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Deputados da oposição defenderam hoje (18) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as denúncias de corrupção feitas recentemente pelo ex-militante do PCdoB, João Dias, à imprensa. As denúncias atingem o ministro do Esporte, Orlando Silva, e envolvem o governador Agnelo Queiroz, ex-ministro daquela pasta.
 A deputada Celina Leão (PSD) informou que já conseguiu cinco assinaturas. De acordo com a Lei Orgânica, são necessárias oito para a instauração da CPI.

A deputada Liliane Roriz (PRTB) cobrou explicações do governador em relação às denúncias, publicadas na última edição da revista Veja. "Como jornalista, sei que foi muita coragem dedicar seis páginas ao assunto. As denúncias são gravíssimas e precisam ser apuradas. O DF não pode mergulhar em outra crise", defendeu.

Também a deputada Eliana Pedrosa (PSD) cobrou "apuração rigorosa" das acusações feitas na imprensa pelo ex-militante do PCdoB.
 "Houve contrapartida do GDF para receber os recursos do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

E temos que investigar se houve prejuízos aos cofres públicos", cobrou.
 "Postura de apuração" - O líder do PT, deputado Chico Vigilante (PT), informou aos colegas oposicionistas que todas as denúncias envolvendo o Ministério do Esporte, como também o governo local, serão investigadas. "A postura determinada pela presidente Dilma é de total apuração. Ninguém será poupado", garantiu o distrital, manifestando confiança na inocência de Agnelo em relação a qualquer ato ilegal.

O líder do governo, Wasny de Roure (PT), considerou como "legítimo" o direito de a oposição buscar assinaturas para a criação da CPI. Afirmou, contudo, que não assinaria o requerimento, pois "não  houve comprometimento de recursos do DF nas denúncias sobre o programa Segundo Tempo".