Gerente de contrato da Gautama presta depoimento à CPI
Gerente de contrato da Gautama presta depoimento à CPI
Publicado em 17/03/2008 13h33

O engenheiro Edson Kauark do Rio, gerente do contrato das obras da Bacia do Rio Preto, de responsabilidade da Construtora Gautama, afirmou mais de uma vez, durante as mais de duas horas do depoimento que prestou aos membros da CPI, na qualidade de testemunha, que a empresa não recebeu tratamento privilegiado da Secretaria de Agricultura. Kauark, que trabalhou na empreiteira de abril de 2005 a dezembro de 2007, veio do Rio de Janeiro, onde reside, para esclarecer os deputados sobre pontos que ainda permanecem obscuros em relação às obras de barramento no Núcleo Rural do Rio Preto, não elucidou concretamente nenhuma das questões que lhe foram postas. Mas suas respostas permitiram que se extraíssem algumas conclusões sobre alguns dos pontos sobre os quais ainda existiam dúvidas. O engenheiro, muito embora fosse o responsável pelo gerenciamento do contrato, e comparecesse muitas vezes à sede da secretaria - até duas vezes num mesmo dia, como disse Marlan Peregrino em depoimento anterior à CPI -, garantiu que acompanhar o recebimento das faturas fazia parte de suas funções e isso não constituía pressão, mas um procedimento normal.
Como as respostas do depoente eram muito evasivas, os deputados decidiram tornar parte da sessão secreta. Ao cabo de 40 minutos, retornaram ao plenário e prosseguiram na inquirição, que continuou na mesma linha anterior, com pouca disposição do engenheiro para esclarecer questões como a denunciada duplicidade de pagamentos, a alegada oferta de vantagens a servidores da Agricultura e a pressão para agilizar os recebimentos.
Como as respostas do depoente eram muito evasivas, os deputados decidiram tornar parte da sessão secreta. Ao cabo de 40 minutos, retornaram ao plenário e prosseguiram na inquirição, que continuou na mesma linha anterior, com pouca disposição do engenheiro para esclarecer questões como a denunciada duplicidade de pagamentos, a alegada oferta de vantagens a servidores da Agricultura e a pressão para agilizar os recebimentos.
Nem mesmo quando confrontado com o teor das gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a Operação Navalha, Kauark deu explicações satisfatórias.
Disse que conhece Zuleido Veras há cerca de dez anos e que não se considera seu amigo. Admitiu também ter conhecido o ex-secretário Pedro Passos e manifestou sua surpresa com a divulgação de informações sobre as supostas irregularidades das obras cujo contrato gerenciou.