Ex-diretor da Emater explica à CPI posição contrária à barragem do Rio Preto
Ex-diretor da Emater explica à CPI posição contrária à barragem do Rio Preto

O agrônomo presidia a Associação dos Produtores do Núcleo Rural do Rio Preto quando a Gautama chegou à região, e comandou um manifesto contrário ao projeto da barragem, enviado ao GDF, ao Ministério Público, Ministério da Integração Nacional e deputados distritais.
Demissão - Castanheira foi presidente da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal) entre 1999 e 2000, saindo para assumir uma diretoria do Banco de Brasília (BRB). Ele disse que foi demitido por se constituir num empecilho ao projeto. Antes da demissão, prosseguiu, o então secretário de Agricultura do DF, Aguinaldo Lélis, chamou para assessorá-lo Wilmar Luís da Silva, técnico da Emater que posteriormente presidiu a empresa e hoje é o secretário de Agricultura. Segundo Paulo Castanheira, Wilmar da Silva "passava por cima" dele nos encaminhamentos para viabilizar o projeto, fazendo reuniões com técnicos e com produtores dentro da Emater sem consultá-lo.
O depoente destacou ainda que o GDF não chamou os produtores rurais do Núcleo do Rio Preto, os principais atingidos pela proposta da barragem, para as duas audiências públicas realizadas, uma na Universidade Católica em Taguatinga, e outra na Secretaria, no Plano Piloto, sendo que os produtores daquela região moram em Planaltina.
A deputada Jaqueline Roriz (PSDB) citou outro documento, que tinha em mãos, favorável à barragem e assinado por mais de 30 produtores.
Castanheira alegou, no entanto, que esses produtores não eram da área do Ribeirão Extrema, mais diretamente atingida.
Castanheira justificou sua posição contrária à barragem do Rio Preto pelo fato de o Ministério da Integração Nacional ter suspendido o convênio com o GDF, mediante o qual seriam liberados R$ 140 milhões, em conseqüência de irregularidades no projeto. O ex-presidente da Emater também discordava do mérito da proposta, que previa a istalação de "pessoas de fora" na área, para produzir verduras, ignorando "quem trabalha na região há mais de 30 anos".
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