Segunda acareação não esclarece dúvidas da CPI da Gautama
Segunda acareação não esclarece dúvidas da CPI da Gautama

Paulo Sávio e Hebert se esquivaram da responsabilidade pela liberação do último pagamento feito à empreiteira. Sávio disse que mandou pagar porque entrou em contato com Hebert, que estava em uma festa cheia de "gorós" e ele prometeu dar o atesto. Hebert, por sua vez, esclareceu que não o fez por que o processo não seguiu os trâmites regulamentares, não tendo nem mesmo o original da nota fiscal.
Paulo Sávio atribuiu a culpa pela decisão equivocada que tomou ao determinar o pagamento à Consultoria Jurídica da Seapa. A extensa descrição dos procedimentos que deveriam ter sido observados por um e outro não permitiu uma conclusão nem mesmo quando Marlan Peregrino Ramos Freitas foi chamada a participar da acareação.
Marlan sustentou que foi psicologicamente coagida a efetuar o pagamento por que Paulo Sávio teria ficado a seu lado, esperando que ela concluísse a operação. Fato desmentido por ele, que negou ter recebido qualquer coisa da Gautama, nem mesmo gravatas, agendas e canetas ofertadas de brinde pela empreiteira no final do ano.
No decorrer da reunião, o relator, deputado Brunelli (DEM), reclamou que desde o início do processo a CPI não conseguiu receber os originais do processo cujas informações estão sendo averiguadas. "Não estamos pedindo favor, mas requisitando um processo indispensável para o esclarecimento dos fatos", afirmou o deputado. O presidente da comissão adiantou que vai se empenhar para que os membros da CPI recebam os originais dos processos 033 e 797, ambos de 2001, e que insistirá nas acareações até que a verdade venha à tona.
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