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CPI dos Cemitérios aprova relatório de Benício Tavares e encerra atividades

Publicado em 17/09/2008 09h06
Com os votos favoráveis de Rogério Ulysses (PSB) e de Brunelli (DEM), o relator da CPI dos Cemitérios, Benício Tavares (PMDB), conseguiu aprovar ontem (16) seu relatório final e encerrar as atividades da comissão. Erika Kokay (PT) apresentou voto em separado - com fortes críticas ao término precoce da CPI e com número maior de propostas de indiciamento -, mas teve sua proposta vencida por três votos a um.
 Ambos os documentos serão enviados aos órgãos competentes (Ministério Público, Polícia Civil, Tribunal de Contas) que darão continuidade às investigações.
  "Esta CPI teve um fim precipitado e injustificado, 30 dias antes do prazo estipulado para seu término. Deixamos de fazer 19 oitivas já aprovadas, que impediram o esclarecimento de diversas questões", afirmou a petista. Com o final antecipado, a Comissão não teve acesso a diversas informações, como a auditoria do Tribunal de Contas do DF sobre o contrato com a empresa Campo da Esperança e sindicâncias da Polícia Militar e da Secretaria de Saúde sobre a participação de funcionários públicos em favorecimento a funerárias, por exemplo."Terminaram a CPI seguindo orientações do governo, que não tem interesse em investigar este assunto, mas a sociedade tem que ser esclarecida. Não podemos nos tornar uma sucursal do GDF", criticou Kokay. Além de irregularidades na prestação dos serviços pela concessionária dos cemitérios do DF, o voto em separado da deputada traz propostas, como a reestatização dos cemitérios, a criação de uma funerária pública, a definição de novas áreas para as necrópolis, e a investigação da participação de funcionários do GDF em irregularidades.

Para o presidente da CPI, Rogério Ulysses, o conteúdo de ambos os relatórios contemplou bem o trabalho feito pela comissão. "Essa investigação terá desdobramentos profundos, foi uma CPI que deu certo, trazendo à luz diversos fatos e denúncias. Tudo o que pode ser feito foi feito e ninguém teve sua voz ceifada", observou Ulysses.

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