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 A falta de indicações de dois membros da CPI da Codeplan, que investiga as denúncias de corrupção no governo Arruda, provocou debate hoje (10) em Plenário. A deputada Erika Kokay (PT) atribuiu a  culpa pela "morosidade" da CPI  "à nítida manipulação feita pelo Buriti, que reedita uma nova Caixa de Pandora a fim de impedir o andamento das investigações".
 Erika disse também que "se a Câmara Legislativa não cumprir a sua missão, alguém cumprirá em seu lugar".

Também os deputados Milton Barbosa (PSDB) e Jaqueline Roriz (PMN) condenaram a falta de indicações para a CPI. "A verdade é que a Câmara Legislativa não está cumprindo a sua parte", enfatizou Barbosa, criticando o fato de a CPI ter ido hoje ao STJ com apenas três integrantes. O deputado defendeu que a Mesa Diretora tome imediatamente uma decisão sobre a nova composição da CPI.

A deputada Jaqueline Roriz disse que está faltando "pragmatismo" à Câmara Legislativa. "Se existe o critério da proporcionalidade, mas os nomes propostos não aceitam a indicação, por que então os governistas não aceitam o nome do deputado Reguffe, que já se ofereceu para compor a CPI?", questionou a parlamentar. "O País inteiro está nos vigiando", alertou.

O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) rebateu o que considerou de "críticas generalizadas" feitas por oposicionistas, ressaltando que um dos problemas que tem prejudicado o andamento da CPI "é a partidarização deste processo"  feita por alguns distritais. Ele ressaltou que não aceita a pecha de ser "teleguiado" pelo Buriti. "É preciso que se digam os nomes", criticou.

Para o deputado Benedito Domingos (PP) um dos problemas que afetou o andamento da CPI, além das renúncias de dois membros, foi a interpretação de que os deputados citados na Operação Caixa de Pandora não podem participar da CPI. "Acredito que a proibição judicial era apenas para a CCJ e Comissão Especial", defendeu. "O ideal é que todos os 24 deputados pudéssemos participar da CPI", pregou.