Lucena comparece à CPI da Codeplan, mas fica calado
Lucena comparece à CPI da Codeplan, mas fica calado

Reguffe afirmou que, embora respeite o direito do empresário de manter-se em silêncio, assegurado pelo hc, discorda da concessão do instrumento por entender que o direito coletivo se superpõe ao individual, vez que a população de Brasília quer saber os detalhes do megaescândalo que vem assolando Brasília nos últimos meses.
O relator da CPI, deputado Paulo Tadeu (PT), justificou as ausências de Eliana Pedrosa (DEM) e Batista das Cooperativas (PRP), e disse que a Linknet, de propriedade do depoente, aparece como uma das operadoras do esquema de corrupção desde as primeiras denúncias de Durval Barbosa.
Tadeu observou que seria importante que as dúvidas a respeito do conluio entre o GDF e o setor produtivo fossem esclarecidas e que, ainda ontem (5), o nome da empresa voltou a ser mencionado nas investigações conduzidas pela Controladoria Geral da União (CGU).
O deputado também mencionou os 200 computadores, dos 400 contratados, repassados à Câmara Legislativa pela Codeplan, fornecidos pela Linknet a preços superfaturados. Um notebook, por exemplo, segundo disse, foi locado por R$ 24 mil, em contraposição ao valor de mercado que não passa de R$ 2 mil.
Na saída, Lucena desabafou, afirmando que "está sendo usado como boi de piranha", por ter sido o único intimado até agora a depor na comissão.
Seu advogado, Marcelo Bessa, acrescentou que o empresário só vai falar quando tiver acesso às investigações conduzidas pela Polícia Federal e aos documentos em poder do Ministério Público Federal.
O deputado Chico Leite (PT), embora não seja membro da CPI, também afirmou que a oitiva seria uma boa oportunidade para acabar com o que ele chamou de "cultura patrimonialista", uma espécie de redenção para os empresários ao esclarecer quem os levou a participar do esquema, mediante políticas de chantagem.
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