Deputados defendem recurso à decisão judicial
Deputados defendem recurso à decisão judicial

Para o relator da CPI, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), a decisão judicial fere princípios constitucionais e invade competências do Legislativo. "A Mesa Diretora deve recorrer desta decisão com urgência para que a Casa não fique tutelada", assinalou.
Na opinião do deputado Chico Leite (PT), a decisão não teve o objetivo de acabar com o trabalho da CPI. Para ele, a decisão só anularia a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que contou com a participação da deputada Eurides Brito (PMDB), afastada pela decisão judicial.
Leite sugeriu a utilização de um instrumento jurídico conhecido como "embargo de declaração" para solicitar esclarecimentos ao juiz autor da decisão judicial e enquanto aguardava o posicionamento da Justiça, a CPI continuaria funcionando normalmente.
Para o presidente da CPI, deputado Alírio Neto (PPS), a interferência do Judiciário só está acontecendo porque a Câmara não fez a sua parte. Ele afirmou que desde o início da crise defendeu a renúncia do deputado Leonardo Prudente (sem partido) da presidência e a imediata investigação dos deputados citados no inquérito para que a Casa tivesse as condições necessárias para analisar um processo de impeachment contra o governador José Roberto Arruda. "Se a decisão for reformulada, estaremos aqui para desenvolver os trabalhos da CPI", concluiu Alírio.
A deputada Erika Kokay, líder do PT, disse que a CPI vai muito além da análise de um processo de impeachment contra o governador e, portando, não estaria afetada pela decisão judicial. Ela ressaltou que o objeto da CPI é a investigação de denúncias de corrupção desde 1991.
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