"A farsa foi desmontada" afirma presidente da CPI da Gautama
"A farsa foi desmontada" afirma presidente da CPI da Gautama

O presidente da comissão deu por concluídas as apurações relacionadas à área técnica e anunciou que as próximas fases da CPI vão se concentrar em eventuais desdobramentos ensejados pelos fatos e na área política. Numa avaliação preliminar, o deputado Bispo Renato (PR) esclareceu que ficou provado que a Comissão de Fiscalização nunca se reuniu nem assessorou Hebert na forma dita por ele em depoimentos anteriores.
Inquiridos um por um, os integrantes da Comissão de Fiscalização informaram sua relação com a mesma. Alguns deles, como Emirton de A. Carvalho, topógrafo da Emater, além de ter negado participação em reuniões, disse que nem mesmo conhecia Hebert pessoalmente. Adiantou, também, que só conferiu os trabalhos de dois barramentos.
Guilherme Amâncio Louly Campos, presumivelmente responsável pela análise dos projetos ambientais, disse que nunca analisou qualquer projeto e nem tinha informações se alguém o fez. Disse ter-se inteirado dos projetos por que os viu sobre a mesa e os folheou por curiosidade e que jamais foi à área para fazer qualquer constatação.
O engenheiro civil Gilberto Naves Barcelos explicou que havia se formado apenas seis meses antes e que somente uma vez foi ao local onde as obras seriam implementadas e examinou alguns furos de sondagem. Lúcio Taveira Valadão, gerente de meio ambiente da Emater, engenheiro agrônomo e mestre em irrigação, disse nunca ter sido consultado a respeito dos projetos dessa área, tendo se limitado a opinar em relação aos aspectos ambientais dos projetos.
Foram ouvidos, também, Marconi Moreira Borges, Sandra Regina de Oliveira, Wilson José Brandão Júnior e Raquel Furtado de Assunção, que ratificaram os termos dos depoimentos prestados anteriormente. No final, Hebert foi novamente sabatinado pelo deputado Cabo Patrício (PT), que impediu que o mesmo se alongasse em temas sobre os quais não havia pedido esclarecimentos. O deputado reclamou que o excesso de explicações do depoente tornavam suas respostas evasivas. E exigiu que o depoente se limitasse ao sim ou não.
No final da acareação, o presidente da CPI, deputado Bispo Renato (PR) interpelou Hebert Gualberto sobre as declarações que havia dado ao Jornal de Brasília, questionando a competência dos técnicos da comissão. Hebert negou ter dado a entrevista.
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