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CPI dos Cemitérios faz balanço de suas atividades

Publicado em 26/06/2008 11h58
Para "não perder o foco" e preparar-se para o que deve ser feito no segundo semestre, os membros da CPI dos Cemitérios apresentaram hoje, no auditório da Casa, um resumo dos trabalhos realizados em três meses de atividades. A apresentação do relatório foi feita pelo deputado Rogério Ulysses (PSB), presidente da CPI, secundado pela projeção das fotos de todas as visitas e diligências feitas. Desde que foi instalada, em 18 de março passado, a CPI dos Cemitérios realizou mais de 16 reuniões ordinárias e extraordinárias, oito diligências e quatro audiências. Isso, sem contar um mutirão para coleta de denúncias relacionadas com o recebimento do DPVAT e oitiva de 16 depoentes.
 Todos os membros da comissão, que foi uma das mais atuantes desde sua criação, compareceram à última reunião do semestre: além de Rogério Ulysses, fizeram-se presentes o vice, Brunelli (DEM), Benício Tavares (PMDB), relator, Erika Kokay (PT), Reguffe (PDT) e a assessoria dos deputados.

:A CPI dos Cemitérios foi criada com a finalidade de investigar as denúncias de violação dos direitos humanos e irregularidades na administração dos cemitérios do DF, ao lado dos preços dos sepultamentos praticados pela concessionária Campo da Esperança Serviços Ltda, no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2007. Posteriormente, seu objeto foi ampliado para incluir questões como a manipulação inadequada de cadáveres, abuso de poder e relações promíscuas de servidores públicos com as empresas.

Trabalho de campo - Desde o começo de suas atividades, os membros da CPI dedicaram-se a visitar cemitérios do DF que originaram as principais denúncias de irregularidades encaminhadas à comissão, além de funerárias e setores especializados que preparam corpos ou os utilizam em ensino.

A primeira visita foi feita ao cemitério de Taguatinga, onde foram constatadas irregularidades que levaram a CPI a solicitar à 17ª Delegacia de Polícia a realização de perícia em túmulos que estariam sendo utilizados indevidamente como ossários. A visita seguinte foi ao cemitério de Sobradinho, cujo estado de conservação era muito precário.

Foi na visita seguinte, feita às funerárias de Sobradinho, os deputados constataram irregularidades no tratamento dos resíduos do processo de embalsamamento, feito em desacordo com as regras da Vigilância Sanitária, o que ensejou o registro do fato pela polícia.
  O momento mais dramático da exposição foi o trabalho que ocupou durante três dias os membros da comissão, realizado no cemitério do Gama. Ali os deputados descobriram manilhas que só puderam ser desenterradas com o auxílio de máquinas, lotadas de ossos, crânios e até roupas. Rogério Ulysses assinalou a contribuição recebida dos bombeiros, visto que a CPI enfrentou muitas dificuldades na obtenção de apoio operacional. Agradeceu também aos deputados e suas equipes, cujo trabalho tornou possível a obtenção de resultados tão importantes em curto espaço de tempo.

Ulysses mencionou os diversos requerimentos de oitivas já aprovadas para o segundo semestre, aguardando apenas a definição de datas. Entre os nomes que poderão ser ouvidos constam Elmar Luiz Koenigkan, ex-presidente da Novacap, Maria José Feres e Gustavo Ribeiro, ex-secretários de Ação Social do DF, além de ex-gerentes de alguns dos cemitérios do DF, entre outros.

  

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