisco Medeiros, paciente.
FRANCISCO MEDEIROS – Antes de entrar na formalidade da casa, quero dizer: “‘Não’ à
intervenção e ‘não’ a mudanças no ICTDF!”
Eu sou um paciente de lá e sei o que passei nesse ano passado, em que infartei, e me levaram
da UPA de Ceilândia a 3 hospitais públicos, diretamente. Não fui atendido porque as direções dos
hospitais públicos aos quais me levaram disseram que não me queriam para fazer o procedimento no
meu coração porque não havia garantia.
Hoje estou aqui e digo ao doutor André e a toda a mesa que, abaixo de Deus, o ICTDF foi e é
um milagre na minha vida. Diante de tudo o que ocorreu, quero deixar os parabéns a toda a equipe do
ICTDF. A Carminha não se lembra de mim, mas eu me lembro dela e do doutor André também.
Eu passei 5 dias entre o procedimento no meu coração e a minha alta. Voltei ali e fui bem
atendido. Estou sendo atendido, e a qualquer hora que eu bato à porta daquela instituição, sou bem
atendido e bem recebido. Então, não vejo motivo para mudanças, a não ser que seja para ficar melhor
do que está, porque, do contrário – quero deixar o meu protesto –, será uma falácia. É o que vemos
muito na saúde, tanto no DF quanto em todo o Brasil. Sabemos disso. Ninguém aqui é inocente ou
menino ou menina que não possa entender o que ocorre na nossa saúde no Brasil inteiro.
Estou há 42 anos no Distrito Federal. No dia 27 de agosto, completarei 65 anos. Não tenho
receio de falar, na formalidade da casa, que sou grato, muito grato, a toda a equipe do ICTDF.
Estou desempregado há 3 anos, em decorrência de um procedimento. Fiquei infartado por 17
dias, precisamente, antes de sofrer 2 infartos. Quero deixar registrado, deputado, que quem sustenta a
minha casa é minha esposa. Ela está trabalhando e é ela quem sustenta a casa. Eu trabalhava de sol a
sol, mas perdi essa oportunidade em decorrência do procedimento no coração.
Quero deixar registrado que o deputado que está à mesa tem defendido a saúde. Sei disso,
porque já estive em algumas reuniões e tenho fotos com o senhor, deputado. O senhor não lembra.
Tenho foto com o senhor em Taguatinga, naquela solenidade dos 50 anos. Quero dizer isso ao
deputado e fazer a ele um pedido: eu preciso que minha esposa trabalhe na Secretaria de Saúde, na
condição dos administradores, que não foram nomeados. Eles passaram, tiveram boa colocação, mas
não está havendo o chamamento, ou seja, a nomeação.
Quero deixar isso registrado aqui, diante de todos. Pena que a maioria já foi, eles têm os seus
afazeres, mas quero agradecer tudo isso. Agradeço a cada funcionário – ouviu, Carminha? –, desde a
sua pessoa até a pessoa do doutor André; ao general; ao Robério.
Quero dizer que fico muito grato por esta oportunidade. Já estive nesta casa várias vezes,
durante esses 2 meses, exatamente em busca da nomeação do pessoal da administração. Isso foi
registrado em algumas sessões por você e por outros deputados da casa.
Não tenho nada a reclamar. Que não haja mudança! Se houver, que ela seja para melhor. Se
for para pior, até eu vou protestar.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Está certo. Muito obrigado, senhor Francisco.
A sua esposa está acompanhando o meu trabalho, assim como o senhor, e ela sabe que eu fiz
um pedido ao Conselho Federal de Administração para que seja colocado um administrador em cada
Unidade Básica de Saúde. Assim, nós abriríamos mais vagas para os administradores. Está nas mãos
do governo fazer essa chamada. Há uma promessa de eles serem chamados. Vamos aguardar, mas
vamos dar aquela cutucada. Pode deixar comigo.
Parabéns, meu amigo! Que bom que você está aqui!
Agora, vou passar a palavra para o doutor Jorge... Ah, o doutor Jorge já foi... Desculpem-me a
demora. Vocês, que estão aqui, deixaram famílias e postos no trabalho. Senhor Francisco, o senhor
falou que há menos pessoas, mas há esse vídeo sendo feito, pessoas estão assistindo a ele e isso vai
ficar eternizado. Milhares ou milhões de pessoas podem ver isso.
Concederei a palavra à Klícia Barbosa Bezerra Matioli, que é gerente de ensino e pesquisa do
ICTDF. E para finalizar – acho que o pessoal deve estar querendo saber que horas que vai acabar –,
nós temos ainda inscritos: a Carolina de Fátima Couto, que é especialista em gestão do Sistema
Brasileiro de Transplantes; a Vanusa Oliveira de Sousa Santana, que é gerente-geral da Controladoria,
Faturamento e Financeiro e o Helder Lucio Rego, que é do Departamento Jurídico do ICDF. Por fim,
pediu a palavra também o Miguel Antonio Neto, que é da Comissão dos Aprovados. E finalizaremos as
nossas falas.
Concedo a palavra à Klícia Barbosa Bezerra Matioli.
KLÍCIA BARBOSA BEZERRA MATIOLI – Boa noite a todos, boa noite à mesa. Cumprimento
todos muito respeitosamente.
Vou falar sobre algo que já foi dito algumas vezes, em algumas falas: a questão relacionada
principalmente à formação dos profissionais.
Eu represento, hoje, a área de ensino e pesquisa do instituto, e gostaria, também, de deixar
registrado que o hospital, atualmente, tem um centro de pesquisa clínica, que conta com 29 projetos
de pesquisa em andamento com instituições nacionais e internacionais, produzindo ciência. Além disso,
também temos uma área de ensino muito voltada à formação dos profissionais de saúde,
principalmente de médicos e de enfermeiros. Nós estamos, desde 2015, com os programas de
residência médica e, desde 2016, com o programa de residência de enfermagem.
Hoje, uma das grandes preocupações que nós temos é exatamente com o centro de pesquisa
clínica, porque qualquer alteração que se faça da gestão pode nos impactar, pois nós podemos perder
esses 29 contratos. Além disso, nós nos preocupamos com os programas de residência. Temos 8
programas de residência no instituto, sendo um de enfermagem em cardiologia hemodinâmica e mais 7
programas médicos. Ao todo são 55 profissionais dentro da casa, sem contar os outros profissionais
que usam o campo do Instituto de Cardiologia como cenário de prática em suas formações e os
programas de fellow, que são os programas de complementação médica especializada.
Hoje, para vocês terem uma ideia, dos 55 profissionais médicos e enfermeiros residentes, caso
haja uma alteração de contrato em que não seja realizado um diálogo com a sociedade, com o MEC,
com o Ministério da Saúde e, principalmente, com a FUC e com o Instituto de Cardiologia – com a FUC,
porque ela é a mantenedora, é no CNPJ dela que estão os programas –, todos os 55 residentes terão
que ser transferidos do Distrito Federal. Muitos, talvez, fiquem, caso haja vagas em outros programas,
mas temos programas – por exemplo, a enfermagem em cardiologia hemodinâmica, a cirurgia
cardiovascular, a cardiologia pediátrica – para os quais não há programas correspondentes no DF.
Então, muitos desses profissionais vieram de outros estados para Brasília para estudar, para se
especializar, já estão trabalhando, têm as suas vidas em Brasília e pode ser que precisem mudar de
instituição, porque, como o general Pafiadache havia dito anteriormente, não há perspectiva. A lei,
inclusive, veta a transferência de programas de residência para outras instituições. É preciso transferir
os residentes.
Eu gostaria de pedir atenção para algo específico: durante toda essa tramitação, se fica FUC ou
não, qual será a instituição, além dos pacientes – nosso motivo de ser –, além dos colaboradores, peço
que também todos os programas de ensino e pesquisa sejam colocados em pauta e que tenham o
respeito que merecem. Afinal de contas, se hoje o Instituto de Cardiologia conta com profissionais
capacitados, é graças à formação que tiveram. Muitos desses profissionais, quando se formam, ficam
no instituto e, quando não ficam no instituto, eles são os profissionais que vão atuar no restante do
país.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Muito boa observação. Isso já me alerta para que,
quando sair o edital para o chamamento público, a empresa que ganhar se atente a essa parte
também da educação, ensino e pesquisa.
Ouviremos a Carolina de Fátima Couto, especialista em gestão. (Pausa.)
Ouviremos a Vanusa Oliveira de Sousa Santana, gerente-geral da Controladoria, Faturamento e
Financeiro. É o maior cargo do financeiro do instituto?
VANUSA OLIVEIRA DE SOUSA SANTANA – Atualmente, sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É o maior cargo?
VANUSA OLIVEIRA DE SOUSA SANTANA – Isso, atualmente sim.
Boa noite.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Boa noite. Você está com a palavra.
VANUSA OLIVEIRA DE SOUSA SANTANA – Hoje, eu não vim falar do financeiro. Carminha
pediu que eu viesse representando o SindSaúde, a área administrativa.
Hoje, o que me preocupa muito – conversei com ela e com alguns colaboradores – é o fato de
a FUC continuar do jeito que está, o risco que isso é para todos nós. Em novembro, eles demitiram 280
funcionários da matriz e colocaram as rescisões dentro da recuperação judicial, seguraram os
documentos. Os demitidos não conseguiram sequer dar entrada no seguro-desemprego.
Eu estou desde 2009, participei da transição da Zerbini para FUC – foi tranquila –, mas com
essa estou realmente muito preocupada. Neste ano mais 2 hospitais foram entregues, 780
colaboradores foram demitidos sem rescisão e sem documentação.
Eu tenho muito receio de que a intervenção saia e que mais 1.043 colaboradores sejam postos
na rua, como aconteceu com os mais de 1.000 colaboradores no Sul, entre novembro passado e abril
deste ano. Tenho receio de que saiamos sem nossos direitos – estou longe de abrir mão dos meus
direitos, estou falando como uma colaboradora que está lá há 15 anos pela FUC.
Acho bem arriscado mesmo para todos nós, porque, enquanto houver intervenção, nós temos
garantia de que nossos salários estarão nas contas, nossos benefícios estarão na conta. Eu,
sinceramente, não tenho nenhuma tranquilidade, até porque, no começo de abril, foi necessário o
sindicato do Rio Grande do Sul entrar com uma ação no TRT para que a FUC liberasse a documentação
para os ex-colaboradores darem entrada no seguro-desemprego e no FGTS, porque a rescisão eles não
têm ideia de quando vão receber. Isso chega a ser desumano e triste. Eu conheço muitas pessoas de
lá, a nossa contabilidade é na matriz. Então, eu tenho contato com eles diariamente. Tive contato com
ex-colaboradores que estavam lá havia 20 anos, chegaram a passar necessidades e tiveram que pedir
auxílio aos familiares para comprar comida para os filhos, em casa. Isso é muito triste e muito
frustrante.
Essa é a minha maior preocupação. É por isso que defendo tanto a intervenção. Já sofri
diversos ataques. Estou defendendo o meu interesse, realmente. Mas não defendo só o meu interesse,
e sim o de 1.042 colaboradores que estão lá. Não quero, de forma alguma, que saiamos com uma mão
na frente e outra atrás, como todos que saíram de novembro do ano passado a abril deste ano.
Também não quero que o nosso sindicato não tenha que passar a humilhação de fazer o TRT obrigar a
empresa a liberar os nossos documentos para darmos entrada, pelo menos, no nosso seguro-
desemprego.
Acho que, realmente, o governo tem que pensar na segurança dos colaboradores. Embora os
pacientes corram risco, o risco deles é infinitamente menor que o nosso, porque o governo, jamais, vai
deixar aquele hospital fechar. A importância dele é muito grande. Fico realmente preocupada com o
que vai acontecer. Essa é também a preocupação do doutor André. Até conversamos ontem.
Para vocês terem ideia, os médicos têm a receber mais de 1 milhão de honorários que a FUC
recebeu e não repassou para eles. A FUC recebeu o pagamento dos convênios e não o repassou para
os médicos. Ou seja, houve apropriação indébita. Usou esses recursos para pagar outra coisa. Então,
eles também estão sendo penalizados, mas acabam tentando, como o deputado Jorge Vianna falou,
não atacar. Mas isso não é ataque. Estou querendo um direito que é meu. Eles trabalharam e dão
duro!
Uma pessoa chegou a falar: “Nós vamos expor os médicos”. Eu falei: “Não façam isso”. Eu
sempre fui pelos médicos naquele hospital. Falei isso para o deputado Jorge Vianna, inclusive. Não vou
falar que os médicos são a classe mais trabalhadora, porque todos nós somos. Os médicos viram a
noite lá. Às vezes, há transplante, e eles viram a noite trabalhando naquele hospital.
Como o doutor André falou numa reunião que tivemos ontem, não houve nenhuma
interferência da intervenção, em qualquer atendimento. Não houve interferência na assistência, não
houve nenhuma interferência. Eles não contrataram ninguém. O que eles estão fazendo, no momento
atual, é garantir os nossos direitos. Sinceramente, não quero que isso acabe. Quero que tenhamos
essa segurança. Hoje, não a temos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado.
Ela falou sobre o que eu e a deputada Paula Belmonte falamos: a garantia dos direitos.
Qualquer empresa ou até mesmo o governo, por ter feito a intervenção, pode dar a segurança
financeira aos colaboradores. São direitos trabalhistas. Essa será uma discussão bem acalorada. Fez-se
a intervenção, há o ônus e o bônus dela.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Comecei falando exatamente da proteção dos pacientes
e dos colaboradores, na qual sempre estará o nosso esforço. Disso não vamos abrir mão. No entanto,
ninguém pode dizer que a próxima empresa vai garantir isso. Mas que faremos esforço para evitar
qualquer prejuízo ao nosso servidor eu garanto.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – General, vamos garantir que se assegurem os
direitos dos trabalhadores. Qualquer coisa feita no Distrito Federal tem que passar por esta casa.
Quando a matéria vier para cá, colocaremos emendas e brigaremos para garantir os direitos dos
trabalhadores. Seja uma empresa privada, seja o governo, seja qualquer outra empresa, vai ter que se
garantir esse direito. É como eu falei: quem assumir terá o ônus e o bônus; é porteira fechada. Vem
com lucro, porque vai ter equipamentos, vai ter tudo, mas também vai ter a despesa, que já está
sendo feita, que já está lá.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Serão vários segmentos: esta casa, o Ministério Público,
os sindicatos, a própria direção do instituto. Se nós não pensarmos assim, se não pensarmos no
paciente, se não pensarmos no servidor, certamente não estaremos fazendo a coisa correta.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Podem ter a certeza de que esta casa vai garantir
a vocês os seus direitos. Tenham certeza disso.
Para finalizar, concedo a palavra ao Miguel Antônio Neto, que é da comissão de concursados.
Antônio, obrigado por ter vindo. Você está com a palavra.
MIGUEL ANTÔNIO NETO – Boa noite, deputado. Boa noite à mesa.
Eu gostaria muito de reiterar a importância do técnico em enfermagem na assistência pública à
saúde. O técnico em enfermagem é o profissional que, basicamente, faz a mão de obra dentro do
hospital. Ele dá banho, administra medicamento, faz a roda girar. Claro que é muito importante toda a
composição da equipe multidisciplinar.
O Distrito Federal estava há 9 anos sem concurso, de 2014 a 2023, ano em que houve o
concurso que fizemos e para o qual fomos aprovados. Entretanto, houve somente 180 nomeações no
dia 21 de fevereiro deste ano, número muito pequeno perto do déficit que temos hoje em dia. No
Portal da Transparência, há mais de 6 mil cargos vagos de técnicos em enfermagem. Só de
aposentados, desde 2018, quando houve a última nomeação do concurso de 2014, nós temos mais de
2.100.
Nós vemos que o governo não está querendo fazer a reposição da mão de obra de técnico em
enfermagem, que é um profissional muito importante dentro da assistência.
Estamos aqui pedindo nomeação, implorando. Não estou falando só como aprovado, mas,
sobretudo, como usuário do Sistema Único de Saúde, que tem que ser um sistema público e, não,
privado. Está na lei que o serviço privado vem só como complemento.
Eu imploro: por favor, nomeiem os novos aprovados. Estamos esperando. Somos mais de 3 mil
aprovados, mas nem esse número vai suprir o déficit que temos hoje em dia.
Nomeação já!
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado.
Nós estamos fazendo uma cobrança muito forte. Inclusive dia 30, agora, haverá assembleia e
um dos pontos será justamente a chamada dos concursados.
Concedo a palavra, para finalizar, ao doutor Helder Lucio Rego, do departamento jurídico do
ICTDF.
HELDER LUCIO REGO – Meu nome é Helder, estou exercendo o cargo de advogado do
instituto, mas não aproveito este momento para falar como uma defesa jurídica da instituição.
Aproveito este momento para falar sobre a visão que tenho como advogado, a visão que tenho por ter
sido advogado do Instituto Hospital de Base, por ter sido advogado do Instituto de Gestão Estratégica
de Saúde do DF, por ter trabalhado na Secretaria de Saúde e por, em razão de ter pais – meu pai e
minha mãe – servidores da saúde, acompanhar há muito tempo a situação do DF.
O tempo não é favorável para que eu entre em muitos detalhes, mas alguns pontos merecem e
devem ser esclarecidos não só em relação à intervenção em si. Em relação à intervenção, acho que já
ficou bem claro – esta casa pontuou muito bem a necessidade de se fazer uma verificação melhor para
saber se houve ou não conflito de interesse – que houve glosas – algumas significativas, algumas em
relação a transplante de cardiologia... Houve glosas que, em determinado mês, chegaram a 50% do
valor da fatura. Então, se o contrato já está desatualizado desde 2016, uma glosa de 50% inviabiliza
qualquer operação.
Creio que a Câmara Legislativa vai analisar e investigar tudo, há comissões voltadas para isso.
Inclusive, muita coisa está adiantada. Não compete a mim ficar fazendo conjunturas em relação aos
motivos que levaram à intervenção.
Já ficou esclarecido que os valores estão defasados. Já ficou esclarecido que o ofício que levou
à justificativa da intervenção, na verdade, era um ofício de cobrança e que os valores que foram
cobrados foram pagos após a intervenção. Porém, algumas coisas não ficaram muito esclarecidas e
preciso falar sobre alguns pontos, deputado Jorge Vianna. O senhor comentou – e fiquei preocupado,
no início – sobre possíveis repasses de insumos, um caminhão de insumos, do IC para a FUC. O senhor
falou que foram transferidos 200 e poucos mil reais em insumos, salvo engano, posso estar errado.
Fiquei de certa forma assustado no início.
No início eu fiquei um pouco assustado, porque 200 e poucos mil reais em insumos é realmente
um valor considerável. Só que me lembrei da minha época de Iges, da minha época na Secretaria de
Saúde e fiz uma análise rápida: o Iges comprou, para 3 meses de operação, 400 mil reais em luvas
descartáveis para o Hospital de Base. Quanto a valores de insumos, se verificarmos a especificidade de
cada valor, realmente é caro. Então, 200 mil reais em um caminhão – se é que existiu isso de fato,
deve ser muito bem esclarecido se foi realmente isso e se voltou –, percebam: é uma despesa
insignificativa para uma operação hospitalar, é algo que realmente tem que ser muito bem esclarecido.
Até porque, deputado, já houve uma demonstração para a sociedade de que, quanto a essa
intervenção e aos motivos que levaram a ela, possivelmente houve conflito de interesse. Não estou
falando de um ou outro interventor, estou falando de outros conflitos de interesse. Mas os órgãos
fiscalizadores já estão acompanhando isso. Conflitos de interesse em glosas, de repente glosas
provocadas de propósito ou não, isso tudo vai ser apurado.
Só que a verdade tem que ser esclarecida, principalmente quando as pessoas que estão nesse
conflito de interesse trazem para esta casa ilações preocupantes, como a de repasses para lá. Em
nenhum momento eu vi a sociedade, este parlamento, ninguém falou sobre o que a fundação socorreu
ou o pagamento de aluguel do HFA. O HFA possui um aluguel muito caro.
Salvo engano, deputado, em relação à utilização do espaço, a metragem é calculada de acordo
com o valor de mercado. Inclusive, isso tem que ser considerado, isso vai ser levado para o
chamamento público. Pelo jardim em volta do hospital, do ICTDF, é pago um aluguel de 100 mil reais.
Não sei agora se é por mês ou por ano. Mas é um valor que faz diferença na assistência. Faz diferença,
principalmente, quando se recebem transplantes com valores defasados – e faz uma diferença quando
se tem que lidar com glosas.
Enfim, deputado, eu não quero me alongar muito. Eu não falo pela gestão, falo como usuário
do SUS também, falo como cidadão de Brasília. A única coisa que é preciso esclarecer é a
transparência. Falo da transparência que levou a essa intervenção, da transparência do que se
pretendia com essa intervenção. A Câmara Legislativa tem um papel muito importante nisso.
Principalmente em relação à assistência, porque em nenhum momento, em princípio, apesar de
terem sido levantadas essas narrativas, houve uma preocupação profunda com o paciente. Com
relação aos pacientes, até então não houve uma descontinuidade dos serviços.
Falaram que alguns órgãos foram rejeitados. O Hospital de Base rejeita órgãos toda semana,
todo mês. Isso é motivo para uma intervenção? A cirurgia de transplantes é muito delicada. Realmente,
isso é uma justificativa? Pelos valores do portal do complexo regulador, a produção assistencial não
caiu, ao contrário. Um mês antes da intervenção, o hospital bateu o recorde de transplante de fígado.
Foram produzidos 11 transplantes de fígado no mês, sendo que a média habitual é de 3 transplantes.
Então, se realmente houvesse uma preocupação, a Secretaria de Saúde teria resolvido de
forma administrativa, pagando o que ela devia. Dinheiro para isso ficou comprovado que existia,
porque, depois da intervenção, o dinheiro apareceu. Mas a Secretaria de Saúde não faz o contrato.
Existe, deputado, uma ação civil pública em que, desde julho de 2021, salvo engano, a Justiça Federal
determinou que a Secretaria de Saúde realizasse a contratação do serviço de transplante de medula
óssea.
A multa diária pelo descumprimento dessa decisão judicial é de mil reais. A última vez em que
eu fiz o cálculo, no início do ano, estava chegando a 6 milhões de reais pelo descumprimento da
decisão judicial. A Secretaria de Saúde poderia ter feito esse contrato. A Secretaria de Saúde poderia
ter utilizado essa justificativa para incentivar o próprio ICTDF a realizar esse serviço. O que ela fez? Ela
decretou uma intervenção, uma intervenção cheia de questionamentos. Aparentemente, os dados que
estão sendo levantados são meio parciais e precisam ser esclarecidos. (Ininteligível.) Bem como a
oportunidade de vir aqui prestar um esclarecimento. De fato, a fundação está passando por um
problema financeiro, mas está em recuperação judicial.
Em nenhum momento foi decretada a falência da instituição, e a recuperação judicial serve
justamente para evitar que uma instituição vá à falência, para evitar que todos os empregados sejam
demitidos e seus direitos não sejam garantidos. Existe um juiz responsável por isso, que faz uma
organização para tocar o processo de recuperação judicial. Nesse processo, inclusive, é levantada a
dívida que há com o aluguel e o crédito que há com a Secretaria de Saúde. Inclusive a Justiça do DF,
há um mês, sentenciou que a Secretaria de Saúde tem que pagar, num determinado processo, 5
milhões de reais referente ao que a SES deve para o ICTDF. Imaginem tantos outros milhões que não
foram judicializados e que, enfim, poderiam ser utilizados devidamente na assistência.
Para finalizar, é preciso seriedade para reconhecer a complexidade de um hospital desse; para
observar que, dentro da saúde do DF, existem mazelas difíceis de serem superadas; para entender
que, se a Secretaria de Saúde, através dos seus hospitais, atualmente tivesse capacidade de realizar os
serviços que são feitos no ICTDF, não existiria a necessidade de haver a contratualização lá.
Então, os diversos pacientes que estão aqui e que manifestaram apreço pelo trabalho da
instituição dependem muito da continuidade dessa qualidade do serviço. Hoje, a maneira com que a
instituição – ICTDF e a Fundação Universidade de Cardiologia... Quando em Brasília há um bloqueio,
quando Brasília não recebe o pagamento, quem está falindo são eles lá. Eu não estou falando que
estão falindo tão somente por Brasília, mas acho que 25 milhões fariam diferença no caixa de qualquer
instituição.
O processo de falência está correndo, a fundação é uma entidade que existe há mais de 50
anos. Ela formou centenas de cardiologistas no Brasil inteiro, é uma entidade filantrópica que presta
serviço para o SUS sempre, com muita qualidade inclusive. Aparentemente, estão tentando manchar a
imagem de uma instituição tão importante para a formação de profissionais para a residência médica,
para a pesquisa clínica. E a forma como tudo isso está sendo tratado é muito preocupante. Se, de fato,
a saúde pública fosse o norte de todos os atos, isso tudo não estaria acontecendo.
Então, deixo essa manifestação aqui, em si, pela preocupação e responsabilidade com tudo que
está sendo feito.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, doutor Helder. O senhor trabalha no
instituto?
HELDER LUCIO REGO – Eu já havia trabalhado lá e voltei no ano passado. Estou advogando
nos processos trabalhistas. Aqui em Brasília há muitas ações.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor precisa ficar mais lá, então! As contas
de que falei, que foram transferidas para lá, realmente são contas transparentes sobre esses valores de
milhões; justamente numa época que atrasaram os salários do instituto. Então, não tem sentido você
mandar dinheiro para lá! Mesmo que ele mandasse para cá, não mandou o suficiente, porque
atrasaram os salários nessas épocas que eu falei, nos anos de 2020 e tal.
Há uma coisa que o senhor falou que eu achei importante! O senhor, como advogado, tem o
dever de conhecer e falar a verdade.
HELDER LUCIO REGO – Sim, senhor.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu estou com um documento que fala que a
transportadora Fênix fez o transporte desse material. Nós não estamos questionando a questão de
material, se são 200 mil, 100 mil, 50 mil, 1 real ou 10 milhões! Houve o transporte. Então, acho que o
senhor tem que reconhecer esse documento. Se o senhor não o reconhece, vou lhe dar a oportunidade
para reconhecê-lo!
HELDER LUCIO REGO – Não, deputado! Eu não disse que não reconheço.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor falou que não houve esse transporte.
HELDER LUCIO REGO – Não, em nenhum momento! Perdão, em nenhum momento eu afirmei
que não houve transporte. Valores de 200 mil reais são significativos dentro de uma operação
hospitalar.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas, quanto ao furto, o senhor, como advogado,
sabe muito bem que um furto de 10 reais ou de 1 milhão é furto também!
HELDER LUCIO REGO – Aí, eu gostaria de saber, existe o furto...
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não estou dizendo que é furto ou roubo, pessoal!
Estou só dando um exemplo porque estamos falando de questão de relação jurídica.
HELDER LUCIO REGO – Sim, com certeza, deputado! Mas eu não neguei que houve transporte,
até porque esse fato... Em nenhum momento foi pedido algum esclarecimento.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor está vendo na mídia! Todo mundo está
falando desse transporte! O senhor não veio preparado para...
HELDER LUCIO REGO – Não, mas, em nenhum momento ninguém veio falar: “Tais e tais itens
precisam de esclarecimento”.
Claro, neste momento, a Câmara Legislativa está fazendo um papel muito bom. Eu falo por
parte de quem provocou e de quem está conduzindo a intervenção. Isso é que precisa de
esclarecimento. De fato, se houve operações, existe um Ministério Público. É importante todos saberem
que existe um Ministério Público que se chama Ministério Público das Fundações. O Ministério Público
das Fundações fiscaliza todas as fundações existentes no Brasil e, todo ano, emite um parecer sobre
caixa, fluxos e patrimônio.
Então, acho interessante, deputado, a casa, de repente, convidar, convocar ou pedir um
esclarecimento para o Ministério Público das Fundações, que fiscaliza todas as operações, para que ele
esclareça algum fato.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Nós os convidamos também.
HELDER LUCIO REGO – Eu falo Ministério Público das Fundações!
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Sim, o Ministério Público. Eles se organizam.
Obrigado.
HELDER LUCIO REGO – Obrigado, deputado.
Concedo a palavra à Carolina, gerente de enfermagem e transplante. Ela foi à Rádio Metrópoles
e deu aquele show!
CAROLINA DE FÁTIMA COUTO – Boa noite a todos. Eu gostaria de cumprimentar a mesa na
pessoa do senhor deputado e de agradecer a presença de todos os colaboradores. Agradeço também
àqueles que não conseguiram permanecer, aos que estão em casa ou no hospital trabalhando. Saúdo
os meus tão amados pacientes transplantados.
Eu sou enfermeira. Desde 2020, estou à frente da coordenação dos transplantes do hospital,
mas trabalho na unidade desde 2011. Eu já tenho mais de 10 anos acompanhando todos os
transplantes sendo realizados. Então, são centenas de vidas salvas com o sim da doação de órgãos.
Quando falamos de vidas salvas, não podemos esquecer de todo o bastidor que há por trás
desses transplantes. São colaboradores que se empenham 24 horas por dia em prol de captar um
órgão, em prol de avaliar um paciente que está com um protocolo de morte encefálica aberto. São os
colaboradores de uma instituição dedicados à assistência a esse paciente. Não é só fazer o transplante!
Quem já sentiu na pele – não é, Robério? – sabe muito bem como é isso. São dias na UTI, na
internação, e depois é uma vida toda de acompanhamento.
Eu estou no ICTDF desde 2008, há 16 anos, e pude perceber a excelência da assistência que
todos os colaboradores têm, de todas as unidades. Acho muito interessante – e não podemos esquecer
o que a Carminha trouxe – o jeito ser do Instituto de Cardiologia. Todos os que passam por ali ou que
chegam até ali, falam a mesma coisa: “É o jeito ser de trabalhar”. Todos ali trabalham porque
realmente amam trabalhar ali. Eu sou uma dessas pessoas.
Estou aqui para defender esses colaboradores que tanto se dedicam, esses pacientes que tanto
necessitam dessa assistência. Há quase 2.500 transplantados e uma lista enorme de transplante. São
mais de 300 pacientes inscritos para rim, dezenas de pacientes inscritos para fígado e coração que
precisam dessa doação, que precisam dessa assistência, que precisam do ICTDF.
Agradeço muito a esta casa, a todos os presentes e a todos os que estão apoiando essa causa
do ICTDF. Seja quem for que assumir, que faça uma gestão transparente, clara, com seriedade e
respeito a todos os que aqui estão, que permanecem nessa instituição e a todos os pacientes que tanto
necessitam desta casa. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Carol.
A comissão geral está chegando ao fim. Logo mais haverá uma sessão neste plenário.
Eu vou facultar 1 minuto para cada um fazer suas considerações finais e mandar um abraço.
Eu não vou falar muito no final. Quero dizer que estou com vocês. Talvez a forma mais rígida
pode ser mal interpretada. Eu fui muito firme com relação ao Iges e sou muito firme com qualquer
coisa relacionada à saúde. Essa é minha pegada. Venho de um movimento sindical, essa é minha
pegada, gostem ou não. Só com firmeza nós vamos melhorar a saúde. Não há jeitinho, não há mais ou
menos, não há esquema. Saúde tem que ser feita com seriedade porque nós estamos falando de vida.
Sinceramente, quem faz esquema na saúde tem que ser condenado à prisão perpétua, porque nós
estamos falando de pessoas, de vidas. É assim que vamos fazer. Eu vou defender vocês.
Lancei a frente parlamentar em defesa do Instituto de Cardiologia. Vamos até o final, de braços
dados. Eu tenho certeza de que nós sairemos vitoriosos. Podem ter certeza disso. Os pacientes tenham
essa certeza. Senhoras e senhores, podem contar comigo de verdade.
Concedo a palavra ao doutor André para as suas considerações finais.
ANDRÉ WATANABE – Eu gostaria de, mais uma vez, agradecer ao deputado Jorge Vianna esta
oportunidade, em que se dá voz a todas as pessoas que estão interessadas na verdade e na
continuidade do serviço do Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal, para que ele
possa permanecer forte, melhorar a cada dia.
Independentemente da gestora que vá prosseguir ou assumir a gestão do hospital, que ele
mantenha o bom serviço e o bom trabalho que lá é realizado. Esse atendimento não é simples de ser
construído, pois foram anos para que chegássemos a esse patamar. Que isso seja respeitado. E, como
foi dito aqui, que o modelo de funcionamento do instituto também seja preservado.
Agradeço a oportunidade. Fiquei muito feliz porque ouvi vários depoimentos de colaboradores,
de pacientes, de pessoas relacionadas à área da saúde. Eu penso que tudo isso que esta casa está
proporcionando para o instituto – essa força e essa oportunidade – o deixará cada dia mais forte.
Muito obrigado.
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – Quero aqui agradecer a todas as pessoas que de forma
excepcional realizaram um trabalho diferenciado no Distrito Federal, tanto que transformaram esse
hospital em um hospital de referência. Isso foi graças ao papel de cada um de vocês que fizeram a
diferença na vida de várias pessoas.
Eu espero que esse impasse seja resolvido com urgência. Urgência, urgentíssima. Que as
grandes cabeças se reúnam e procurem uma solução melhor para que esse crescimento continue a
acontecer. Quem sabe melhores estabelecimentos venham? Que o chamamento público seja positivo e
que esses contratos que estávamos adiando e adiando sejam feitos. Que nós possamos nos juntar para
finalizá-los. Isso já deveria ter sido feito há muito tempo.
Eu acho que, agora, depois de todo esse impasse, o trabalho de vocês irá ficar melhor ainda.
Penso que uma hora esses entraves irão ser resolvidos por nós.
É isso. Estamos juntos. (Palmas.)
ROBÉRIO MELO – Eu queria chamar a atenção para que não baixemos a guarda, porque não
sabemos o que vem nesse chamamento. Então, vamos ficar muito atentos. Todos. A luta continua.
Eu quero falar aos transplantados que tenho provocado esta casa para dois projetos de lei. Um,
para equiparar o transplantado ao PcD, pessoa com deficiência, para que possamos conseguir emprego
em algumas empresas que precisam cumprir essas cotas. O outro projeto de lei é para que o
transplantado que necessite fazer outro transplante possa ir para o primeiro lugar da fila, como
acontece em São Paulo – foi o caso do Faustão. Eu tenho provocado a casa para esses dois projetos e,
provavelmente, eles devem sair.
Agradeço a todos.
Quero fazer um agradecimento especial à equipe multi do ICTDF, na pessoa da Carol Couto,
Carolina, pela dedicação, que é 100%.
Obrigado, de coração. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado.
Chamou minha atenção. Então, é diferente em São Paulo? A legislação não é a mesma em
nível nacional?
ROBÉRIO MELO – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mesmo sendo SUS?
ROBÉRIO MELO – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Doutor André, isso é estranho.
ANDRÉ WATANABE – Esta é uma norma que existe na Câmara Técnica Estadual de São Paulo:
quando um paciente que já fez transplante de órgão sólido – coração, fígado, rins, pâncreas – precisar
de um segundo transplante de outro órgão, ele ganha prioridade. Então, é uma decisão da Câmara
Técnica Estadual.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Independentemente da idade?
ANDRÉ WATANABE – Independentemente da idade.
Então o caso ficou conhecido... Essa norma não existe nas outras câmaras técnicas.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Só em São Paulo?
ANDRÉ WATANABE – Isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas não saiu somente agora com o caso do
Faustão?
ANDRÉ WATANABE – Eu sou membro da Câmara Técnica Nacional, em transplante de fígado,
um órgão do Ministério da Saúde, e estamos lutando. Já propusemos que isso passasse a valer
também em todos os estados do Brasil, em âmbito nacional.
Dentro do Sistema Nacional de Transplantes, existem as câmaras técnicas nacionais e
estaduais, que definem a legislação do transplante, como ele funciona em cada estado e no país.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Está certo. Isso é estranho.
Concedo a palavra a Maria do Carmo Barros.
MARIA DO CARMO BARROS – Eu quero, primeiramente, agradecer a Deus e a vossa
excelência, deputado Jorge Vianna, nosso padrinho do ICTDF.
Quero dizer que eu já fui a todos os lugares bater e pedir ajuda e apoio para o ICTDF. Eu já fui
até à presidência. Eu e o senhor Robério estamos tentando contato com a Janja para que ela vá visitar
o ICTDF – e vamos continuar.
Para vossa excelência ter uma noção, deputado Jorge Vianna, eu envio mensagem para todos
os famosos a fim de adquirir apoio para o ICTDF.
Eu quero dizer que a nossa bandeira é o ICTDF e, nela, estão os pacientes e os colaboradores.
Como profissional da saúde, eu me coloco no lugar dos pacientes, porque eu os acompanho de perto e
vejo como é. É uma situação muito difícil para o paciente e para o familiar. Como colaboradora, eu me
coloco no lugar dos colaboradores que estão lá todos os dias dando o seu melhor. Faça sol ou faça
chuva, eles estão lá.
Podem contar conosco, com todos os 1.043 colaboradores do ICTDF.
Quero aproveitar a oportunidade, deputado Jorge Vianna, e fazer um convite. Amanhã, às 16
horas, vamos dar um abraço no prédio do ICTDF para mostrar ao Brasil e ao mundo qual a importância
do ICTDF para esses pacientes. Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Carminha.
Eu estou vendo que você está tendo uma relação muito próxima com o Lula. Quem sabe você
consiga trazer a Janja, o que seria uma grande força.
Pessoal, amanhã, eu não vou poder participar, pois já tenho compromisso. Depois, eu vou lá
dar um abraço em todos vocês.
Concedo a palavra a Manoel Luiz Narvaz Pafiadache.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Eu só queria agradecer ao deputado Jorge Vianna esta
oportunidade, porque o que nós fizemos hoje foi em razão de uma proposta da própria casa de
discutir, com a sociedade, mais esse tema.
Pessoalmente, tive a oportunidade de identificar algumas coisas nas quais eu preciso me
aprofundar, para que eu possa transmitir o máximo de informações na segunda-feira, no conselho de
líderes.
Obrigado a todos. Tenham todos uma boa noite. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Senhoras e senhores, muito obrigado e
desculpem-me a demora. Tudo foi muito importante e esclarecedor. Obviamente, podem ter certeza de
que estamos sendo vistos por todos, pelo governo, pela Secretaria de Saúde. Todo mundo está nos
vendo porque eles estavam aguardando esta audiência para ouvir, principalmente, o ICTDF.
É lógico que eles não tiveram a boa vontade de vir, mas estão nos acompanhando – eu tenho
certeza disso. Então, quero dizer a vocês que estão nos acompanhando e que não vieram que sei que
vocês estão de olho em nós.
Quero agradecer às autoridades e aos demais convidados que honraram a Câmara Legislativa
do Distrito Federal com suas presenças.
Um forte abraço, uma boa noite a todos. Que tenhamos um resto de semana abençoado!
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente comissão geral, bem como a sessão
ordinária que lhe deu origem, às 18 horas e 39 minutos.
(Levanta-se a sessão às 18h39min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
BRB – Banco de Brasília
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
Conasems – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FUC – Fundação Universitária de Cardiologia
GDF – Governo do Distrito Federal
HFA – Hospital das Forças Armadas
HRT – Hospital Regional de Taguatinga
IC – Instituto de Cardiologia
ICTDF – Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal
Iges – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
InCor – Instituto do Coração
MAC – Assistência Ambulatorial de Médio e Alto Custo/Complexidade
MEC – Ministério da Educação
NPH – Protamina Neutra de Hagedorn
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
PcD – Pessoa com Deficiência
PPCUB – Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília
PQD – paraquedista
Samu – Serviço Médico Móvel de Urgência
Sepesd-MD – Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa
SES-DF – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Sindate – Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem no Distrito Federal
SindEnfermeiro – Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal
SindMédico-DF – Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
SindSaúde – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal
STF – Supremo Tribunal Federal
SUS – Sistema Único de Saúde
TAC – Termo de Ajuste de Conduta
Teto MAC – É um valor repassado pela União para custear ações e serviços de saúde na média e alta complexidade nos estados
TRT – Tribunal Regional do Trabalho
UDT – Unidade de Dor Toráxica
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 26/04/2024, às 16:38, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1641592 Código CRC: E8F76900.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 35/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 35ª
(TRIGÉSIMA QUINTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 30 DE ABRIL DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 18H04MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
terça-feira, 30 de abril de 2024, às 15 horas.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido por este presidente.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 33ª Sessão Ordinária, de 24 de abril de 2024;
– Ata Sucinta da 34ª Sessão Ordinária, de 25 de abril de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas.
Boa tarde, deputado Chico Vigilante, deputado Max Maciel, deputado Pastor Daniel de Castro,
deputado Pepa.
Eu vou suspender a sessão só por 5 minutos...
(Pausa.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Sobre a mesa, expediente que será lido por
este presidente.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não cheguei a suspender, não. Surgiu uma
dúvida aqui a respeito de quem é “Robis”, mas fomos devidamente informados pelo deputado Pepa, e
coube a esta presidência acolher a informação prestada pelo deputado Pepa.
Eu iria suspender agora a sessão, mas o deputado Thiago Manzoni chegou.
Sejam bem-vindos os servidores que aqui se encontram, em especial os trabalhadores
aprovados no concurso da Câmara Legislativa, que aguardam mais nomeações.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Estamos nomeando aprovados todos os
meses. Deixo o nosso compromisso, meu e de todos os deputados, em darmos continuidade às
nomeações, que temos honrado todo mês; no mês passado, foram quase 30 nomeados, inclusive para
substituir aqueles que não assumiram. Estamos discutindo o PAI junto ao Tribunal de Contas. Tão logo
isso seja resolvido, tenho certeza de que nós conseguiremos nomear um quantitativo maior. Sejam
bem-vindos e, em breve, nós estaremos fazendo a ligação para vocês, será um prazer tê-los aqui
conosco. Obrigado. (Palmas.)
O Sindical está presente: “Pauta de reivindicações”, já conheço quase tudo de cor e salteado,
só não consigo ler porque está longe e eu estou cego, mas confirmo o nosso compromisso. Vejo o
nosso presidente Figueiredo – parabéns por ontem, inclusive pelo discurso! Figueiredo, já estamos
discutindo com vocês, sabemos da sensibilidade, não só minha, como presidente, mas de toda a Mesa
Diretora, de todos os deputados. Vamos avançar, porque, se nós temos cuidado de todos os
servidores, não deixaremos de cuidar dos servidores da nossa casa.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Então, vocês têm o nosso compromisso, acho
que a Câmara Legislativa tem feito tudo. Existem algumas restrições orçamentárias que estão sendo
devidamente discutidas pelo sindicato, pela Mesa Diretora com os servidores de carreira desta casa.
Tenho certeza de que em breve nós conseguiremos dar uma ótima notícia a todos vocês. Vamos juntos
avançar.
“Presidente, acreditamos em você pela modernização das carreiras.” Pelo menos vocês para
acreditarem em mim, que nem eu mesmo acredito. “Pela modernização das carreiras, progressão
semestral, recomposição inflacionária.” Vocês cercaram a casa toda, Figueiredo! Vocês cercaram a casa
inteira.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Esta presidência informa que o deputado Iolando está de licença médica, devido a um
procedimento, mas já está melhor, graças a Deus. Por isso, sua excelência não está presente.
Autorizo a inclusão do deputado Iolando como licenciado.
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, boa tarde aos deputados e às deputadas desta casa, aos assessores, àqueles que
trabalham na Câmara Legislativa, àqueles que assistem a nós pelas redes sociais, pela TV Câmara
Distrital, e a todos os amigos da galeria, os aprovados da Câmara Legislativa, o pessoal do Sindical.
Esta casa tem muito compromisso e, sob a direção do nosso presidente da Mesa Diretora,
vocês podem contar conosco que estaremos trabalhando em favor de que vocês logo, logo estejam
aqui. (Palmas.)
Presidente, mais uma vez quero muito agradecer a Deus por fazer parte desta legislatura. Eu
confesso para vossa excelência que tem sido uma honra muito grande. Eu tenho 1 ano e 4 meses de
mandato.
Domingo passado, eu estava levando uma ministração sobre o cristão e a política em
Planaltina, terra do meu querido líder do PP na casa, deputado Pepa. Eu estava lá com o pastor Davi
Nacif fazendo uma ministração. Como é bom vermos e ouvirmos quando um mandato dá uma resposta
para a sociedade, especialmente quando ele dá resposta para aquele grupo que acreditou em você e
depositou o voto.
Então, fui a Planaltina, como sempre faço, para agradecer às bases. Vi tantas pessoas felizes,
apertando a minha mão e me agradecendo, porque, Pepa, mandei 1 milhão e 800 mil reais de
emendas para a educação de Planaltina e para a Via Sacra. Eu mandei também para os colégios, para
a saúde, para a administração regional. Como parlamentar, sempre peço autorização onde eu entro.
Então, o Pepa me deu autorização. Eu o ajudo lá e ele me ajuda. Ficamos felizes quando o mandato
tem resposta.
Venho a esta tribuna hoje, querido presidente, senhoras e senhores deputados, amigos,
servidores... Eu, normalmente, ocupo a tribuna para falar sobre os problemas da nossa cidade, sobre
erros cometidos pelo governo federal e sobre realizações e conquistas do governo Ibaneis. Contudo,
hoje, o tema sobre o qual pretendo falar neste momento, por sua natureza diversa da política, é sobre
um amigo, um excelente advogado, sobre um homem competente, íntegro e que, inegavelmente,
muito contribuiu para a advocacia do Distrito Federal. Falo aqui neste momento, inclusive com muita
emoção, do meu amigo ex-presidente da OAB do Distrito Federal, doutor Juliano Ricardo de
Vasconcelos Costa Couto, que nos deixou no último domingo dia 28 do corrente mês.
Dentre as inúmeras e justas homenagens registradas sobre o legado do doutor Juliano, talvez a
postagem do seu filho, doutor Gustavo Costa Couto, seja aquela que mais apresenta a grandeza do
espírito do homem que marcou a sua história com simpatia, com diálogo e com profissionalismo
exemplar, poucas vezes vista.
Segundo publicação do doutor Gustavo, seu pai era “combustível infinito do amor”.
Sinceramente, essa postagem é a prova incontestável do maior legado deixado pelo ex-presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil do DF: ser pai, ser presidente, ser exemplo, criar laços com seus
filhos, deixar memórias gravadas na alma e no coração de sua descendência. Esse, sim, é um legado a
ser exaltado e que jamais será esquecido.
A carta do apóstolo Paulo à igreja de Roma, em seu capítulo 13, versículo 7, nos ensina que
devemos dar a cada um o que é justo: a quem tributa, tributo; a quem honra, honra. E esta é a razão
pela qual devemos honrar a memória do grande advogado e professor que nos deixou há apenas
alguns dias. Nesse sentido, registro que protocolei na tarde de hoje um título de cidadão honorário de
Brasília post mortem ao doutor Juliano Costa Couto. Certamente que o ideal seria homenagearmos as
figuras importantes da nossa cidade quando elas ainda participam das nossas histórias de vida; mas
não somos perfeitos, somos homens e mulheres entregando o nosso máximo esforço para melhorar as
condições de vida da nossa sociedade. Às vezes erramos, e isso faz parte da própria existência.
Benjamin Disraeli, político conservador britânico do século XIX, possui uma vasta publicação de
obras literárias, e um de seus registros mais conhecidos nos ensina que “a vida é muito curta para a
tornarmos pequena”. Muitas vezes, nós tornamos a vida pequena quando limitamos a nossa existência
à imposição de caprichos ou à satisfação das futilidades de nossa curta e incalculável existência.
Senhoras e senhores deputados, eu tenho a plena convicção de que a grandeza da vida
repousa na forma como seremos lembrados pelas próximas gerações. Nesse caso, o legado do doutor
Juliano se revela como prova incontestável de que ele soube fazer da sua jornada algo grandioso...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Peço mais um minutinho, presidente.
Nesse caso, o legado do doutor Juliano se revela como uma prova incontestável de que ele
soube fazer da sua jornada algo grandioso para a advocacia e principalmente para a sua própria
família.
Que Deus conforte o coração da sua esposa, de seus filhos, dos demais familiares e dos amigos
que sentem a dor da perda. Quanto a nós, que ainda seguimos na jornada, que tenhamos
discernimento para organizar nossas prioridades, de modo a não tornarmos a nossa vida pequena. Que
possamos pensar grande e construir histórias, como foi a história construída pelo doutor Juliano.
O Thiago, que é advogado e o conheceu também, sabe que o doutor Juliano era uma figura
ímpar e uma pessoa com uma simpatia sem limite, deputado Chico Vigilante – vossa excelência o
conheceu também. Quando conversávamos com ele, era impossível não ver em seu rosto um sorriso...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – ... e a simplicidade que ele sempre demonstrou.
Que pena que foi embora tão novo. Uma sapiência extraordinária, um homem de uma educação polida
e fina.
Ficam aqui os nossos sentimentos a toda a sua família, aos seus amigos e à advocacia do
Distrito Federal, que está de luto, assim como o Distrito Federal, pois o governador decretou o luto de
3 dias.
Encerro, pedindo a Deus bênçãos sobre a família. Peço a vossa excelência, querido presidente
deputado Wellington Luiz, que possamos, neste momento, em homenagem póstuma ao doutor Juliano,
fazer 1 minuto de silêncio pela sua linda história na carreira da advocacia do Distrito Federal.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Vamos acolher.
Antes deputado, caso vossa excelência me permita, quero agradecer à presidente do Conselho
Regional de Economia, doutora Luciana Accioly, que muito nos honra com a sua presença. Ela está
aqui acompanhada pelo nosso amigo de muitos anos desta casa, Getúlio, e também pelo doutor
Damião. Doutora Luciana, seja bem-vinda, muito obrigado. Teremos aqui eventos no dia 17 e,
provavelmente, nos dias 18 e 19, também. É um prazer recebê-los na nossa casa. Tenho certeza de
que irão contribuir muito para o desenvolvimento da nossa cidade.
Obrigado e que Deus os abençoe. Esta casa está sempre à disposição. Getúlio, mais uma vez,
muito obrigado.
Convido a todos para fazermos 1 minuto de silêncio em respeito ao nosso amigo Juliano Costa
Couto – aqui muito bem lembrado pelo deputado Pastor Daniel de Castro.
(O Plenário observa 1 minuto de silêncio.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Grato a todos e a todas.
Agradeço ao deputado Pastor Daniel de Castro. A perda é sempre muito dolorosa, ainda mais
quando se trata de uma pessoa com tantas credenciais como o doutor Juliano Costa Couto.
Precisamos agradecer a Deus por nos ter dado a oportunidade de convivermos com o Juliano.
Somente quem teve essa alegria, essa felicidade – eu sei que o senhor e muitos aqui a tiveram – sabe
o tanto que foi bom tê-lo como amigo, como uma pessoa próxima. O senhor falou de várias
credenciais, deputado, mas acho que ele se destaca como conciliador e uma pessoa que passou na
terra deixando muitos amigos.
Ontem, por volta de 9 horas, quando o corpo chegou – e eu fui um dos primeiros a chegar – o
cemitério já estava lotado, e durante a manhã inteira permaneceu lotado. Foram muitos amigos que
foram se despedir. Deus precisa dos bons lá também. Se encher lá somente dos ruins dará muito
trabalho. Então Deus vai levando pessoas boas como o Juliano para dar uma equilibrada. E sabemos
que isso é muito importante.
Fico muito feliz, deputado, por vossa excelência ter lembrado aqui. Claro que é motivo de
tristeza perder um amigo tão cedo; mas, por outro lado, uma alegria muito grande de ter tido a
felicidade de ter convivido com ele. Parabéns pela iniciativa. Muito obrigado.
Damos continuidade aos Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Obrigado, senhor
presidente. Boa tarde a todos e a todas que nos acompanham.
O que me traz a esta tribuna hoje são alguns assuntos. O primeiro deles é que acabamos de
oficiar a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF e o Governo do Distrito Federal sobre uma
questão que está acontecendo na Rodoviária do Plano Piloto. Neste ano, talvez, coincidentemente,
após a votação nesta casa de proposição que autoriza o Governo do Distrito Federal a avançar com o
processo de concessão da Rodoviária do Plano Piloto, os permissionários de lá estão tendo reajustes da
sua taxa fora do comum. Neste ano, houve aumento de mais de 100% desde janeiro.
Isso nos espanta e levanta algumas suspeitas, senhor presidente. Depois de muito debate
sobre a concessão da rodoviária e de muita mediação importante que esta casa fez, foi garantido o
direito de preferência dos atuais permissionários. Só que antes de fazer a concessão, o governo
começa a aumentar a taxa dos atuais permissionários muito acima da inflação. Houve permissionário
que trouxe os boletos aqui. Houve mais de 100% de reajuste de janeiro até abril. Parece que o
governo está começando um processo de expulsar os atuais permissionários, antes mesmo da
concessão, para não garantir o direito de preferência. Nós estamos oficiando o Governo do Distrito
Federal hoje para obter alguma explicação sobre isso. O que justifica aumentos tão abusivos nos
primeiros meses do ano de 2024?
Quero trazer esse debate para esta casa porque isso é um flagrante, no mínimo, de suspeição
sobre o atual interesse da permanência dos permissionários na Rodoviária do Plano Piloto. Digo e
repito: esse foi um debate travado aqui. E, por consenso – no processo da concessão em que houve
divergência, sim, sobre o modelo, sobre a forma –, houve algo consensuado por este parlamento: a
garantia da permanência e da preferência dos atuais permissionários. Não se pode criar uma estratégia
de tentar expulsá-los, aplicando uma taxa abusiva antes do processo de concessão.
A segunda questão, senhor presidente, de que quero tratar é a segurança. Quero tratar do
debate da segurança pública e da violência. Tenho certeza de que esse é um debate que nos aflige e
preocupa todos nós.
Nós vimos, nesse final de semana, mais um caso – e eu não quero entrar aqui especificamente
no caso, porque ele vai ser investigado – em um curso de formação da Polícia Militar. Houve a
denúncia de que um dos profissionais foi submetido à tortura. Estou trazendo esse elemento,
presidente, para fazer um debate, porque esse não é um caso isolado, infelizmente. Esse tipo de
denúncia tem sido até corriqueiro nas nossas polícias, principalmente na Polícia Militar.
Eu acho que esse é um debate para a sociedade brasileira e temos de fazer a seguinte
questão: que polícia nós queremos? Como formar, inclusive, os policiais? Eu acho que esse é um
debate complexo. Não farei uma acusação a um policial ou a uma corporação, pelo contrário, é preciso
fazer esse debate com o conjunto da sociedade. Acho que este parlamento tem um papel importante
nisso. É preciso debater, por exemplo, os currículos de formação nas polícias.
O Mapa da Violência no Brasil, presidente, mostra que o número de mortos por operações
policiais cresceu 190% em 2020, em relação ao ano anterior. Significou, em 2020, 13% de todas as
mortes violentas no Brasil. Essas operações têm matado uma parte importante da população brasileira,
mas também os próprios policiais: o número de mortes dos policiais também cresceu 13%.
Esse modelo não funciona nem para a sociedade nem para os trabalhadores.
É preciso discutir condições de trabalho dos policiais. Vimos também, recentemente, que eles
estão adoecendo, estão com condições de carreira precarizadas, o número de profissionais é menor. É
necessário pensar a quem a polícia está servindo. A polícia, na nossa concepção, deveria ser um
instrumento de proteção da sociedade e não uma inimiga da sociedade. É preciso rever os cursos de
formação, que não podem compactuar de maneira nenhuma...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – ... em 2024, com qualquer violação dos direitos humanos.
Nós não produzimos segurança pública e condições e sensação de segurança na população,
com uma polícia – a qual é fundamental nesse processo – que não tenha a confiança da população. É
fundamental que restabeleçamos essa confiança, como eu defendo que é preciso restabelecer e haver
confiança em vários servidores públicos, que são fundamentais na saúde, na educação e na segurança
pública.
Eu quero trazer isso à tona porque é preciso, sim, apurar e investigar, mas é preciso alterar o
modelo e fazer um pacto na sociedade. Nós não podemos permitir e tolerar que comandantes das
forças estimulem práticas violentas, como vimos recentemente no Brasil – assassinatos, inclusive, da
PRF, de um cidadão que estava já rendido pela Polícia Rodoviária Federal, no Nordeste brasileiro, e
outros tantos casos.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Não podemos compactuar com isso. Por parte também dos
governantes, todos governadores, prefeitos, que têm também forças de segurança, o próprio
presidente da República, não é possível e tolerável que estimulem a violência policial, nem a sociedade
pode aceitá-la também.
Eu quero trazer esse debate. O senhor é policial civil, milita nessa área. Nós também
precisamos produzir mecanismos de controle. Casos que violem os direitos humanos, que violem a
integridade da população, também precisam ser apurados, precisam ser julgados e não pode haver
impunidade. Isso coloca em risco a própria democracia e a própria segurança de todos os cidadãos.
Nós combatemos é com a política pública e social, com combate às desigualdades, mas também com
valorização às forças de segurança. Inclusive, é preciso rever os cursos de formação das polícias em
todo o Brasil e aqui no Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Parabéns pela discussão.
De fato, vossa excelência é feliz quando fala do modelo.
Eu tive a felicidade, deputado, de passar exatamente 30 anos na segurança pública. E, até por
ter sido presidente dos sindicatos policiais por 12 anos, permita-me, sem qualquer falsa modéstia, dizer
que eu entendo um pouquinho desse processo. O policial também é vítima desse modelo. Há policiais
mal pagos, mal preparados.
Eu já contei isto aqui algumas vezes: uma criança de 5 anos morreu nos meus braços com um
tiro no peito, um colega morreu em uma operação ao meu lado e ninguém nunca foi me perguntar se
eu estava em condições de, no dia seguinte, colocar uma arma na cintura e defender a sociedade.
De lá para cá, claro, muitas coisas mudaram, melhoraram, mas o policial ainda é vítima de tudo
isso. Há despreparo, falta de investimento nas forças de segurança. Os piores salários que há são os de
policiais, sejam civis, sejam militares. Aqui no Distrito Federal, na Polícia Federal e em alguns outros
estados, os policiais têm condições um pouco diferentes, mas, enquanto a sociedade não enxergar o
policial como seu protetor, vamos continuar pagando um preço muito alto, porque nós resolvemos
criminalizar a atividade policial.
Existem casos, sim, como bem colocou o deputado, de possíveis torturas. Tudo isso tem que
ser apurado – e apurado com muito rigor, até para separarmos o joio do trigo. Tudo isso tem que
acontecer. Porém, a grande maioria dos policiais serve à sociedade – e a serve com decência. Imagine
você sair para proteger a sociedade e deixar seus filhos órfãos. Eu vi muitos colegas que perderam a
vida ao meu lado. Só quem passa por isso sabe o preço da vida de um policial, de um servidor.
O deputado Gabriel Magno é extremamente feliz quando fala do modelo. Esse modelo precisa
ser revisto, precisa ser discutido. O próprio policial, que é o grande especialista em segurança, deveria
ser ouvido. Porém, geralmente, quando você vai falar de segurança pública, deputado Pastor Daniel de
Castro, chama-se aquele especialista que mora talvez a 5, 10 mil quilômetros do território brasileiro,
que anda em um carro blindado, que nunca sofreu qualquer tipo de violência, que fica atrás de um
computador vendo números e dizendo que é especialista em segurança pública. Especialista em
segurança pública é o policial; especialista em educação é o professor, são os educadores; especialista
na saúde, deputado Jorge Vianna, são vocês que estão lá no dia a dia, vendo o sofrimento da
população. Então, nós precisamos mudar esse panorama.
Minha fala foi só para justificar, ouviu, deputado? Vossa excelência tem toda a razão: nós
precisamos discutir o modelo, mas jamais sem nos esquecermos de quem é o policial. O policial é,
antes de tudo, um trabalhador. Às vezes, ele não é enxergado como tal, mas ele é aquele que
empresta a sua vida para proteger a vida dos outros.
Muito obrigado.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, estou vendo aqui uma notícia. Está publicado no Diário Oficial que, a
partir do dia 1º de junho, nós teremos um reajuste de cerca de 10% na conta de água. A notícia
também dá conta de que, de 2019 até agora, houve cerca de 22% de aumento na conta de água.
Eu pergunto: qual foi o aumento que receberam os trabalhadores e as trabalhadoras,
especialmente aqueles da iniciativa privada? Praticamente, nenhum. Entretanto, a conta de água
aumenta mais de 22% – aumento concedido pela Adasa.
Como presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, vou promover uma audiência pública
para debater esse aumento que julgo absurdo. Acho que não pode ser assim. São mais de 22% de
aumento; agora, de uma vez só, foi um aumento de 10%. Portanto, chega a mais de 32% o aumento
na conta de água. Isso atinge, principalmente, as pessoas mais pobres desta cidade, pois, mesmo
havendo a tarifa social, ainda fica muito caro para essas pessoas pagarem essa conta absurda de água.
Acho que não pode ser assim, acho que a Adasa está errada em conceder esse aumento, até
porque os salários... A inflação tem estado em torno de 3,5%. Por que um aumento desse tamanho na
conta de água da população do Distrito Federal? Realmente é inaceitável.
Há um segundo ponto que quero abordar no dia de hoje: quero falar do cinismo do sindicato
das empresas de vigilância do Distrito Federal. A data-base dos vigilantes do Distrito Federal é 1º de
janeiro. Nós estamos desde o dia 1º de janeiro sem convenção coletiva assinada. Amanhã já é dia 1º
de maio. O sindicato patronal se nega a assinar uma convenção coletiva, porque eles querem cada vez
mais retirar direitos dos trabalhadores.
Temos trabalhadores que estão vivendo um verdadeiro martírio, como, por exemplo, o pessoal
que trabalha no Tribunal de Justiça, nosso vizinho, onde a empresa – que é de propriedade do
presidente do sindicato patronal, senhor Luis Gustavo – se nega a pagar o tíquete-alimentação desses
trabalhadores. Eles estão trabalhando no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios sem
receber o tíquete-alimentação, que é um complemento salarial para alimentar os seus filhos e para
levar o sagrado alimento para as suas casas.
É realmente inaceitável, até porque, depois da maldita reforma trabalhista que aconteceu, para
entrar com dissídio coletivo, é preciso as 2 partes estarem de acordo. É preciso que o sindicato
patronal e o sindicato laboral estejam de acordo com o dissídio. Portanto, só resta aos trabalhadores a
organização, a mobilização e a greve. É o que eu espero que os vigilantes Distrito Federal façam: que
organizem, por meio do sindicato, que é combativo, uma greve para dar resposta a esse presidente de
sindicato insensível, que não tem nenhum respeito pelos seus trabalhadores.
Por último, presidente, quero abordar mais um assunto: quero falar de um bairro que existe
dentro do Sol Nascente chamado Fazendinha. Pense num lugar de sofrimento! Eu estive lá ontem.
Tudo o que você – você que está assistindo a nós – pensar, está pensando pouco. É uma pobreza
absoluta a daquelas pessoas, que não têm estrada para chegar às suas residências. Os ônibus não
buscam as crianças porque as vielas de lá estão todas destruídas. São pessoas que não têm o que
comer. Isso está dentro do Distrito Federal.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Peço um minuto a vossa excelência.
Não existe água tratada, a luz é toda com gato, portanto, é um verdadeiro desespero. Lá de
dentro, eu liguei para o ministro da Ação Social, meu companheiro Wellington Dias, que precisa do
entendimento com o Governo do Distrito Federal para que possamos dar um mínimo de dignidade
àquelas pessoas.
A imagem daquelas crianças com a pele rachada do sol, na poeira, não sai da minha retina. É
muito triste o quadro das pessoas moradoras daquele local chamado Fazendinha. Está a menos de 30
quilômetros daqui do Palácio do Buriti. Quando eles tentam algum contato através da Secretaria de
Ação Social, a resposta que é dada é que lá não podem atendê-los.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Só mais um minuto, presidente.
Se a Secretaria de Ação Social não serve para atender aquelas pessoas, é melhor que feche as
portas. Se a Secretaria de Ação Social não é para atender a população mais pobre, aquela população
efetivamente carente, não tem por que existir.
Eu estou empenhado no atendimento daquela comunidade. Vou voltar lá tantas vezes quantas
forem necessárias até conseguir tirar aquela população do sofrimento que está vivendo; até que haja
água tratada e luz legalizada; até que seja dada dignidade àquelas pessoas que ali estão. Não dá para
assistir passivamente ao sofrimento vivido por aquela comunidade. Eu vou me empenhar com tudo
para que seja resolvido o problema.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Cumprimento o deputado Fábio Félix e o deputado Rogério Morro da Cruz.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todas
e todos que nos acompanham pela TV Câmara Distrital, no plenário, na galeria; boa tarde, presidente;
boa tarde, deputado Jorge Vianna, deputado Thiago Manzoni, todos os deputados presentes.
Eu queria iniciar a fala, presidente, aproveitando a presença do deputado Jorge Vianna, que
pode complementar o tema conosco.
Todos nós deputados fazemos inspeções na área de saúde e somos cobrados diariamente por
isso. Meses atrás, deputado Pastor Daniel de Castro, nós estávamos aqui falando do problema da
dengue, e o senhor nos alertava muito sobre isso. Nós anunciávamos que, depois da dengue, por um
período sazonal, teríamos um problema respiratório com as crianças do Distrito Federal. Além disso, já
há um diagnóstico lançado: o de que há um crescimento real, pelo envelhecimento da população, de
problemas de saúde que possam ser tratados, deputado Fábio Félix, na oncologia. E têm crescido
muito esses casos, hoje, no Distrito Federal.
A saúde tem sido um dos maiores desafios para quem gesta esta cidade, sem dúvida nenhuma.
Nós, parlamentares, realizamos inspeções nas unidades e saímos, deputado Fábio Félix, às vezes,
pensando o que de fato faremos para resolver essa situação.
Passamos o dia todo, deputado Jorge Vianna, rodando as unidades de Santa Maria. Depois,
fomos para as unidades de Ceilândia – UBS, UPA, Hospital de Ceilândia. Quando chegamos no técnico
de enfermagem, ele estava no limite, na ponta, atendendo tudo de todos. Os enfermeiros de dentro do
pronto-socorro assumindo todas as funções e fazendo o pronto-socorro se manter na forma que é
possível, com os insumos que eles conseguem ter. Os residentes, orientados pelo médico, também
tentando dar o suporte necessário. Quando chegamos nos médicos – como encontramos em uma UPA
–, eles estavam em uma sala vermelha que cabem 3 pacientes graves, mas havia 7 pacientes. O
médico olha para você e fala: “O que eu faço, deputado?”
Saímos para fora das unidades, encontramos a população que nos reconhece... E tome
paulada. E com razão. Eles querem que resolvamos, na hora, o problema da saúde: que sejam
atendidos e atendidas.
Quando chegamos dentro da unidade o gestor falou: “Não há piso no pronto-socorro de
Ceilândia, deputado. O piso está se soltando. Há teto caindo no hospital!” O hospital é de 1970. Somos
uma das maiores unidades da Federação em número de habitantes, há 400 partos por mês no Hospital
de Ceilândia.
A equipe médica está se virando como pode, assim como a equipe de enfermagem e a equipe
técnica de enfermagem. Tornamos isso uma lógica no Distrito Federal: virarmo-nos como pode.
Deputados, com base na situação do hospital que encontramos, ligamos para a Defesa Civil. Ao
colega da Defesa Civil eu falei: “É preciso que você faça uma inspeção no Hospital de Ceilândia”.
Sabem o que em off o profissional da Defesa Civil disse para nós? “Deputado, se eu for nos hospitais,
vou ter que lacrá-los, porque é ato de ofício. Sou obrigado a lacrar os hospitais se a Defesa Civil visitar
os hospitais hoje. Se lacrarmos os hospitais, como fica a população que está lá dentro? Como fica
quem está lá fora? Eu sinto muito, mas essa não é a saída.” Nós vamos oficializar a Defesa Civil para
que faça as inspeções. Se ela for obrigada a lacrar, que lacre, porque alguém tem que tomar uma
decisão.
Há no caixa da Caixa Econômica Federal, empenhado, liberado, a reforma completa do pronto-
socorro do Hospital de Ceilândia, e não é executado. Há 190 milhões também liberados do governo
federal para o Hospital de Oncologia. O governador Ibaneis pegou o dinheiro agora e prometeu
construir o hospital do Recanto das Emas. Vão colocar quem lá dentro, deputado Jorge Vianna? Qual
médico vai trabalhar no Hospital do Recanto das Emas? Faltam recursos humanos, é só rodar. Saímos
com o relatório e falamos: o que faremos agora? Como parlamentares, o que faremos agora?
Vocês sabem onde cai a culpa? No profissional que vai atender na ponta, deputado. É o
vigilante que toma porrada, é a triagem que foi acolher que sofre agressão. O que você faz com um
pai, com uma mãe que está rodando 5 unidades de saúde com seu filho, com 42 graus de febre, e não
consegue atendimento? Você pede paciência para esse pai? Paciência, para o pai e para a mãe, é a
única coisa que você não pode pedir, porque eles querem algo de direito. Acesso à saúde é um direito!
Fomos fazer inspeção e nos enfiamos em um problema, porque não é uma solução fácil, não é
uma solução rápida, mas é possível. Diferente de algumas políticas públicas, nas quais muita gente
opina, como se fossem capítulos de novela, sobre o que o ator deveria fazer, sobre o que o escritor
deveria escrever, na saúde existem experiências concretas no mundo que mostram como se faz.
Deputado Jorge Vianna, o senhor é da área saúde. Eu fiquei, à noite, conversando com as
pessoas que chegavam à UPA e aos prontos-socorros dos hospitais. Sessenta por cento delas não
deveriam estar lá; elas deveriam estar na Unidade Básica de Saúde, porque o hospital trata de média e
alta complexidades, como uma cirurgia de urgência... A pessoa se machucou, quebrou a perna, sofreu
um acidente de trânsito, enfartou, ou quando o paciente tem uma doença grave e é socorrido. É isso
que deve ser tratado no hospital.
Não adianta algumas pessoas filmarem a sala de descanso, como se o cirurgião não pudesse
estar descansando. Ele é cirurgião, ele não atende na ponta, não. Nós temos que explicar para a
população que existe uma sobreposição de funções dentro da Unidade Básica de Saúde.
O que nós temos feito para intensificar a atenção primária? O nível alto de pessoas que estão
com câncer no intestino é em decorrência de má alimentação: ultraprocessados, sódio demais...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Vou encerrar, presidente.
Aí, realmente, nós vamos atender aquela pessoa quando ela chegar à complexidade,
precisando de uma internação.
Nós podemos construir um hospital no Gama, em Santa Maria.... Hoje, qual hospital tem
capacidade técnica para a maioria dos problemas? O Hospital de Base, que está na mão do Iges; as
UPAs, que estão na mão do Iges. Quarenta por cento dos recursos são dados para o Iges. É melhor,
então, a Secretaria de Saúde pegar a chave e falar: “Iges, tome aqui. Assuma, então.” Quem gesta a
política é a Secretaria de Saúde, não é o Iges!
Aqui fica, então, o nosso encaminhamento à população do Distrito Federal. Vamos realizar e
continuar realizando as inspeções nas unidades de saúde, juntamente com a deputada Dayse Amarilio,
que compõe o nosso bloco PSOL-PSB. O deputado Fábio Félix esteve no Recanto das Emas, onde se
deu o incidente com o vigilante.
Nós não vamos prevaricar. Se o hospital está na iminência de ser lacrado, não podemos
permitir que ele funcione, porque ele não é bom nem para quem está lá dentro, enquanto usuário,
nem para quem está prestando serviço, os profissionais de saúde.
Que o Governo do Distrito Federal se dê conta de que precisamos de novos equipamentos com
estrutura e valorização profissional e pare de criar equipamentos sem ter certeza do que vai colocar lá
dentro. Isso só vai gerar mais ônus e caos nessa cidade com a justificativa de que, se a pessoa chegar
ao hospital, ela vai ser atendida. Hoje, no Distrito Federal, ela não é atendida.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel. É
extremamente importante o tema que vossa excelência traz aqui hoje.
O deputado Jorge Vianna trouxe, hoje, os servidores da saúde aqui. O que o senhor disse foi
abordado aqui: quem está lá na ponta é quem, inclusive, acaba sendo agredido. A população, que não
tem o devido conhecimento, acaba agredindo aquele que está lá, inclusive, para cuidar.
Deputado Jorge Vianna, só vou fazer um pedido, até porque não é do meu perfil e eu não vou
cercear a palavra de ninguém, mas nós gostaríamos de pedir que disciplinássemos melhor os pedidos
de uso da palavra. Estamos pedindo 5, 6, 10 usos da palavra, e os usos da palavra estão demorando
mais que os discursos, estão demorando 5 minutos, 10 minutos.
Então, nós vamos conceder a palavra para o deputado se for pertinente à matéria que está
sendo discutida. Damos um minuto, e podem falar à vontade, pois jamais farei algo diferente dessa
natureza. Também é um direito do parlamentar usar a palavra em plenário, mas estamos tendo
dificuldade nas votações pela demora que está ocorrendo no uso da palavra. Então, vou pedir a
compreensão dos deputados para que nos ajudem nesse sentido.
Permitam-me agradecer e registrar a presença dos secretários Itamar e Anderson, o que muito
nos honra. É importante a presença de vocês. Ontem, o Anderson, em poucas palavras, conseguiu
esclarecer as dúvidas dos deputados. Os parlamentares, inclusive, tinham pedido para que o item fosse
retirado de pauta. Mas, ontem, Anderson foi muito feliz, Itamar, e colocou tudo com muita clareza, o
que nos permite votar hoje esse importante projeto.
Muito obrigado.
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna.
DEPUTADO JORGE VIANNA (Bloco União Democrático. Como líder. Sem revisão do orador.) –
Boa tarde, senhoras e senhores parlamentares. Boa tarde a todos os servidores da casa. Um boa-tarde
especial aos jovens alunos. Sejam bem-vindos a esta casa, muito bem-vindos mesmo.
Quem dera se, na época em que eu estudava, eu tivesse tido a ideia de vir a esta casa para
ouvir um pouco mais sobre política. Afinal de contas, até o pãozinho que você come de manhã – viu,
alunos? – depende da política, porque foi a política que decidiu a quantidade de sal e o peso do
pãozinho, e essa política foi feita no Congresso Nacional.
Tudo o que vocês comem depende da política. Então, não falem que não gostam de política,
porque, mesmo não gostando, vocês, com certeza, estão envolvidos nela mesmo sem saberem. Por
isso que é bom vocês estarem aqui, acompanharem os deputados, acompanharem as falas de cada
um.
O colega que me antecedeu falou muito sobre saúde, que é o problema nacional. Saúde
sempre foi e sempre será o problema nacional. E não é um problema só o município, mas também do
estado e do governo federal. Nós estamos falando de um problema que não tem jeito enquanto nós
não resolvermos os outros problemas.
Falar que saúde se resolve colocando-se remédio e médico é balela, é bobagem. Se algum de
vocês alunos, um dia, for a uma palestra e algum político, candidato falar “Eu vou resolver o problema
da saúde, porque eu vou colocar médico para trabalhar e eu vou colocar remédio no hospital”, é balela.
Se ele falar isso, podem falar assim: “Você está mentindo”.
Está mentindo por quê? Porque o problema da saúde não é a saúde, é o que envolve a saúde,
é o que permeia a saúde. Enquanto nós não tivermos condições de trabalho; não tivermos uma
alimentação boa – tomando refrigerantes cheios de açúcar e de sal –; ficarmos morando numa cidade
que não tem saneamento básico, que não tem escola, que não tem esgoto; estivermos numa cidade
onde não há emprego; estivermos num trânsito em que pessoas atropelam; não adianta, porque tudo
vai escoar na saúde.
A saúde é o núcleo, e todas as outras políticas orbitam a saúde. Todas, todas ecoam na saúde,
até a falta de emprego. Se formos filosofar sobre saúde, vamos falar o dia inteiro.
Eu quero dizer a vocês alunos – principalmente a vocês que, sem ser clichê, são o futuro desta
nação – que vocês têm que saber o que é saúde e quais são as outras políticas que permeiam a saúde.
Meu colega deputado Max Maciel falou uma coisa que estou careca de saber, porque eu venho
da saúde. Sou técnico em enfermagem, sou enfermeiro, trabalho no Samu. Então, eu sei muito bem o
que nós passamos. Para alguns, talvez seja uma coisa... “Nossa, mas é assim?”
Eu sofri isso a vida toda e, pelo jeito, eu e meus colegas vamos continuar sofrendo sem sequer
sermos reconhecidos por isto: na pandemia, os heróis de branco estavam morrendo, com medo – a
maioria era mulheres –, e não tiveram um privilégio, nenhum privilégio. Não tiveram aumento de
insalubridade, não tiveram aumento de salário. “Uai, deputado Jorge Vianna, mas você trabalha por
dinheiro?” Não, meu amigo, mas quem trabalha de graça é relógio; aliás, nem relógio trabalha de
graça, porque relógio depende de bateria. Como queremos ter uma categoria da saúde trabalhando de
graça, trabalhando por amor?!
Que por amor! Ninguém trabalha por amor, não. Temos de ser bem remunerados, temos de
ser valorizados. Na pandemia, fomos aqueles heróis a quem todos batiam palmas. Você estava com
medo em casa. Marmanjões cheios de coragem estavam com medo em casa, enquanto a maioria das
mulheres – porque são as mulheres que tocam a saúde, pois, em qualquer profissão da saúde, a
maioria é de mulheres – estava lá, mesmo com medo, mas estava lá. Alguém tinha que estar lá.
Presidente, nós fizemos uma assembleia, hoje, com os técnicos em enfermagem. O senhor
esteve lá. Muito obrigado. Parabéns pela postura, porque, pela primeira vez, eu vejo, nesta casa, não
só como parlamentar, mas como sindicalista que fui, um presidente isento, que tem coragem de falar e
de ir contra o próprio governo. Por quê? Porque nós não somos governo, nós somos Câmara
Legislativa, nós somos legisladores, nós somos independentes e nós ajudamos o governo. Eu, inclusive,
faço parte dele, mas, tratando-se de categoria, tratando-se de trabalhadores, nós estamos com os
trabalhadores. E eu sempre estarei com minha categoria, técnico em enfermagem, e com muito
orgulho.
Eu fiz 3 faculdades, mas quem me sustentou, quem me deu toda a bagagem, quem me deu a
família, quem me deu tudo que eu tenho, hoje, foram o curso de técnico em enfermagem e a profissão
de técnico em enfermagem. É por isso que eu defendo e sou implacável com relação à defesa dos
meus colegas técnicos em enfermagem.
Hoje, nós fizemos assembleia em que discutimos uma redução de tempo de serviço. Minha
gente, enquanto a maioria dos trabalhadores do GDF chega ao final da carreira com 18 anos, 15 anos,
até 12 anos – nós temos tabelas do GDF aqui –, nós técnicos em enfermagem chegamos com 25 anos.
Sabem por quê? Porque houve discriminação, porque, à época em que se criaram as carreiras, os
técnicos em enfermagem eram auxiliares, eram nível fundamental. Então, o salário e o tempo de
serviço eram muito inferiores, mas a realidade hoje é outra.
Hoje, há técnicos em enfermagem com nível médio, especialista, trabalhando, contribuindo
consideravelmente com o sistema de saúde. O que era antigamente o tal do cuidar... Porque se falava
que o enfermeiro, o técnico em enfermagem cuidava. Que cuidar! Cuidar, até cuidador cuida. Nós
curamos, prevenimos, salvamos, empreendemos, somos políticos, somos hoje tudo que quisermos ser.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – Por que a discriminação ainda continua neste século, neste
modelo de Estado?
Por isso, presidente, nós queremos reduzir o tempo para 18 anos, assim como o da maioria dos
nossos colegas de nível superior. O salário já é diferente do salário do nível superior. Por que esse
tratamento tão desigual?
Outra pauta são os salários. O salário de técnico em enfermagem equivale a 50% do salário do
nível superior. Se pegarmos o salário de qualquer servidor de nível médio do GDF e compará-lo com o
salário de um servidor de nível superior, veremos que a diferença é de 60%, 65%, 70%. Na Secretaria
de Saúde, o salário do técnico em enfermagem e de outros colegas de nível médio é só 50% do salário
de nível superior. Alguns são só 49%.
Por isso, estamos pedindo para que o salário do técnico em enfermagem seja, pelo menos,
70% do salário de nível médio. É isso que diz a Lei da Enfermagem: o técnico em enfermagem deve
receber 70% do salário do enfermeiro. Essa determinação vale em nível nacional. Essa lei federal foi
aprovada.
Presidente, só para finalizar, outro ponto é com relação aos concursados. Presidente e
deputado Max Maciel, vou falar para todos saberem a quantidade de médicos que existem na
Secretaria de Saúde: 4.098; quantidade de enfermeiros: 3.988; quantidade de técnicos em
enfermagem: 8.600. Olhem a relação. Pouco mais de 8 mil técnicos para quase 4 mil enfermeiros.
Sabemos que para cada enfermeiro deve haver, pelo menos, 3 técnicos. Se há 4 mil enfermeiros,
deveria haver 12 mil técnicos. Olhem a relação. Só temos pouco mais de 8 mil técnicos. Estão faltando
mais de 3 mil técnicos em enfermagem na Secretaria de Saúde. Como conseguimos sanar isso?
Pedindo para o governo nomear técnicos em enfermagem. Esse é um pedido que estamos fazendo. O
presidente se comprometeu a nos ajudar.
Presidente, estou muito feliz em saber que não só vossa excelência mas também os outros
parlamentares vão estar nessa luta.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – Tenho certeza de que a oposição vai estar junto conosco.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Jorge Vianna, apesar da
importância do assunto, vossa excelência deve concluir.
DEPUTADO JORGE VIANNA – O maior déficit na Secretaria de Saúde chama-se técnico em
enfermagem. Não vou arredar o pé enquanto não conseguir ver essa categoria melhor.
Na segunda-feira que vem, na reunião do Colégio de Líderes, apresentaremos o sindicato a
todos os líderes.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Tive a oportunidade de ouvir, com vossa excelência, as angústias e as necessidades daqueles
servidores, que precisam de respeito, reconhecimento e valorização sobretudo. Vossa excelência tem
toda razão.
Como vossa excelência solicitou, na segunda-feira, no Colégio de Líderes, vamos receber esses
servidores para que possamos ouvi-los. Que esta Câmara Legislativa possa ajudar, inclusive, na
interlocução para encontrarmos uma solução. É algo extremamente sério e grave. O deputado Jorge
Vianna traz uma situação que precisa ser acompanhada muito de perto por esta casa. Parabéns,
deputado. Tenho certeza de que vossa excelência terá o apoio desta casa, de forma ampla.
Registro a presença dos estudantes e dos professores do Centro Educacional 416, de Santa
Maria. Sejam muito bem-vindos a esta casa. É um prazer tê-los conosco. Estão todos participando do
programa Conhecendo o Parlamento, sob coordenação da Escola do Legislativo.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, obrigado.
Eu só gostaria de corroborar com o anúncio da escola. É uma escola de gestão compartilhada
com o Corpo de Bombeiros. Estão aqui presentes a sargenta Eliane e o sargento C. Marcos. Eu e o
sargento C. Marcos somos companheiros. Trabalhamos juntos, por muito tempo, inclusive em beira de
rios. O sargento C. Marcos é especializado em busca com cães.
Eu gostaria de dar os parabéns a vocês. A escola de vocês é uma escola maravilhosa. Essa
estratégia do governador Ibaneis das escolas em gestão compartilhada tem sido maravilhosa. Os
números demonstram a melhora no ensino, na disciplina; enfim, o convívio no ambiente escolar tem
melhorado bastante.
Meus parabéns! Contem conosco. E vocês estão muito bem. A sargenta Eliane – é sargenta ou
sub, Eliane? Sargenta? – e o sargento C. Marcos são bombeiros excepcionais. Com certeza são um
exemplo de disciplina e respeito, que é o que nós queremos deixar para vocês. Que vocês possam ter
uma vida adulta maravilhosa.
Meus parabéns. Levem um abraço para a diretora Liliane.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Roosevelt.
Neste momento, concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde, senhor
presidente. Boa tarde aos demais parlamentares que estão presentes. Boa tarde às equipes de
assessoria, e boa tarde a você que assiste a nós pelo YouTube. Boa tarde aos alunos da escola cívico-
militar que nos acompanham hoje na sessão, para nós é uma grande alegria tê-los aqui.
Eu subscrevo as palavras do deputado Roosevelt. Espero que vocês, sempre respeitando a
hierarquia e a disciplina, cresçam em conhecimento e possam ter uma vida adulta maravilhosa,
alcançando e realizando aquilo que vocês sonharem.
Senhor presidente, ontem eu estive no Hospital Regional de Taguatinga, e não posso deixar de
mencionar as questões sobre a saúde que foram suscitadas na tribuna. E, de verdade, a nossa saúde
passa por momentos delicados. A nossa população sofre, e não é pouco.
Mas sofre nas mãos do Estado, é sempre bom que digamos isso. Eu vou usar uma frase que o
Roberto Campos dizia: “O bem que o Estado pode oferecer é limitado. O mal que ele pode causar é
infinito, e ele não pode dar nada que antes ele não tenha tirado da população.”
Infelizmente, nós temos nos deparado com isso todos os dias na nossa saúde. É um mal
ilimitado o que o Estado promove no Brasil em relação à saúde dos brasileiros.
Amanhã é o Dia do Trabalhador. E eu preciso homenagear também todos os celetistas, os
autônomos, os empresários, os pequenos empreendedores, os grandes empresários do Brasil. Todos
aqueles que, apesar do Estado, conseguem produzir no Brasil.
Então, fica a minha saudação para você que acorda cedo, trabalha para caramba para
sustentar a si mesmo, sustentar a sua família, e que se recusa a se render à burocracia e à tributação
que o Brasil, que o Estado brasileiro, impõe a você.
Parabéns pelo seu dia, que Deus abençoe você, que você prospere cada vez mais – repetindo
–, apesar daquilo que o Estado ocasiona. Essas pessoas são heróis, merecem todas as homenagens.
Aqueles que decidiram produzir em vez de viver dependendo das benesses que o Estado acha que
pode entregar. Só o faz porque tira do bolso de quem produz para entregar àqueles que não produzem
absolutamente nada.
Senhor presidente, depois da Segunda Guerra Mundial, alguns médicos nazistas foram julgados
pelo tribunal de Nuremberg. E eu inicio lendo, para tratar desse outro tema, uma parte daquilo que
ficou decidido pelo tribunal. O ponto 1 daquele documento diz o seguinte: “O consentimento voluntário
do ser humano é absolutamente essencial. Isso significa que as pessoas que serão submetidas ao
experimento devem ser legalmente capazes de dar consentimento. Essas pessoas devem exercer o
livre direito de escolha sem qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação,
astúcia ou outra forma de restrição posterior. Devem ter conhecimento suficiente do assunto em
estudo para tomarem a sua decisão.” Isso diz respeito a todo tratamento experimental e a toda
pesquisa realizada com seres humanos. Isso está no documento exarado em Nuremberg.
O nosso Código Civil está para ser reformado. Na reforma proposta, deputado Pastor Daniel de
Castro, inseriram o art. 15-A, que diz o seguinte: “Plenamente informados por médicos sobre os riscos
atuais de morte e de agravamento de seu estado de saúde, as pessoas capazes para o exercício de
atos existenciais da vida civil podem manifestar recusa terapêutica para não serem constrangidas a se
submeter a internação hospitalar, a exame, a tratamento médico ou à intervenção cirúrgica”.
Trago esses 2 exemplos porque eles certamente não serão chamados de genocidas. Nós
estamos falando de Nuremberg e de uma comissão de juristas que está trabalhando na reforma do
Código Civil. Essa comissão de juristas tem inclinação à esquerda no viés político, portanto, pode
escrever que as pessoas podem recusar tratamento médico. Se fosse, por exemplo, um parlamentar de
direita, ou imaginem, pior, se fosse o Bolsonaro falando que as pessoas podem recusar tratamento,
certamente ele seria acusado de genocídio. Certamente ele seria chamado de negacionista, de
anticientífico, de tudo quanto é nome que se pode imaginar.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Obrigado, senhor presidente.
Isso aconteceu durante o período da pandemia, por ocasião das famigeradas vacinas da covid-
19, tratamento experimental que, desde Nuremberg, as pessoas têm o direito de recusar. Bolsonaro
passou meses dizendo que as pessoas deveriam ser livres para escolher se queriam se inocular ou não
e foi taxado de anticientífico porque a ciência, naquele momento, deixou de ser a arte de duvidar e a
possibilidade de questionar e de colocar em xeque os paradigmas e os dogmas que estão
estabelecidos, passou a ser uma certeza estúpida. Toda a humanidade, todo o planeta foi submetido
aos anseios das grandes farmacêuticas. O único remédio para aquela doença maldita era a tal vacina.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Agora, depois de alguns anos de passada a pandemia, na
Europa, as famílias estão ajuizando ações contra essas empresas farmacêuticas, pedindo indenizações
milionárias. A razão das indenizações é que as pessoas estão morrendo por causa das famigeradas
injeções que receberam. Morrem de AVC, morrem de trombose, morrem de aneurisma, morrem de
infarto; morrem pessoas de todas as idades: crianças, adolescentes, adultos, velhos. Estão morrendo
aos montes.
Agora a AstraZeneca assume que um dos efeitos colaterais da sua própria vacina é a trombose,
que está matando as pessoas. Anos depois, eles falam assim: “Ah, agora nós temos experiência
suficiente para dizer que realmente causa trombose”.
O planeta inteiro inseriu aquilo no seu próprio corpo, e agora eles estão dizendo: “Ah, agora
nós percebemos que causa trombose mesmo”. O cerne da discussão era o seguinte: não havia sido
testado o suficiente. O cara que falou isso, o ex-presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, foi
taxado de tudo quanto é nome; foi execrado, inclusive pela opinião pública e pelos veículos da mídia
tradicional; recebeu toda a sorte de pecha pejorativa; e, no final das contas, quem estava certo?
Bolsonaro. As pessoas tinham que ser livres para decidir se iam se inocular com aquilo ou não, porque
ninguém sabia os efeitos adversos que aquilo poderia causar. Agora se sabe, e quem confessa nos
tribunais europeus é a própria farmacêutica que produziu: a AstraZeneca.
Eu lamento muito que milhares ou talvez milhões de pessoas ainda vão morrer ou ficar
vegetativas, porque se inocularam acreditando nos que se diziam científicos. Nessa discussão toda,
Bolsonaro tinha, como tem razão, neste e em outros assuntos.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Estão encerrados os Comunicados de Líderes.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Peço de novo a compressão dos parlamentares, principalmente dos deputados que já se
manifestaram – obviamente que é um pedido, não é nenhuma imposição –, já que há um projeto
importante para apreciarmos. Contamos, inclusive, com a presença do secretário que trata de
orçamento, economia e finanças, que atendeu a um pedido para que estivesse presente. Então, que os
deputados possam resumir as falas nos Comunicados de Parlamentares para entrarmos na votação.
Mais uma vez, convoco todos os parlamentares que se encontram nesta casa para que venham
ao plenário para iniciarmos as votações.
Concedo a palavra ao deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, eu venho a esta tribuna hoje fazer um apelo para a
Secretaria de Cultura do Distrito Federal, ao secretário Cláudio Abrantes, que foi um parlamentar desta
casa, e muitos de vocês conhecem.
Eu tenho recebido muitas reclamações de entidades, de associações que estão com as suas
emendas paradas na Secretaria de Cultura. No final do ano passado, houve um problema de
insuficiência de pessoal, inclusive abordado pelo próprio secretário, para fazer a análise e a execução
desses projetos, e muitos deles ficaram para este ano.
Acontece que nós já estamos chegando ao meio do ano, e vários projetos aos quais nós
destinamos recursos não estão sendo analisados naquela secretaria. A reclamação é geral, deputado
Pastor Daniel de Castro. Não sei se isso tem acontecido só com as minhas emendas – acredito que
não, porque tenho conversado com alguns deputados.
A cultura é um instrumento poderosíssimo de inclusão social, de geração de emprego, e não
podem deixar a cultura parar por falta de pessoal ou por falta de prioridades que eu não sei quais são!
Eu gostaria de fazer um apelo ao secretário de Cultura do Distrito Federal para que fale o que
está acontecendo, a fim de que esta casa possa ajudar também. Nós não podemos parar a cultura do
Distrito Federal. Há muitas instituições – inclusive ajudo algumas delas – que dependem disso para que
os artistas e os músicos possam trabalhar.
Faço este apelo porque já estamos chegando ao meio do ano. Alegaram que, em função do
aniversário de Brasília, havia muita coisa para rodar e que essas entidades e esses projetos ficariam
para depois. São projetos de valores pequenos: 50 mil, 100 mil, 150 mil. A orientação que está
chegando agora é a seguinte: “Não. Tem que ser projeto de 1 milhão, 1 milhão e meio! Temos que
fazer um guarda-chuva.”
Essa informação de mandar projeto de 1 milhão, 2 milhões para fazer um guarda-chuva, a fim
de que a secretaria analise apenas 1 projeto e não vários, vai de encontro à orientação que o próprio
Ministério Público tem nos passado, deputado Thiago Manzoni. Isso está errado e precisa ser corrigido.
O secretário Cláudio Abrantes é da cultura, já passou por esta casa como deputado e agora
está na Secretaria de Cultura. Eu achava que o trabalho da Secretaria de Cultura iria melhorar, mas
infelizmente está muito ruim. Muita gente está sendo prejudicada. É preciso dar um basta nisso, é
preciso que isso seja corrigido!
Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Ricardo Vale. Vamos
acompanhar isso de perto.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, servidores e servidoras da casa, eu gostaria também de
me posicionar hoje sobre essa denúncia gravíssima de tortura e violência contra um policial que estava
matriculado num curso de formação interna da Patamo. Eu queria me posicionar porque eu tive a
oportunidade de recebê-lo ontem no gabinete, na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos.
Temos recebido a denúncia completa do Ministério Público e os dados sobre aquilo que foi
feito. Isso é muito grave e reflete também a necessidade de uma posição do comando da Polícia
Militar. A primeira posição foi absolutamente insuficiente, negando, a priori, aquilo que sequer havia
sido investigado.
A denúncia do policial é muito grave, porque o curso sequer havia sido iniciado! Era o dia de
apresentação do curso, que não havia sido iniciado. Ele foi separado, presidente, dos demais policiais.
O curso não havia começado, ele não estava com a roupa operacional. Ele estava com a farda social,
foi separado dos demais policiais e submetido a 8 horas de tortura.
Ele teve uma lesão cerebral, em razão da qual a sua visão não voltará a ser como era antes.
Ele teve uma lesão auditiva, e a sua audição não voltará a ser como era antes. Essa foi a situação a
que ele foi submetido até aqui. Foi uma onda de tortura e violência física. Isso não é brincadeira! Não
dá para minimizar e relativizar isso, porque ele não é o único praça.
Muitos praças são submetidos a esse tipo de tortura e violência. Nós temos ouvido – e tem
chegado às comissões – vários relatos desse tipo. Essa é uma questão institucional. Isso não é natural.
A denúncia que recebemos diz que o curso sequer havia sido iniciado, presidente. Ele foi submetido a 8
horas de tortura sem que o curso tivesse sido iniciado de fato. Essa é a questão que está sendo
colocada hoje.
Eu acho que isso precisa ser investigado com muito rigor e com muita seriedade. Eu sei que há
muita gente séria na instituição que quer que a investigação aconteça da melhor forma possível. Eu
espero que ninguém nesta casa naturalize esse grau de violência, porque nós não podemos naturalizar
isso. Nós estamos falando, como o senhor bem disse, de uma instituição que lida com a segurança de
todos. Quando uma prática ruim é naturalizada, as pessoas a confundem com prática geral, mas ela
não é e não deve ser. Então, uma prática ruim deve ser combatida. Por isso a investigação rigorosa é
fundamental.
Isso também traz à tona uma reflexão sobre o modelo que muitas vezes submete,
especialmente os praças, a uma condição de trabalho muito ruim. O senhor disse que os praças são
trabalhadores e trabalhadoras que estão nos batalhões, trabalhando a serviço da população e, muitas
vezes, eles são submetidos a uma série de violações dos direitos humanos. Eu já tive que atuar em
fechamento de banheiro feminino em um batalhão.
Os praças precisam ser respeitados, a hierarquia não pode justificar a violência ou nenhum tipo
de sujeição que não esteja dentro do protocolo e do estatuto da polícia. Infelizmente, nós recebemos
várias denúncias que demonstram que a hierarquia, na verdade, é utilizada para algum nível de abuso
de autoridade, e isso não pode ser legalizado e naturalizado.
Eu trago essas ponderações e essa denúncia, que é gravíssima. Danilo tem a minha
solidariedade, assim como toda sua família. Eu tive a oportunidade de vê-lo presencialmente e analisar
a situação dele. Eu tive a oportunidade de conversar com diversos policiais que já participaram de
muitos cursos operacionais e que nunca viram uma pessoa ser isolada, antes de o curso começar, e ser
submetida a 8 horas de tortura. Uma coisa é o policial ser submetido a algum tratamento dentro do
protocolo do curso, o que também é questionável. Mas, nesse caso, não há justificativa; ele foi
submetido a esse tipo de tortura fora do ambiente do curso, distante dos outros colegas e sem a roupa
operacional do curso.
Que a investigação seja rigorosa; que nesse caso haja respeito ao policial; que ele não sofra
perseguição e que o comando tome previdências!
As primeiras providências foram tomadas pela justiça, porque a primeira nota do comando foi
negar, a priori, o que estava acontecendo sem investigar. O comando precisa se pronunciar, inclusive,
para dizer que não vai tolerar esse tipo de prática dentro da instituição. Minha solidariedade ao Danilo.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – ... da casa vai acompanhar esse tema com muita seriedade. Eu sei
que nenhum parlamentar desta casa vai se furtar a sua missão de defender os direitos humanos.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Eu quero pedir um favor a vossa excelência: que esta casa encaminhe um ofício à Polícia Militar
do Distrito Federal, assinado pelo senhor e por mim, porque essa apuração tem que ser rigorosa.
Temos que separar o joio do trigo. Conversávamos há pouco que é inaceitável esse tipo de
tratamento. E, como eu fui militar, fui policial civil, durante muitos anos, não vejo nada que acrescente
a violência contra o servidor. A apuração, a investigação, é o instrumento adequado para que
possamos agir sem qualquer prejulgamento.
Vossa excelência tem toda razão. Há pouco o deputado Roosevelt disse que isso é indefensável
e inaceitável, e esta casa não pode se calar. Não podemos nos omitir. Independentemente de questões
ideológicas ou partidárias, o que é trazido aqui é extremamente grave. Então, deputado, faço questão
de assinar o ofício, juntamente com o senhor – presidente da Comissão de Defesa dos Direitos
Humanos, Cidadania e Legislação Participativa –, solicitando informações e apurações rigorosas. Que
esta casa acompanhe isso de perto!
Parabéns pelo pronunciamento.
DEPUTADO HERMETO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO HERMETO (MDB. Sem revisão do orador.) – Deputado Fábio Félix, como vossa
excelência sabe, eu fiquei 30 anos na polícia. Atitudes isoladas de cada um não correspondem ao
pensamento da Polícia Militar. O comando não compactua com isso, ninguém compactua com isso.
É claro que, em um curso de formação, sabemos que, muitas vezes, existe algum aluno no CFP
que reclama porque ficou no sol... Isso é diferente. Nós vivemos um momento totalmente diferente
dentro do Brasil e dentro da própria Polícia Militar. Então, eu, como policial militar, também digo e
repito: não compactuo, não aceito qualquer tipo de ultraje à pessoa humana. Essa forma de fazer o
sujeito desistir do curso não existe.
Tudo está sendo apurado. O Ministério Público está em cima e, se Deus quiser, realmente
chegará à apuração total. Mas digo: a Polícia Militar não compactua com essas atitudes que foram
feitas. E presto toda a minha solidariedade ao policial. Vamos esperar as investigações, vamos esperar
tudo para que possamos ter um desfecho. Isso serve também de exemplo para os próximos cursos e
para as próximas coisas que acontecerão dentro da Polícia Militar.
Então, eu também não compactuo, não aceito nenhum tipo de ultraje à pessoa humana.
Nenhum tipo! Tanto é que o meu filho vai entrar na Polícia Militar, se Deus quiser. Ele passou no
concurso, e eu tenho certeza de que os cursos de formação – nesse caso não era curso de formação,
mas um curso operacional – e todos os cursos que acontecem na Polícia Militar serão bem
supervisionados pelo comando da corporação.
São essas as minhas palavras.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, da mesma forma,
eu, oriundo da carreira de bombeiro militar, posso falar com propriedade. Eu fiz vários cursos na área
operacional, trabalhei na área operacional.
Por exemplo, eu fiz o curso de mergulho de resgate, um dos cursos mais difíceis do Brasil, cujo
índice de reprovação supera os 90%. A nossa capacidade física e psicológica é levada ao extremo. Mas,
em nenhum momento, temos a sensação de que há qualquer tipo de abuso ou tentativa de usurpar,
naquele momento, a integridade física do aluno.
Eu fiz também curso de paraquedismo de resgate; de Salvamar no Rio de Janeiro; de tripulante
operacional, que é o resgate com o uso de aeronave; e, em todos esses cursos, os instrutores
procuram levar o aluno ao extremo psicológico e físico para que, em uma situação real, tenha esses
comportamentos desenvolvidos e adaptados à situação.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROOSEVELT – Em nenhum dos cursos que eu fiz ou em que fui instrutor, nós nos
excedemos ou vimos esse tipo de situação.
É claro que vai se iniciar uma investigação. As imagens e o laudo médico são muito
contundentes quanto à situação do aluno, mas o processo investigatório vai demonstrar realmente as
circunstâncias e as condições em que se deu aquele fato.
O papel da Câmara Legislativa é acompanhar essa investigação. Entre as nossas 3 grandes
atribuições, além de legislar e representar, está a de fiscalizar. Então, com certeza, esta casa, seja pela
Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, seja pela Comissão de
Segurança, presidida pela deputada Doutora Jane e da qual também faço parte, irá acompanhar todo
esse processo.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Roosevelt.
Quero registrar e agradecer a presença do nosso ex-deputado Agaciel Maia, nosso secretário. É
um prazer enorme vê-lo aqui conosco.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, serei muito
rápido.
Primeiramente, eu fico feliz com as posições dos colegas deputados que se pronunciaram. Essa
é uma situação que chamou a atenção da cidade. Diferentemente até do relato do deputado Roosevelt
sobre o processo do curso, isso aconteceu antes de o curso ser iniciado. Então, parece-me que isso
configura ou caracteriza um processo de assédio violento ainda mais grave. Obviamente, a apuração é
necessária e deve haver uma reflexão sobre esse tipo de prática, para que ela seja coibida dentro das
instituições.
Eu faço parte de uma carreira hoje no serviço público, assim como a carreira do deputado
Gabriel Magno, em que há concurso de remanejamento. Temos tentado dar transparência a processos
institucionais internos, e isso é fundamental para todo trabalhador. Então, as corporações, sejam elas
da segurança pública ou não, precisam passar por esse processo de profissionalização – isso é muito
importante – para distensionar os processos de trabalho.
Nós vamos acompanhar esse caso. Fico feliz que vossa excelência assine comigo esses ofícios,
para que as investigações aconteçam e para que a Câmara Legislativa possa ajudar a proteger a vítima
que teve coragem de denunciar, porque sabemos que quem faz a denúncia contra o Estado, em
qualquer caso, é o elo fraco.
Eu me lembro, por exemplo, do deputado Roosevelt na primeira legislatura. Os bombeiros
vinham aqui bater na porta do gabinete dele e foram proibidos de fazer isso. Nós denunciamos esse
fato nesta casa. Os bombeiros vinham aqui para falar das situações e dos problemas que viviam nos
batalhões. Tentaram coibi-los de denunciar, e o deputado Roosevelt levantou a voz para defendê-los,
especialmente os praças que faziam as denúncias.
Então, esta casa tem de cumprir o papel de defender a vítima, aquele que, neste momento,
está tendo a coragem de se pronunciar sobre abusos sofridos dentro de um curso especificamente.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
No nosso caso, a omissão será compreendida como covardia. Nós precisamos fazer essa
defesa. O deputado Gabriel Magno foi muito feliz quando falou do modelo. É o modelo que precisamos
discutir e, obviamente, os abusos em decorrência desse modelo. Obrigado.
Pergunto se algum deputado ainda quer fazer uso da palavra.
Concedo a palavra ao deputado Pepa.
DEPUTADO PEPA (PP. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos;
boa tarde, presidente; boa tarde, deputados e deputadas.
Eu venho aqui hoje, presidente, expressar minha gratidão. Quem conhece a nossa caminhada,
desde quando entramos nesta casa – o deputado Ricardo Vale, meu amigo, também é da região norte
–, sabe muito bem da nossa luta para que a mobilidade da região norte fosse enxergada, fosse vista, e
que o problema dessa mobilidade fosse solucionado.
Eu falo em relação à BR-020 e falarei sempre. Mais uma vez, quero agradecer ao governador
Ibaneis, à vice-governadora Celina Leão e a esta casa, porque hoje nós nos deparamos com uma das
obras mais importantes daquela região. Será menos tempo no trânsito e mais tempo com a família. A
terceira faixa é uma realidade, a obra está a todo vapor. O primeiro trecho é o de Planaltina para
Sobradinho; depois vamos para o segundo trecho; e já foi anunciado o viaduto de Planaltina, na BR-
020, a Planaltina de Goiás, DF-128.
Eu venho ressaltar a importância dessa obra, do carinho que foi dado a ela pelo governador
Ibaneis. Não vamos parar, não vamos parar, porque queremos lá, deputado Ricardo Vale, o BRT.
Queremos o BRT.
Agora, nós vamos partir para o anexo do hospital. Os prazos precisam ser cumpridos para que
o anexo do Hospital Regional de Planaltina seja entregue, mas, ao mesmo tempo, solicitamos
profissionais. Sabemos da dificuldade que está a saúde da região norte. Temos consciência disso.
Eu tenho brigado para que a tenda da dengue funcione 24 horas em vez de 12 horas. Eu tenho
a promessa da secretária de que, amanhã, a tenda passará a funcionar 24 horas. Por quê? Porque
depois que ela fecha, às 19 horas, há um acúmulo para o Hospital de Planaltina e para a UPA de
Planaltina.
Essa questão da saúde requer toda a nossa atenção. Estamos aqui justamente para isso. A
região norte carece disso. Pedimos também profissionais na área de pediatria. Estamos sofrendo sem
profissionais na área de pediatria.
Muito obrigado, presidente.
A terceira faixa é hoje uma realidade.
O Distrito Federal está com obras por todo lado, mas precisamos muito cuidar bem da saúde
do Distrito Federal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pepa.
Concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz.
Depois, se nenhum deputado mais quiser falar, vamos encerrar os Comunicados de
Parlamentares e começar a Ordem do Dia, para votar os convênios. Ouviu, Maurício? O primeiro item
de pauta, devidamente acordado, pedido por nosso secretário, é sobre os convênios. Depois,
apreciaremos o projeto de resolução.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Para breve comunicação. Sem revisão do
orador.) – Senhor presidente, uma ótima tarde. Uma ótima tarde a todos os companheiros, deputadas
e deputados. Para mim é uma alegria receber aqui o ex-deputado Agaciel Maia, uma pessoa por quem
tenho todo o respeito e todo o carinho. Ele tem contribuído muito com São Sebastião e vai contribuir
muito mais.
Senhor presidente, quero primeiramente agradecer a Deus.
Em segundo, quero agradecer ao SLU, na pessoa do presidente Silvio. Todos os anjos da
limpeza estão fazendo um mutirão em São Sebastião e também no Jardim Botânico, deixando todas
aquelas cidades limpas, acabando com os lixões a céu aberto que estavam enfeiando a cidade. Graças
a Deus e ao empenho de todos, aquelas cidades estão ficando limpas.
Quero também agradecer ao presidente da CEB Iluminação Pública, que está deixando toda a
cidade iluminada com recurso nosso. Ao presidente Edison, o nosso muito obrigado.
Quero agradecer ao Roberto Medeiros, administrador regional de São Sebastião, pelo
empenho. Nós sabemos que o administrador faz um papel que precisa tanto do Governo do Distrito
Federal quanto de nós, parlamentares.
Quero também deixar um abraço ao administrador do Jardim Botânico, Aderivaldo Cardoso. Eu
quero pedir ajuda dos pares: sozinhos, nós não conseguimos fazer absolutamente nada. Essas 2
cidades não têm porteira, estão abertas para receber recursos tanto da esfera distrital quanto da esfera
federal.
Eu também não poderia deixar de agradecer à Novacap, na pessoa do presidente Fernando
Leite, que tem feito um trabalho de suma importância. Já pedi vários projetos para os bairros que
ficam ali no cinturão de São Sebastião, como Morro da Cruz, Capão Comprido, Vila do Boa e demais
bairros. Há também a Baia dos Carroceiros, que precisa de uma atenção especial.
Eu também estive sentado com a equipe da Neoenergia Brasília, que, segundo informações, vai
concluir a rede até a BR-251. Vai começar no bairro Capão Comprido e Vila do Boa.
Quero agradecer também ao DER, na pessoa do presidente Fauzi, que tem feito um trabalho
de suma importância com toda a sua equipe. Posso até citar a doutora Keila, do 4º distrito, o Adão e o
Elton.
Quero agradecer ao Marcelo, da Seduh. O Marcelo, com toda a sua equipe, está fazendo todo o
estudo de São Sebastião. A nossa cidade irá receber a escritura pública agora. A população de todos
esses bairros carentes de saneamento básico, deputado Gabriel Magno, em breve, também irá receber
uma notícia muito boa – viu, deputado Pastor Daniel de Castro?
Eu não poderia deixar de citar também o trabalho da Seduh, na pessoa do presidente Marcelo.
Quero dizer que o governo é um só, que o governo é instituído para servir à população, para levar
dignidade.
Para finalizar, presidente, ressalto que estive com o Luís, presidente da Caesb, ele se colocou à
disposição e já está finalizando o projeto para abastecer o Morro da Cruz, o Zumbi dos Palmares e o
Capão Cumprido. Eu moro no Morro da Cruz há 15 anos; a nossa água é de cisterna, e precisamos de
água nas torneiras. Senhor presidente, mais uma vez, peço que vocês destinem recursos para
desenvolver os projetos e eles possam sair do papel.
Para finalizar, quero também agradecer ao nosso governador Ibaneis Rocha, que, na última
sexta-feira, no lançamento da obra do Hospital do Guará, se pronunciou favoravelmente à construção
do Hospital Regional da minha querida e amada São Sebastião. Há 30 anos, a população está
aguardando a construção desse hospital, e agora ele vai sair do papel.
Cumprimento cada trabalhador e cada trabalhadora pelo Dia do Trabalhador, que é amanhã, e
deixo a eles o meu abraço também.
Ao pessoal da Defensoria Pública, todo o meu respeito; a minha gratidão ao doutor Celestino e
a toda a equipe, porque em breve será construída a Defensoria Pública da minha querida e amada São
Sebastião. Destinei 1,5 milhão de reais para a cidade.
Que Deus possa nos abençoar hoje e sempre!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Rogério Morro da Cruz.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu quero
pedir a vossa excelência para votarmos, em primeiro plano, as moções e os requerimentos que estão à
mesa e os títulos de cidadão honorário.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Perfeitamente, acolho a solicitação e peço que
eles sejam incluídos.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Chico Vigilante, estão me
informando que há cerca de 10 projetos de decreto legislativo ainda sem parecer, para a votação dos
títulos de cidadão honorário. Como o bloco é rápido, se o senhor me permite... São necessários 16
votos. Vamos votar esse, o nosso projeto de resolução – ouviu, Willemann? – que é aquele que já está,
e votamos, porque são só esses 3.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Deputado, quero fazer outra proposta a vossa excelência.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Sim, deputado.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Proponho que não votemos hoje os títulos de cidadão
honorário, para que possamos discutir na segunda-feira os que virão para a pauta na próxima terça-
feira, no Colégio de Líderes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se todos concordarem, vou fazer o seguinte:
vou colocar os 2 itens primeiro e não vou votar os PDLs, enquanto não fizer a consulta aos
parlamentares, certo, deputado? Eu só os pauto depois da consulta aos parlamentares.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito que seja lido o primeiro item de
pauta.
Item nº 93:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto Decreto Legislativo nº 122/2024, de autoria
da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, que “Homologa dispositivos do convênio ICMS nº
226, de 21 de dezembro de 2023, que prorroga disposições de convênios que concedem benefícios
fiscais.” (Mens. nº 120/24-GAG).
A proposição não recebeu parecer das comissões. A CEOF deverá se manifestar sobre o
processo, e a CCJ sobre o projeto de decreto legislativo.
Solicito ao presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, deputado Eduardo
Pedrosa, que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Eduardo Pedrosa,
que emita parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças sobre a matéria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) –
Senhor presidente, senhores deputados e senhoras deputadas, parecer da Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças ao Processo nº 24/2024 (sic), de autoria do Poder Executivo, que “Homologa
dispositivos do Convênio ICMS 226, de 21 de dezembro de 2023, que prorroga disposições de
convênios que concedem benefícios fiscais”.
O processo visa à deliberação sobre homologação do Convênio ICMS nº 226/2023, que
prorroga a validade de convênios de ICMS dos quais o Distrito Federal é signatário. A matéria trata de
diversos convênios que possibilitam ao DF prorrogar diversos benefícios fiscais que perderão sua
validade em 30 de abril de 2024, sendo alguns de natureza econômica e outros de natureza social,
como isenção de ICMS para medicamentos destinados a tratamento do câncer e da aids, adquiridos
pela administração pública ou adquiridos por deficientes físicos.
A matéria atende aos requisitos legais em face das leis orçamentárias em vigor, bem como às
demais normas de finanças públicas, razão pela qual votamos pela admissibilidade da homologação do
Convênio ICMS 226, de 21 de dezembro de 2023, no âmbito de competência desta Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024.
É o parecer.
Só para retificar, trata-se que do Processo nº 21/2024.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente, para
discutir, ainda no âmbito da CEOF. Apenas reforço que, neste projeto específico, fomos surpreendidos,
ocorreu muito rapidamente. Discutimos isso no Colégio de Líderes, mas só queria reforçar para a
liderança do governo que, mesmo que um projeto chegue a esta casa alguns dias antes, ou semanas
anteriores, é no Colégio de Líderes que definimos a data de votação. Peço e reforço que essas datas
sejam apresentadas com prazo de 1 semana – que o governo se organize nesse prazo de 1 semana –
para que isso seja debatido na comissão e não em plenário. Neste caso específico – nossa equipe está
olhando ainda – vai ser editado convênio já existente, mas pode acontecer de chegar uma urgência
aqui, não dar tempo de olharmos e votarmos de surpresinha jabutis que possam existir no projeto. É
apenas mais um reforço, presidente, para que possamos estabelecer o critério de que o governo
sinalize os projetos que são urgentes para ele dando um prazo de 1 semana para que possamos
discutir no âmbito das comissões e não em plenário, presidente.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Continua em discussão. (Pausa.)
Não havendo mais quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 21 deputados.
Solicito ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Thiago Manzoni, que
designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Thiago Manzoni,
que emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre a matéria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhores deputados e senhoras deputadas, parecer da Comissão de Constituição e Justiça
ao Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024, de autoria da Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças, que “Homologa dispositivos do Convênio ICMS 226, de 21 de dezembro de 2023, que
prorroga disposições de convênios que concedem benefícios fiscais”.
Senhor presidente, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça é pela admissibilidade da
proposição.
É o parecer.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 20 deputados.
Em discussão, o Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente,
sabemos que é uma matéria que trata de algumas regulamentações de convênios que já passaram
também no Confaz, mas eu queria trazer só um dado, um alerta para esta casa e para o próprio
Governo do Distrito Federal.
Desde 2019, início do governador Ibaneis, os benefícios fiscais que foram dados para as
empresas, para o setor produtivo, bateram um aumento de 337%. Isso significou, nesses últimos anos,
mais de 6 bilhões de reais de benefícios fiscais que o governo Ibaneis ofertou para o setor produtivo da
cidade. É óbvio que isso ajuda o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda, apesar
de não vermos na prática isso acontecer.
O pedido que reforço ao Governo do Distrito Federal é que essa benevolência que temos visto
aqui com o setor produtivo, com benefícios fiscais, também valha para os servidores públicos, para as
negociações, para as reestruturações de carreira, para a política de cuidado e de atenção com a
população do Distrito Federal, que está sofrendo muito nesta cidade.
Então eu queria pedir para o Governo do Distrito Federal que também trate o serviço público, a
população do Distrito Federal com essa prioridade que tem dado para o setor produtivo, com os
benefícios fiscais que já acumulam – só no governo Ibaneis – mais de 6 bilhões de reais de aumento.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
para discutir a matéria, eu tenho pleno acordo com aquilo que já foi trazido pelo deputado Max Maciel
e pelo deputado Gabriel Magno.
É bom todos os parlamentares saberem o que estamos votando aqui: estamos votando abrir
mão de receita para o Distrito Federal sem termos a comprovação direta de que estas desonerações
estão, de fato, gerando emprego. Cadê a comprovação? Tudo o que fazemos como discussão, fazemos
com fato concreto. Não estou falando das desonerações de setores sociais, de setores filantrópicos.
Estou falando de grandes negócios e de empreendimentos em que não há estudos atualizados e
apresentados.
Quantos empregos a mais estão sendo gerados, já que esse setor está recebendo benefício
fiscal por parte do Estado? Porque, como foi dito aqui, quando vamos discutir sobre uma carreira, ou
vamos discutir sobre a criação de uma política pública, é uma dificuldade o debate do impacto
financeiro com a economia. Mas, quando estamos falando do setor patronal, dos donos do poder
econômico, é rápido. Votamos da noite para o dia, muitas vezes – porque não é a primeira vez que eu
voto isso aqui, votei na outra legislatura –, e votamos sem dados concretos.
Sabemos aqui, por alto, buscando, depois de muito estudar as planilhas, que o impacto chega
perto de 2 bilhões de receita de que o governo está abrindo mão. Em 2024, 2025, no próximo governo,
em 2027. Não quer dizer que, se o Confaz aprovou, está tudo correto, porque esta casa aqui é o Poder
Legislativo. Se não tivesse que passar aqui por debate político, esse processo não estava aqui para o
homologarmos.
É importante que esta casa faça uma discussão sobre o debate das desonerações. Esse é um
debate de políticas públicas que temos que fazer. Está gerando emprego, há mais investimento sendo
feito? Como fizemos com o querosene, por exemplo. Fizemos um debate de metas. Quais eram as
metas apresentadas? Porque para mim está muito claro: há estudos hoje do Ministério da Fazenda
demonstrando que as desonerações federais não apresentaram melhorias do ponto de vista do
emprego e do investimento de alguns setores econômicos.
Esse debate tem que ser feito também quando tratamos da tributação local, até porque
estamos abrindo mão de dinheiro – como muita gente fala aqui – que não é nosso. O deputado Thiago
Manzoni costuma dizer isto aqui sobre os impostos: o dinheiro não é do governo, o dinheiro é da
população. Para abrirmos mão do dinheiro que é do conjunto da população através da política fiscal e
da questão tributária, tem que haver estudos.
Deixo esta reflexão, já que estamos votando com a faca no pescoço: “Amanhã, vence tudo”.
Amanhã é feriado. Estamos votando, com a faca no pescoço, esse processo hoje, o que não é o que o
Legislativo, em geral, precisa fazer. Temos que fazer essa reflexão sobre política pública e sobre qual é
o modelo de tributação que queremos.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente, gosto
de ser muito claro com relação a algumas coisas. Vou falar aqui aquilo que falei ontem no Colégio de
Líderes.
O que estamos fazendo neste momento é homologando acordos que foram feitos no Confaz,
que é o conselho de secretários de Fazenda. Esses acordos são tomados por unanimidade. São 27
secretários que formam o conselho. Só é aprovada alguma coisa se os 27 secretários estiverem de
acordo e votarem a favor.
A questão é que, se não homologarmos o acordo, se Brasília ficar fora desse acordo, os
investimentos e os negócios poderão ser deslocados para esses 26 estados que têm o acordo
formalizado, e o Distrito Federal poderá ficar de fora. Também não é garantido que, só porque o
acordo foi aprovado, as empresas vão se estabelecer no Distrito Federal, mas ele é a oportunidade
para que elas efetivamente se instalem no Distrito Federal.
Senti a necessidade de fazer esse esclarecimento para a opinião pública, até porque o que está
sendo aprovado aqui hoje, presidente, já foi aprovado no governo Agnelo, no governo Rollemberg e no
primeiro governo Ibaneis. Se amanhã eu ou V.Exa. formos governadores do Distrito Federal – pelo
menos até 2035, que é quando entra em vigor a totalidade da reforma tributária –, vamos pedir a
aprovação disso também. Se amanhã V.Exa. se candidatar a governador e ganhar, vai pedir isso. Coisa
que não quero, mas, se eu for candidato a governador e ganhar, também pedirei que os acordos sejam
homologados.
É só para deixar claro para a opinião pública qual é o sentido dessa coisa.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Roosevelt.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente. Só
quero complementar a fala do deputado Chico Vigilante, que falou com muita propriedade.
Nós entendemos o seguinte: esse acordo foi aprovado no conselho dos secretários de Fazenda
de todo o Brasil. Ele está sendo apresentado na Câmara Legislativa para que nós possamos votá-lo. Se
nós, aqui na Câmara Legislativa, não confirmarmos esse acordo, o que vai acontecer? Vamos colocar o
Distrito Federal em uma situação de desvantagem, porque vocês podem ter certeza de que o que foi
aprovado no conselho para o DF foi aprovado para o restante dos estados. Se nós em Brasília não o
confirmarmos, vamos colocar o Distrito Federal em uma situação de desvantagem. As empresas,
deputado Chico Vigilante, naturalmente, vão entender que será melhor se instalarem no estado de
Goiás ou em Minas Gerais ou no Mato Grosso, enfim, no Brasil afora. O que estamos fazendo aqui é
dando um tratamento igualitário para os nossos empresários, para os nossos empreendedores. E como
falou o deputado Eduardo Pedrosa, quando apresentou, são isenções que atingem medicamentos,
medicamentos importantes de tratamento de alto custo, são questões para a pessoa com deficiência.
Então, não estamos fazendo nada demais, muito pelo contrário, nós estamos dando um
tratamento para a população do Distrito Federal que foi aprovado também para o resto do país.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Roosevelt.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para discutir. Sem revisão do orador.) –
Presidente, eu também quero corroborar com o que já está sendo falado, pois a nossa fala repercute
demais. Nós não poderíamos ficar de fora de uma votação dessa como unidade federativa, sendo que
todos os estados da Federação anuíram, segundo o Confaz.
Quando abrimos mão de um tributo, temos que entender que não estamos proporcionando
apenas geração de emprego, mas também estamos desonerando a economia e estamos fazendo a
máquina girar, trazendo mais recurso, dando mais emprego. Então, é importante o que nós estamos
votando esta tarde. Não é uma fala somente de que estamos abrindo mão de receita. Abrimos mão de
receita para ter mais receita, para gerar empregos, o que é extremamente importante.
Naturalmente que todo o staff da Secretaria de Economia está presente. O Maurício também
está presente. Eu vou pedir a eles que depois possam fazer chegar a esta casa quais são todos os
benefícios que nós teremos com a abertura de mão do recolhimento desses impostos, presidente. Eu
gostaria que eles nos ajudassem nessa questão e fizessem chegar isso a esta casa para mostrarmos
para os deputados da oposição que estão fazendo questionamentos – alguns naturalmente. Isso
mostrará todos os benefícios que o governo do Distrito Federal está dando para a população, gerando
mais empregos, circulando mais renda na cidade, para que possamos explanar nesta casa.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para discutir. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu sei
que já estamos praticamente votando, mas com essa fala do deputado Pastor Daniel de Castro, eu
acho importante termos esse subsídio e chegar a isso. Precisamos deixar bem claro que, se formos
pegar a lista... É imprescindível que geremos emprego nesta cidade, inclusive, com viés para turismo e
tecnologia, porque eu acho que nós temos e pouco usamos. E as RAs que nós temos são pouco usadas
na vocação de cada uma.
É importante, também, passar para a população que precisamos fazer essa discussão
pormenorizada, porque temos valores de 23 milhões de reais e valores de 6 mil reais. Então,
precisamos analisar essa tabela, cada convênio, e fazer um filtro disso. Estamos num momento
delicado, pois o governo sempre tem falado isso em relação ao orçamento, à dificuldade que nós
temos, inclusive, de investimento na saúde, de nomeação de servidores.
E o impacto só para este ano, num caso de perda, seria de 467 milhões de reais. Isso precisa
ficar claro, e precisamos trabalhar melhor cada ponto desses convênios para, realmente, saber de que
estamos abrindo mão e para quem nós estamos abrindo mão.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Continua em discussão. (Pausa.)
Não havendo mais quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da Mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 20 votos favoráveis. Houve 4 ausências
justificadas.
Está aprovado.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, de acordo com
a aprovação do Requerimento nº 1.098/2024, solicito a dispensa do interstício, nos termos do § 1º do
art. 204 do Regimento Interno, e que se dê como lida e aprovada a redação final.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não havendo objeção do Plenário, a
presidência acata a solicitação de vossa excelência. (Pausa.)
Passa-se à imediata apreciação da matéria.
Discussão da redação final do Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024, de autoria da
Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, que “Homologa dispositivos do Convênio ICMS 226, de
21 de dezembro de 2023, que prorroga disposições de convênios que concedem benefícios fiscais.”
Em discussão a redação final. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Encerrada a discussão, sem emendas ou retificações, a redação final é considerada
definitivamente aprovada, dispensada a votação.
O projeto vai a promulgação.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu peço que
vossa excelência retire de pauta o Item nº 94, Projeto de Lei nº 698, porque há divergência entre uma
emenda de autoria de vossa excelência, com que eu estou de acordo, e uma emenda de autoria do
deputado Thiago Manzoni sobre a qual poderemos chegar a um acordo. Por isso peço que a matéria
fique para a próxima terça-feira, para que se costure esse acordo entre a emenda do deputado Thiago
Manzoni e a de vossa excelência. Acho que será um bom acordo que beneficiará a todos.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, estou de acordo, nós
já até conversamos sobre isso, e parece haver uma boa solução consensual que as equipes de
assessoria nos trouxeram. Então estou de acordo com a retirada de pauta. Chegando a um acordo,
voltaremos terça que vem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, isso foi falado
no Colégio de Líderes. Há uma lei federal que proíbe que matérias dessa natureza tenham prazo de
vigência por tempo indeterminado. É o que está no art. 5º, § 2º da Lei nº 11.598, de 2007.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, por isso estou
pedindo para retirar o item de pauta, porque temos aqui o texto, e a lei federal não proíbe, a lei federal
abre espaço para que a emenda de vossa excelência seja aprovada no entendimento com o deputado
Thiago Manzoni, e chegaremos a um bom entendimento para o Distrito Federal.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, só fazendo aqui
um adendo. No caso, é só não haver prazo indeterminado, vamos colocar outro prazo que possa ser
renovado.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Vossa excelência já acatou a minha solicitação para terça-feira
que vem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O deputado Chico Vigilante está ponderando
que não seja votado, seja retirado de pauta para segunda-feira discutirmos e chegarmos a um acordo.
Já acatei a solicitação de vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito que o Item nº 94 seja retirado de
pauta e, na próxima semana, com certeza, chegaremos a um acordo. O diálogo tem prevalecido
sempre nesta casa.
Eu não fiz a consulta antes, mas eu estou fazendo agora, considerem-na retroativa. Pergunto
aos líderes se há acordo para superarmos o sobrestamento de 93 vetos constantes da Ordem do Dia e
votarmos as demais proporções das sessões ordinárias e extraordinárias.
Não havendo manifestação em contrário, passamos ao próximo item de pauta.
Item nº 100:
Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Resolução nº 37/2023, de autoria da Mesa
Diretora, que “Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dá outras
providências”.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, nós, as 4
mulheres, estamos protocolando uma emenda, via Procuradoria da Mulher. Agradecemos ao presidente
e a todos os deputados, que têm nos tratado com muito respeito nesta casa, mas achamos que a
emenda ficará para a instituição. Aproveitando este momento de votação de algumas matérias,
protocolaremos uma emenda em relação à proporcionalidade das mulheres na Mesa Diretora. Peço
alguns minutinhos, pois as deputadas já estão assinando.
Já vínhamos falando sobre essa emenda e queríamos tê-la levado ao Colégio de Líderes. Todas
não conseguiram estar no Colégio de Líderes, até porque tivemos alguns problemas, como a questão
do ICTDF, e alguns convidados na reunião do Colégio de Líderes.
Porém, queremos abrir a discussão neste plenário, local máximo de deliberação, para
podermos fazer o encaminhamento da emenda.
Obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Como foi dito pela deputada Dayse Amarilio, a
emenda não foi discutida pelo Colégio de Líderes. Ontem, a matéria foi discutida, mas não foi discutida
a emenda. É importante ouvirmos os demais parlamentares para sabermos se todos concordam.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,
não entendi a pergunta do senhor. Vamos votar. Acho que cada parlamentar deve votar de acordo com
o que pensa. O direito de fazer emendas é um direito legislativo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputada, eu só gostaria de fazer como
sempre fizemos: não colocar em votação antes de discutir a matéria.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Acho que é importante discutir, sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se discutirmos, sem dúvida nenhuma,
podemos chegar a um acordo. Se os deputados quiserem, simplesmente coloco a emenda em votação.
Vossa excelência tem toda razão do ponto de vista técnico. Do ponto de vista político, devemos fazer
como sempre fizemos: buscar um acordo. Entendo que ninguém tem a intenção de derrotar ninguém.
Vamos tentar achar uma solução.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora) – Senhor presidente, falo
como mulher e como uma pessoa que, inclusive, questiona as cotas. Porém, cada vez mais, percebo
que precisamos, sim, neste momento, encontrar espaço para as mulheres. Vejo que essa é a intenção
da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a intenção das 4 deputadas. Não é fazer algo que seja em
benefício próprio, mas que seja para o legado desses 30%.
Então, eu quero pedir o apoio a todos os pares, pois nós estamos fazendo algo que, com
certeza, beneficia as mulheres, mas também beneficia o equilíbrio desta casa. Hoje, há 5 membros
nessa mesa e nenhuma mulher. Há algumas comissões, e o número de mulheres na presidência das
comissões é muito menor.
Então, precisamos fazer isso. Se nós usarmos a proporcionalidade da representação feminina,
irá dar os 30%, porque teriam que ser 2 vagas.
É muito importante que tenhamos o apoio dos homens, dos deputados, para que essa emenda
seja aprovada e que seja preservado esse lugar das mulheres.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor residente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, correndo o risco de
ser mal interpretado, mas deixando claro que eu não tenho nenhum tipo de preconceito, nem de
misoginia, digo que nós estamos em uma casa política, onde nós, os 24 deputados, somos lideranças.
As posições ocupadas aqui são exercidas e são ocupadas por meio da capacidade de articulação, da
capacidade de demonstração da necessidade. Inclusive, as ocupações nas comissões, bem como na
Mesa Diretora são feitas por meio dos blocos partidários.
O que tem que ser feito é que cada parlamentar, cada grupo de parlamentares se organize e
ocupe seu espaço. Eu acho que não contribui, para o processo de empoderamento e fortalecimento da
mulher, haver dentro desta casa cotas para mulheres, sendo que as mulheres aqui dentro são
extremamente articuladas; ganharam a eleição; ocupam seu espaço e têm total condição de se
articularem entre nós, parlamentares, e ocuparem seu espaço pelo seu mérito, pelas demandas e pela
bandeira que elas defendem.
Eu acho que estabelecer cotas para mulheres na Mesa Diretora ou para qualquer espaço dentro
da casa do povo, que é uma casa de articulação, uma casa política, enfraquece o processo de
empoderamento da mulher, segundo o qual ela ocupa os seus espaços pelo seu mérito. O Estado entra
onde há o desequilíbrio. Onde há o preconceito, o Estado entra e equilibra as forças, o que não é o
caso nesta casa.
Além disso, salvo engano, foi na gestão de vossa excelência, presidente, que foi estruturada a
Procuradoria da Mulher, que foi dada a estrutura para que fosse desenvolvido esse trabalho.
Nada impede também que, dentro da Comissão de Segurança, as mulheres estejam lá
presentes e defendam pautas inerentes à segurança pública, tanto que aquela comissão é presidida
pela deputada Doutora Jane. Há a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle,
que é presidida pela deputada Paula Belmonte. A deputada Dayse Amarilio é presidente da Comissão
de Assuntos Sociais. A deputada Jaqueline Silva, que é uma deputada extremamente combativa, já foi
presidente da Comissão de Constituição e Justiça desta casa.
Então, correndo o risco de ser atacado por preconceito – mas digo com toda franqueza que
não temos nenhum tipo de postura nesse sentido –, eu não vejo, salvo melhor juízo, essa necessidade.
Tenhamos a coragem de discutir francamente, olho no olho, a necessidade de termos esse tratamento
diferenciado.
Senhor presidente, obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor Presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, se vossa
excelência me permitir, eu passo a minha vez à deputada Jaqueline Silva.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – É claro.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA (MDB. Sem revisão da oradora.) – Muito obrigada, deputado
Thiago Manzoni.
Senhor presidente, antes de qualquer assunto, eu gostaria de dizer que é importante – este é o
papel desta casa – a discussão, o diálogo. Todo mundo me conhece bem. Eu inclusive falo que gosto
muito de assumir esse papel de conciliadora. Porém, é importante fazermos alguns registros.
Primeiro, eu gostaria de deixar claro que esta casa tem muito respeito pelas deputadas.
Inclusive, eu falei isso em meu mandato passado. Deputado Roosevelt, essa matéria pode sair daqui
com outro contexto; portanto, é importante que registremos isto: nós somos respeitadas. Não
queremos nenhum tipo de vitimismo de posicionamento.
Porém, eu gostaria muito que os deputados considerassem esse pleito. A nossa procuradora
apresentou essa emenda. Esta casa estar ao nosso lado neste momento será, mais uma vez,
demonstração do respeito que ela tem não só pelas 4 deputadas que estão aqui, mas por todas as
mulheres do Distrito Federal.
Deputados, não há problema se esse tema exigir um pouco mais de conversa para que nós
cheguemos a um acordo, mas peço que todos os deputados pensem na mensagem que esta casa dará
não só para Brasília, mas para o Brasil. Precisamos deixar claro que, nesta mesa tão poderosa, pode,
sim, haver mulheres desenvolvendo um ótimo trabalho.
Aliás, eu gostaria de fazer um registro de gratidão à sua pessoa, presidente. Eu já estive no
parlamento, mas nunca fui tão bem representada como na gestão do senhor. Em todos os momentos,
o senhor nos dá um espaço jamais visto – é importante que isso fique registrado aqui –; tanto é assim
que, quando nós falamos que iríamos apresentar essa emenda, o senhor demonstrou certa
preocupação, porque não tinha havido diálogo antes. Porém, o senhor nos falou da possibilidade de
estar conosco. Mais uma vez, o senhor tem assumido o papel de honrar todas as mulheres.
Eu gostaria de pedir que, se esse tema ainda não estiver pacificado para uma discussão,
retiremos a matéria e a apresentemos semana que vem, para que todos os deputados possam analisá-
la.
Não seria importante os senhores estarem conosco e nós termos a garantia dessa porcentagem
nesta mesa? Eu acho que essa seria uma ótima mensagem para levarmos desta casa.
Muito obrigada, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Jaqueline Silva. Eu
respeito as mulheres. Isso é algo intocável nesta casa. Eu entendo que este sentimento paira sobre
todos nós, por mais que haja divergência nesse ou naquele ponto.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vou
assumir o mesmo risco que o meu correligionário deputado Roosevelt assumiu, que é o risco de ser
mal interpretado, mas eu preciso fazer algumas ponderações.
Primeiro, eu vou tomar como fundamento o que a deputada Jaqueline Silva, que me
antecedeu, falou. Efetivamente, todos nós aqui respeitamos as mulheres, as deputadas, e não só as
deputadas mas as servidoras também. Esta é uma casa plural, tem se mostrado uma casa plural. Há
aqui 4 deputadas eleitas pela população do Distrito Federal. De 24 parlamentares, a população
escolheu 4 mulheres para fazer parte desta legislatura. Dessas 4 mulheres, 3 presidem comissões
permanentes nesta casa, fato que, por si só, revela o respeito e, mais do que o respeito, o prestígio
que esta casa entrega às parlamentares.
Já houve casos aqui como o da deputada Jaqueline Silva, que foi ofendida lá fora, ao entrar, e
quase todos nós que estávamos presentes saímos em defesa de sua excelência, porque é nossa
função, é nossa obrigação fazer isso. Então, de fato, há respeito, e vossa excelência efetivamente
conduz esta casa de maneira muito respeitosa.
Não obstante tudo isso, é necessário que nós, ao analisarmos a situação, levemos em conta o
que o deputado Roosevelt falou: a composição da mesa e das próprias comissões toma por base o
parâmetro numérico de quantos deputados os blocos elegeram. É essa proporcionalidade que é levada
tanto para a mesa quanto para as comissões; os blocos têm não só a autonomia, mas o dever, a
imposição de indicar as pessoas que vão ocupar esses cargos.
Então, do meu ponto de vista, é muito temerário que nós estipulemos uma proporção por
conta do sexo de cada parlamentar, seja qual for essa proporção. Eu falava com os colegas que estão
ao redor que esse tipo de diferenciação só nos atrapalha, nos segmenta, nos divide ainda mais; e esta
não é uma casa dividida, nós não estamos divididos, quer seja pelo sexo, quer seja pela forma como se
pratica sexo, quer seja por qualquer outro motivo. Não estamos segmentados aqui. Isso não existe
entre nós.
Acho que estabelecer esse tipo de fragmentação, de segmentação, de divisão, não vai trazer
resultados positivos, nem nesta legislatura nem para as próximas, que – eu reputo – serão afetadas de
maneira indevida por aquilo que nós decidirmos agora.
Faço essas ponderações para subscrever o que o deputado Roosevelt ponderou antes de mim,
bem como me colocar contrário à emenda.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, estamos
vendo o desentendimento que está acontecendo neste momento. Portanto, antes de qualquer outro
assunto, eu peço a vossa excelência que retire a matéria de pauta para discutirmos esse tema no
Colégio de Líderes na próxima segunda-feira.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – A ponderação do deputado Chico Vigilante foi
extremamente relevante.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu
estava inscrito antes do deputado Chico Vigilante, mas vou falar depois de sua excelência. Não estou
questionando vossa excelência, mas pode parecer que sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – De fato, foi uma falha minha; mas como eu já
havia ligado os 2 microfones...
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
estou tranquilo. O deputado Chico Vigilante tem prioridade, pela vasta experiência; mas é que vai
parecer que eu estou sendo repetitivo.
Vossa excelência sabe que eu sou a favor do diálogo nesta casa. Eu me preocupo. Eu escrevi
aqui, presidente, bem grande: “Atenção! Muito cuidado para não parecer amanhã que os homens são
contra as mulheres nesta casa.” Eu não aceito essa pecha para esta casa, principalmente no que diz
respeito a cada um de nós e ao meu mandato parlamentar, porque eu cheguei aqui com uma defesa: a
defesa da família, a defesa da mulher.
Esta casa tem mostrado às mulheres o quanto nós as honramos. Se há um fato que nos
orgulha, é que, quando descemos dessa mesa diretora, na plataforma nós nos sentamos, e as
mulheres desta casa dirigem a sessão – como já foi feito algumas vezes.
Eu acho que o que está pegando, presidente, é que esta casa é política e ela tem acordo
político. Isso me preocupa quanto à proporcionalidade, porque, posteriormente, se esta casa eleger 12
deputadas distritais, o que seria motivo de extremo orgulho para todo o Distrito Federal, como ficará?
A casa só irá obedecer à proporcionalidade dos 30% ou os deputados da futura gestão terão que fazer
uma nova recomposição? Calma!
Portanto, presidente, eu vou na linha do deputado Chico Vigilante. Eu peço às deputadas que
nos entendam e que possamos levar isso para o Colégio de Líderes para fazermos um debate olhando
olho no olho, fazendo todas as ponderações e mostrando mais ainda que a nossa posição nesta tarde
foi uma posição de respeito às próprias deputadas desta casa, que sabem que nós as respeitamos de
forma extraordinária.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vou
concordar também com o posicionamento do deputado Chico Vigilante e do deputado pastor Daniel de
Castro, para que possamos discutir isso no Colégio de Líderes. Não há ninguém contra as mulheres!
Muito pelo contrário, eu vejo também na gestão do deputado Wellington Luiz uma participação grande
das mulheres em diversos setores da casa. Porém, esta é uma casa política! Não podemos prever o
futuro com relação a quantos homens e quantas mulheres haverá aqui. Eu creio que isso é fazer o
engessamento do Regimento Interno, de todas as disputas da Mesa Diretora, que todos entendem
como funcionam. Existem vários blocos. Por exemplo, a própria Mesa alerta – e isso é o papel da Mesa
– que, quando há um bloco só de homens e há a proporcionalidade daquele bloco, se deixarmos o
regimento engessado da forma que estão propondo; aquele bloco, que teria legitimamente um assento
na proporcionalidade da casa – que até nesse quesito acontece preferencialmente, poderíamos iniciar
esse debate colocando a palavra “preferencialmente” –, teria a sua construção atrapalhada, assim
como outros blocos partidários desta casa.
Então, daqui a pouco, haverá cotas para indígenas; cota para empresários; cotas para
flamenguistas, como estão dizendo alguns aqui. Não é esse o papel! As cotas dentro de um critério de
empregabilidade na iniciativa privada, na universidade, até aí tudo bem, mas em uma casa política,
onde não há como prever como serão essas organizações, ainda mais quem estará aqui? Será que
haverá 20%, 30%, 50% de mulheres?
Creio que somos iguais! Então, o peso do voto de uma mulher e de um homem é o mesmo. Eu
posso até concordar depois, dentro de uma construção, mas hoje não. Não há essa pecha que o
deputado Daniel de Castro deixou muito clara. Não estamos contra as mulheres! Muito pelo contrário,
eu nunca fiz nada na política e na vida pessoal que afrontasse qualquer tipo de mulher. Então, eu as
respeito! Lá em casa, há 1 mulher e 3 filhas. Então, essa é mais uma forma nessa questão de respeito.
Presidente, eu peço que possamos discutir no Colégio de Líderes. Essa não é uma discussão
para estar em plenário. Que possamos enfrentar outros temas e trazer uma solução acordada na casa.
Isso poderá gerar muitos problemas até para a próxima Mesa Diretora em uma construção. Esse
poderá ser um problema até para vossa excelência, caso queira buscar a reeleição.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Só se for pela vontade de vossas excelências!
(Risos.)
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Vossa excelência terá que pacificar isso. Mas vossa
excelência está no caminho certo, fazendo um trabalho muito bom, respeitando todos os
parlamentares, e isso se avizinha! Isso vai gerar um problema, e não sabemos a discussão que vai
haver em relação aos blocos partidários. Eu, particularmente, estou num bloco partidário que há 5
deputados, mas nenhuma mulher. Nós até gostaríamos que houvesse. Como vamos fazer? A nossa
representação não vai acontecer? Nós temos que pensar muito nisso. Engessar o regimento com um
assunto eminentemente político e de blocos partidários é um risco muito grande para esta casa.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Robério Negreiros.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, primeiro, eu
quero começar parabenizando as mulheres desta casa: a deputada Dayse Amarilio, a deputada Paula
Belmonte, a deputada Jaqueline Roriz e a deputada Doutora Jane por terem tido a coragem de trazer
esse debate e essa discussão, que é muito importante, sobre a representatividade de um setor
fundamental para a sociedade. Não é à toa que esta casa escolhe todo ano dedicar um mês à garantia
dos direitos das mulheres, porque há um débito histórico do poder público com as mulheres. Isso se
reflete no feminicídio; isso se reflete na violência contra a mulher; isso se reflete na violência política
de gênero e isso se reflete na representatividade nos espaços de poder. Presidente, enquanto os
homens ocupavam a política, as mulheres só foram autorizadas a votar – as servidoras públicas – em
1930, e com a autorização do marido. Há um débito histórico com as mulheres na participação da
política.
A questão das cotas para a dimensão de gênero, diferentemente do que foi falado aqui, não
tem relação nenhuma com sexo e posição sexual. Isso tem a ver com uma construção social que
retirou, e retira até hoje, as mulheres da política. Essa é a discussão que nós estamos fazendo. É óbvio
que isso aumenta um elemento de complexidade na correlação de forças, mas a casa da conversa, a
casa do diálogo vai saber lidar com mais um elemento de complexidade, que são as cotas, que é o
respeito ao conjunto das mulheres que estão sendo representadas e que trazem a sua voz política no
contexto das mesas diretoras.
Eu digo isso de forma geral. Primeiro, eu acho que houve no debate uma desqualificação geral
das cotas. Uma coisa é essa desqualificação, à qual eu sou contrário; outra coisa é construir
entendimento, diálogo e estabelecer qual é a melhor cota. No entanto, é preciso reconhecer esse
débito histórico, essa dívida que o parlamento e a política nacional e internacional têm com as
mulheres; senão, poderemos cair num discurso vazio de dizer que estamos aprovando uma legislação
para as mulheres sem de fato querer aprová-la. Há índices de feminicídio hoje. O homem não morre.
Não existe índice, não existe um fenômeno de assassinato de homens dentro da relação por conta da
questão do poder e da objetificação, mas existe contra as mulheres.
Que esse momento nos ajude a refletir, porque são tão poucas as mulheres que ocupam os
espaços políticos e os espaços de poder. Nós temos que utilizar não a nossa arrogância, digamos assim
– eu digo isso me colocando também como homem –, que é tão peculiar da masculinidade que é
reproduzida na sociedade. Vamos pisar no chão, vamos vestir a sandália da humildade para aprender a
ouvir também as mulheres que fazem uma provocação importante.
Eu acho que, se for para haver cota, que seja cota para valer. “Preferencialmente” é como a
emenda aditiva: o governador vai lá e “pá”. “Preferencialmente” não existe. Acho que cota tem que ser
para valer, e nós devemos especificar as condições dela. Para isso, vamos conversar, porque eu sei que
há muita gente aqui aberta ao diálogo. Por isso, eu quero concordar com o encaminhamento do
deputado Chico Vigilante.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Em respeito às mulheres, apesar de estarem inscritos o deputado Joaquim Roriz Neto e o
deputado Max Maciel...
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADA DAYSE AMARILIO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, eu quero
primeiro agradecer. Quero aqui puxar algumas falas, inclusive a da deputada Jaqueline Silva.
Eu me sinto muito representada por sua presidência, em que inclusive houve o fortalecimento
da Procuradoria da Mulher, na qual temos tido toda a retaguarda de vossa excelência com a lotação de
servidores. Eu penso que isso ficará como um legado que o senhor deixa aqui.
Concordo que precisamos conversar, mas eu fico feliz que tenhamos trazido esse assunto ao
plenário, até para vermos algumas manifestações que penso serem importantes. Como procuradora da
Mulher, sugiro que, diante do que aconteceu, retiremos a matéria e a levemos ao Colégio de Líderes,
porque eu acho que o acordo e o respeito estão acima de todas as coisas.
Eu quero deixar algo claro, como mulher. Falamos: “Ah, mas todas nós estamos aqui”. É difícil
estar aqui. Há um resgate histórico e social do que estamos falando. Que pena que sejam 30%, porque
30% é o mínimo! Tomara que haja 12 mulheres eleitas e que a Mesa seja toda de mulheres. Porém,
isso vai demorar muitos anos para acontecer, presidente. Eu vou morrer, e não verei isso acontecer,
porque os dados mostram isso.
Os dados mostram que a participação feminina na política do Brasil mostra o grau de não
democracia que há. Realmente, o parlamento é o reflexo da sociedade. A sociedade ainda é machista,
e nós refletimos isso de maneira, às vezes, inconsciente. Eu não vejo que isso seja por mal. Eu me
sinto respeitada, porque eu também me faço por respeitar.
Então, eu queria deixar claro que, quando falamos de cotas e colocamos isso de uma maneira,
às vezes, até pejorativa, precisamos de nos lembrar que as cotas para as mulheres, as cotas para os
negros fazem um resgate histórico. Por que nós temos apenas 4 mulheres na Câmara Legislativa? E
esse é o maior mandato de mulheres na Câmara Legislativa. Eu quero que pensemos nisso.
Quantas presidentes da Câmara Legislativa houve? Houve interinas. Quantas mulheres
estiveram na mesa, por exemplo, no mandato passado e no mandato anterior? Houve quantas
presidentes da CEOF? Houve uma presidente da casa titular, que foi a ex-deputada Lúcia Carvalho, e
uma interina, que foi a ex-deputada Celina Leão. Então, foram 2 mulheres em quantos anos de história
de Câmara Legislativa do Distrito Federal? Houve quantas presidentes de CEOF e de CCJ?
Eu estou querendo trazer isso aqui, presidente, para que possamos refletir. Eu penso que o
acordo é soberano. Eu sou muito a favor do diálogo, do acordo, mas eu quero que pensemos em
alguns posicionamentos. Quem dera que se tratasse apenas da mesa. Inclusive, a própria organização
de política mundial fala que, quanto mais mulheres representando... Nós somos 51% da população.
Temos de nos lembrar que estar aqui não foi fácil, deputado Roosevelt. Inclusive, há uma cota
dentro dos partidos que, muitas vezes, não é respeitada.
(Soa a campainha.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Quantas mulheres são usadas em partido a, b ou c para
apenas fazer aquela legenda?
Então, sentar no parlamento é muito difícil. Quando estamos com o microfone na mão, quando
podemos falar pelas mulheres, fazemos política pública para as mulheres, porque entendemos do que
estamos falando, porque vivemos o que estamos falando.
Eu agradeço. Presidente, penso que podemos conversar, sim, no Colégio de Líderes e em
outros momentos. Porém, este é um debate que precisa ser trazido, é um debate importante para
trazermos a esta casa.
Obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Eu penso que foi importante trazer esta questão ao debate, à discussão. Esta casa precisa
disso. Acho que o deputado Fábio Félix traz uma reflexão importante, assim como a deputada
Jaqueline Silva – e as próprias divergências que foram colocadas –, para que possamos construir uma
solução. Eu vejo essa possibilidade. Desde o primeiro momento, eu deixei bem claro, quando me dirigi
à deputada Paula Belmonte na discussão, que não haja vitoriosos e derrotados aqui. Essa sensação nós
não podemos nos permitir passar.
Então, respeito a colocação de cada um dos colegas, mas vou propor a retirada desse item da
pauta e já peço a inclusão dele na pauta de discussão da reunião de segunda-feira, para que juntos
possamos encontrar uma solução. Não tenho dúvida de que vamos construí-la.
Entendo que essas 2 vagas, neste momento, independentemente se for acordo ou imposição –
“imposição” talvez não seja o termo –, devem ser ocupadas por mulheres. Quando trouxemos essa
ideia, quando nós a sugerimos, eu deixei bem claro a todos os meus colegas que deveria haver acordo.
Esse é um gesto que esta casa faz não só às parlamentares mas também, como diz a deputada
Jaqueline Silva, às mulheres de Brasília, para que entendam que esta casa, de fato, respeita as
mulheres, não só com discurso mas também com gestos. Nós temos uma grande oportunidade de
mostrar isso.
Diante disso e se todos concordarem, retiraremos esse item da pauta e o colocaremos como
primeiro item de discussão da pauta de reunião do Colégio de Líderes na segunda-feira. Não tenho
dúvida de que vamos prosperar na construção de uma solução.
Todos concordam que o item seja retirado? (Pausa.) Os que não concordarem por algum
motivo, por gentileza, se manifestem.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,
quero dizer que essa sugestão, que foi encabeçada pelo deputado Chico Vigilante e depois reiterada
pelo deputado Pastor Daniel de Castro, é a melhor, pois aqui é uma casa política, como foi falado. Vejo
que há sensibilidade dos parlamentares em construirmos um lugar à mesa, um lugar ao sol desta casa
para realmente darmos oportunidade às mulheres.
Quero também registrar, senhor presidente, o respeito que vossa excelência e todos os
parlamentares têm por nós mulheres. Em março, durante uma semana, a sessão foi presidida por nós,
e votamos projetos importantes.
Aproveito a oportunidade para lembrar a vossas excelências que, conforme decidimos ontem,
no início de junho, haverá projetos para serem votados com relação ao Dia Internacional da Mulher,
que é agora, no final do mês. Nós vamos fazer isso. Então, eu quero registrar essa oportunidade que a
presidência nos dá.
O que nós precisamos é ter sempre esse espaço. Para isso, é muito importante a sensibilidade
dos parlamentares. Respeito e, inclusive, tenho muitas convergências com algumas falas que foram
feitas aqui, mas falo no lugar de mulher. Sinto a necessidade de termos esse lugar preservado, de
termos um lugar à mesa, de termos um lugar no parlamento, para que possamos ser escutadas.
Muito grata, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
Mais alguém deseja fazer uso da palavra? (Pausa.) Como não há, entendo que todos
concordam. Solicito que o item seja retirado da pauta e que seja incluído como item de discussão na
próxima reunião do Colégio de Líderes, na segunda-feira que vem.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, eu
quero trazer um assunto a esta casa.
Nós estamos com representantes da Associação dos Ostomizados, com representantes das
pessoas com deficiência. Houve uma determinação para que se realizasse uma conferência das pessoas
com deficiência, e o que aconteceu? Todos os estados iriam fazer essa conferência para fazer uma
reflexão e, principalmente, um diagnóstico com os dados das políticas públicas sendo feitas nos seus
estados. Porém, no Distrito Federal, infelizmente, ela foi cancelada ontem. Estava tudo pronto com a
sociedade civil, a UnB, as associações. Estava tudo pronto para que o Governo do Distrito Federal fosse
realizar essa conferência, e, ontem, a associação recebeu mensagem dizendo que o Governo do
Distrito Federal não iria participar dela e não iria apoiá-la.
Vieram até aqui pedir o apoio desta casa legislativa, até pediram o apoio do auditório, porque
essa conferência vai acontecer, independentemente do Governo do Distrito Federal. Ela vai acontecer
no Distrito Federal para que seja falado a respeito das nossas políticas públicas com relação às pessoas
com deficiência. Isso é muito importante. Há parlamentares aqui que têm essa bandeira, e é muito
importante que esses parlamentares estejam envolvidos nisso e nos apoiando.
Eu quero aqui falar o nome dos institutos e da associação.
Sobre a conferência nacional, convocada pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos; todos os conselhos do Brasil precisam executar a
conferência estadual e a municipal, e eu quero dizer isso como uma pessoa que defende a direita. Por
que eu estou falando isso? Muitas vezes, nesses conselhos, há pessoas representando um lado da
população, e nós precisamos estar juntos desses conselhos para realmente olharmos as políticas
públicas que acontecem.
Aqui há representantes da comissão, que são: a coordenadora-geral do Fórum Brasileiro de
Conselhos Estaduais e do Distrito Federal e vice-presidente do Conselho de Defesa da Pessoa com
Deficiência do Distrito Federal, Ana Paula Batista; o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da
Pessoa com Deficiência da OAB-DF, doutor Gerson Wilder de Sousa Melo.
Contem com o nosso apoio! Quero, depois, que os outros parlamentares que também
defendem essa causa falem com a presidente-geral, para que possamos realizar essa conferência
nacional de pessoas com deficiências na Câmara Legislativa, presidente.
Muito grata.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
Excelente. Muito bom.
O deputado Gabriel Magno gostaria de fazer uso da palavra? (Pausa.)
Deputado Chico Vigilante, só há o PDL. Não há nenhum projeto, em segundo turno, para ser
votado. O PDL, que possui turno único, já foi votado; inclusive, ele já foi até para a redação final.
Agora, a vaca foi para o brejo com o bezerro e tudo e ela ainda trouxe um boizinho. (Risos.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quero tratar
de 2 questões importantes que nós acompanhamos na Comissão de Educação, Saúde e Cultura. Hoje é
o último dia do prazo aberto pelo governo federal da segunda chamada dos CEUs da Cultura. Trata-se
de espaços para construção que o governo federal está oferecendo para todos os estados construírem
espaços culturais na cidade – 2 milhões de reais. O Governo do Distrito Federal perdeu a primeira
chamada. Até hoje o que consta é que não se inscreveu também para a segunda chamada. Parece que
está tudo bem no Distrito Federal, do ponto de vista de equipamentos culturais, e que não está
faltando dinheiro. O Distrito Federal ficará fora do edital de chamamento do CEU. Eu queria que o
Governo do Distrito Federal respondesse por que não se inscreveu nos editais do CEU.
Por último, senhor presidente, em frente ao CEM 10 da Ceilândia há uma placa, deputado Max
Maciel, deputado Chico Vigilante, dizendo que a inauguração do CEM 10 vai acontecer hoje, dia 30 de
abril de 2024. Porém, adivinhem: ele não vai abrir. A obra não está andando. Desde 2016, o CEM 10
está fechado, e a comunidade de Ceilândia aguarda mais uma vez agora, com o adiamento do prazo.
Fica este questionamento ao Governo do Distrito Federal – já o formalizamos pela Comissão de
Educação, mas fica aqui também –: em que dia a comunidade de Ceilândia poderá contar novamente
com o Centro de Ensino de Médio 10, que continua fechado? O Governo do Distrito Federal novamente
não cumpre aquilo que foi acordado com a população.
Era isso, senhor presidente. Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno. Havia
uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica para ser votada – acho que a Proposta de Emenda à Lei
Orgânica nº 7, não é isso? Porém, nós fizemos uma contagem, e estão presentes apenas 14
deputados. Então, não há quórum suficiente para sua apreciação.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, antes de
encerrar a sessão, quero informar aos nossos pares e a quem nos acompanha que foi publicado hoje,
no Diário Oficial, pela Secretaria de Mobilidade – nós acompanhamos a secretaria, temos um diálogo
muito tranquilo com ela; a elogiamos quando temos de elogiar, fazemos ponderações quando temos de
ponderar –, o reajuste do cálculo da tarifa técnica. A comissão está solicitando da secretaria os critérios
que balizaram essa redução em algumas bacias – o que é positivo –, mas também o aumento em uma
delas. Isso é apenas para nós comprovarmos que esse contrato favorece aquelas empresas que não
cumprem os critérios estabelecidos.
É importante informar à população, por exemplo, que a tarifa da São José, que era R$10,90,
passou para R$8,42; a da Viação Piracicabana, que era R$7,79, foi para R$7,15; a da Viação Pioneira,
que era R$8,77, foi para R$7,14. Já a tarifa da Viação Marechal, que não renovou a frota no tempo
previsto, que pediu dilatação de prazo – nós conseguimos estabelecer que a frota fosse entregue este
ano; estamos acompanhando isso –, saiu de R$7,75 e passou para R$8,39.
Nós sabemos que esse contrato é permissivo, porque certamente – vamos esperar que a
secretaria informe os critérios para nós – esse aumento se deu por perda de passageiros. O contrato
prevê que arquemos com os custos quando a empresa perde seus clientes, o que é interessante nesse
modelo. Assim, se ela perder o passageiro, vai ganhar do mesmo jeito.
Então, parabenizo a secretaria pelo recálculo, mas estamos acompanhando tudo. A comissão
vai disponibilizar o documento para toda a casa, assim que ele chegar para nós.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quero
lembrar à população do Distrito Federal e a esta casa que, na próxima quinta-feira, dia 2, depois do
feriado, vamos realizar aqui, às 15 horas, uma audiência pública com o secretário de Transporte e
Mobilidade do Distrito Federal, senhor Zeno, que já confirmou presença.
Essa será uma audiência a exemplo de outras que já fizemos, com todos os proprietários das 5
empresas que operam o transporte público no Distrito Federal, com o sindicato dos rodoviários e
estamos chamando também os usuários do transporte. Esse é um assunto de que eu cuido desde 2002
e não vou deixar nunca de tratar dele.
Portanto, está confirmada a comissão geral, às 15 horas, neste plenário, com a transmissão da
TV Câmara Distrital, da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. A deputada Paula
Belmonte pediu que, antes de encerrarmos a sessão, a senhora Ana Paula fizesse um comunicado.
Eu preciso suspender a sessão.
A presidência vai suspender os trabalhos durante 5 minutos para o pronunciamento da senhora
Ana Paula Batista.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 17h49min, a sessão é reaberta às 18h02min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro reaberta a presente sessão.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
pedi para fazer uso da palavra, porque respeitei o pedido de vossa excelência e abri mão da fala nos
Comunicados de Parlamentares para que pudéssemos votar, mas acho que seria injusto da minha parte
não externalizar um agradecimento à Mesa Diretora e a todos os deputados e deputadas desta casa.
Ontem realizamos uma sessão solene muito linda. Nós homenageamos 189 servidores que
estão nesta casa por 30 ou mais anos. Foi um momento de emoção total, de muita alegria, em que
amigos que não se viam há muito tempo se encontraram. Entregamos a todos eles, presidente, uma
moção de louvor e um bóton, autorizado por vossa excelência, muito bonito: 30 anos de Câmara
Legislativa.
Desde cedo, estou recebendo, em nome de todos os deputados, especialmente de vossa
excelência, o cumprimento desses servidores. Os servidores de 10 e de 20 anos já estão nos cobrando
isso também.
Foi um momento de muito congraçamento, em que a família Câmara Legislativa do Distrito
Federal se reuniu. Foi muito bonito!
Quero agradecer a vossa excelência o fato de ter oportunizado à Primeira Secretaria a
realização desse evento. Muito obrigado.
Parabéns, mais uma vez, a todos esses servidores!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Parabenizo vossa excelência pela iniciativa e pelo bóton, que é muito bonito; um dos mais
bonitos que já vi ser confeccionado nesta casa. Parabéns, deputado!
Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.248/2024, de autoria do deputado Chico
Vigilante, a sessão ordinária de quinta-feira, dia 2 de maio de 2024, será transformada em comissão
geral para debater sobre a situação do transporte público do Distrito Federal.
Muito obrigado a todas e a todos.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão.
(Levanta-se a sessão às 18h04min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
Adasa – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal
AVC – Acidente Vascular Cerebral
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
CEB – Companhia Energética de Brasília
CEM – Centro de Ensino Médio
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
CEU – Centro de Artes e Esportes Unificados
CFP – Curso de Formação de Praças
Confaz – Conselho Nacional de Política Fazendária
DER – Departamento de Estradas de Rodagem
GDF – Governo do Distrito Federal
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
ICTDF – Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
Novacap – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
PAI – Programa de Aposentadoria Incentivada
Patamo – Patrulhamento Tático Móvel
PDL – Projeto de Decreto Legislativo
PRF – Polícia Rodoviária Federal
RA – Região Administrativa
Salvamar – Salvamento Marítimo
Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
Seduh-DF – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal
Sindical – Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal
UBS – Unidade Básica de Saúde
UnB – Universidade de Brasília
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 02/05/2024, às 16:02, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1648308 Código CRC: 8F34EDF1.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Atos 52/2024
Mesa Diretora
ATO DA MESA DIRETORA Nº 52, DE 2024
Aprova a solicitação de abertura de
crédito adicional suplementar para reforço
de dotações orçamentárias consignadas
no Quadro de Detalhamento de Despesa
da CLDF no valor de R$
800.000,00 (oitocentos mil reais).
A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas
atribuições regimentais e tendo em vista o prescrito no no uso da atribuição que lhe foi facultada pelo
artigo 19, inciso IV, da Resolução nº 337/2023 da Câmara Legislativa do Distrito Federal e nos termos
da Lei nº 7.377, de 29 de dezembro de 2023 (LOA/2024), artigo 8º, RESOLVE:
Art. 1º Aprovar a solicitação de abertura de crédito suplementar no valor de R$
800.000,00 (oitocentos mil reais), nos termos dos anexos I e II.
Art.2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Sala de Reuniões, 29 de abril de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
DEPUTADO RICARDO VALE DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Vice-Presidente Primeiro-Secretário
DEPUTADO ROOSEVELT DEPUTADO MARTINS MACHADO
Segundo-Secretário Terceiro-Secretário
ANEXO I - ACRÉSCIMO
EXERCÍCIO 2024
ORÇAMENTO FISCAL
CRÉDITO SUPLEMENTAR
RECURSOS DO TESOURO
SUPLEMENTAÇÃO
R$ 1,00
NATUREZA DA
ESPECIFICAÇÃO FONTE DETALHADO TOTAL
DESPESA
01.000 CÂMARA LEGISLATIVA 800.000
01.101 CÂMARA LEGISLATIVA 800.000
CONSERVAÇÃO DAS
ESTRUTURAS FÍSICAS E
01.122.8204.2396 33.90.39 100 800.000 800.000
EDIFICAÇÕES PÚBLICAS -
DF
CONSERVAÇÃO DAS
TRUTURAS FÍSICAS E
01.122.8204.2396.5349 33.90.39 100 800.000 800.000
EDIFICAÇÕES PÚBLICAS -
DFD
TOTAL 800.000
ANEXO II - REDUÇÃO
EXERCÍCIO 2024
ORÇAMENTO FISCAL
CRÉDITO SUPLEMENTAR
RECURSOS DO TESOURO
CANCELAMENTO
R$ 1,00
NATUREZA DA
ESPECIFICAÇÃO FONTE DETALHADO TOTAL
DESPESA
01.000 CÂMARA LEGISLATIVA 800.000
01.101 CÂMARA LEGISLATIVA 800.000
MANUTENÇÃO DOS
SERVIÇOS
01.122.8204.8517 33.90.39 100 800.000 800.000
ADMINISTRATIVOS GERAIS
- CLDF
MANUTENÇÃO DOS
SERVIÇOS
01.122.8204.8517.0065 33.90.39 100 800.000 800.000
ADMINISTRATIVOS GERAIS
- CLDF
TOTAL 800.000
Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)-
Secretário(a), em 02/05/2024, às 08:55, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 02/05/2024, às 12:13, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 02/05/2024, às 14:27, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-
Secretário(a), em 02/05/2024, às 16:37, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Vice-Presidente da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 06/05/2024, às 16:19, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1646903 Código CRC: 352D2E52.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Portarias 213/2024
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 213, DE 06 MAIO DE 2024
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de
suas atribuições regimentais e nos termos do Ato da Mesa Diretora n.º 179/2023, RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o(s) seguinte(s) Requerimento(s) de Sessão Solene:
Requerimento Autoria Assunto
Requer a realização de Sessão Solene para
1.334/2024 Dep. Max Maciel entrega de moção honrosa a Senhora Anielle
Franco.
Requer a realização de Sessão Solene em
1.335/2024 Dep. Hermeto comemoração ao aniversário de 215 anos da
Polícia Militar do Distrito Federal.
Requer a realização de Sessão Solene em
1.336/2024 Dep. Dayse Amarilio
homenagem às Mulheres que cuidam.
Requer a realização de Sessão Solene em
1.337/2024 Dep. Max Maciel
Comemoração aos 51 anos da Frente Polisário.
Dep. Dra. Jane, Requer a realização de Sessão Solene em
1.338/2024 Dep. João Cardoso e comemoração ao aniversário da Região
Dep. Eduardo Pedrosa Administrativa de Sobradinho (RA-V).
Requer a realização de Sessão Solene em
1.339/2024 Dep. Robério Negreiros comemoração ao Dia Mundial do Orgulho
Autista.
Requer a realização de Sessão Solene para a
entrega do Título de Cidadã Honorária de Brasília
1.340/2024 Dep. Jaqueline Silva
à Professora Margô Gomes de Oliveira
Karnikowski.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira Secretaria
ANDRE LUIZ PEREZ NUNES RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/Segunda Secretaria Secretário-Executivo/Terceira Secretaria
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 06/05/2024, às 12:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 06/05/2024, às 14:20, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 06/05/2024, às 15:08, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 06/05/2024, às 18:20, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 06/05/2024, às 18:24, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652000 Código CRC: C7A00127.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Atos 240/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 240, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:
1. EXONERAR THAYSE SIMONETTI BRITTES, matrícula nº 24.294, do cargo de Secretário
Parlamentar, SP-02, do Bloco União Democrático, bem como NOMEÁ-LA para exercer o Cargo Especial
de Gabinete, CL-01, na Liderança do Governo. (LP).
2. EXONERAR RONNE FERREIRA DA SILVA, matrícula nº 24.293, do cargo de Secretário
Parlamentar, SP-01, da Liderança do Governo, bem como NOMEÁ-LO para exercer o cargo de
Secretário Parlamentar, SP-02, no Bloco União Democrático. (LP).
3. EXONERAR KELLY CRISTINA RIBEIRO BUENO, matrícula nº 24.282, do Cargo Especial
de Gabinete, CL-12, do gabinete parlamentar da deputada Dayse Amarilio, bem como NOMEÁ-LA para
exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-14, no referido gabinete. (RQ).
4. EXONERAR JOZINELIO SEVERINO TEIXEIRA, matrícula nº 24.387, do Cargo Especial de
Gabinete, CL-11, do gabinete parlamentar da deputada Dayse Amarilio, bem como NOMEÁ-LO para
exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-05, no referido gabinete. (RQ).
5. NOMEAR ARTUR SILVA POVOA para exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-02, no
gabinete parlamentar da deputada Dayse Amarilio. (LP).
Brasília, 07 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 07/05/2024, às 19:40, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1655437 Código CRC: 5C900FCF.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024
Portarias 211/2024
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 211, DE 03 DE MAIO DE 2024
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em
conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de
2017, considerando o Parecer 91 (1650847) e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-
00015489/2024-71, RESOLVE:
Art. 1º Autorizar a utilização do auditório da CLDF, sem ônus, para a realização da 3ª
Enfermagem Multiverso: A mulher na enfermagem - suas marcas e lutas, no dia 8 de maio de 2024, no
horário das 18h às 22h.
Parágrafo único. O evento será coordenado pelo servidor Rangel Fernandes, matrícula nº
24.203, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o recebeu.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira-Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES DANIEL FIGUEIREDO PINHEIRO
Secretário-Executivo/Segunda-Secretaria Secretário-Executivo substituto/Terceira-Secretaria
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 03/05/2024, às 16:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 03/05/2024, às 17:04, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por DANIEL FIGUEIREDO PINHEIRO - Matr.
22783, Secretário(a)-Executivo(a) - Substituto(a), em 03/05/2024, às 17:22, conforme Art. 22, do Ato
do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14
de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 03/05/2024, às 17:39, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 03/05/2024, às 17:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1651047 Código CRC: 35A490EF.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024
Portarias 208/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 208, DE 3 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da
Mesa Diretora; com base nos artigos 163 e 167, ambos da Lei Complementar nº 840/2011; no art. 101
da Lei Complementar nº 769/2008; e no que consta no Processo nº 00001‑00013260/2024‑01, RESOLVE:
I – AVERBAR o tempo de serviço/contribuição prestado pelo servidor CAIO HENRIQUE
SPINDOLA MACEDO, matrícula nº 24.450, ocupante do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria
Agente de Polícia Legislativa, da seguinte forma: 3.451 dias, de 2/7/2014 a 12/12/2023, à POLÍCIA CIVIL
DO DISTRITO FEDERAL – PCDF, para todos os efeitos legais, correspondentes a 9 (nove) anos, 5 (cinco)
meses e 16 (dezesseis) dias, conforme Certidão de Tempo de Serviço e Contribuição expedida pela PCDF.
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes da averbação retroajam a 13 de
dezembro de 2023, data de exercício do servidor nesta Casa, não se computando o período de 28/5/2020
a 31/12/2021 para efeitos de concessão de adicional por tempo de serviço, tendo em vista o que dispõe o
art. 8º, IX, da Lei Complementar nº 173/2020.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 03/05/2024, às 14:26, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1650605 Código CRC: 0B4D8BDA.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024
Portarias 209/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 209, DE 3 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da
Mesa Diretora; com base nos artigos 163 e 167, ambos da Lei Complementar nº 840/2011; no art. 101
da Lei Complementar nº 769/2008; e no que consta no Processo nº 00001‑000090885/2024‑82,
RESOLVE:
I – AVERBAR o tempo de serviço/contribuição prestado pela servidora IARA GUIMARÃES
ROCHA, matrícula nº 23.690-03, ocupante do cargo efetivo de Consultor Técnico-legislativo, categoria
Contador, da seguinte forma: 137 dias, de 1º/8/2022 a 15/12/2022, à SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SESDF, para todos os efeitos legais, correspondentes a 4 (quatro)
meses e 17 (dezessete) dias, conforme Declaração de Tempo de Serviço expedida pela SESDF.
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes da averbação retroajam a 16 de
dezembro de 2022, data de exercício da servidora nesta Casa.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 03/05/2024, às 13:41, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1650649 Código CRC: 54477232.
DCL n° 093, de 06 de maio de 2024 - Extraordinário
Atos 237/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 237, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:
EXONERAR, a partir de 06/05/2024, DIEGO MENDES LAGO, matrícula nº 22.060, do Cargo
Especial de Gabinete, CL-03, do Bloco PSOL-PSB. (LP).
Brasília, 06 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 06/05/2024, às 16:21, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1653093 Código CRC: B4D5B27A.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Atos 238/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 238, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:
1. EXONERAR FABIO BORGES FERREIRA DA COSTA, matrícula nº 24.248, do
Cargo Especial de Gabinete, CL-10, do gabinete parlamentar do deputado Hermeto, bem como
NOMEÁ-LO para exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-07, no referido gabinete. (RQ)
2. NOMEAR BEATRIZ AREA LEAO DE ALMEIDA ANDRADE para exercer o Cargo Especial
de Gabinete, CL-08, no gabinete parlamentar do deputado Hermeto. (LP).
3. EXONERAR LUCIANA INES SILVERIO, matrícula nº 23.887, do Cargo Especial de
Gabinete, CL-06, do gabinete parlamentar da deputada Paula Belmonte. (LP).
4. NOMEAR LUCIO FLAVIO MARRA CRUVINEL para exercer o Cargo Especial de Gabinete,
CL-01, na Liderança do Governo. (LP).
5. NOMEAR GUILHERME CALHAO MOTTA para exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-11,
no gabinete parlamentar do deputado Robério Negreiros. (LP).
Brasília, 06 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 06/05/2024, às 18:51, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652989 Código CRC: 8DA5F46D.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Atos 239/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 239, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:
1. EXONERAR NARA BERNARDO GUIGNHONE, matrícula nº 22.059, do Cargo de Especial
de Gabinete, CL-08, do gabinete parlamentar do deputado Hermeto, bem como NOMEÁ-LA para
exercer o cargo de Assessor, CL-09, no FASCAL. (LP).
2. EXONERAR DANIELA RODRIGUES DO PRADO BRAGA, matrícula nº 23.492, do cargo de
Assessor, CL-09, do FASCAL, bem como NOMEÁ-LA para exercer o Cargo de Especial de Gabinete, CL-
04, no gabinete parlamentar do deputado Hermeto. (LP).
Brasília, 06 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 06/05/2024, às 18:51, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652998 Código CRC: 076E3B62.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Portarias 210/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 210, DE 6 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pela Portaria nº 465, de 5 de outubro de 2004, publicada no
Diário da Câmara Legislativa de 6 de outubro de 2004, tendo em vista o que estabelecem os artigos 2º
e 4º da Lei Complementar nº 952/2019, bem como o Parecer nº 214/2013 – PG/CLDF, aprovado pelo
Gabinete da Mesa Diretora em sua 30ª reunião, realizada em 22/8/2013, e o que consta no Processo
00001-00004402/2024-31, RESOLVE:
CONCEDER ao servidor DIOMAR GONCALVES SIRQUEIRA, matrícula nº 24.398-00, ocupante
do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria Agente de Polícia Legislativa, 4 (quatro) meses de
licença-prêmio por assiduidade, sendo 1 (um) mês referente ao período aquisitivo de 26/6/2009 a
21/6/2014; e 3 (três) meses referentes ao período aquisitivo de 22/6/2014 a 24/6/2019, a serem
usufruídos em época oportuna.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 06/05/2024, às 19:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652866 Código CRC: 2A5840A9.
DCL n° 093, de 06 de maio de 2024 - Extraordinário
Comunicados - Administrativos 38/2024
Outros
MEMORANDO Nº 38/2024-GAB DEP MAX MACIEL
Brasília, 06 de maio de 2024.
Ao Gabinete da Mesa Diretora
Assunto: Delegação de competência.
Senhor presidente da Mesa Diretora,
1. Delego à servidora Thayene de Oliveira Rocha, matrícula nº 2378410, competência para
praticar os seguintes atos administrativos relativos aos servidores:
1.1. Ato administrativos tais como nomeação e exoneração de servidores lotados no Bloco
Parlamentar - PSB/PSOL.
Atenciosamente,
MAX MACIEL
Deputado Distrital
Documento assinado eletronicamente por MAX MACIEL CAVALCANTI - Matr. 00168, Deputado(a)
Distrital, em 06/05/2024, às 14:29, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652720 Código CRC: BC2A8228.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Comunicados - Legislativos 9001/2024
CCJ
ERRATA
No comunicado publicado no DCL n° 91, de 3 de maio de 2024, que trata do cancelamento da
4ª reunião ordinária da CCJ, onde se lê 07/04/2024, leia-se 07/05/2024.
Brasília, 06 de maio de 2024.
RENATA FERNANDES TEIXEIRA
Secretária da CCJ
Documento assinado eletronicamente por RENATA FERNANDES TEIXEIRA - Matr. 23962, Secretário(a)
de Comissão, em 06/05/2024, às 15:21, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652980 Código CRC: 831DC8C9.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Portarias 102/2024
Secretário-Geral
PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 102, DE 6 DE MAIO DE 2024
O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO
DISTRITO FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XIX, do
art. 1º, do Ato do Presidente nº 255, de 2023, RESOLVE:
Art. 1º Designar grupo de trabalho para a realização do evento ConectaCLDF - Comunicação
360.
Art. 2º O grupo composto por esta Portaria será integrada pelos seguintes servidores:
NOME FUNÇÃO MATRÍCULA
JÚLIA KOSLOVSKI BRANCO FIGUEIREDO DE LIMA Coordenadora 23.192
FRANCIANE MELEU FERREIRA Subcoordenadora 23.681
BIANCA REIS LATERZA BRENTINI Membro 24.523
IVAN LUIS DAVID IUNES Membro 24.429
BRUNO LARA DE CASTRO MANSO Membro 23.302
CHRISTOPHER AUGUSTO MATHEUS PAIXÃO GAMA Membro 24.317
JÚLIA BARROS DE ALENCAR MUNIZ Membro 24.452
JULIANA DE CARVALHO MELO Membro 12.530
Art. 3º O grupo de trabalho será coordenado pela servidora Júlia Koslovski Branco Figueiredo
de Lima, matrícula nº 23.192, que poderá requisitar a participação e contribuição de outros servidores.
Art. 4º O grupo de trabalho terá duração até 30 de novembro de 2024.
Art. 5º O trabalho objeto desta Portaria será finalizado com a entrega formal do projeto de
execução do evento "ConectaCLDF - Comunicação 360".
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Portaria do Secretário-Geral nº
22, de 31 de janeiro de 2024.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 06/05/2024, às 16:03, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1653016 Código CRC: FAF5AE12.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Designação de Relatorias 9001/2024
CTMU
ERRATA
Na Designação de Relatores - CTMU publicada no Diário da Câmara Legislativa nº 94, de 7 de
maio de 2024, página 166, onde se lê: “PL Nº 569/2024”, leia-se: “PL Nº 569/2023”.
Brasília, 7 de maio de 2024.
FERNANDA AZEVEDO
Secretária da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana
Documento assinado eletronicamente por FERNANDA DE AZEVEDO OLIVEIRA - Matr.
23779, Secretário(a) de Comissão, em 07/05/2024, às 11:12, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1654539 Código CRC: B58D8B6E.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Atos 55/2024
Mesa Diretora
ATO DA MESA DIRETORA Nº 55, DE 2024
Aprova Pareceres da Procuradoria-Geral
da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas
atribuições regimentais e nos termos dos Processos SEI nº 00001-00009730/2024-23 e 00001-
00009863/2024-08, RESOLVE:
Art. 1º Aprovar os Pareceres nº 161/2024-NAMD (1644997) e 162/2024-NAMD (1645467) da
Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Sala de Reuniões, 6 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
DEPUTADO RICARDO VALE DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Vice-Presidente Primeiro-Secretário
DEPUTADO ROOSEVELT DEPUTADO MARTINS MACHADO
Segundo-Secretário Terceiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 06/05/2024, às 17:11, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 06/05/2024, às 18:55, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)-
Secretário(a), em 06/05/2024, às 19:19, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-
Secretário(a), em 07/05/2024, às 12:46, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Vice-Presidente da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 07/05/2024, às 17:30, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1653469 Código CRC: 9410A53C.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Portarias 214/2024
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 214, DE 6 DE MAIO DE 2024
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em
conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de
2017, considerando o Memorando nº 61/2024-GAB Deputado Thiago Manzoni (1644233) e as demais
razões apresentadas no Processo SEI 00001-00016365/2024-11, RESOLVE:
Art. 1º Autorizar a utilização do auditório da CLDF, sem ônus, para a realização de formatura
dos alunos do Projeto Programadores do Futuro, do Instituto Formando Campeões para a Vida, no dia
2 de dezembro, das 19h às 22h.
Parágrafo único. O evento será coordenado pela servidora Fabíola Pereira dos Santos, matrícula
nº 23.881, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o recebeu.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira-Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/Segunda-Secretaria Secretário-Executivo/Terceira-Secretaria
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 06/05/2024, às 18:11, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 06/05/2024, às 18:24, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 06/05/2024, às 19:13, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 07/05/2024, às 14:04, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 07/05/2024, às 15:20, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1653206 Código CRC: 1EF14E1F.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Portarias 211/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 211, DE 6 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da
Mesa Diretora; tendo em vista o Laudo da Junta Médica Oficial da CLDF; e o que consta no Processo nº
00001-00015986/2024-70, RESOLVE:
CONCEDER, a partir de 24 de abril de 2024, a isenção do Imposto de Renda sobre os
proventos da servidora inativa ERMAINE PEREIRA BARBOSA, matrícula nº 16.820-32, com fundamento
no art. 6º, inciso XIV da Lei nº 7.713/1988 c/c o art. 35, inciso II, alínea "b", do Decreto nº
9.580/2018; bem como a redução da contribuição previdenciária, na forma prevista no art. 61, § 1º, da
Lei Complementar nº 769/2008.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 06/05/2024, às 18:32, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1652959 Código CRC: 4E4A10B6.
DCL n° 094, de 07 de maio de 2024
Portarias 101/2024
Secretário-Geral
PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 101, DE 03 DE MAIO DE 2024
O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO
FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, do Ato
do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, RESOLVE:
Art. 1º DESIGNAR os Fiscais da contratação objeto da Nota de Empenho nº 2023NE00343, firmada, por
Dispensa de Licitação, entre a Câmara Legislativa do Distrito Federal e a empresa 53.463.762 MARIA DO
SOCORRO SOARES DE LACERDA, cujo objeto é a aquisição de uma fechadura digital (instalada) para o
Setor de Saúde CLDF, com o fito de garantir o controle na distribuição dos medicamentos e insumos
utilizados. Processo nº 00001-00006008/2024-37.
Art. 2º Os Fiscais indicados por esta Portaria são os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as
atribuições previstas na Lei nº 14.133/2021:
NOME FUNÇÃO LOTAÇÃO MATRÍCULA
Kassia Correa Castro Fiscal NENF 23.379
Leosmar Gomes da Silva Fiscal Substituto NENF 24.434
Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral /Presidência
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 06/05/2024, às 18:21, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1651582 Código CRC: CAA8A1E3.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Portarias 215/2024
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 215, DE 06 DE MAIO DE 2024
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em
conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de
2017, considerando o Memorando 30 (1652178) e as demais razões apresentadas no Processo
SEI 00001-00017377/2024-55, RESOLVE:
Art. 1º Autorizar a utilização do auditório da CLDF, sem ônus, para a realização da 2ª
Conferência Distrital de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CDGTES) - Etapa Regional -
Região de Saúde Central, no dia 16 de maio de 2024, no horário das 8h às 19h.
Parágrafo único. O evento será coordenado pelo servidor Augusto Cézar Alves Bravo, matrícula
nº 19.854, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o recebeu.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira-Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/Segunda-Secretaria Secretário-Executivo/Terceira-Secretaria
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 06/05/2024, às 19:13, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 07/05/2024, às 14:04, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 07/05/2024, às 16:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 07/05/2024, às 18:32, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 07/05/2024, às 19:02, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1654034 Código CRC: 425D736C.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Portarias 216/2024
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 216, DE 07 DE MAIO DE 2024
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em
conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de
2017, considerando o Memorando 58 (1654884) e as demais razões apresentadas no Processo
SEI 00001-00017646/2024-83, RESOLVE:
Art. 1º Autorizar a utilização da praça do servidor da CLDF, sem ônus, para a realização da
exposição de artesanato do Grupo BotaniArt, no período de 6 a 10 de maio de 2024, no horário das 8h
às 18h.
Parágrafo único. O evento será coordenado pela servidora Cláudia da Conceição de Souza,
matrícula nº 23.838, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o
recebeu.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira-Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/Segunda-Secretaria Secretário-Executivo/Terceira-Secretaria
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 07/05/2024, às 15:07, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 07/05/2024, às 16:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 07/05/2024, às 18:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 07/05/2024, às 18:32, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 07/05/2024, às 19:02, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1655289 Código CRC: 84CFAA66.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Portarias 212/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 212, DE 7 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAl, no uso
da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa
Diretora; com base nos artigos 163 e 167, ambos da Lei Complementar nº 840/2011, c/c a Decisão TCDF
nº 5849/2016; no art. 101 da Lei Complementar nº 769/2008; e no que consta no Processo nº
00001‑00014779/2024-06, RESOLVE:
I – AVERBAR o tempo de serviço/contribuição prestado pelo servidor RAFAEL ROMEU DOS
ANJOS, matrícula nº 24.457, ocupante do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria Agente de
Polícia Legislativa, da seguinte forma: 3.471 dias, de 2/7/2014 a 1º/1/2024, à POLÍCIA CIVIL DO
DISTRITO FEDERAL – PCDF, para todos os efeitos legais, correspondentes a 9 (nove) anos, 6 (seis)
meses e 6 (seis) dias, conforme Certidão de Tempo de Serviço e Contribuição expedida pela PCDF.
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes da averbação retroajam a 2 de
janeiro de 2024, data de exercício do servidor nesta Casa, não se computando o período de 28/5/2020
a 31/12/2021 para efeitos de concessão de adicional por tempo de serviço, tendo em vista o que
dispõe o art. 8º, IX, da Lei Complementar nº 173/2020.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 07/05/2024, às 18:05, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1654779 Código CRC: ACEAEBC4.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Portarias 213/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 213, DE 7 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da
Mesa Diretora; com base nos artigos 163 e 167, ambos da Lei Complementar nº 840/2011; no art. 101
da Lei Complementar nº 769/2008; e no que consta no Processo nº 00001‑00011909/2024-41, RESOLVE:
I – AVERBAR o tempo de serviço/contribuição prestado pelo servidor FELIPE VIEIRA DE SÁ,
matrícula nº 24.519, ocupante do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria Agente de Polícia
Legislativa, da seguinte forma: 5.484 dias, de 16/2/2009 a 21/2/2024, à SECRETARIA DE
ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL – SEAPE, para todos os efeitos legais,
correspondentes a 15 (quinze) anos e 9 (nove) dias, conforme Declaração de Tempo de Serviço expedida
pela SEAPE.
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes da averbação retroajam a 22 de
fevereiro de 2024, data de exercício do servidor nesta Casa, não se computando o período de 28/5/2020
a 31/12/2021 para efeitos de concessão de adicional por tempo de serviço, tendo em vista o que dispõe o
art. 8º, IX, da Lei Complementar nº 173/2020.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 07/05/2024, às 18:05, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1654813 Código CRC: CC3AB96D.
DCL n° 095, de 08 de maio de 2024
Editais 1/2024
AVISO
Brasília, 06 de maio de 2024.
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
RESULTADO DE JULGAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO
EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 01/2024
Processo nº 00001-00035053/2023-18. A Câmara Legislativa do Distrito Federal, por intermédio do
Chefe do Setor de Material e Patrimônio, torna pública a ordem de classificação dos órgãos e entidades
inscritas no processo de doação de bens inservíveis a esta Casa, em conformidade com a Cláusula IX do
Edital de Chamamento Público nº 01/2024:
Ordem de Data do Motivo da
Interessado Documentação
Classificação requerimento desclassificação
Centro de
15/04/2024
1ª Acolhimento 1653948 -
17h25min
Filho Pródigo
Instituto
15/04/2024
2ª Jardim da 1653951 -
21h49min
Fantasia
Não apresentou a
Associação
24/04/2024 documentação
Desclassificada Social As 1653953
16h25min exigida (subitem
Graciosas
8.1.2 do edital)
Administração
02/05/2024 Manifestação fora
Desclassificada Regional de 1653946
16h55min do prazo
Água Quente
JOÃO BATISTA CARNEIRO NETO
Chefe do Setor de Material e Patrimônio
Documento assinado eletronicamente por JOAO BATISTA CARNEIRO NETO - Matr. 11617, Chefe do
Setor de Material e Patrimônio, em 06/05/2024, às 18:46, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n°
08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1653986 Código CRC: F537F35A.
DCL n° 098, de 09 de maio de 2024
Atos 56/2024
Mesa Diretora
ATO DA MESA DIRETORA Nº 56, DE 2024
Autoriza a participação de parlamentares
e servidores em evento externo.
A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas
atribuições regimentais e considerando o Ofício BRB 1645978, o Memorando 106 (1654708), o
Memorando 78 (1654752), o Memorando 32 (1655529) e as razões apresentadas nos Processos SEI
nº 00041-00002250/2024-92 e 00001-00017725/2024-94, RESOLVE:
Art. 1º Conceder licença ao Deputado Wellington Luiz, ao Deputado Eduardo Pedrosa e aos
servidores André Luiz Neiva Rizzo, matrícula nº 24.048 e Guilherme de Vasconcelos de
Morais, matrícula nº 24.222, nos dias 12 a 16 de maio de 2024, a fim de que participem
do evento LIDE Brazil Investment Forum 2024, em Nova Iorque/Estados Unidos da América, sem ônus
para a CLDF e sem prejuízo dos subsídios e das remunerações.
Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Sala de Reuniões, 7 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
DEPUTADO RICARDO VALE DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Vice-Presidente Primeiro-Secretário
DEPUTADO ROOSEVELT DEPUTADO MARTINS MACHADO
Segundo-Secretário Terceiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 07/05/2024, às 17:35, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 07/05/2024, às 18:14, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-
Secretário(a), em 07/05/2024, às 18:32, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)-
Secretário(a), em 07/05/2024, às 19:10, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Vice-Presidente da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 08/05/2024, às 08:56, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1655664 Código CRC: 14207567.
DCL n° 096, de 08 de maio de 2024 - Extraordinário
Atos 241/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 241, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais, RESOLVE:
Art. 1° Constituir o Comitê Executivo do Programa de Voluntariado da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, previsto no art. 6° do Ato da Mesa Diretora n° 55, de 2020, publicado no Diário da
Câmara Legislativa do Distrito Federal n° 100, de 04/05/2020.
Art. 2° O Comitê composto por este Ato será integrado pelos seguintes servidores:
NOME MATRÍCULA INDICAÇÃO
Carla Simone Seixo de Brito
18.838
(titular).
Gabinete da Presidência
André Silva Nunes
24.518
(suplente).
Franciane Meleu Ferreira
23.861
(titular).
Gabinete da Vice-Presidência
Gabriel Beltrão de Souza Soriano Lago
24.160
(suplente).
Thiago Dutra Hollanda de Rezende
23.010
(titular).
Gabinete da Primeira-Secretaria
Adriane Barbosa de Brito
24.524
(suplente).
José Gomes da Silva Neto
24.077
(titular).
Gabinete da Segunda-Secretaria
Ricardo Lima de Oliveira
16.689
(suplente).
Paula Maria Araujo dos Santos
24.049
(titular).
Gabinete da Terceira-Secretaria
Marco Cesar Douetts Gouveia
11.215
(suplente).
Valquirio Cavalcante
11.373
Associação dos servidores, ex-servidores
(titular).
e pensionistas da Câmara Legislativa do
Maria Deusa Cavalcante Distrito Federal (ASSECAM)
12.492
(suplente).
Wagner Gomes de Souza
12.073
Sindicato dos Servidores do Poder
(titular).
Legislativo e do Tribunal de Contas do
Claudiane Soares Nascimento Distrito Federal (SINDICAL)
11.773
(suplente).
Art. 3° Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 08 de maio de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 08/05/2024, às 12:16, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1656380 Código CRC: 47D643F5.