Publicador de Conteúdos e Mídias

Depoente admite na CPI ter sofrido pressão para agilizar pagamentos à Gautama

Publicado em 22/10/2007 11h00
Durante os quase cinqüenta minutos em que foi ouvida pelos membros da CPI da Gautama, a servidora aposentada Marlan Peregrino Ramos Freitas, ocupante do cargo comissionado de chefe substituta do Núcleo de Execução Orçamentária da Secretaria de Agricultura, deixou bem claro que os processos de pagamentos que efetuou à Gautama foram "atípicos e tumultuados".

Marlan explicou que substituiu o chefe titular, em período em que ele estava de licença médica, em dezembro de 2006, quando recebeu o pedido para solicitar cota para efetuar o pagamento de R$ 345, 5 mil à Gautama. Embora tal solicitação contrariasse todas as regras, o pagamento foi efetuado no dia 27 de dezembro.

As ordens para o pagamento foram do ordenador Paulo Sávio Cardoso de Oliveira, seu chefe imediato. Marlan não soube explicar por que, mesmo achando que o procedimento era estranho e fora das normas, acabou tomando todas as providências para efetivá-lo. Às perguntas dos deputados, esclareceu não ter sido coagida a isso, como por exemplo, de perder o cargo comissionado.

Exatamente para aprofundar os limites das pressões recebidas ou mesmo seu envolvimento no esquema, os deputados decidiram tornar secreto o restante da oitiva.
 No intervalo, o deputado Cabo Patrício (PT), autor da proposição de tornar a sessão reservada, disse que esse foi "o melhor depoimento até hoje", porque deixou claro que existia um esquema e houve pressão para favorecer a Gautama.
 Participam da reunião os deputados Bispo Renato (PR), presidente; Brunelli (DEM), relator, e Cabo Patrício (PT), Aylton Gomes (PMN) e Dr. Charles (PTB).

 

Mais notícias sobre