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O deputado Reguffe (PDT) surpreendeu os presentes na reunião final da CPI dos Cemitérios, na manhã desta terça-feira (16). O pedetista, que na semana passada renunciou ao cargo na comissão, por discordar do fim antecipado das investigações, apareceu com uma pizza na Câmara Legislativa. "Essa pizza representa o encerramento covarde dessa CPI. Ainda tínhamos 16 pessoas programadas para serem ouvidas e 30 dias para o término do prazo regimental. A CPI termina abruptamente e não defende a cassação do contrato com a Campo da Esperança e nem o fechamento de nenhuma funerária. Estão varrendo sujeira para debaixo do tapete", protestou Reguffe. A deputada Erika Kokay (PT) endossa as críticas. "A conclusão final é pífia, não corresponde às investigações. O que a CPI descobriu até agora já é suficiente para ensejar o imediato cancelamento do contrato e promover intervenções nos cemitérios", afirmou. Kokay sugere a inserção do Estado no setor. "O ideal é a criação de uma funerária pública, que concorra com as demais e regule o mercado", defendeu.

Segundo a petista, houve "blindagem" para proteger pessoas envolvidas nos ilícitos. "O Moacir Pinto, dono da Campo da Esperança, não foi indiciado, apesar das claras evidências de culpa. Assim como outras pessoas do alto escalão do GDF com envolvimento no esquema e que sequer foram ouvidas. Infelizmente, o GDF trabalhou pelo sepultamento da CPI", criticou.