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O deputado Reguffe (PDT) comunicou à CPI dos Cemitérios o seu desligamento da comissão, por discordar do "fim abrupto dos trabalhos". Em entrevista coletiva que concedeu antes da reunião da CPI, o deputado informou ter tomado essa decisão por entender que apenas votar contra não seria um gesto forte o bastante para marcar sua saída.

A CPI dos Cemitérios teria até o dia 17 de outubro para encerrar seus trabalhos e, segundo Reguffe, havia muitas oitivas e diligências por fazer, além de visitas a todas as funerárias.
 O deputado reclamou que sequer foi ouvido o ex-secretário de Ação Social, Gustavo Ribeiro, em cuja gestão foi realizada a licitação para a concessão da gestão dos seis cemitérios do DF, considerada por ele como "substancial".

Reguffe reconhece que a CPI já ofereceu um resultado prático, ao abordar questões como preços e qualidade dos serviços funerários, mas entende que os preços vão continuar altos e a proposta de cassação da concessão à empresa Campo da Esperança Ltda não será sequer apresentada no relatório final da comissão.

O "desenlace não foi o melhor", concluiu Reguffe, ao lembrar que foi ele o autor do requerimento que viabilizou a criação da CPI dos Cemitérios. Mas garantiu também que não vai "comer essa pizza gigante que estão armando". Embora reconhecendo que possa ter havido alguma pressão política para o encerramento dos trabalhos, o deputado declarou que seria leviano ir além dessa hipótese.