Novo depoimento à CPI da Gautama reforça indícios de irregularidades
Novo depoimento à CPI da Gautama reforça indícios de irregularidades

Segundo argumentou o deputado, não faz sentido que a Gautama tenha efetuado o pagamento de R$ 296 mil à NCA, pelo projeto, quando recebeu apenas R$ 110 mil da Secretaria de Agricultura. Outro ponto que ficou evidente, de acordo com o que já havia sido apurado, é que o projeto básico era, na realidade, um anteprojeto.
O deputado Bispo Renato adiantou também que está investigando um fato importante, divulgado por um jornal local, de que teria sido desviada uma prova de pagamento de propina encaminhada à CPI, mas o documento não chegou até seus membros. Ele comentou também a matéria publicada na edição da IstoÉ desta semana, que fortalece a convicção sobre a existência irregularidades envolvendo empreiteiras, lideradas pela Gautama, com políticos e servidores públicos.
O deputado Cabo Patrício (PT) também acredita terem sido confirmadas as irregularidades, visto que o denominado projeto básico fere a Lei de Licitações (8.666), por se constituir em mero anteprojeto, e que não há a menor coerência no fato de a Gautama ter pago por tal serviço quase o triplo do que teria recebido.
Cabo Patrício defendeu a oitiva do empresário Latife Abud, dono da LJA, antes da inquirição de Zuleido Veras, presidente da Gautama, e Fátima Palmeira, diretora comercial da empresa, por que entende que ele tem muito o que explicar, visto ter sido preterido na realização das obras do Rio Preto, muito embora tenha sido indicado para isso.
Os deputados definiram as datas de 28 e 29 de abril para a viagem que farão à Bahia e, talvez, a Maceió, para ouvirem, respectivamente, Zuleido Veras e Fátima Palmeira.
Esta última será convidada a depor na Bahia, mas, como ela não é obrigada a ir, a CPI pode ouvi-la em Maceió.
Os deputados Jaqueline Roriz (PSDB) e Rogério Ulysses (PSB) avisaram que não pretendem ir à viagem, por entenderem que os demais membros estão aptos a bem conduzirem as oitivas.
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