Praças da PM e dos Bombeiros se reúnem na Câmara Legislativa
Praças da PM e dos Bombeiros se reúnem na Câmara Legislativa

Os praças da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros Militar, contrários à proposta apresentada pelo governo do Distrito Federal, devem se reunir nesta quinta-feira (20), às 11h, na Câmara Legislativa. O deputado Patrício (PT) usou a tribuna na sessão ordinária desta quarta-feira (19) para anunciar o encontro e criticou duramente o que chamou de manobra do governo com os oficiais para tentar acabar com o movimento da categoria por melhoria salarial.
Para Patrício, a manobra dividiu oficiais e praças das duas corporações, uma vez que a assembleia da categoria, com cerca de 10 mil participantes, realizada na manhã de ontem havia rejeitado a proposta do governo. À noite, segundo o distrital, os coronéis que comandam as corporações articularam um novo encontro com oficiais para aceitar a proposta.
"Os praças não aceitam o acordo e não respeitam mais os oficiais. Nesta quinta-feira, às 11h, vamos ocupar a Câmara para mostrar que a manobra feita pelos oficiais é um atentado à democracia", afirmou o petista, enfatizando que o ato marcará o começo de "uma guerra". "Vamos mostrar como se faz um bom combate. Passei 131 dias preso na Papuda por lutar pelos direitos da categoria e não vou admitir que meu partido instaure uma ditadura. Não tenho medo de advertência ou de punição. Estarei ao lado dos praças e contra o golpe dos oficiais", completou Patrício.
A deputada Celina Leão (PDT) afirmou que os policiais e bombeiros estão revoltados e também condenou o posicionamento do GDF. Para ela, o governo ignorou e desrespeitou a vontade dos trabalhadores, "assim como aconteceu no ano passado com os enfermeiros, que rejeitaram a proposta apresentada mas não foram respeitados".
Já o deputado Joe Valle (PDT) assinalou que a crise precisa ser resolvida definitivamente, com planejamento e discussão de soluções duradouras. Ele criticou o que qualificou como medidas paliativas do GDF, que demonstram a "inabilidade do governo para tratar o problema".
Civil – O deputado Dr. Michel (PP) posicionou-se do lado dos praças e criticou a divisão das corporações, o que, para ele, "só prejudica a comunidade e favorece a bandidagem". O progressista disse que a situação na Polícia Civil também é grave e defendeu a reestruturação da categoria.
Federal – Um grupo de integrantes da Polícia Federal acompanhou parte da sessão ordinária nas galerias da Casa e conversou com deputados sobre suas reivindicações. Vários distritais manifestaram apoio à luta dos federais, entre eles Dr. Michel, Joe Valle, Celina Leão e Paulo Roriz (PP).
Celina destacou que a categoria está há sete anos sem reajuste salarial. "Será que as prisões de bandidos de colarinho branco infiltrados no poder merecem este tratamento?", questionou.
Comerciantes – O deputado Paulo Roriz, que deverá assumir o comando da Comissão de Segurança, leu em plenário uma carta assinada por três sindicatos e associações de comerciantes da cidade. No documento, eles criticam a crise na segurança pública e cobram soluções imediatas para a situação.
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