CPI da Gautama confirma pagamento de propinas
CPI da Gautama confirma pagamento de propinas
Ele [o depoente] levou", disse o presidente da Comissão, deputado Bispo Renato (PR), ao final do depoimento do engenheiro Edson Kauark do Rio, gerente de contrato da Gautama. Essa foi também a opinião do deputado Cabo Patrício (PT). Por enquanto, as informações detalhadas não podem ser divulgadas, sob pena de prejudicar o andamento das investigações, acrescentou Bispo Renato. De acordo com os deputados, a CPI já tem embasamento para as oitivas de Zuleido Veras e Maria de Fátima Palmeira, no final de abril.
Segundo Bispo Renato, o depoente mentiu sobre esse e outros aspectos. "Ele já veio a Brasília instruído sobre o que iria dizer", declarou.
A parte do depoimento feita a portas fechadas, de acordo com o presidente da CPI, nada acrescentou ao que o engenheiro falou no plenário.
A Gautama-Topocart recebeu valor equivalente a 1.
200 hectares, quando o projeto previa 356 hectares, entre 2005 e 2006. Além de pagar a mais, a Gautama pagou duas vezes pelo mesmo serviço, com recursos do GDF.
Conforme Edson Kauark, a NCA, além do projeto básico, foi encarregada de trabalhos complementares ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O GDF liberou R$ 3,5 milhões para a Gautama, no período em que Kauark esteve à frente do contrato. O GDF destinou mais R$ 20 milhões, no Orçamento de 2007, para execução das obras do Rio Preto, sendo R$ 10 milhões para a secretaria de Obras e R$ 10 milhões para a de Agricultura. Kauark, que durante o governo passado trabalhava dentro da secretaria de Agricultura, não procurou qualquer membro do governo atual visando à liberação desses recursos e foi inquirido sobre esse fato pela CPI. "Pedi demissão em abril de 2007" - foi a resposta do depoente.
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