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CPI da Gautama busca meios técnicos para analisar sigilos

Publicado em 19/08/2008 13h12
Na primeira reunião do semestre, os membros da CPI da Gautama decidiram sentar-se hoje com o presidente da Casa, deputado Alírio Neto (PPS), para pedirem melhores condições de analisar os documentos já encaminhados à comissão. A idéia é firmar um convênio com o Ministério Público do DF, que dispõe de programas apropriados, além de manter um acordo de cooperação com o Ministério Público Federal.

Os deputados também definiram que irão programar visitas aos presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, para se informarem porque essas instituições estão demorando na entrega dos sigilos bancários - já autorizada judicialmente - dos envolvidos nas obras da barragem da Bacia do Rio Preto. Embora essas informações tenham sido liberadas há mais de dois meses, o BB e a CEF vêm pedindo sucessivos prazos para cumprirem a determinação.

Os deputados deveriam ter estabelecido hoje o cronograma de atividades do segundo semestre, mas não chegaram a um acordo sobre as prioridades a serem estabelecidas. Inicialmente o presidente da CPI, deputado Bispo Renato (PR), pediu a exclusão do nome dos governadores de Alagoas, Teotônio Vilela, e do Maranhão, Jackson Lago, da relação de pessoas a serem ouvidos pela comissão.

Segundo o deputado, a idéia seria concentrar o foco nos fatos ocorridos no DF, mas o relator, deputado Brunelli (DEM), discordou. O relator supõe que recursos desviados do DF possam ter ido parar em obras de saneamento básico realizado em Alagoas. Brunelli afirmou que mesmo que não queiram falar, pelo menos essas pessoas teriam oportunidade de se manifestarem a respeito dos fatos.

Como os deputados Cabo Patrício (PT) e Rogério Ulysses (PSB) também discordaram do presidente da CPI, Brunelli propôs e teve aceita a sugestão de ouvir os dois governadores por carta precatória. Jaqueline Roriz (PSDB), a única a apoiar o deputado, considerou a alternativa importante, por achar que o DF foi apenas um elo numa cadeia de irregularidades.
 Visita ao STJ -  Brunelli e Patrício relataram a visita que fizeram à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, que liberou cinco das 29 agendas recolhidas pela Polícia Federal, autorizando dois técnicos da Comissão a consultarem, no próprio STJ, as agendas retidas. O cuidado se impõe porque muitas das anotações são escritas a lápis.

As agendas contêm, segundo Cabo Patrício, detalhamento de pagamentos efetuados a diversas pessoas e vão ajudar a elucidar muitos fatos. O deputado enfatizou, no entanto, a necessidade de disporem do cruzamento de informações, especialmente bancárias, que não coincidem com os dados fiscais.

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