(Do Deputado Roosevelt)
Reconhece e apresenta votos de louvor aos valores integrantes da Militar do Distrito Federal, pelo profissionalismo e dedicação demonstrados na brilhante atuação em ocorrência no dia 13 de novembro, na Praça dos Três Poderes.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do artigo 144 do Regimento Interno desta Casa, proponho que esta Casa de Leis manifeste Votos de Louvor aos Policiais Militares abaixo, pelo comprometimento e profissionalismo demonstrados na brilhante atuação durante o atendimento de ocorrência na Praça dos Três Poderes - P3P, no dia 13 de novembro do corrente ano, quanto um cidadão atentou contra a própria vida, com fogos de artifícios, sendo acionada a Operação Petardo para desativação de artefatos explosivos na área da Esplanada dos Ministérios e Ceilândia, os militares dedicaram longas horas na varredura do perímetro, missão que perdurou por toda a noite e dia seguinte.
Segue relação dos agraciados:
MAJ QOPM RENAN ARAKAKI DE OLIVEIRA, Mat. 81.166/1;
CAP QOPMA EDSON PINTO GOMES, Mat. 23.441/9;
1° TEN QOPM LAURO CEZAR DE OLIVEIRA FERREIRA, Mat. 215.232/0;
ST QPPMC VICENTE DE SOUZA CAETANO, Mat. 20.303/3;
1° SGT QPPMC DYAN CALISTA BEZERRA, Mat. 22.243/7;
1° SGT QPPMC ANDERSON DINIZ GUIMARÃES, Mat. 23.224/6;
1° SGT QPPMC WELLINGTON PATROCINIO MARTINS, Mat. 24.083/4;
1º SGT QPPMC DOUGLAS GONCALVES DE MORAES, Mat. 72.824/1;
1° SGT QPPMC MÁRCIO FERREIRA DE FREITAS, Mat. 72. 991/4;
2° SGT QPPMC ALEXANDRE SANTOS MEYER, Mat. 195.985/9;
2º SGT QPPMC FELIPE FRANCO DO VALE, Mat. 215.188/X;
3° SGT QPPMC RÔMULO RONIE DOS REIS, Mat. 731.900/2;
SD QPPMC ERICK CARLOS LOPES BORGES, Mat. 736.077/0;
SD QPPMC DANILO MARCOS FERRAZ DE MORAES, Mat. 738.537/4;
SD QPPMC GILSON LUIZA DE CARVALHO LOPES FILHO, Mat. 738.604/4.
JUSTIFICAÇÃO
Na noite de quarta-feira, de 13 de novembro de 2024, um cidadão atentou contra a própria vida na Praça do Três Poderes - P3P, frente ao Supremo Tribunal Federal - STF, após direcionar fogos de artifício contra a edificação da corte.
Realizada a primeira abordagem por segurança do STF o cidadão atentou contra a própria vida na Praça dos Três Poderes, ao mesmo tempo um veículo que estava estacionado nas proximidades do anexo IV da Câmara dos Deputados, com fogos de artifícios começou a explodir.
Sendo acionada a Operação Petardo os órgãos de segurança dirigiram-se ao local, equipes especializadas da Polícia Militar do Distrito Federal foram acionadas, dentre as quais Batalhão de Policiamento de Choque, Batalhão de Policiamento com Cães, Batalhão de Operações Especiais, e ainda o policiamento de área, sob responsabilidade do 6º Batalhão de Polícia Militar.
Prontamente estas equipes assumiram a ocorrência, sendo realizados os procedimentos de segurança necessários, bem como a desativação de artefatos pela equipe do BOPE.
Equipes do Esquadrão de Bombas do BOPE da PMDF, atuaram bravamente, por 17 horas consecutivas na maior crise envolvendo explosivos na história moderna Brasileira.
No referido dia houve acionamento para atendimento de dois locais com explosões simultâneas, um veículo estacionado ao lado do anexo IV da Câmara dos Deputados e também um cidadão, que já estaria em óbito em frente ao Supremo Tribunal Federal - STF.
No local foram constatados, pela equipe de explosivistas, artefatos explosivos improvisados não acionados, um deles preso ao corpo do masculino, pelas imagens do circuito de câmeras de segurança verificou-se que o cidadão havia lançado artefatos em direção ao prédio do STF e ato contínuo realizado auto extermínio, utilizando o mesmo tipo de artefato explosivo improvisado.
Destaca-se as condições do ambiente: pouca luminosidade e chuva, a operação durou toda a noite e madrugada. Os técnicos explosivistas, apesar de atuarem em sua especialidade, excederam as capacidades medianas de qualquer operador, pois a operação se deu em uma cena caótica, em condições meteorológicas extremamente adversas, por tempo que excedeu o recomendado para operações com bombas, tendo em vista o número de operadores e situações simultâneas, sendo portanto uma crise de grandes proporções.
Com relação aos artefatos encontrados no local, no corpo do suicida e no trailer próximo, eram do mesmo tipo, dimensões e tipo de acionamento que o artefato explosivo que gerou o óbito por traumatismo crânio encefálico ao cidadão na frente do STF.
Em outro cenário, na Cidade de Ceilândia, a inteligência da PMDF descobriu a casa do perpetrador, portanto cenários múltiplos e simultâneos, o que exigiu extrema perícia dos operadores.
Nos locais de crise, devido a diversos fatores, dentre os quais destaca-se as dimensões e o terreno, os operadores expuseram-se a risco constantes, porém as ações foram imprescindíveis para a resolução na crise, mesmo com risco de morte iminente aos operadores.
Durante a operação em Ceilândia foi constatado explosivo no local, através da aproximação do operador e também de um cão farejador da PMDF, quando uma equipe do COT – Polícia Federal, já estava a postos para realizar o adentramento tático para coletar evidências, fato esse que foi impedido pelo Esquadrão de Bombas da PMDF, pois os operadores do COT desconheciam a presença de uma armadilha deixada no recinto, o que evitou que policiais do COT se lesionassem ou mesmo perdessem a vida.
Assim, localizada a armadilha, de forma remota, com auxílio de Robô anti bombas, foi realizado o acionamento seguro do explosivo, que destruiu somente o cômodo onde a equipe policial iria adentrar de forma tática.
Pela primeira vez na história Brasileira, houve uma ameaça com explosivos dirigida a policiais, construída e que realmente explodiu, um fato que marca a história das operações anti bomba, frente ao perigo que todos os operadores se expuseram para garantir a segurança de toda a população.
Desta feita nota-se a importância de profissionais bem treinados e equipamentos modernos que lhes permita realizar o seu ofício com maestria.
Verificada a forma ímpar que os militares da gloriosa Polícia Militar do DF atuaram, esta Casa Legislativa não poderia abdicar ao dever de enaltecer e estimular o profissionalismo destes heróis, visto que o poder público tem um só norte, servir à sociedade.
Neste caso, entendo que esta casa tem o dever de reconhecer esses brilhantes profissionais que cumpriram o juramento que fizeram ao ingressar na Polícia Militar do Distrito Federal: "Ao ingressar na Polícia Militar do Distrito Federal, prometo regular minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço policial militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida".
Este parlamentar sendo oriundo do Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal, conhecedor dos riscos, complexidade e importância que envolvem a profissão do servidor de segurança pública, bem como do comprometimento dos profissionais em exercer com maestria suas funções, tem o dever e a honra em propor o reconhecimento aos nobre militares.
Sala das Sessões, em …
DEPUTADO ROOSEVELT
PL-DF