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Deputado alega contestações ao relatório da CPI

Publicado em 03/12/2010 13h03
O relatório da Polícia Federal, tomado hoje como sendo também a conclusão da CPI da Codeplan, foi divulgado em 16 de dezembro de 2009 como "parcial". O documento, de 93 páginas, pede a quebra de sigilo bancário e fiscal de envolvidos na Operação Caixa de Pandora, citando o nome do ex-governador Roberto Arruda e de mais sete pessoas, entre secretários de governo, deputados distritais e empresários. O relatório do deputado Paulo Tadeu (PT), aprovado em 25 de agosto, relacionava 22 nomes.

Três membros da CPI (ver matéria neste portal) votaram hoje pela anulação do documento assinado por Paulo Tadeu (PT) e pela adoção do relatório da PF como sendo o documento final da CPI.

Raimundo Ribeiro (PSDB) leu trechos da ata da reunião de 25 de agosto para reforçar o argumento de que o relatório de Tadeu foi aprovado com ressalva de que seriam feitas alterações acordadas na ocasião. Segundo ele, o relator não cumpriu o acordo e enviou o documento diretamente ao presidente da Câmara, deputado Wilson Lima (PR).

Ribeiro alegou ainda as dificuldades enfrentadas pela CPI, como as mudanças na sua composição, o fato do principal depoente, Durval Barbosa, não ter respondido às perguntas feitas pelos deputados, e a não disponibilização da íntegra do inquérito nº 650 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que segundo ele prejudicaram o resultado dos trabalhos da Comissão."O relatório da Polícia Federal foi resultado de um ano e meio de investigações, com uso de toda a tecnologia possível, apoio do Ministério Público e da Justiça", sustentou em favor da substituição de relatórios.

Contestações - O deputado do PSDB fez um resumo dos questionamentos que recebeu acerca do relatório aprovado em agosto.
  Entre os que constestaram estão o jornalista Welington Moraes, os empresários Cristina Bonner, Gilberto Lucena e J. C. Gontijo e Marcelo Carvalho, assessor de Paulo Octávio.

Segundo Ribeiro, o relatório de Paulo Tadeu cita dois videos em que Marcelo Carvalho aparece recebendo pacotes de dinheiro. Ele afirmou que viu os videos e que o assessor de Paulo Octávio aparecia "falando de negócios", mas não recebendo dinheiro.

Uma das alternativas sugeridas por Raimundo Ribeiro foi reabrir a CPI para novas apurações, diante dos documentos recebidos após aprovação do relatório. Mas o presidente da Comissão, Aguinaldo de Jesus (PRB), alegou que faltava menos de 15 dias para encerramento da atual legislatura, o que inviabilizaria o prosseguimento dos trabalhos. Os três parlamentares presentes acabaram aprovado a segunda sugestão de Ribeiro, que foi a anulação do relatório de Paulo Tadeu e a adoção do documento da Polícia Federal.

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