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Nesta quinta-feira (18), quando comemora 95 anos, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela foi homenageado na Câmara Legislativa do Distrito Federal, em solenidade que contou com a presença de embaixadores de países africanos, líderes de religiões afro, estudantes universitários e militantes do movimento negro. O evento celebrou o "Dia Internacional Nelson Mandela - Pela liberdade, justiça e democracia", data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009, em reconhecimento à dedicação do sul-africano na luta pela igualdade racial, resolução de conflitos e promoção e defesa dos direitos humanos.

A homenagem foi realizada pelo deputado distrital Cláudio Abrantes (PT), em parceria com o Centro de Convivência Negra (CCN) da Universidade de Brasília (UnB). Abrantes destacou o reconhecimento internacional de Mandela, apontado recentemente em pesquisa na internet como um nome que poderia representar a figura de um presidente planetário. "Os ideais e a luta do presidente Mandela têm uma importância gigantesca para a causa da igualdade racial e também para quem luta por um mundo menos desigual", assinalou o distrital. Ele aproveitou para anunciar a ideia de propor a inclusão do dia 11 de fevereiro, data da libertação de Mandela após 27 anos de prisão, no calendário oficial de eventos do DF.

Para o professor Ivair Alves dos Santos, dirigente do CCN, o Dia de Mandela deve ser transformado em um grande mutirão de ações de solidariedade, em sintonia com o perfil do homenageado. Ele informou que na África do Sul serão realizadas 67 atividades de solidariedade, lembrando a quantidade de anos que Mandela lutou contra a injustiça racial. O professor também fez questão de destacar Graça Machel, atual esposa de Mandela, que o acompanha há 41 dias em um hospital e "nos últimos 15 anos tem sido companheira fiel do ex-presidente". Para ele, ela é a herdeira natural dos ideais de Mandela.

A embaixadora de Barbados, Yvette Goddard, disse que os povos do mundo todo estão rezando pela saúde do líder sul-africano. Ela também elogiou o Estado brasileiro pela promoção da igualdade racial. Já o embaixador do Sudão, Abd Elghanni, ressaltou que uma das principais mensagens de Mandela é "nós temos que entender uns aos outros".

O secretário de Promoção da Igualdade Racial do DF, Veridiano Custódio, pediu que a história de Nelson Mandela seja reverenciada e usada como exemplo de luta para acabarmos com a discriminação no Brasil.

Também participaram da solenidade representantes das embaixadas da África do Sul e do Benin, além de estudantes universitários de vários países africanos.